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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 696 DE 02 DE SETEMBRO DE 2024

Atualizado: há 7 dias

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 696 | 02 de setembro de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo: preços sobem para o animal padrão-exportação

No último dia da semana passada, "boi-China" registrou valorização diária de R$ 5/@ em SP, agora negociado por R$ 245/@ – um ágio de R$ 7/@ sobre o bovino “comum”, informou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$243,00 por arroba. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias

 

Na sexta-feira (30/8), último dia útil de agosto, o mercado do boi gordo se mostrou novamente positivo para a ponta vendedora, com altas nos preços do “boi-China” e da vaca gorda em São Paulo, informou a Scot Consultoria. O mercado paulista abriu ofertando mais R$ 5/@ pela compra do animal padrão-exportação (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade), agora negociado por R$ 245/@ – o que representa um ágio de R$ 7/@ sobre o bovino “comum”, destinado ao mercado interno de São Paulo (que se manteve estável nesta sexta-feira, em R$ 238/@). Por sua vez, a Scot apurou valorização diária de R$ 2/@ no valor da vaca gorda paulista, agora apregoada em R$ 215/@. A novilha continua valendo R$ 230/@ em SP. “A exportação segue aquecida, enquanto a oferta de boiadas em pasto diminuiu notavelmente”, observa a Scot, acrescentando que a tendência de alta para o início de setembro vem se fortalecendo. Segundo a Scot, em agosto de 2023, a média da cotação deflacionada da arroba bovina foi de R$220,05, enquanto, em agosto/24, essa mesma média está em R$ 228,59 em São Paulo, ou seja, R$ 8,54/@ a mais no preço do boi gordo (preços a prazo e descontados os impostos). A Agrifatto diz que uma “onda de otimismo domina o mercado físico do boi gordo neste final de mês”. “Como resultado, observamos uma redução nas escalas de abate, que, na média Brasil, caíram para 7 dias úteis no comparativo diário, o menor nível diário desde 07/02/2024”, informa a consultoria. O destaque do dia foi para o Goiás, que registrou uma alta diária de 1,42% no boi gordo, com a arroba cotada a R$ 230,09. Na B3, todos os contratos futuros do boi gordo seguem em tendência positiva. O destaque do dia foi o vencimento de novembro/24, com valorização diária de 0,40%, encerrando a R$ 253,50, maior patamar para este contrato até o momento. O vencimento de outubro/24, o mais negociado, subiu 0,36% no dia, fechando a R$ 251,25/@, maior patamar desde o dia 23/01/24. No atacado, diz a S&P Global, a movimentação dos preços se manteve relativamente estável, refletindo um equilíbrio entre oferta e demanda. Os cortes dianteiros avulsos, especialmente o ponta de agulha, têm registrado uma demanda mais ativa e especulativa, tanto para distribuição quanto para a indústria, levando a preços mais firmes. A oferta de carne com osso se mantém em volumes estáveis, atendendo à demanda atual sem grandes sobressaltos. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quinta-feira (29/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$245,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$243,00 a arroba. O “boi China”, R$243,00. Média de R$243,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$195,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Escalas de abate dos frigoríficos recuaram em todo o País

A média nacional das programações fechou a semana em 7 dias úteis, o menor nível para uma sexta-feira desde 7 de fevereiro/24

Os frigoríficos lidam com uma oferta menor de animais prontos para o abate, o que tem refletido em escalas se reduzindo nas principais regiões brasileiras. “O mercado doméstico opera com demanda crescente, o que tem melhorado o escoamento de carne bovina no varejo, enquanto as exportações seguem em um bom ritmo”, relatou a Agrifatto. A média nacional das escalas fechou a semana em 7 dias úteis, o menor nível para uma sexta-feira desde 7 de fevereiro, contabilizou a Agrifatto, que aponta o quadro de programações em importantes Estados brasileiros, de acordo com o seu levantamento semanal. Minas Gerais – Foi o destaque da semana, pois registrou um recuo de 3 dias úteis sobre a semana anterior, com escalas ficando em 6 dias úteis, menor patamar desde 7/2/2024. Tocantins – Também apontou uma diminuição de 3 dias úteis nas suas escalas em relação à semana anterior, fechando a semana com 7 dias úteis. Mato Grosso – Indicou decréscimo de 2 dias úteis em suas programações de abate, resultando em 7 dias úteis de escalas. Pará – Apontou declínio de 2 dias úteis nas suas escalas, fechando a sexta-feira com 9 dias úteis de escalas já programadas. São Paulo – Demonstrou uma redução de 2 dias úteis sobre a semana passada, encerrando o período com 10 dias úteis. Goiás – Registrou queda de 1 dia útil perante a semana anterior, com escalas de abate ficando em 6 dias úteis. Mato Grosso do Sul – Teve um declínio de 1 dia útil em relação ao período anterior, fechando a sexta-feira com 5 dias úteis de escala. Paraná/Rondônia – Demonstraram uma diminuição de 1 dia útil durante a semana e, com isso, as suas escalas atenderam 5 e 12 dias úteis, respectivamente.

Agrifatto

 

Carne fora da cesta básica, mesmo com cashback, deixaria 70 milhões de brasileiros “desprotegidos”, diz Gesner Oliveira

Estudo mostra que a retirada da cesta básica acarretaria um encarecimento médio do preço das carnes entre 6% e 9,2%

 

Sócio da GO Associados e professor da FGV, Gesner Oliveira, afirmou durante o CNN Talks que, caso as carnes fiquem fora da cesta básica da reforma tributária, mesmo que contem com cashback de imposto para os mais pobres, 70 milhões de brasileiros ficarão “desprotegidos” de altos preços. Gesner participou do CNN Talks: Caminhos para o Crescimento, que aconteceu em São Paulo, na quinta-feira (29). A CNN teve acesso ao estudo da GO que traz o dado. O documento indica que a retirada do item da cesta básica, que terá isenção de impostos, acarretaria um encarecimento médio do preço das carnes entre 6% e 9,2%. Além disso, o aumento médio do preço, ainda segundo o levantamento, impactaria cinco vezes mais o orçamento do grupo de renda “muito baixa” comparativamente ao grupo de renda “alta”, conforme definição do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “É intuitivo: para os ricos, isso no orçamento é ‘peanuts’ [irrisório], e para os pobres é fundamental”, explicou o economista no CNN Talks. Na proposta original do Ministério da Fazenda para regulamentação da reforma, as carnes ficavam na cesta básica estendida, com desconto de 60% no imposto. Além disso, inscritos no CadÚnico que ganhassem até meio salário-mínimo per capita teriam direito ao chamado cashback de tributos. Nas contas da GO, com estas condições, cerca de 70 milhões de brasileiros que ganham até R$ 1.550 não estariam elegíveis ao cashback e pagariam mais caro pela carne. “70 milhões de pessoas ficam desprotegidas de um dos maiores impactos do que podemos chamar de inflação dos pobres”, disse.

CNN Brasil

 

SUÍNOS

 

Sexta-feira (30) de cotações estáveis para o mercado de suínos

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, enquanto a carcaça especial teve leve queda de 0,75%, fechando em R$ 13,30/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (29), houve tímida alta de 0,12% no Paraná, com preço de R$ 8,40/kg, e baixa de 0,22% em São Paulo, fechando em R$ 8,87/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,36/kg), e Santa Catarina (R$ 8,36/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango no atacado de SP subiu 1,60% na sexta-feira (30)

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,60%, fechando, em média, R$ 6,35/kg

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (29), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando respectivamente, R$ 7,05/kg e R$ 7,37/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Preços se recuperam em agosto

Após caírem em julho, os preços médios da carne de frango encerram agosto em recuperação

 

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da demanda aquecida, sobretudo na primeira quinzena do mês (recebimento de salários), e da disponibilidade interna mais enxuta. Quanto ao frango vivo, a associação de aquecimento na procura pela carne e oferta reduzida do animal tem alavancado as cotações, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Na contramão do mercado doméstico, as exportações brasileiras de carne de frango in natura seguem enfraquecidas.

Cepea/Esalq

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Conta de luz fica mais cara em setembro com bandeira vermelha 2

Com reservatórios das hidrelétricas do País cerca de 50% abaixo da média, a medida é adotada pela Aneel pela primeira vez em mais de três anos

 

Pela primeira vez em mais de três anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou na sexta-feira, 30, bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. O órgão citou como justificativa a expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do País, em cerca de 50% abaixo da média. O anúncio vem com maiores custos para a geração de energia elétrica, resultando em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Mais cedo, o Estadão/Broadcast mostrou que operadores do mercado de energia já trabalhavam com essa possibilidade. O Custo Marginal da Operação (CMO) projetado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a primeira semana de setembro é de R$ 277,76 por megawatt-hora (MWh) — ante os R$ 94,25 por MWh da semana atual. Ou seja, aumento de quase 200%. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o País, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, cita a Aneel. A bandeira vermelha patamar 2 não era acionada desde agosto de 2021, na esteira da crise hídrica. Em despacho obtido pelo Estadão/Broadcast, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira reconheceu que “avaliações recentes” sinalizam para um cenário hídrico desafiador para os próximos meses. No mês de julho, houve o acionamento da bandeira tarifária amarela pela primeira vez desde abril de 2022. Em agosto, em cenário mais favorável, houve o retorno para a bandeira verde, que não implica cobrança adicional de tarifa. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, acrescentou a Aneel. A mudança de bandeira depende de três gatilhos: o primeiro é o chamado preço de liquidação das diferenças (PLD), sendo que o Custo Marginal da Operação (CMO) é uma das variáveis; o segundo é o nível de risco hidrológico (GSF); o último é a geração fora do mérito de custo (GFOM), quando há o acionamento de usinas com custo maior que o determinado pelo PLD. Para setembro, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

O Estado de São Paulo


IBGE aponta Paraná com a 5ª maior população do Brasil em 2024

O Paraná tem a 5ª maior população do Brasil, segundo estimativa divulgada nessa quinta-feira (29/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma população estimada de 11.824.665 habitantes (5,6% do País), o Estado fica atrás apenas de São Paulo (45,9 milhões), Minas Gerais (21,3 milhões), Rio de Janeiro (17,2 milhões) e Bahia (14,8 milhões).

 

A população do Paraná variou 3,32% em relação ao Censo de 2022, que apontava 11.444.380 pessoas residentes no Estado. É também a maior população da região Sul, concentrando 38% do total de 31.113.021 habitantes. O Rio Grande do Sul conta com 11,2 milhões (36%) e Santa Catarina, 8,05 milhões de moradores (25,9%). O IBGE também divulgou a estimativa de população dos 5.570 municípios brasileiros. O Paraná, que possui 399 cidades (5º maior número do País), tem apenas Curitiba na casa do milhão de habitantes. São 1.829.225 pessoas que vivem na capital paranaense, 8ª cidade com maior população do Brasil e também a 8ª capital mais populosa. A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem o 8º maior índice populacional do Brasil, concentrando 3.697.928 habitantes. É a 2ª maior Região Metropolitana da região Sul, atrás apenas de Porto Alegre (RS), com 4.167.025 pessoas, e à frente de Florianópolis, com 1.461.218. A Região Metropolitana de Londrina, no Norte do Estado, tem 1.125.446 habitantes, 29ª a nível nacional. Londrina é também a segunda maior cidade do Estado, com 577.318 pessoas, única paranaense a figurar na lista de municípios com mais de 500 mil habitantes (com exceção de capitais), ocupando a 17ª posição nacional. É seguida por Maringá (425.983), Ponta Grossa (372.562), Cascavel (364.104), São José dos Pinhais (345.644), Foz do Iguaçu (295.500), Colombo (240.720), Guarapuava (188.710) e Fazenda Rio Grande (161.506), sendo que a última registrou o segundo maior aumento proporcional entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre os Censos de 2010 e 2022. A estimativa também traz outro crescimento: o de municípios com mais de 100 mil habitantes, em que no Paraná passou de 22 para 24. Enquanto Fazenda Rio Grande, Piraquara, Sarandi, Umuarama e Cambé entraram no grupo no Censo de 2022, Campo Mourão e Francisco Beltrão ultrapassaram a barreira dos 100 mil residentes na estimativa de 2024. Município do Centro-Oeste do Paraná, Campo Mourão passou de 99.432 para 103.340 habitantes, crescimento de 3,93%. Já Francisco Beltrão, no Sudoeste, cresceu 4,79%, de 96.666 para 101.302. Completam a lista de cidades com mais de 100 mil habitantes Araucária, Toledo, Paranaguá, Campo Largo, Apucarana, Pinhais, Almirante Tamandaré e Arapongas. Na outra ponta, Nova Aliança do Ivaí (1.327), Jardim Olinda (1.353), Santa Inês (1.760) e Esperança Nova (1.858) são as menores cidades paranaenses, com menos de dois mil habitantes. As duas primeiras ocupam o 13º e 15º lugar, respectivamente, entre os menores municípios do Brasil. O Paraná conta com 101 municípios com até cinco mil habitantes; 104 entre 5.001 e 10 mil; 99 entre 10.001 e 20 mil; 59 entre 20.001 e 50 mil; 22 entre 50.001 e 100 mil; 12 entre 100.001 e 500 mil; e dois acima de 500 mil moradores. Os municípios com população entre 5.001 e 10 mil habitantes representam 26,1% do total de cidades paranaenses, seguida de perto pelos municípios com até cinco mil habitantes, 25,3%. Entre 10.001 e 20 mil são 24,8%. Curitiba e Londrina, únicas com mais de 500 mil pessoas, representam apenas 0,5%. Quando vista a distribuição da população por municípios, 35,6% residem em cidades entre 100.001 e 500 mil habitantes; 20,4% em cidades acima de 500 mil; e 15,9% em municípios entre 20.001 e 50 mil. Apenas 3% dos paranaenses moram em cidades com até cinco mil habitantes. O IBGE também divulgou na última semana a projeção da população para os próximos anos. No caso do Paraná, a população deve alcançar os 12 milhões de habitantes já em 2027 e continuará crescendo até 2044, quando a curva será invertida, com queda no número geral de habitantes.

Agência Estadual de Notícias

 

EVENTOS

 

Expointer 2024 fatura R$ 8,1 bilhões e supera a última edição

Setor de máquinas e implementos agrícolas aquecem negócios na feira. Em ano de reconstrução, Expointer 2024 supera última edição

 

A 47ª Expointer terminou neste domingo (1/9), em Esteio, no Rio Grande do Sul, com faturamento de R$ R$8,1 bilhões acumulados ao longo de oito dias, um crescimento de 1,41% em relação à edição de 2023. A feira registrou 2.067 expositores e mais de 650 mil visitantes até a manhã de domingo (1/9). Segundo a organização, os números finais de visitantes serão divulgados na segunda-feira (2/9). O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o responsável por aquecer os negócios na feira, com R$ 7,4 bilhões em negócios do total, pouco mais de 0,5% a mais que em 2023. “70% dos implementos agrícolas que são vendidos no Brasil saem do Rio Grande do Sul. Nós temos muitos compradores de fora do Estado e isso traz uma boa perspectiva”, afirmou o secretário da agricultura do Rio Grande do Sul, Clair Kuhn. Neste ano, a reconstrução e a retomada após as enchentes de abril e maio no Estado foram o tema do evento realizado no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), que ficou alagado por mais de 30 dias e teve que receber cerca de R$ 6 milhões em investimentos para reformas e melhorias. “Estamos extremamente felizes e realizados de fechar uma feira de superação. O Rio Grande do Sul é muito forte e tem muita resiliência”, disse o secretário. Em 2024, o número de animais em exposição, um dos principais atrativos da feira, aumentou 12% em relação à última edição, chegando a 4.796 inscritos. Neste ano, participaram novas raças de ovinos, como a dhone merino, e de equídeos, como os muares. Foram quase R$ 19 milhões em negócios de animais, um crescimento de 48% em relação a 2023. O Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF) apresentou um crescimento, de 372 empreendimentos em 2023, para 413 em 2024. Do total, 216 são liderados por mulheres, 125 têm jovens na liderança e 73 participam da feira pela primeira vez. Foram negociados R$10,8 milhões na agricultura familiar, um crescimento de 25,4% em relação a 2023.

Globo Rural 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC

O dólar à vista fechou em alta ante o real pela quinta sessão consecutiva na sexta-feira, ainda que duas intervenções do Banco Central no mercado, por meio de leilões de moeda, tenham diminuído a pressão, em um dia marcado pelos receios com o equilíbrio fiscal no Brasil e pelo avanço da moeda norte-americana também no exterior

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,24%, cotado a 5,6363 reais. A moeda avançou em todos os dias desta semana, acumulando avanço de 2,86% no período. Em agosto, porém, a divisa ainda contabilizou baixa de 0,34%. A moeda norte-americana abriu a sessão em baixa no Brasil, após o Banco Central ter anunciado na véspera um leilão de até 1,5 bilhão de dólares no mercado à vista de câmbio nesta sexta-feira, das 9h30 às 9h35. A oferta de dólar à vista buscou atender demanda atípica por moeda de parte do mercado. Isso ocorreu porque uma nova versão do índice de ações MSCI Global Standard passou a vigorar no fechamento da sexta-feira, incluindo, no caso do Brasil, papeis de Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter. Como alguns fundos espelham este índice, houve uma demanda adicional por dólares, para compra dessas ações no exterior. Na operação, o BC vendeu o total de 1,5 bilhão de dólares, mas ainda assim as cotações migraram para o território positivo e renovaram máximas do dia, reagindo a uma série de fatores. Entre os fatores estavam o avanço do dólar também no exterior e a disparada das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) com prazos mais longos. Além disso, a disputa pela formação da Ptax de fim de mês levava os investidores comprados a impulsionarem as cotações pela manhã. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. Um operador citou ainda que, após o leilão de moeda à vista, parte do mercado também passou a “testar” se o BC retornaria ao mercado caso as cotações do dólar disparassem. O BC acabou retornando ao mercado no início da tarde, ao anunciar um leilão de 30.000 contratos de swap cambial, equivalentes a 1,5 bilhão de dólares, para entre 12h50 e 13h. Na operação -- cujo efeito é equivalente à venda de dólares no mercado futuro -- o BC colocou 15.300 contratos, ou 765 milhões de dólares. Após a segunda intervenção do BC, o dólar à vista desacelerou os ganhos, mas não o suficiente para retornar ao campo negativo, encerrando a jornada com alta de 0,24%. No mercado futuro, porém, o dólar para outubro -- que passou a ser o mais líquido na sexta-feira -- cedia 0,48% perto do fechamento, para 5,6220.

Reuters

 

Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA

O Ibovespa fechou com uma variação negativa marginal nesta sexta-feira, em sessão marcada por ajustes, após renovar máximas históricas nos últimos pregões, mas ainda acumulou em agosto o melhor desempenho mensal do ano

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,03%, a 136.004,01 pontos, tendo marcado 136.138,94 pontos na máxima e 134.910,48 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 45,56 bilhões de reais. Na semana, acumulou uma variação positiva 0,29%. O rali no mês, que fez o Ibovespa ultrapassar os 137 mil pontos pela primeira vez, foi estimulado principalmente por perspectivas crescentes de que o Federal Reserve começará a reduzir os juros em setembro. A consolidação dessas apostas fomentou uma entrada líquida de estrangeiros na bolsa paulista de 9,66 bilhões de reais em agosto até o dia 28, fortalecendo o Ibovespa, que subiu 6,54% em no mês, o melhor desempenho mensal desde novembro de 2023. Para o UBS Wealth Management no Brasil, a mudança a favor de ativos de risco em agosto confirma a tese de que "a conclusão do ciclo monetário nos EUA será crucial como uma faísca para desbloquear ganhos potenciais" desses ativos globalmente". O último pregão do mês também foi marcado por ajustes visando o rebalanceamento do Ibovespa e o MSCI Global Standard - uma das referências globais para investimentos em ações. No caso do Ibovespa, as mudanças na composição que irá vigorar a partir de segunda-feira até o final do ano incluem a entrada de Auren, Caixa Seguridade e Santos Brasil e saída de Dexco. No MSCI que passa a valer no fechamento da sexta-feira, as mudanças incluem a entrada de Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter, e saída de Lojas Renner e Eneva.

Reuters

 

Desemprego cai a 6,8% no trimestre até julho e marca novo recorde

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,8% nos três meses até julho, em linha com o esperado por economistas e marcando o menor nível para o período desde o início da série do governo, em 2012, evidenciando a força do mercado de trabalho no país em um momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica

 

A taxa recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril, e caiu 1,1 ponto sobre o mesmo período de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. A população desocupada caiu para 7,4 milhões no trimestre, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa de julho ficaria exatamente em 6,8% no período. No trimestre, o rendimento médio real das pessoas ocupadas, que vinha em alta desde maio na comparação trimestral, ficou estável frente ao período anterior, em 3.206 reais, com alta de 4,8% na comparação anual. Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, trata-se de um fato pontual. "Não é uma mudança de trajetória (de alta) da renda", afirmou a jornalistas. "Temos melhora da renda do trabalho nos últimos meses e isso mexe com demanda e consumo. Dado que essa melhora acontece há meses, o consumo gera demanda e gera demanda por mais trabalho e emprego", afirmou. O BC tem reforçado em sua comunicação que o mercado de trabalho vem apresentando dinamismo maior do que o esperado e, em sua última reunião de política monetária, no fim de julho, os diretores discutiram o papel dessa dinâmica na determinação da inflação de serviços, segundo a ata do encontro. Na semana passada, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais "ainda incipientes, mas mais claros" de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços "de uma forma mais prolongada". O BC se reunirá em meados de setembro para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. A população ocupada somou 102 milhões, novo recorde da série histórica e alta de 1,2% no trimestre e de 2,7% no ano, mostrou o IBGE. O nível de ocupação, que mede a parcela de pessoas ocupadas frente à população em idade de trabalhar, foi a 57,9%, maior nível em dez anos. Já a taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (com 39,4 milhões de trabalhadores informais), mesmo nível verificado no trimestre encerrado em abril.

Reuters

 

Resultado fiscal de julho surpreende negativamente e dívida pública bruta sobe a 78,5% do PIB em julho

O resultado fiscal do setor público surpreendeu negativamente em julho, com a dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB subindo a 78,5%, de 77,8% no mês anterior, mostraram dados do Banco Central na sexta-feira

 

No mês, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 21,348 bilhões de reais, muito maior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters, que esperavam um saldo negativo de 5 bilhões de reais. Os números do BC apontam que o saldo negativo do mês foi composto por déficits de 8,618 bilhões de reais do governo central, 11,138 bilhões de reais dos governos regionais e 1,692 bilhão de reais de empresas estatais. O aumento da dívida bruta, segundo a autarquia, decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,7 ponto percentual) e das emissões líquidas (+0,4 p.p.). O efeito do crescimento do PIB sobre a dívida pública, por sua vez, contribuiu para uma redução de 0,5 ponto, o que não compensou os outros fatores de alta. Em relação à dívida líquida, o patamar foi a 61,9%, de 62,2%, similar ao projetado em pesquisa da Reuters, de 62,3%.

Reuters

 

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