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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 797 DE 06 DE FEVEREIRO DE 2025

  • prcarne
  • 6 de fev.
  • 21 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 797 | 06 de fevereiro de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 


Boi gordo: pressão de baixa perde força e negócios seguem mornos

Na avaliação dos analistas da consultoria Agrifatto, a pressão baixista sobre os valores da arroba do boi gordo está perdendo força, com as escalas de abates das indústrias frigoríficas não ultrapassando oito dias, na média nacional. No Noroeste do Paraná, o cenário permaneceu de boa oferta de boiadas terminadas, com escoamento de carne travado. A cotação do boi e da vaca gordos caiu R$3,00/@. Para a novilha, o preço não mudou. A escala de abate está, em média, em oito dias úteis.

 

Os frigoríficos adotam uma postura cautelosa nas compras, focados principalmente na aquisição de fêmeas descartadas após a estação de monta. Em São Paulo, diz a Agrifatto, ocorreram negócios isolados de “boi-China” a R$ 335/@ para pagamento à vista. “Contudo, devido ao baixo volume transacionado, esse valor ainda não se firmou como referência”, afirmam os analistas. Segundo a Agrifatto, as expectativas de aumento do consumo de carne bovina nesta primeira quinzena de fevereiro, combinadas com a perspectiva de que a China retome as importações após o período de festividades do Ano Novo chinês, trazem esperança aos diversos agentes do mercado pecuário – incluindo os pecuaristas. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta quarta-feira, os preços dos animais terminados ficaram estáveis no mercado paulista, com exceção da novilha gorda, que subiu R$ 3/@, para R$ 315/@, no prazo. O boi gordo “comum” segue valendo R$ 325/@ em São Paulo, a vaca gorda é negociada por R$ 298/@ e o “boi-China” está cotado em R$ 327/@, de acordo com a Scot. Pelos dados da Agrifatto, nas 17 praças acompanhadas, as cotações dos bovinos terminados ficaram estáveis na comparação com terça-feira (4/5). No mercado futuro, após as quedas registradas na segunda-feira (3/2), a B3 voltou a operar em alta na terça-feira (4/2). Todos os contratos futuros subiram, com destaque para o vencimento de fevereiro/23, que encerrou o pregão cotado a R$323,45/@, com um avanço de 1,44% no comparativo diário. O possível aumento do consumo doméstico de carne bovina, típico das primeiras quinzenas do mês, pode refletir em ajustes positivos nos preços da maioria dos cortes bovinos, ainda que de forma moderada, antecipa a Agrifatto. “Esse movimento já se observa em categorias como boi castrado, dianteiro e ponta de agulha, que foram comercializadas ontem a valores superiores aos da semana passada e seguem em tendência de alta”, completa a consultoria. “O mercado segue estagnado quando se trata das negociações com os chineses, mas devem ganhar força a partir da próxima semana”, reforça a consultoria. As últimas ofertas da China para compra do dianteiro bovino brasileiro, foram de US$ 4.700/4.800/tonelada, porém, tal preço não é satisfatório para os exportadores. cotações do boi gordo da quarta-feira (5/2), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$ 315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha R$290,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de oito dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de oito dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias; Paraná — O boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Preço do suíno vivo no Paraná subiu 1,67% na quarta-feira (5)

A maior parte das cotações no mercado de suínos teve aumento nesta quarta-feira (5), com destaque para elevação de 1,67% para o preço do animal vivo no PR 

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 156,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,79%, fechando em R$ 12,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (4), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, custando R$ 7,94/kg. Houve alta de 1,23% em Minas Gerais, alcançando R$ 8,26/kg, avanço de 1,67% no Paraná, chegando em R$ 7,90/kg, incremento de 0,25% em Santa Catarina, valendo R$ 7,87/kg, e de 1,25% em São Paulo, fechando em R$ 8,08/kg. ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,24/kg e R$ 8,26/kg.

Cepea/Esalq

 

Aplicativo desenvolvido na USP permite aos produtores gerenciarem os riscos do estresse térmico nos suínos

Fabiano Gregolin explica que a ferramenta oferece relatórios detalhados e vídeos orientativos para maior eficiência da análise

 

O Brasil está entre os cinco maiores produtores de carne suína no mundo e a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, é de que mais de 5,5 milhões de toneladas de carne suína sejam produzidas no País em 2025. No entanto, diversos fatores, como o calor excessivo, por exemplo, podem afetar a qualidade do produto e diminuir a produtividade do setor. Com o objetivo de reduzir os problemas térmicos e proporcionar melhor conforto aos animais, foi desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, o GRT Suínos, aplicativo capaz de analisar os riscos aos suínos e direcionar o produtor para as medidas que devem ser tomadas para saná-los. De acordo com Fabiano Gregolin, desenvolvedor da patente e pesquisador do Grupo de Pesquisa em Bem-Estar, Ambiência e Zootecnia de Precisão (GBAZP) da Esalq, o conforto térmico é um dos principais desafios para a zootecnia. O aplicativo desenvolvido, segundo ele, foi projetado para identificar, avaliar e sugerir soluções para problemas relacionados ao estresse térmico em granjas. “O estresse térmico pode afetar diretamente a saúde, o crescimento e até a qualidade da carne. Nossa ferramenta orienta os produtores, passo a passo, gerando um relatório com análises detalhadas e sugestões de melhorias”, explica. Conforme o especialista, diferentemente de outros sistemas já existentes no mercado, o GRT Suínos é a primeira ferramenta a oferecer um gerenciamento completo dos riscos térmicos de forma integrada. Ele afirma que existem ferramentas que monitoram doenças, rastreamento logístico e outras questões relacionadas à suinocultura. No entanto, nenhuma delas aborda especificamente a gestão dos riscos térmicos. O público-alvo principal são produtores rurais, técnicos e gestores de granjas de diferentes portes. O aplicativo, compatível com dispositivos Android, foi projetado para ser intuitivo e acessível. O processo começa com o cadastro de informações sobre o ambiente, equipamentos e condição dos animais. Em seguida, o usuário avalia os riscos e atribui valores de impacto e probabilidade, contando com vídeos orientativos que aumentam a precisão da análise. No final, um relatório detalhado é gerado com recomendações para a melhoria do ambiente e bem-estar dos suínos. Com o desenvolvimento e validação já concluídos, Gregolin ressalta que o próximo passo para a ampliação do uso da tecnologia é a parceria com empresas de tecnologia voltadas para o setor agropecuário e de zootecnia de precisão. A expectativa é que a ferramenta contribua significativamente para a eficiência da suinocultura no Brasil, garantindo melhor qualidade de vida aos animais e maior produtividade para os criadores. “Nosso diferencial está na combinação de identificação do problema com soluções práticas baseadas em padrões internacionais, como a ISO 31000. Os testes técnicos e de usabilidade foram extremamente positivos, tanto para especialistas quanto para produtores. Agora, buscamos parceiros para disseminar a tecnologia e impulsionar sua adoção no mercado”, conclui Gregolin.

Jornal da USP

 

FRANGOS

 

Alta de 1,07% para o preço do frango resfriado, com demais cotações estáveis

O frango no atacado em São Paulo subiu 1,07% na quarta-feira (5), em meio às demais cotações estáveis

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado subiu 1,07%, custando, em média, R$ 7,55/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, da mesma forma que Santa Catarina, custando R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (4), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,24/kg e R$ 8,26/kg.

Cepea/Esalq

 

Brasil e Estados Unidos mantiveram menores custos de produção de frangos de corte em 2023

Estudo é coordenado anualmente pelo Instituto de Pesquisa em Economia de Wageningen, da Holanda

 

Dados apontam que em 2023 o Brasil e os Estados Unidos tiveram o menor custo de produção de frangos de corte em comparação com três países da União Europeia – Holanda, Alemanha e Polônia. A estimativa é feita anualmente pelo Instituto de Pesquisa em Economia da Universidade de Wageningen, com coordenação do pesquisador e economista em avicultura Peter van Horne, e tem como objetivo avaliar a competitividade dos países. A ferramenta de cálculo de custo foi desenvolvida por ele para comparar os custos de produção da carne de frango entre países. Os dados para o Brasil referem-se a um aviário climatizado com pressão positiva no estado do Paraná e foram disponibilizados pela Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC). Para o pesquisador da área de socioeconomia, Marcelo Miele, “é importante divulgar essas informações para os agentes da cadeia produtiva no Brasil”. Os custos de produção nas granjas do Brasil são os menores comparados aos dos demais países elencados no estudo, com um valor de R$ 4,53 por kg vivo, seguido dos Estados Unidos com R$ 5,23 por kg vivo. Já a Alemanha apresentou o maior custo, ficando em R$ 6,08 por Kg vivo. Para chegar nesses números, os pesquisadores avaliaram os itens de custo: ração, pintos de um dia, mão de obra, outros e instalações. Em relação à instalação, a metodologia considerou manutenção, depreciação e juros sobre capital.

Embrapa Suínos e Aves

 

Número de empresas que usam ovos de galinhas livres cresce no Brasil

Ainda falta transparência com os compromissos de bem-estar animal, afirma estudo. Em 2025, mais de 130 empresas no Brasil devem concluir a transição para ovos livres de gaiolas 

 

Dezesseis empresas no Brasil já utilizam 100% de ovos livres de gaiolas, enquanto outras 13 estão em processo de transição para essa prática, aponta o relatório EggLab 2024, divulgado pelo Fórum Animal. O levantamento, que envolveu 48 empresas, foi realizado a partir de respostas ao questionário EggLab e/ou relatórios públicos das empresas. Ao todo, 204 empresas com operações no Brasil foram contatadas. O relatório aponta que 2025 será um ano crucial, com mais de 130 empresas no Brasil previstas para concluir a transição para ovos livres de gaiolas, de acordo com compromissos assumidos anteriormente. “Com 2025 marcando o fim dos prazos de transição para muitas dessas empresas, será um ano decisivo para consolidar mudanças significativas no bem-estar animal”, diz Lucas Galdioli, gerente de projetos do Fórum Animal. No entanto, ele defende que “ainda há um grande número de empresas que precisam ser mais transparentes em seus compromissos”. Entre as 16 empresas que atingiram a meta de adotar ovos livres de gaiolas estão produtores, indústrias, restaurantes e estabelecimentos turísticos, como Aurora Alimentos, Barilla, Beal/Festval, Botanikafé, BRF, Fogo de Chão, Granja Killer, Hotel Unique, Lig-Lig, Mania de Churrasco, Nissin e Padaria dos Bebês. As 13 empresas que estão no processo de transição incluem AB Brasil, Accor Hotels, Brownie do Luiz, Casa do Pão de Queijo, ClubMed, Didio Pizza, Divino Fogão, Ferrero, Forno de Minas, GPA, Hippo Supermercados, IMC - International Meat Company e JBS.

Globo Rural

 

MEIO AMBIENTE

 

Estudo aponta deficiência em tecnologias que prometem reduzir emissões na pecuária

Soluções tecnológicas para reduzir impacto ambiental da produção de carnes atraem mais recursos, mas têm menos impacto do que soluções baseadas na natureza. FAIRR Iniciative avaliou 22 técnicas aplicadas globalmente na criação de gado e na produção de rações para a redução de emissões

 

Tornou-se um mantra entre as empresas de carnes nos últimos anos afirmar que a solução para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na pecuária é a tecnologia. O discurso tem convencido empreendedores e financiadores, que gastam tempo e recursos em soluções tecnológicas para reduzir o impacto ambiental da atividade. Mas um grupo relevante de investidores avalia que essa saída é menos eficiente — e, em alguns casos, pode ser até contraprodutiva. A FAIRR Iniciative, que reúne mais de 400 gestoras e investidores globais com mais de US$ 75 bilhões em ativos sob gestão, avaliou 22 técnicas aplicadas globalmente na criação de gado e na produção de rações para a redução de emissões. O estudo foi feito com a Climate Policy Iniciative (CPI) e o Vibrant Data Labs. A conclusão é que a maioria das soluções tecnológicas aplicadas nas fazendas tem baixa eficiência e pode ter até um efeito indesejado, ao aumentar a produção e as emissões totais. Das 10 soluções analisadas, sete incorrem nesse problema. Contudo, as opções tecnológicas recebem mais recursos do que as soluções baseadas na natureza. De forma geral, soluções tecnológicas receberam 55% dos recursos públicos para alternativas de mitigação dos problemas ambientais nas fazendas contra 45% das soluções baseadas na natureza. O capital privado tem ainda maior predileção por soluções climáticas tecnológicas: 67% dos recursos de venture capital e filantrópicos dos EUA vão para soluções baseadas em tecnologia, contra 33% para as baseadas na natureza. A tecnologia que mais atraiu capital privado foi a de melhoramento genético de culturas agrícolas para ração. Uma das soluções tecnológicas já aplicada, com retorno financeiro de médio prazo, é a produção de biogás a partir de resíduos animais e agrícolas. O estudo observa que, ainda que a técnica dê um destino aos resíduos, há “forte evidência” de efeitos colaterais, já que a biodigestão pode acabar incentivando a criação intensiva de animais e aumentando a concentração de resíduos. A mesma lógica se repete no caso dos aditivos sintéticos para ração que reduzem a produção de metano na fermentação entérica dos animais. Segundo o estudo, essa solução pode ajudar a intensificar os sistemas de produção. Em compensação, pesquisas para desenvolver aditivos naturais para reduzir a produção de metano, que ainda não estão no mercado, já recebem mais financiamentos — ao menos do capital privado. O estudo também cita a adoção de melhoramento genético de animais. Embora a técnica seja a quinta mais beneficiada por recursos públicos destinados para soluções climáticas nas fazendas nos EUA, a seleção genética reduz apenas o índice de emissões de gases-estufa por cabeça. Mas, ao aumentar a produtividade de um animal, também cresce o consumo de ração e outros insumos, o que resulta em mais emissões na cadeia, de acordo com análise do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Já as soluções baseadas na natureza são mais efetivas no longo prazo e são lucrativas, concluiu a FAIRR Iniciative. Entre essas técnicas estão o uso de culturas de cobertura na entressafra de grãos, rotação de culturas, plantio direto e uso de insumos orgânicos. Tais soluções podem melhorar o aproveitamento da água no solo tanto quanto tecnologias de eficiência de irrigação, com a vantagem de terem mais impactos ambientais positivos, diz o estudo. Mas essas técnicas naturais recebem apenas 7% do capital público direcionado globalmente a intervenções climáticas nas fazendas, enquanto sistemas de eficiência de irrigação recebem 29% desse capital, sendo o principal destino de recursos para soluções climáticas nas fazendas, de acordo com o estudo.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Inventário de gado de corte dos EUA cai para o nível mais baixo em 64 anos

A redução do rebanho bovino continua sendo o grande tema do mercado de gado e uma das razões pelas quais os preços do gado continuam subindo. O Relatório Anual de Inventário de Gado do USDA, divulgado na sexta-feira, mostra que o rebanho de gado dos EUA encolheu mais 1% no último ano, chegando agora a 86,7 milhões de cabeças. Quando se considera apenas o número de vacas de corte, esse inventário caiu 1%, agora totalizando 27,9 milhões de cabeças.

 

Outros destaques do relatório de janeiro sobre o gado incluem: Do total de 86,7 milhões de cabeças de gado e bezerros, o número de vacas e novilhas que já pariram totalizou 37,2 milhões. O número de vacas leiteiras nos EUA aumentou ligeiramente para 9,35 milhões. A produção de bezerros nos EUA foi estimada em 33,5 milhões de cabeças, uma leve queda em relação ao ano anterior. O USDA NASS informou que o número de bovinos confinados foi de 14,3 milhões de cabeças, uma redução de 1% em relação a 2024. “A principal conclusão, como vemos, foi a revisão para cima dos números do ano passado, algo que já esperávamos. O número de abates no último ano foi maior do que o indicado pela pesquisa anterior. Acho que a maioria no mercado já antecipava isso, mas não sei se os traders automatizados tinham essa percepção”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities do StoneX Group. “Tudo parecia estar dentro do esperado até chegarmos ao número de novilhas de reposição para corte. Isso me pegou um pouco de surpresa, já que estávamos discutindo a retenção de novilhas”, afirmou Scott Varilek, da Kooima Kooima Varilek, de Sioux Center, Iowa, ao programa AgDay, de Michelle Rook. “Achávamos que essa retenção estava acontecendo e o último relatório de confinamento mostrou um número um pouco menor de novilhas confinadas. No entanto, com uma estimativa de 101% e um resultado de 99%, ainda estamos abaixo dos níveis do ano passado e não vemos sinais claros de reconstrução do rebanho de vacas.” O relatório de inventário do USDA do ano passado já indicava o menor rebanho de gado em 73 anos. Sem sinais fortes de recomposição do rebanho e com os preços elevados não incentivando a retenção de novilhas, os economistas agrícolas esperavam uma nova redução no rebanho dos EUA este ano, o que foi exatamente o que o USDA revelou na sexta-feira. “O próximo ponto importante é que ainda não começamos a reconstrução do rebanho reprodutivo. Assim, podemos ter números um pouco mais altos nos próximos seis meses, mas depois disso o mercado deve se apertar ainda mais — e significativamente — quando de fato começarmos a reter novilhas”, explicou Suderman. Os preços do gado continuaram batendo recordes nesta semana. Sem sinais de desaceleração, a grande questão é até onde esses preços podem chegar. De acordo com Michelle Rook, do AgDay, o mercado de gado segue quebrando recordes tanto no mercado futuro quanto no mercado físico. Ela relatou um mercado de boi gordo forte, combinado com o fechamento da fronteira para as importações de bezerros de engorda do México, o que também impulsionou os preços do gado vivo e dos contratos futuros para máximas históricas. Existe algum sinal de desaceleração do mercado, ou estamos perto do topo? Suderman afirma que, fundamentalmente, os sinais indicam uma oferta apertada, mas a demanda preocupa. “Infelizmente, esses sinais geralmente aparecem depois que o mercado já atingiu o topo, o que deixa muitos pecuaristas nervosos”, disse ele. “Fundamentalmente, a oferta continuará se reduzindo. Mas, no fim das contas, tudo se resume ao consumidor. A confiança do consumidor recuou em janeiro, o que é um sinal de alerta. As manchetes estão repletas de cenários assustadores sobre uma possível guerra comercial devido às tarifas, o que pode reduzir ainda mais a confiança do consumidor. Isso não é um bom indicativo para a disposição dos consumidores em pagar mais por cortes de carne a esses preços elevados.” O que será necessário para os pecuaristas começarem a reconstruir seus rebanhos? O que poderia mudar a mentalidade dos pecuaristas e dar-lhes confiança para expandir seus rebanhos novamente? Essa foi a pergunta feita na última edição do Ag Economists’ Monthly Monitor, uma pesquisa anônima realizada com cerca de 70 economistas agrícolas de todo o país. Enquanto alguns acreditam que será apenas uma questão de tempo, outros destacaram fatores econômicos como retornos fortes na cria, preços mais fracos do boi gordo e valores menores nas praças de venda. Outros economistas citaram: “Os preços elevados de hoje certamente são um incentivo, juntamente com a expectativa de custos moderados com alimentação.” “Políticas governamentais, demanda global, ciclo de preços.” “Melhores condições de pastagens na primavera podem ser o fator mais importante para o crescimento. Mais mão de obra qualificada também pode ser um fator crítico.” “Confiança de que a economia geral está em boa situação e que não haverá choques negativos de política econômica. E, claro, é essencial que haja forragem suficiente.” “Melhoria nos padrões climáticos no Oeste, juntamente com margens lucrativas.”

Drovers


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Quebra na safra de soja do PR reduz produção para 21,3 milhões toneladas

Colheita da soja avança, mas clima reduz produtividade

 

Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado na última quinta-feira (30), a produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas no Paraná, registrando uma quebra de quase 1 milhão de toneladas em relação às expectativas iniciais do Departamento de Economia Rural (Deral). O volume esperado era de 22,3 milhões de toneladas, mas as condições climáticas adversas afetaram o rendimento das lavouras. As regiões Oeste, Noroeste e Centro-Oeste foram as mais impactadas, sofrendo com altas temperaturas e déficit hídrico. As chuvas irregulares aumentaram a evapotranspiração, prejudicando principalmente solos mais arenosos ou rasos. A colheita avançou para 18% da área total de 5,77 milhões de hectares, com uma produtividade média de 134 sacas por alqueire (55 sacas/ha). No entanto, há grande variação entre as regiões. No Regional de Toledo, onde a situação é mais crítica, 84% da área já foi colhida, enquanto no Sul do estado, as produtividades podem chegar a 160 sacas por alqueire (66 sacas/ha). Além das perdas na produtividade, os produtores enfrentam queda nos preços da soja. Em 19 de dezembro de 2024, o preço da saca era de R$ 127,57, mas caiu para R$ 117,83 em 29 de janeiro de 2025, uma redução de 8%. A desvalorização ocorre mesmo com a alta das cotações internacionais, devido à correção cambial e ao avanço da safra no país.

Agrolink

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar interrompe série negativa e sobe ante real, mas segue abaixo de R$5,80

O dólar interrompeu uma sequência de 12 sessões consecutivas de baixas e fechou a quarta-feira em alta, mais ainda abaixo dos R$ 5,80, com investidores realizando lucros mais recentes no Brasil, enquanto no exterior o dia foi de nova queda da moeda norte-americana

 

Após a maior sequência negativa em 20 anos ante o real, o dólar à vista fechou a quarta-feira em alta de 0,37%, aos R$ 5,7935, no primeiro avanço diário desde 17 de janeiro. Em 2025 a moeda norte-americana acumula baixa de 6,24%. Às 17h04 na B3 o dólar para março -- atualmente o mais líquido no mercado brasileiro -- subia 0,68%, aos R$ 5,8205. O dólar chegou a cair no início do dia, mas rapidamente migrou para o território positivo com investidores realizando lucros e recompondo posições compradas na moeda norte-americana após os recuos recentes. Nas 12 sessões anteriores, o dólar havia acumulado queda de 4,83%, o que abria espaço para a realização. Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, afirmou que não houve um motivo concreto para a alta do dólar ante o real, exceto uma correção após 12 dias de queda. “Não que este seja um sinal de reversão de tendência. Acho que a tendência deve continuar... (sendo) de queda”, acrescentou. No exterior, a quarta-feira foi mais um dia de baixa para o dólar, em meio à percepção de que as ameaças de tarifas dos EUA contra México, Canadá e China passarão por negociações, sem se transformarem necessariamente numa guerra comercial mais ampla. No Brasil, o mercado esteve atento ainda a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após encontro com o novo presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Haddad reforçou que a reforma do Imposto de Renda (IR) a ser proposta pelo governo, que prevê isenção para quem ganha até 5 mil reais por mês, irá incluir medidas para compensar a renúncia fiscal. Pela manhã o Banco Central vendeu, em sua operação diária, 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025. À tarde o BC informou que o Brasil fechou o mês de janeiro com fluxo cambial total negativo de US$ 6,700 bilhões, resultado de saídas líquidas de US$ 4,562 bilhões pela via comercial e remessas de US$ 2,137 bilhões pelo canal financeiro. Apesar do resultado negativo, a última semana de janeiro, entre 27 e 31, foi de fluxo positivo, com entrada total de US$ 1,253 bilhão no país.

Reuters

 

Ibovespa sobe com apoio de bancos; volume negociado de Embraer dispara no pregão

O índice fechou em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos, mesmo em um dia de avanço dos juros futuros 

 

Em uma sessão volátil, as expectativas e reações em torno dos resultados de bancos deram um impulso para o Ibovespa terminar a sessão desta quarta-feira (5) em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos, mesmo em um pregão de avanço dos juros futuros. O destaque ficou para as units do Santander, que avançaram 6,20%. O movimento ocorreu após a divulgação do balanço do banco, que foi lido como positivo pelos agentes financeiros. Analistas destacaram o avanço da margem financeira bruta com clientes e o retorno sobre patrimônio (ROE) ajustado de 17,6%. O banco reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,854 bilhões no quarto trimestre do ano passado, acima das projeções de profissionais consultados pelo Valor, que estimavam alta de R$ 3,702 bilhões. Em nota, analistas do Citi apontam que os resultados do banco seguem mostrando uma melhora estrutural em termos de qualidade dos ativos, com provisões ainda mais baixas. “A disciplina do banco está se refletindo na eficiência, mas vemos que melhorias estruturais no ROE [Retorno sobre o Patrimônio Líquido] só ocorrerão com um apetite por risco mais forte, o que não parece ser o caso para 2025”, disseram os especialistas, que mantiveram a recomendação neutra para o papel. Após o fechamento do mercado foi a vez do Itaú Unibanco divulgar o seu balanço. O banco reportou um lucro recorrente de R$ 10,884 bilhões no 4º trimestre, alta de 1,9% no trimestre e de 15,8% em 12 meses. O número ficou acima das previsões de analistas, de R$ 10,831 bilhões. Antes da divulgação, as ações PN da instituição subiram 1,52%. O volume financeiro negociado em papéis do Itaú Unibanco chegou a R$ 1,37 bilhão e foi o segundo maior do dia, atrás apenas da Embraer, em que o montante negociado bateu R$ 1,42 bilhão. As ações da fabricante de aviões dispararam 15,51% e o valor de mercado dela bateu R$ 49,1 bilhões. Em relatório, os analistas do Itaú BBA destacaram que o inesperado acordo de US$ 7 bilhões feito entre a e a Flexjet confirmou que a unidade de aviação executiva da fabricante de aviões será um dos principais gatilhos de crescimento neste ano. O volume financeiro do índice hoje foi de R$ 15,4 bilhões, um pouco acima da média diária vista desde o começo do ano, que está em R$ 14,8 bilhões. Enquanto isso na B3, o giro financeiro bateu R$ 19,6 bilhões. Em NY, as bolsas americanas subiram: o Dow Jones teve alta de 0,71%, o S&P 500 subiu 0,39% e o Nasdaq avançou 0,19%.

Valor Econômico

 

Setor de serviços do Brasil tem em janeiro primeira contração em 16 meses, aponta PMI

A atividade de serviços no Brasil mostrou forte piora no início do ano e registrou retração pela primeira vez em quase um ano e meio em janeiro, em meio a piora da demanda e a intensificação das pressões inflacionárias, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

 

O levantamento divulgado na quarta-feira pelo pela S&P Global mostrou queda do índice para 47,6 em janeiro, de 51,6 em dezembro, indo abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde setembro de 2023. Esse é o nível mais baixo para o PMI de serviços desde abril de 2021, atingido em meio a um novo declínio na entrada de novos negócios, o que levou as empresas a reduzirem a produção no ritmo mais forte também desde abril de 2021. A fraqueza da demanda e o subsequente declínio na entrada de novos negócios foram apontados pelos participantes da pesquisa como as principais causas da perda de força do setor. A contração das vendas em janeiro foi moderada, segundo a pesquisa, mas ainda assim a mais intensa em quase quatro anos. Junto a isso, os custos de insumos e os preços de produção avançaram para a taxa mais intensa em dois anos e meio. Pressionaram os custos a força do dólar, preços internacionais mais altos e um mercado doméstico inflacionado. Os únicos pontos positivos na pesquisa foram um leve aumento no emprego e a melhora na confiança após ter atingido a menor marca em 43 meses em dezembro. Sustentaram o otimismo em janeiro expectativas de uma tendência melhor para a demanda e condições econômicas mais favoráveis. Alguns entrevistados também projetaram que a diversificação e novos processos de prospecção podem ajudar na recuperação. Já o emprego avançou pelo terceiro mês seguido em janeiro, mas o ritmo de criação de vagas foi marginal, com menos de 7% das empresas consultados citando número mais alto de funcionários. Apesar de a atividade industrial do Brasil ter mostrado ligeira melhora em janeiro, o PMI Composto também entrou em território de contração devido ao desempenho da atividade de serviços, caindo de 51,5 em dezembro para 48,2, nível mais baixo desde abril de 2021.

Reuters

 

Produção industrial do Brasil cresceu em 2024, mas mostrou perda de força no fim do ano

A indústria brasileira cresceu em 2024, apesar da perda de força no fim do ano, com nova queda da produção em dezembro, que reforçou os sinais de desaceleração da economia

 

Em dezembro, a produção da indústria teve queda de 0,3% em relação a novembro, terceiro mês consecutivo no vermelho, período em que acumulou perdas de 1,2%, embora o resultado ainda tenha sido um pouco melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de retração de 0,5%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior a produção aumentou 1,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira, contra projeção de avanço de 1,1%. Com isso, o setor terminou o ano de 2024 com alta acumulada de 3,1%, mostrando forte aceleração após avanço de apenas 0,1% em 2023 e marcando o ritmo mais forte desde 2021 (+3,9%), quando a economia se recuperava da pandemia. “De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”, disse André Macedo, gerente da pesquisa no IBGE. O resultado mensal, no entanto, corrobora as expectativas de perda de força da economia no final do ano passado e de desaceleração em 2025, em meio ao aumento da taxa de juros, desvalorização do real e inflação elevada, mesmo com um mercado de trabalho robusto. “Essa perda de dinamismo da indústria guarda uma relação com a redução nos níveis de confiança das famílias e dos empresários, explicada, em grande parte, pelo aperto na política monetária, com o aumento das taxas de juros a partir de setembro de 2024, a depreciação cambial, impactando os custos, e a alta da inflação, especialmente de alimentos”, avaliou Macedo. No mês passado o Banco Central elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e manteve a orientação de mais uma alta equivalente em março, deixando os passos seguintes em aberto. Os números de dezembro de vendas no varejo e volume de serviços que ainda serão divulgados pelo IBGE devem dar um cenário mais claro sobre a temperatura da atividade no final do ano. Os dados da pesquisa sobre a indústria mostraram que em dezembro a produção ainda estava 15,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. As principais influências negativas no mês foram exercidas por máquinas e equipamentos, com queda de 3,0% sobre novembro; e produtos de borracha e de material plástico, com recuo de 2,5%. Entre as categorias econômicas, a produção de bens de consumo recuou 2,2% em dezembro sobre o mês anterior, enquanto os bens de capital tiveram queda de 1,1%. Somente os bens intermediários registraram alta na fabricação, de 0,6%. Já no ano, colaboraram principalmente para o crescimento as altas de 12,5% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias; de 14,7% em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%); e de 12,2% de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Os resultados mostraram ainda que bens de capital tiveram o melhor desempenho no acumulado do ano, com alta de 9,1%, enquanto a fabricação de bens de consumo aumentou 3,5% e a de bens intermediários cresceu 2,5%.

Reuters

 

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