CLIPPING DO SINDICARNE Nº 858 DE 09 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 858 | 09 de maio de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços da arroba ficam estáveis na maioria das praças brasileiras
A Agrifatto identificou redução em apenas 3 das 17 praças monitoradas diariamente: AC, RJ e RO. Nas demais regiões, tudo ficou igual aos preços da quarta-feira (7/5). No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de nove dias.
No mercado paulista, pelos dados da Agrifatto, o boi “comum” continuou valendo R$ 315/@ nesta quinta-feira, enquanto “boi-China” segue cotado em R$ 325/@. A Scot Consultoria também apurou estabilidade nas praças de São Paulo. “Embora as ofertas de bovinos sejam satisfatórias, uma parcela dos compradores paga os preços atuais para recompor os estoques e atender à demanda para o final de semana do Dia das Mães”, relatou a Scot, referindo-se ao mercado paulista. Pelos dados da Scot de SP, o boi gordo “comum” segue negociado em R$ 318/@, a vaca gorda é vendida por R$ 285/@, a novilha vale R$ 303/@ e o “boi-China” está apregoado em R$ 323/@ (todos valores brutos, no prazo). As escalas de abate entre as indústrias paulistas atendem, em média, a dez dias, calculou a Scot. Segundo a equipe de analistas da Agrifatto, “o fim da safra (com aumento do abate de fêmeas), a pressão sobre a arroba e a retração esperada do consumo devem exigir planejamento dos agentes da cadeia produtiva da carne”. No mercado futuro do boi gordo, o ambiente é de incerteza, com a B3 operando com variações mistas, informa a consultoria. O contrato com vencimento em outubro/2025 fechou a sessão da quarta-feira (7/5) em R$ 339,60/@, com alta diária de 0,50%. Por sua vez, o contrato de curto prazo (maio/2025) encerrou o pregão de ontem a R$ 308,50/@, com baixa de 0,21% sobre o dia anterior. As exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram o melhor desempenho para um mês de abril, e seguem superando patamares desde fevereiro/25, destaca a Agrifatto. Considerando os dados totais – todos os tipos de carne bovina in natura e industrializada –, o Brasil embarcou 286,16 mil toneladas em abril/25, o melhor resultado da história para um quarto mês do ano, e avanço de 15,8% sobre o volume computado em abril do ano passado (247,16 mil toneladas). Foi o terceiro mês consecutivo de recordes históricos para um mês específico, destaca a Agrifatto, acrescentando que também foi o maior volume embarcado desde outubro de 2024, “um comportamento atípico para um primeiro quadrimestre”. Cotações do boi gordo da quarta-feira (7/5), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$295,00 290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Boi/Cepea: Cotações estão em tendência de queda
Levantamentos do Cepea mostram que há cerca de duas semanas os preços dos animais para abate (machos e fêmeas) estão em queda, na maioria das regiões acompanhadas
Segundo o Centro de Pesquisas, nesta semana, o intervalo do boi gordo no estado de São Paulo vai de R$ 310 a R$ 335, com as máximas sendo obtidas por lotes que atendem aos critérios mais elevados dos compradores. Sob essa influência, nos últimos dias, também os preços e a liquidez no segmento de reposição começaram a perder fôlego, mas de forma discreta até o momento. De modo geral, essas negociações estão em bom ritmo, com alto percentual de arremate nos leilões, indicando o otimismo de recriadores com a pecuária em curto e médio prazos, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Cepea
SUÍNOS
Suínos: Mercado com preços oscilando, contrariando expectativas do Dia das Mães
Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne vêm registrando pequenas oscilações, refletindo um alinhamento entre oferta e demanda no mercado nacional.
Diferentemente do esperado, as vendas neste início de maio seguem em ritmo normal, sem indícios de aquecimento significativo do consumo, mesmo com o pagamento de salários e/ou adiantamento de pedidos por conta do Dia das Mães. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,90/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (7), houve tímida alta de 0,12% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,13/kg. Houve queda de 0,73% no Paraná, atingindo R$ 8,20/kg, e baixa de 0,24% em Santa Catarina, com valor de R$ 8,16/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais 9R$ 8,56/kg) e São Paulo (R$ 8,56/kg).
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: mesmo com proximidade com o Dia das Mães, preços não mudam
As principais bolsas de comercialização de suínos no mercado independente na quinta-feira (8) mantiveram os preços estáveis. De acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), há um equilíbrio entre oferta e demanda e este equilíbrio freou aumento nos preços, mesmo na proximidade com o Dia das Mães, uma das datas em que a venda de carne suína mais aumenta no ano.
Em São Paulo, o preço ficou estável pela terceira semana consecutiva em R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 19.950 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço ficou estável pela segunda semana em R$ 8,60/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,31/kg vivo para R$ 8,36/kg vivo.
APCS/ Asemg/ ACCS
Suínos/Cepea: Preços pouco se alteram em semana de Dia das Mães
Os preços do suíno vivo e da carne vêm registrando pequenas oscilações, apontam levantamentos do Cepea
Segundo o Centro de Pesquisas, esse comportamento reflete um alinhamento entre oferta e demanda no mercado nacional. Ainda conforme agentes consultados pelo Cepea, diferentemente do esperado, as vendas neste início de maio seguem em ritmo normal, sem indícios de aquecimento significativo do consumo, mesmo com o pagamento de salários e/ou adiantamento de pedidos por conta do Dia das Mães. No mercado da carne, entre os cortes mais demandados para a data – costela, lombo e pernil –, as variações de preços também foram pouco expressivas.
Cepea
FRANGOS
Cotações estáveis para o mercado do frango na quinta-feira
Acompanhando a sequência dos últimos dias, o mercado do frango encerrou a quinta-feira (8) com preços mais perto da estabilidade.
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, assim como a ave no atacado, custando, em média, R$ 8,28/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, da mesma maneira que no Paraná, valendo R$ 5,10/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (7), o preço da ave congelada teve alta de 0,34%, chegando a R$ 8,73/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,57%, fechando em R$ 8,74/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne de frango mantém estabilidade em abril
Volume embarcado no mês se manteve próximo ao recorde de 2024; receita em dólar cresce 2,7%, impulsionada por novos mercados e desempenho da União Europeia
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) geraram receita de US$ 906,1 milhões, com crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 882,2 milhões. Em volume, os embarques totalizaram 475,9 mil toneladas em abril, volume próximo ao exportado no mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 480,7 mil toneladas (queda de apenas 1,0%). Com o resultado, o acumulado do quadrimestre de 2025 alcançou 1,86 milhão de toneladas, volume 9,5% superior ao registrado no mesmo período de 2024, com 1,70 milhão de toneladas. Em receita, o total embarcado nos quatro primeiros meses do ano chegou a US$ 3,49 bilhões, avanço de 15,5% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior (US$ 3,02 bilhões).
Entre os principais destinos em abril, destacam-se: China: 51,9 mil toneladas ( -10% sobre abril/24), com US$ 127,1 milhões em receita (-1,5%); União Europeia: 26,8 mil toneladas (+42,8%), com forte alta na receita: US$ 83,5 milhões (+65,2%); África do Sul: 26,5 mil toneladas (-3,3%), com receita de US$ 14,9 milhões (-3,4%); México: 18 mil toneladas (-4,6%), com US$ 42,7 milhões (-5,6%); Filipinas: 26,9 mil toneladas (-8,6%), mas com leve aumento de receita: US$ 22,5 milhões (+1,1%). Entre os estados exportadores, o Paraná segue na liderança, embarques de 187,3 mil toneladas em abril (-4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, seguido por Santa Catarina, com 108,3 mil toneladas (+4,2%), Rio Grande do Sul, com 64,8 mil toneladas (-6,4%), São Paulo, com 27,7 mil toneladas (+6,5%) e Goiás, com 24,6 mil toneladas (+5,9%).
ABPA
EMPRESAS
Queda na demanda interna por carne deve limitar preço do boi, diz Minerva
Para diretor financeiro, em 2025, o desempenho foi melhor do que em anos anteriores. O diretor financeiro acredita que a acredita que a demanda doméstica por carne bovina pode arrefecer nos próximos trimestres
O aumento na taxa de juros ainda não afetou a demanda interna por carne bovina, mas tende a prejudicar o poder de compra do consumidor nos próximos meses. No entanto, para o diretor de finanças e relações com investidores da Minerva, Edison Ticle, isso “não é uma má notícia, dada a correlação [que a carne tem] com o preço do boi”. Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre, o executivo afirmou hoje (8/5) que, sazonalmente, este é o período mais fraco do ano no mercado interno. Porém, em 2025, o desempenho foi melhor do que em anos anteriores. “A fraqueza acabou sendo menor que o normal e por isso tivemos queda de preços menor e volumes mais expressivos de mercado interno. O efeito do aumento de juros não pegou ainda o consumo de bens não duráveis”, explicou Ticle. Entretanto, ele acredita que a demanda doméstica por carne bovina pode arrefecer nos próximos trimestres, em função do cenário macroeconômico, em especial a alta dos juros. A conjuntura não é vista pelo executivo da Minerva como algo negativo porque ajuda a limitar a alta nos preços do gado, em um ano em que grande parte do mercado prevê elevação para os valores da arroba devido à virada gradativa de ciclo para menor oferta de boi e retenção de fêmeas. Paralelo a isso, mais de 50% das receitas da Minerva são geradas no mercado externo, visto que a companhia é a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, e as perspectivas são promissoras para as exportações. “A China parou as exportações dos EUA [para o país asiático] e isso vai ter que ser coberto”, afirmou Ticle, citando que os países da América do Sul devem suprir a lacuna deixada pelos americanos no mercado chinês de carne bovina. A percepção é de que a China também está em um momento de estoques menores para proteína de boi, o que contribui para impulsionar os preços, além dos volumes embarcados. Sobre os Estados Unidos, que atualmente são os maiores compradores de carne bovina da Minerva, Martin Di Giacomo, diretor comercial internacional da empresa, disse que a companhia optou por formar estoques lá porque “é um mercado que tem demanda”, pela falta de oferta local. Na visão de Giacomo, as compras americanas também vão contribuir para o incremento de preços da carne no mercado internacional. Sobre a abertura de novos mercados, a perspectiva da Minerva é de que, neste ano, o Brasil conta com chances reais de habilitação para começar a fornecer a proteína bovina ao Japão e Coreia do Sul. Na mesma linha, Giacomo vê com o otimismo a possibilidade de habilitação da Argentina para o Japão, país onde a Minerva também tem operações. Por enquanto, as margens das unidades argentinas da Minerva são das mais pressionadas do grupo, quando comparadas aos demais países em que a companhia atua, devido às distorções macroeconômicas locais. “Mas está vindo uma acomodação [na questão econômica]. Acreditamos que tem uma grande oportunidade em nível mundial”, disse Ticle, sobre as exportações de carnes da Argentina. O país latino é conhecido pela qualidade do gado e venda de cortes de alto valor agregado. Inclusive, a operação da Minerva no Rio Grande do Sul tem sido tratada pela companhia nos mesmos moldes de gestão das unidades da Argentina e Uruguai. “Há uma grande oportunidade de melhorar o pricing [precificação] dos cortes naquelas fábricas [gaúchas], principalmente de cortes nobres”. Com a visão mais clara sobre os resultados vindos das plantas que foram adquiridas da Marfrig no ano passado, o diretor financeiro da Minerva estima que as unidades terão receita entre R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões por trimestre, sem considerar as unidades no Uruguai, cuja aprovação ainda não foi dada pelas autoridades concorrenciais do país. Há também a projeção de R$ 1,3 bilhão de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) por ano ou em 12 meses quando essas plantas estiverem operando com a capacidade máxima de utilização, de 75%, percentual esperado para o terceiro trimestre deste ano. No primeiro trimestre, as novas unidades já contribuíram com quase R$ 1,5 bilhão de receita. Com isso, e embarques em alta para Estados Unidos e China, a Minerva teve lucro líquido de R$ 185 milhões no período, de acordo com balanço divulgado ontem. Um ano antes, a companhia havia registrado um prejuízo de R$ 186,2 milhões.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná tem maior aumento na renda per capita entre estados do Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste
A média recebida pelos paranaenses passou de R$ 2.046 em 2023 para R$ 2.438 em 2024, salto de 19,2%. O crescimento da média brasileira entre um ano e outro foi de 9,3% (de R$ 1.848 para R$ 2.020).
O Paraná registrou o maior crescimento real no rendimento médio mensal domiciliar per capita entre os estados do Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil, com aumento de 19,2% na comparação entre 2023 e 2024. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) sobre Rendimento de Todas as Fontes, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A média recebida pelos paranaenses passou de R$ 2.046 em 2023 para R$ 2.438 em 2024. As únicas variações maiores na comparação entre os dois anos foram Pernambuco (28,5%), Sergipe (19,9%) e Alagoas (19,5%), no Nordeste, mas com valores recebidos pelos seus cidadãos menores do que do Paraná, variando de R$ 1.317 a R$ 1.436. O crescimento da média brasileira entre um ano e outro foi de 9,3% (de R$ 1.848 para R$ 2.020). O valor de R$ 2.438 é o maior da série histórica paranaense, segundo o IBGE. Desde 2019, o rendimento médio no Estado cresceu 56,9%, o equivalente a quase R$ 1.000, saltando de R$ 1.554 para os atuais R$ 2.438. O Paraná também subiu uma posição entre os maiores valores recebidos pelos seus cidadãos, saindo de 6º para 5º lugar, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 3.276), São Paulo (R$ 2.588), Santa Catarina (R$ 2.544) e Rio Grande do Sul (R$ 2.532). Outro dado levantado pelo Ipardes é a relação entre o rendimento médio do Brasil em proporção ao rendimento do Paraná. Em 2023, esse índice correspondia a 90,3% do rendimento médio domiciliar per capita do Estado. Já em 2024, caiu para 82,9%, uma vez que o crescimento da renda dos paranaenses foi maior que a média do País. Na prática, o brasileiro recebe 82,9% do rendimento de um paranaense. O salário médio dos paranaenses também está entre os melhores do Brasil, de acordo com o IBGE. O estado registrou crescimento de 9,2% do rendimento médio habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no 40 trimestre de 2024, em comparação a igual período de 2023. A pesquisa apontou para um salário médio de R$ 3.683, já excluída a inflação do período, ou seja, representando os ganhos em termos reais. O rendimento mensal real domiciliar per capita dos brasileiros chegou a R$ 2.020 em 2024, maior valor da série, com alta de 4,7% ante 2023. A Região Sul apresentou o maior valor (R$ 2.499), e o Nordeste o menor (R$ 1.319). Segundo o IBGE, os patamares recordes dos principais tipos de rendimentos em 2024 estão associados aos aumentos da população com rendimento, da população com rendimento habitual do trabalho e da população recebendo aposentadoria e pensão. Esses três grupos estão com seus maiores contingentes desde 2012, quando começa a série histórica da PNAD Contínua.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem queda forte após Copom e com perspectiva de acordos dos EUA
O dólar interrompeu sequência de três altas consecutivas e fechou a quinta-feira pós-Copom em baixa superior a 1%, reagindo a fatores como o avanço das taxas dos DIs de prazos curtos, a perspectiva de acordo comercial entre EUA e alguns de seus principais parceiros e o fluxo de recursos estrangeiros para a bolsa brasileira.
A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 1,44%, aos R$5,6620. No ano, a divisa acumula baixa de 8,37%. Às 17h43, na B3, o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- cedia 1,22%, aos R$5,7005. A sessão do mercado brasileiro de renda fixa foi marcada por ajustes técnicos nesta quinta-feira, o que também influenciou as cotações do dólar ante o real. Na noite de quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma alta de 50 pontos-base da Selic, para 14,75% ao ano, como era largamente esperado. Ao mesmo tempo, deixou a decisão no encontro de junho em aberto, dependente dos dados econômicos, podendo tanto encerrar o ciclo de altas quanto promover uma última elevação, desta vez de 25 pontos-base. Embora as taxas médias e longas dos DIs tenham recuado nesta quinta-feira, em meio à constatação de que, depois de parar o avanço da Selic, o passo seguinte do BC será cortá-la, as taxas dos DIs curtos avançaram com a leitura de que o BC ainda pode promover uma elevação residual de 25 pontos-base da Selic em junho. No mercado de câmbio, isso pesou sobre as cotações do dólar. Além do fator Copom, o câmbio foi influenciado pela notícia de que Estados Unidos e Reino Unido estavam fechando um acordo comercial -- o primeiro desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs tarifas de importação a seus parceiros. O otimismo com as conversas comerciais entre EUA e China no próximo fim de semana era outro fator favorável ao real. Para completar, o dia também foi de forte alta para o Ibovespa, superior a 2%, com profissionais voltando a citar o fluxo de capital estrangeiro para as ações brasileiras.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com exterior e Bradesco, mas reduz fôlego após nova máxima intradia
O Ibovespa fechou em forte alta na quinta-feira, renovando máxima histórica intradia no melhor momento, embalado pelo viés externo positivo, enquanto Bradesco disparou com resultado acima do esperado no primeiro trimestre.
No setor de proteínas, Minerva ON recuou 7,69%, abandonando o sinal positivo da abertura, quando chegou a subir mais de 4%. A companhia divulgou na véspera que teve lucro líquido de R$185 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de R$186,2 milhões apurado no mesmo período um ano antes, mas abaixo das previsões de analistas. A processadora de alimentos também estimou receita líquida entre R$50 bilhões e R$58 bilhões para 2025. No ano passado, a receita líquida somou R$34 bilhões. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 2,12%, a 136.231,90 pontos, tendo chegado a 137.634,57 no melhor momento, marcando um novo recorde intradia, e a 133.457,68 na mínima do pregão. O volume financeiro somou R$34,7 bilhões. A temporada de balanços também fez preço no pregão. Além dos números do Bradesco, investidores repercutiram nesta sessão números Azzas 2154, Auren Energia, Minerva e Ultra, entre outros, antes de uma nova bateria de resultados aguardada após o fechamento, incluindo Itaú, Lojas Renner, Hapvida, B3 e Cogna. Do exterior, agradou acordo comercial anunciado entre Estados Unidos e Reino Unido, enquanto o presidente norte-americano Donald Trump afirmou esperar negociações substanciais com a China no fim de semana, acrescentando que as tarifas não podem ir além de 145%. "Não dá para aumentar mais", afirmou. Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,58%. Na visão do chefe de análise e sócio da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, falas um pouco mais tranquilas relacionadas às questões tarifárias corroboraram o tom positivo nos negócios, mas ele destacou que o ambiente permanece de volatilidade, com muitas incertezas ainda no horizonte. No noticiário brasileiro, Cozzolino apontou eventos micro, como o resultado do Bradesco, como fatores que ajudaram na performance do Ibovespa, mas também citou o comunicado da decisão de política monetária do Banco Central na véspera, que criou a expectativa de que o ciclo de alta da Selic está perto do fim.
Reuters
Preços ao produtor no Brasil recuam em março pelo 2º mês seguido, diz IBGE
Os preços ao produtor no Brasil recuaram em março pelo segundo mês seguido diante da queda nos preços dos alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,62% em março sobre o mês anterior, depois de ter caído 0,12% em fevereiro. Os dois meses de deflação seguiram-se a 12 resultados positivos seguidos. O resultado do mês levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 8,37%.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 10 registraram variações negativas de preço em março sobre o mês anterior. "Há uma série de fatores (para o resultado de março). As variações negativas nos preços de alimentos – em particular das carnes bovinas congeladas, produto de maior peso no setor – é um fator que explica em grande parte o movimento", disse Alexandre Brandão, gerente do IBGE. Alimentos foi o setor industrial de maior destaque no resultado de março do IPP, com queda de 1,35%, mostrando variação negativa pelo terceiro mês seguido e a queda mais forte desde junho de 2023 (-3,30%). "Na comparação mensal, três grupos apresentaram variação negativa de preços, todas mais intensas que a média do setor (de alimentos): abate e fabricação de produtos de carne (-3,27%), fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais (-3,91%) e moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais (-2,61%)”, completou Brandão. Já a atividade de indústrias extrativas foi a que apresentou a maior variação na comparação mensal, com recuo de 3,61%, exercendo a segunda maior influência no resultado do IPP. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Reuters
IGP-DI aumenta 0,30% em abril e acumula alta de 8,11% em 12 meses
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,30% em abril, depois de ter recuado 0,50% em março, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
A variação ficou abaixo da mediana das estimativas de 12 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,35%, com intervalo das projeções entre 0,15% e 0,55%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 8,11% em 12 meses, desempenho que ficou abaixo da mediana de 8,18% das estimativas colhidas pelo Valor Data. O intervalo das projeções ia de 7,95% a 8,39%. Em abril de 2024, o IGP-DI havia subido 0,72% e acumulava queda de 2,32% em 12 meses. “O comportamento do IPA em abril reflete em grande parte as altas de preços da indústria de transformação, com destaque para alimentos processados. Esses movimentos podem indicar repasses de preços ao consumidor mais elevados para esse grupo de itens. No IPC, apesar de alimentação ainda gerar pressão, o grupo com maior impacto foi Saúde e Cuidados Pessoais com os reajustes de medicamentos que foram autorizados a partir de abril deste ano", destacou o economista do FGV Ibre Matheus Dias. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,20% em abril, ante queda de 0,88% um mês antes. O grupo de Bens Finais avançou 1,03% em abril, após elevação de 0,47% um mês antes. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,10% em março para 1,07% em abril. A taxa do grupo Bens Intermediários aumentou 0,23% em abril, após recuo de 0,29% em março. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,78% em abril, variação superior à taxa de 0,01% registrada em março. Por fim, o estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,34% em abril, após registrar queda de 2,10% em março. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,52% em abril, ante 0,44% em março. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, subiram mais Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 1,41%) e Despesas Diversas (0,32% para 0,88%). Reduziram o ritmo de baixa Educação, Leitura e Recreação (-1,21% para -0,36%) enquanto houve mudança de rumo em Vestuário (-0,01% para 0,36%). Em contrapartida, com alta menos marcada, apareceram Alimentação (1,19% para 0,72%), Transportes (0,41% para 0,10%), Comunicação (0,32% para 0,03%) e Habitação (0,52% para 0,48%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por fim, avançou 0,52% em abril, superior à taxa de 0,39% observada em março. Entre os três grupos constituintes do INCC, Materiais e Equipamentos foram de 0,24% para 0,43%; Serviços aceleraram de 0,23% para 0,57%; e Mão de Obra manteve a taxa de 0,61%, observada no mês anterior. O núcleo do IPC registrou taxa de 0,48% em abril, levemente acima do resultado do mês anterior, de 0,46%. Dos 85 itens componentes do IPC, 46 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 29 apresentaram taxas abaixo de 0,27%, linha de corte inferior, e 17 registraram variações acima de 0,78%, linha de corte superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 66,13%, 3,55 pontos percentuais acima do registrado em março, quando foi de 62,58%.
Valor Econômico
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