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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 860 DE 13 DE MAIO DE 2025

  • prcarne
  • 13 de mai.
  • 16 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 860 | 13 de maio de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Entressafra avança e pressiona preços do boi gordo

Na segunda-feira (12/5), macho terminado e vaca gorda registraram retração de R$ 3/@ e R$ 5/@, respectivamente, na praça de SP, destacou a Scot. Após sete dias úteis sem mudança nos preços do boi gordo, as cotações de todas as categorias recuaram na segunda-feira (12/5) nas praças paulistas, informou. No Paraná, o Boi vale R$315,00: Vaca: R$285,00: Novilha: R$300,00: Escalas de abate: 8 dias

 

Agora, o boi gordo vale R$ 315/@, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 320/@, ambos com baixa de R$ 3/@ em relação aos preços de sexta-feira (9/5), disse a Scot. A vaca e a novilha gordas registraram um recuo diário de R$ 5/@ em São Paulo, fechando o dia cotadas em R$ 280/@ e R$ 298/@, respectivamente, acrescentou a consultoria. Pelos dados da Scot, a escala de abate entre os frigoríficos paulista está, em média, em nove dias. Pela apuração da segunda-feira da Agrifatto, alguns frigoríficos resolveram se afastar temporariamente dos negócios envolvendo boiadas gordas. “As transações foram limitadas ao patamar necessário apenas para a manutenção das escalas de abate, atualmente suficientes para atender, em média, nove dias de abate em todo o País”, relata a Agrifatto, que semanalmente divulga um relatório das programações das indústrias nas principais praças do País. No varejo, de acordo com apuração da Agrifatto, as vendas de carne bovina ao longo do último final de semana foram positivas, impulsionado pelo aumento da demanda no domingo do Dia das Mães. Além disso, prevê a Agrifatto, “amparados pelo histórico de que os preços do boi gordo em maio geralmente ficam abaixo das cotações de abril, os frigoríficos devem seguir pressionando por reduções na arroba do boi gordo”. Na segunda-feira, pelos dados levantados pela Agrifatto, 3 das 17 praças monitoradas pela consultoria registraram desvalorização na arroba do boi gordo: Pará, Rondônia e Tocantins. Nas demais regiões, as cotações ficaram inalteradas em relação aos valores de sexta-feira (9/5), acrescenta a Agrifatto. No mercado futuro, os preços do boi gordo voltaram a registrar queda na sessão da última sexta-feira (9/5) da B3. O contrato com vencimento em agosto/25 encerrou o pregão cotado a R$ 320,80/@, com retração de 1,41% em relação ao dia anterior. Na última semana, as vendas de carne bovina no atacado paulista variaram de razoáveis a boas, informou a Scot. No entanto, com o aumento da oferta — reflexo da regularização dos abates após os feriados —, os preços das carcaças sofreram queda, destaca a consultoria. Preços da arroba no levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO, Boi comum: R$315,00. Boi China: R$325,00. Média: R$320,00. Vaca: R$285,00. novilha: R$300,00. Escalas de abate: 9 dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00. Boi China: R$305,00 Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate: 9 dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate: 8 dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate: 8 dias. TOCANTINS E PARÁ: Boi comum: R$280,00. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate: 10 dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00 Escalas de abate: 9 dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate: 10 dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate: 9 dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Mercado de sebo e couro enfrenta pressão com concorrência do óleo de soja e desaquecimento da demanda chinesa

O mercado de subprodutos do abate, como sebo e couro bovino, segue pressionado em 2025, refletindo diretamente no desempenho e na rentabilidade dos frigoríficos brasileiros. Embora sejam mercados menos acessíveis ao produtor rural, esses segmentos desempenham papel importante na precificação e agregação de valor à cadeia da carne bovina.

 

De acordo com Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria, o sebo bovino tem enfrentado forte concorrência do óleo de soja, especialmente no setor de biocombustíveis. A mudança de cenário ocorre em um momento em que o Brasil colhe uma safra recorde de soja, ampliando a disponibilidade de óleo vegetal e reduzindo os preços. “O óleo de soja, mais barato, passou a ocupar maior espaço na composição do biodiesel, reduzindo a participação do sebo”, afirma o analista. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que, entre janeiro e março deste ano, o uso do sebo bovino na produção de biodiesel caiu cerca de 20%, enquanto a participação do óleo de soja alcançou quase 80%. Esse cenário também impactou as exportações brasileiras. Os Estados Unidos, principal destino do sebo nacional, têm aumentado significativamente a importação de óleo de soja brasileiro, diminuindo a demanda pelo sebo.

Scot Consultoria

 

Embarques de carne bovina alcançam 67,1 mil toneladas até a segunda semana de maio/25

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic os embarques de carne bovina in natura alcançaram 67,1 mil toneladas até a segunda semana de maio/25. No ano anterior, o mês de maio exportou 211,9 mil toneladas em 21 dias úteis.

 

A média diária exportada até a segunda semana de maio/25 ficou em 11,1 mil toneladas e registrou alta de 10,9%, quando se compara com a média observada em maio de 2024, que estava em 10 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.103 por tonelada e isso representa um ganho anual de 13,3%, quando se compara com os valores observados em maio de 2024, em que estavam em US$ 4,503 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a segunda semana de maio ficou em US$ 342,7 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 954,4milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 57,1 milhões, num ganho de 25,7%, frente ao observado no mês de maio do ano passado, que ficou em US$ 45,4 milhões.

SECEX/MDIC

 

SUÍNOS

 

Preços em queda no RS e SC para o mercado de suínos na segunda-feira (12)

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,90/kg, em média.

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (9), houve aumento apenas em São Paulo, na ordem de 0,47%, chegando a R$ 8,60/kg. Houve queda de 0,12% tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina, custando, respectivamente, R$ 8,12/kg e R$ 8,17/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg) e Paraná (R$ 8,20/kg).

Cepea/Esalq

 

Receita com exportações de carne suína em 6 dias úteis chegam a 42% do total arrecadado em maio de 2024

Seguindo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, a receita com as exportações de carne suína in natura, até a segunda semana de maio (seis dias úteis), já chegou a mais de 42% do total arrecadado em maio do ano passado.

 

A receita obtida, US$ 88,5 milhões representa 42,15% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 210 milhões. No volume embarcado, as 34.708 toneladas representam 37,87% do total registrado em maio do ano passado, com 91.629 toneladas. O faturamento por média diária até a segunda de maio foi de US$ 14,7 milhões, valor 47,6% maior do que maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 6,72% observando os US$ 13,8 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.784 toneladas, houve incremento de 32,6% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, aumento de 4,53%, comparado às 5.533 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.551, ele é 11,3% superior ao praticado em maio passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 2,09% em relação aos US$ 2.499 anteriores.

SECEX/MDIC

 

FRANGOS

 

Estabilidade na segunda-feira (12) para o mercado do frango

Preços estáveis dominaram as cotações no mercado do frango nesta segunda-feira (12).

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,24%, custando, em média, R$ 8,28/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (9), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado ficou estáveis, valendo, respectivamente, R$ 8,73/kg e R$ 8,74/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango: faturamento e volume exportados em 6 dias úteis equivalem a cerca de 30% do total de maio do ano passado

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, a receita das exportações de carne de aves in natura até a segunda semana de maio (seis dias úteis), representou pouco mais de 30% do faturamento e a volume embarcado em comparação a todo o mês de maio do ano passado.

 

A receita obtida, US$ 251 milhões representa 33,38% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 751,8 milhões. No volume embarcado, as 139.401 toneladas representam 32,84% do volume registrado em maio de 2024, com 424.417 toneladas. O faturamento por média diária até o início deste mês foi de US$ 41,8 milhões quantia 16,9% maior do que a registrada em maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 3,48% quando comparado aos US$ 40,4 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 23.233 toneladas, incremento de 15,0% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, elevação de 5,44% em relação às 22.033 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.800, ele é 1,7% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda de 1,86% no comparativo com o valor de US$ 1.835,003 visto na semana passada.

SECEX/MDIC

 

INTERNACIONAL

 

Preços da carne bovina nos EUA disparam enquanto pecuaristas enfrentam rebanhos mais reduzidos em 70 anos

Os preços da carne bovina nos Estados Unidos estão disparando para níveis recordes, à medida que o rebanho de gado do país atinge seu menor nível em mais de 70 anos, colocando ainda mais pressão sobre as contas de supermercado dos americanos.

 

O preço médio de um quilo de carne moída chegou a US$ 12,77 nas cidades americanas em março, um aumento de 12,8% no último ano e o maior já registrado, segundo dados do Departamento do Trabalho. O preço de bifes de carne bovina não cozidos também atingiu níveis recordes, chegando a US$ 24,21 por quilo. Uma seca prolongada no oeste dos EUA secou as pastagens, e os pecuaristas americanos vêm reduzindo constantemente seus rebanhos, criando uma escassez que elevou o preço dos bezerros e, por consequência, de outros produtos de carne bovina. Os custos com mão de obra e seguros também aumentaram e, mesmo com os bovinos atingindo pesos mais elevados do que nunca, isso não tem sido suficiente para compensar a queda no número de animais. “A carne bovina está enfrentando as condições de mercado mais desafiadoras que já vimos”, disse Donnie King, CEO da Tyson Foods, a maior processadora de carne dos EUA, a analistas ao divulgar os resultados do segundo trimestre da empresa nesta segunda-feira. O resultado, segundo Todd Foley, diretor financeiro interino da Kroger, é uma “inflação desproporcional” sobre a carne bovina, mesmo com os preços de outros alimentos, com exceção dos ovos, devendo permanecer “estáveis”. Os preços dos alimentos, e particularmente dos ovos, têm sido uma fonte de frustração para os consumidores e um foco da administração Trump. A inflação persistente foi um tema central da campanha presidencial de Donald Trump em 2024, e ele tem criticado o aumento dos preços dos alimentos. Os custos mais altos da carne devem pesar no sentimento do consumidor, especialmente com a chegada da temporada de churrascos de verão. A Tyson afirmou que seus clientes começaram a migrar para cortes de carne de menor qualidade ou para carnes mais baratas, como o frango, já que o preço médio de seus produtos bovinos aumentou 8,2% apenas entre fevereiro e abril. Essa mudança custou ao setor de carne bovina da Tyson US$ 181 milhões durante os seis meses encerrados em março, embora as vendas de frango tenham garantido lucros acima das expectativas dos analistas. Embora os preços em alta possam ter apertado os processadores de carne, que agora precisam pagar mais pelo gado, eles têm sido uma bênção para os pecuaristas, que vinham sendo pressionados pelos custos crescentes de criação dos animais. Essa tendência pode atrasar o processo, que leva anos, de reconstrução do rebanho bovino nos EUA o suficiente para reduzir os preços nos supermercados e restaurantes.

Financial Times

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

US$ 1,56 bilhão: exportação de carne do Paraná cresce 20,8% nos primeiros meses de 2025

O valor, que consta no Informativo do Comércio Exterior Paranaense, divulgado na segunda-feira (12), leva em conta o volume vendido pelo Paraná a outros países de carne de frango, suína e bovina nos quatro primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2024.

As exportações de carnes in natura feitas pelo Paraná chegaram a US$ 1,56 bilhão entre janeiro e abril de 2025, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O volume representa um crescimento de 20,8% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram exportados US$ 1,29 bilhão. A de frango representa a maior fatia entre a exportação de carnes. Foram exportados US$ 1,32 bilhão em carne de frango in natura, o que representa um crescimento de 14,4% em relação ao ano anterior. O produto é o segundo alimento exportado pelo Paraná, atrás somente da soja em grão, com US$ 1,47 bilhão. A carne suína in natura teve crescimento de 75,1% nas exportações, chegando a US$ 172 milhões comercializados com outros países. Já a carne bovina in natura registrou aumento de 86,5% e chegou a US$ 60,5 milhões no período. Considerando todos os produtos da pauta, as exportações paranaenses chegaram a US$ 7,44 bilhões, com destaque também para farelo de soja (US$ 389 milhões), açúcar bruto (US$ 308 milhões), cereais (US$ 267 milhões), papel (US$ 261 milhões), automóveis (US$ 218 milhões), madeira compensada ou contraplacada (US$ 213 milhões) e celulose (US$ 188 milhões). Ao todo, os produtos paranaenses chegaram a 200 países ou mercados diferentes ao longo dos quatro primeiros meses do ano. A China segue sendo o principal destino das exportações. Foram US$ 1,74 bilhão vendidos para o país asiático entre janeiro e abril de 2025, representando 23,4% das exportações do Paraná no período. Na sequência, estão Argentina (US$ 532 milhões) e Estados Unidos (US$ 493 milhões), que, em ambos os casos, aumentaram o volume de produtos comprados do Paraná. No caso da Argentina, o crescimento foi de 72%. Já com os Estados Unidos, o aumento foi de 3,8%. O aumento do comércio com estes dois países foi alcançado mesmo em um cenário internacional marcado pela elevação das tarifas de importação pelo governo norte-americano, reforçando a competitividade dos produtos paranaenses. As importações paranaenses entre janeiro e abril de 2025 chegaram a US$ 6,5 bilhões, fechando um saldo de US$ 915,7 milhões na balança comercial do Paraná no quadrimestre. Entre os produtos mais importados estão adubos e fertilizantes (US$ 802 milhões), óleos e combustíveis (US$ 494 milhões), produtos químicos orgânicos (US$ 456 milhões), autopeças (US$ 446 milhões), produtos farmacêuticos (US$ 345 milhões) e produtos químicos diversos (US$ 274 milhões).

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe ante o real após acordo tarifário entre EUA e China

O dólar fechou a segunda-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, após o acordo tarifário entre Estados Unidos e China reduzir a probabilidade de uma recessão na economia norte-americana.

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, aos R$5,6833. No mês, a divisa acumula elevação de 0,12%. Às 17h04 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- subia 0,60%, aos R$5,7085. No fim de semana Estados Unidos e China chegaram a um acordo tarifário durante as negociações de autoridades em Genebra, na Suíça, mas foi nesta segunda-feira que os detalhes foram divulgados. Os EUA reduzirão as tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30%, enquanto as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%, informaram os dois países. As novas medidas ficarão em vigor por 90 dias. O alívio trazido pelo acordo fez investidores reduzirem posições em ativos de segurança, como os títulos norte-americanos, e buscarem ativos mais arriscados, como ações. No mercado de moedas, isso se traduziu na venda de divisas de segurança como o iene, a libra e o euro, impulsionando o dólar. A moeda norte-americana também se valorizou ante a maior parte das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, em meio à percepção de que o acordo com a China é um fator positivo para a economia dos EUA. O avanço do dólar ante o real ocorreu ainda que, no exterior, commodities como o petróleo e o minério de ferro -- produtos importantes da pauta exportadora brasileira -- tenham apresentado ganhos fortes. O petróleo subia mais de 1% no fim da tarde, enquanto o minério de ferro negociado na China fechou com alta superior a 3%. “Embora as commodities tenham registrado alta, impulsionadas pela perspectiva de maior demanda chinesa após o acordo, o impacto sobre o dólar mostrou-se limitado”, pontuou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. “Isso ocorre porque a trégua comercial, apesar de benéfica à economia global, reorganiza os fluxos de capital estrangeiro... Entre os diversos fatores influenciando o mercado hoje -- como a valorização das commodities, o aumento do apetite por risco e a alta das bolsas globais -- prevaleceu o fortalecimento global do dólar, levando a uma sessão de queda do real”, acrescentou. A forte influência do acordo comercial EUA-China deixou em segundo plano, no Brasil, a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao UOL. Nela, o ministro disse que a inflação vai se acomodar se as metas fiscais do governo federal forem cumpridas e o Banco Central fizer seu papel. "A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse", disse Haddad. Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central mostrou uma pequena alteração na projeção mediana do mercado para o dólar no fim deste ano, de R$5,86 para R$5,85 -- ainda assim uma cotação acima do visto em sessões mais recentes, quando a taxa de câmbio se manteve abaixo dos R$5,80.

Reuters 

 

Ibovespa fecha quase estável após acordo EUA-China

O Ibovespa fechou praticamente estável na segunda-feira, a despeito do desempenho robusto das blue chips Vale e Petrobras, após um acordo comercial entre China e Estados Unidos amenizar temores de recessão na economia global.

 

No setor de proteínas, MINERVA ON subiu 2,22%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018. A trégua na disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo trouxe questionamentos sobre eventual enfraquecimento no movimento de rotação global de recursos que vinha estimulando a tomada de risco no mercado brasileiro, abrindo espaço para realização de lucros na bolsa paulista. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,04%, a 136.563,18 pontos, após alcançar 137.519,33 pontos na máxima -- perto do topo histórico intradia de 137.634,57 pontos, marcado na semana passada -- e 136.355,93 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$24,4 bilhões. Buscando encerrar uma guerra comercial que alimentou temores de recessão e abalou os mercados financeiros, o governo norte-americano reduzirá tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30% e as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%. As novas medidas terão validade por 90 dias, conforme comunicado conjunto divulgado pelas duas maiores economias do mundo nesta segunda-feira, após reuniões em Genebra no fim de semana por representantes de Washington e Pequim. "O acordo ajuda a sustentar o otimismo quanto a um arrefecimento da recente disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, que ameaçou as perspectivas de crescimento global", afirmou a equipe da XP Investimentos. Analistas do JPMorgan afirmaram que o desfecho das negociações no fim de semana foi "surpreendentemente positivo", destacando que a "magnitude da redução temporária das tarifas é maior do que a esperada", conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira. Em Wall Street, o S&P 500, umas das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 3,26%.

Reuters

 

Mercado ajusta projeções de inflação e vê ciclo de aperto monetário encerrado, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central fizeram ajustes leves em suas projeções para a inflação neste ano e no próximo e passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou com a reunião de maio, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,51% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,53% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira foi a 4,50%, de 4,51% há uma semana. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Sobre a política monetária do Banco Central, os especialistas passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou neste mês, quando o Copom elevou a Selic para o atual patamar de 14,75%. Se antes a pesquisa Focus mostrava elevação da taxa básica de juros para 15% em junho e um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro, ela agora mostra expectativa de manutenção durante o restante do ano, com a Selic terminando 2025 nos atuais 14,75%. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2026 é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 15ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,00% neste ano, mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento ficou estável em 1,70%. O resultado vem na esteira da divulgação de dados do IPCA para abril na semana passada, com o IBGE informando que o índice teve alta de 0,43% no mês, depois de subir 0,56% em março. Em 12 meses, o IPCA subiu 5,53% em abril, de uma alta de 5,48% anteriormente. No Focus desta segunda, houve ainda quedas ligeiras na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$5,85, de R$5,86 na pesquisa anterior, e de 2026, a R$5,90, ante R$5,91 há uma semana. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 8,5% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.

Reuters

 

IGP-M sobe 0,18% na 1ª prévia de maio

Dentro do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo subiu 0,08%, o Índice de Preços ao Consumidor avançou 0,42% e o Índice nacional de Custo da Construção subiu 0,38%

 

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,18% na primeira prévia de maio, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Na mesma prévia de abril, o índice havia registrado variação de 0,05% e, no fechamento do mês passado, alta de 0,24%. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPAM) subiu 0,08% - na mesma leitura de abril, o dado havia caído 0,07%. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCM) avançou 0,42% ante 0,28% na mesma leitura do mês anterior. O IPC-M representa 30% do IGP-M. Com os 10% restantes de peso no IGP-M, o Índice nacional de Custo da Construção (INCC—M) ficou em 0,38% na primeira prévia de maio, ante 0,50% na mesma prévia do mês anterior.

Valor Econômico

 

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