Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 646 | 24 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi-China sobe em São Paulo e ágio respira um pouco, chegando a R$ 5/@
"A entressafra, aparentemente, deu as caras", diz o analista Felipe Fabbri, da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias
O mercado pecuário abriu a sexta-feira (21/6) com valorização de R$ 2/@ no preço “boi-China” negociado em São Paulo, que agora vale R$ 222/@ – o representa um ágio de R$ 5/@ sobre a cotação do animal “comum” (sem prêmio-exportação), apurou a Scot Consultoria. “A entressafra, aparentemente, deu as caras”, observa o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. Ele acrescenta: “Com a oferta diminuindo e o dólar firme, a movimentação de alta na arroba apareceu”. Segundo Fabbri, a redução na disponibilidade de boiadas pode alterar os “níveis de negócios” daqui para frente. O boi direcionado ao mercado doméstico continua valendo R$ 217/@ nos balcões de negócios de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas, respectivamente, por R$ 192/@ e R$ 210/@ (preços brutos e a prazo), acrescenta a Scot. Segundo Fabbri, com o avanço da segunda quinzena de junho, o mercado do boi gordo pode perder a estabilidade em função da descapitalização da população (menor poder aquisitivo devido ao maior distanciamento do pagamento dos salários) e, consequentemente, da possibilidade de incremento nos estoques de carne por parte das indústrias. Porém, continua Fabbri, as exportações de carne bovina podem seguir ajudando a manter os preços do boi gordo em patamares mais firmes. O volume de carne bovina in natura exportado até a primeira quinzena de junho/24 ficou em 97,2 mil toneladas, com média diária de 9,7 mil toneladas, superando em 6% o desempenho médio diário do mesmo período de 2023. Porém, a cotação da carne brasileira atingiu US$ 4,4 mil/tonelada no acumulado de junho/24, uma queda de 12% na comparação com o preço médio de junho/23. Pelo levantamento da Agrifatto, na sexta-feira (21/6), todas as 17 praças acompanhadas mantiveram as cotações estáveis para o boi gordo. Dessa maneira, na região paulista, o animal terminado segue cotado em R$ 220/@ (valor médio entre o boi “comum” e o “boi-China). No mercado futuro, o contrato com vencimento em junho/24 (curto prazo) fechou o pregão da quinta-feira (20/6) valendo R$ 227,10/@, com alta de 1% no comparativo diário. O contrato futuro com maior movimentação foi o de outubro/24 (pico da entressafra), que terminou a sessão da B3 em R$ 247,05, com avanço de 1,10% no mesmo comparativo. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (21/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$207,50. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Estatística da pecuária (Noroeste do Paraná)
Na região Noroeste do Paraná, o cenário começa a se modificar, com as ofertas tornando-se mais escassas e, consequentemente, exercendo pressão altista sobre os preços
Segundo levantamento da Scot Consultoria, a cotação do boi gordo aumentou R$4,50/@ ou 2,1%, a vaca R$6,00/@ ou 3,2% e a novilha R$7,00/@ ou 3,5%, na semana. Desse modo, o boi gordo está cotado em R$216,50/@, a vaca em R$193,00/@ e a novilha em R$209,00/@, preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo, é de R$3,00/@, ou 1,4%, com o boi gordo cotado a R$213,50/@, em São Paulo, preço a prazo e livre de impostos. Em curto prazo, na região, apesar do cenário atual, é esperada a chegada de uma frente fria e, tal condição climática poderá levar os pecuaristas a retirarem os animais do pasto, o que poderá resultar em um aumento na oferta.
Scot Consultoria
SUÍNOS
Estabilidade nas cotações na sexta-feira no mercado de suínos
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 10,70/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (20), houve alta somente no Paraná, na ordem de 1,03%, chegando a R$ 6,85/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,38/kg), Santa Catarina (R$ 6,45/kg) e São Paulo (R$ 7,10/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango vivo em Santa Catarina caiu 2,05% na sexta-feira
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,96%, fechando em R$ 6,22/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,32/kg; já em Santa Catarina, o valor baixou 2,05%, cotado a R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (20), a ave congelada caiu 0,28%, valendo R$ 7,13/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,14%, fechando em R$ 7,37/kg.
Cepea/Esalq
Poder de compra do avicultor frente ao farelo de soja cai pelo terceiro mês consecutivo
Preços do frango mostram estabilidade, enquanto os do insumo estão em alta. Setor produtivo avícola reajustou o alojamento de animais
Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP mostram que os preços médios do frango vivo estão praticamente estáveis em junho, ao passo que os do farelo de soja, importante insumo da avicultura de corte, estão em alta. Por outro lado, as cotações do milho, outro insumo de alimentação da cadeia, registram baixa no período. Diante disso, pesquisas do Cepea apontam que o poder de compra do avicultor frente ao derivado de soja se mantém em queda pelo terceiro mês consecutivo, ao passo que, em relação ao milho, apresenta recuperação. Segundo pesquisadores do Cepea, após as cotações do frango vivo caírem com certa força em maio no mercado paulista, devido às fracas vendas e à oferta elevada de carne, o setor produtivo avícola reajustou o alojamento de animais. Em relação à carne de frango, o indicado Cepea/Esalq apontava ontem (21/6) a cotação média de R$ 7,13 o quilo congelado no atacado do Estado de São Paulo, uma alta de 1,57% desde o início de junho. Já o frango resfriado estava cotado a R$ 7,37 o quilo, com alta de 0,96% no acumulado do mês.
Globo Rural
Novas regras de bem-estar na produção de frangos na Europa vão afetar o Brasil
Embarques podem aumentar, enquanto exigências não são solicitadas aos exportadores. Criadores europeus terão que aumentar o espaço entre as galinhas
Empresas e mais de 30 organizações não governamentais da União Europeia (UE) criaram um conjunto de regras de bem-estar animal para a produção local de frango que pretende alterar todo o sistema produtivo até 2026. A adequação às exigências impostas pelo Compromisso Europeu do Frango (ECC, na sigla em inglês) pode custar mais de 8 bilhões de euros para a indústria e mexer com um fluxo de comércio do qual o Brasil faz parte. O ECC não é uma lei, mas ganhou a adesão de mais de 300 companhias do ramo de alimentos em diferentes países do bloco, incluindo importantes redes varejistas. Esses grupos podem deixar de comprar o produto que não estiverem em conformidade com as regras do compromisso ou dar preferência aos que tiverem adequados às normas. A Associação de Processadores e do Comércio de Frango nos países da UE (Avec), que representa a indústria avícola europeia, já espera alta no preço local da carne e elevação drástica nas importações caso 100% da cadeia produtiva tenha que se adequar. Nesse ambiente, produtos de países como Brasil, Ucrânia e Tailândia tendem a ganhar competitividade no bloco, mas essa movimentação não é tão simples, já que o compromisso poderia afetar também os exportadores. “O que o IPC [Conselho Internacional de Avicultura] entende que os países têm autonomia para definir como fazer sua produção, mas essas regras não podem se transformar em barreiras comerciais”, disse Ricardo Santin, presidente do IPC e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), à reportagem. Santin afirmou que, por enquanto, as normas do ECC não exigem mudanças no sistema produtivo dos exportadores que fornecem a ave à União Europeia. No entanto, ele não descarta que, com o tempo, haja a exigência de que o frango consumido pelos europeus, quando importado, seja de um sistema produtivo equivalente. “Isso se tornaria uma barreira de acesso ao mercado, pelo custo que se tem para fazer esse tipo de mudança”. De acordo com a Compassion in World Farming, uma das organizações apoiadoras do ECC, os frangos são seres sencientes que apresentam uma série de respostas emocionais, daí a necessidade de mudar o atual sistema de produção na avicultura de corte. O compromisso exige, por exemplo, a redução na lotação máxima do equivalente a 39 quilos por metro quadrado para 30 quilos, para diminuir a ocupação de animais nas granjas; a utilização de raças com crescimento mais lento; ao menos dois metros de distância entre poleiros para cada mil aves; estruturas sem gaiolas; mudança no abate para atordoamento com gás ou eletricidade, entre outros, além do cumprimento das leis de bem-estar animal já aplicadas na UE. Do outro lado, a Avec publicou um estudo estimando que, para a adequação da indústria local, haverá aumento de 37,5% no custo de produção por quilo de carne; elevação de 35,4% no consumo de água, equivalente a 12,44 milhões de metros cúbicos adicionais por ano; e alta de 35,5% no consumo de ração. Ainda de acordo com o estudo, haverá um alta de 24,4% nas emissões de gases do efeito estufa por quilograma de carne produzida; redução de 44% na produção de carne; e necessidade de se construir 9.692 mil novos aviários, com um custo estimado em >euro<8,24 bilhões, para manter os níveis de produção de frangos. “Não queremos alterar o ECC, aceitamos as condições desde que não seja imposto a toda a produção. Acreditamos que pode ser um segmento novo, mas a produção convencional ainda deve ser permitida”, disse a secretária-geral da Avec, Birthe Steenberg, em entrevista. “Também é importante para nós que os consumidores que compram produtos provenientes da produção de ECC sejam informados sobre as consequências ambientais”, afirmou a executiva. Steenberg destacou ainda que, evidentemente, os atuais principais exportadores de frango para a UE ficariam com uma parte relevante do mercado, uma vez que o produto local estaria mais caro. “O Brasil pode ficar com uma parcela, e muito provavelmente a Ucrânia, devido à sua proximidade e à sua futura adesão à UE, poderá ficar com a maior parte”, estimou. No caso do Brasil, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, também acredita que há possibilidade de aumento nos embarques da proteína, mas que se dariam na modalidade extracota, com tarifas maiores. Atualmente, a UE impõe cotas por tipo de carne e corte enviados ao bloco. Os exportadores brasileiros podem vender aos europeus até 124,5 mil toneladas de frango salgado, por exemplo, dentro da cota, pagando apenas uma taxa de 15,4% "ad valorem" — que é como um seguro da carga. Caso queira ultrapassar esse volume de venda, além da taxa ad valorem, o exportador deve pagar uma tarifa de 1,3 mil euros por tonelada, o que pode deixar o negócio menos vantajoso, a depender do preço do produto. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou 87,9 mil toneladas de frango para a União Europeia, 13,6% a menos do que no mesmo período do ano passado. A Ucrânia passou a fornecer mais para o bloco europeu, enquanto os brasileiros direcionaram maiores volumes à países do Golfo e Arábia Saudita.
Globo Rural
CARNES
Preços das carnes sobem no atacado da Grande SP na 1ª metade de junho
Os preços das carnes de frango, suína e de cortes bovinos mais baratos subiram no início de junho no atacado da Grande São Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
A carne de frango ganhou competitividade em relação à carne suína, mas perdeu em relação à bovina, segundo análise quinzenal divulgada pelo Cepea na terça-feira (18). Entre os últimos dias 31 de maio e 17 de junho, os preços de cortes bovinos mais acessíveis como dianteiro e fraldinha subiram 5,43% e 3,41%, respectivamente, para cerca de R$ 13,99 e R$ 13,64 por quilo. Já os preços do quarto-traseiro caíram 1,97% para R$ 17,87/kg. Os movimentos distintos nos preços dos cortes de carne bovina estão relacionados ao ritmo mais forte das exportações de cortes dianteiros e à renda da maior parte dos consumidores brasileiros. “O consumo continua limitado, principalmente de cortes nobres”, disse o Cepea. Os preços da carne suína também subiram no início de junho, já que o aumento nas vendas da carne e do suíno colaboraram para reverter uma queda de preços observada desde meados de maio. O preço da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo subiu 8,07% no mês, fechando em R$ 10,44/kg na terça-feira (18). Os preços da carne de frango resfriada subiram 1,1% até a terça-feira (18) para R$ 7,38/kg. A carne de frango congelada acumula alta de 1,85% em junho, a R$ 7,15/kg.
Cepea
INTERNACIONAL
China tenta segurar preço interno da carne bovina
A China divulgou novas regulamentações para estabilizar a produção de carne bovina devido à queda nos preços e grandes perdas no setor
"Desde o início do ano, os preços do gado vivo e da carne bovina caíram", informou o Ministério da Agricultura. "As fazendas sofreram perdas, aumentando a pressão sobre a produção", acrescentou. A produção de carne bovina na China cresceu na última década, impulsionada pelo aumento da classe média. No ano passado, o abate de vacas foi de 50,2 milhões, um aumento de 19% em relação a 2014. No entanto, o consumo caiu nos últimos anos devido à desaceleração econômica. O ministério orientou as fazendas a ajustarem a criação, eliminar gado velho e de baixo rendimento, otimizar a estrutura do rebanho e melhorar a eficiência. As principais áreas produtoras devem buscar apoio de instituições financeiras. Para prevenir doenças, o ministério apoiará fazendas de grande escala a aumentar medidas de biossegurança e criar comunidades livres de doenças. O crescimento das importações de carne bovina também diminuiu. Em 2023, a China importou 2,77 milhões de toneladas de carne bovina e miudezas, um aumento de apenas 1,5% em relação ao ano anterior. A China é o principal importador de carne bovina do Brasil, responsável por cerca de metade das exportações brasileiras.
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Boletim analisa novos mercados da carne suína do Paraná
No mês de maio, as informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) referente ao período de 14 a 20 de junho, informa que nos últimos cinco anos (2019 a 2024), o Paraná estabeleceu ou renovou parcerias com diversos países para exportação de carne suína
Segundo dados do Agrostat/Ministério da Agricultura e Pecuária, 13 países que não adquiriram carne suína paranaense em 2018 importaram mais de uma tonelada no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024. São eles, em ordem de volume aproximado adquirido em 2024: República Dominicana (647 t), Maurício (292 t), Malásia (168 t), Quênia (81 t), Camboja (78 t), Laos (35 t), Afeganistão (28 t), Guiné (27 t), Timor-Leste (27 t), Tanzânia (26 t), Nauru (23 t), Uzbequistão (20 t) e Dominica (5 t). Apesar de não representarem os maiores volumes exportados pelo Paraná, a ampliação das relações comerciais com esses países reflete a contínua busca por novos mercados e demonstra a confiança dos importadores na qualidade do produto paranaense, segundo analisam os técnicos do Deral. O boletim também analisa dados da Pesquisa Trimestral de Abates de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 6 de junho, sobre o abate nacional de frangos de corte. Os três estados da região Sul, principais criadores e produtores de carne de frango, apresentaram o seguinte desempenho em 2024 (número de cabeças abatidas e volume de carne produzida em toneladas): Paraná (550,742 milhões / 1,182 milhão), Santa Catarina (316,974 milhões / 460,058 mil) e Rio Grande do Sul (189,222 milhões / 329,964 mil). O plantio de trigo chegou a 91% das áreas, a frente do registrado para o mesmo período em 2023, apesar da seca que atinge boa parte do Estado e dificulta o avanço da semeadura em algumas áreas. A seca também tem se mostrado bastante prejudicial para algumas lavouras, a se destacar os problemas de germinação desuniforme. O Boletim também traz as perspectivas para a produção de milho no Paraná. O Estado deve fechar a safra com uma produção superior a 14 milhões de toneladas. No último relatório do Deral a estimativa foi de 15,8 milhões de toneladas, sendo 2,6 milhões da primeira safra, já totalmente colhida, e 13,2 milhões da segunda safra que se encontra em plena colheita, porém com produtividades abaixo do esperado em várias regiões do Estado. Com o avanço da colheita é razoável uma revisão para baixo da estimativa de produção.
SEAB- PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai em dia de ajustes técnicos
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4413 reais na venda, em baixa de 0,38%, após ter atingido na véspera o maior valor de fechamento em quase dois anos. Na semana, a moeda voltou a acumular alta, de 1,12%. Em 2024, o dólar já acumula elevação de 12,15%.
Às 12h28 o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 5,4623 reais (+0,01%), após Lula ter voltado a criticar, durante entrevista pela manhã, o fato de a Selic estar em 10,50% ao ano “sem nenhuma explicação e sem nenhum critério”, em suas palavras. À tarde, Lula disse em outra entrevista que o “nervosismo especulativo” em relação ao dólar não vai afetar a economia brasileira. "Nós estamos tranquilos, ou seja, esse nervosismo especulativo que está acontecendo não vai mexer com a seriedade da economia brasileira", disse Lula em entrevista à rádio Mirante News FM, em São Luís. Ao longo da tarde o dólar voltou a cair ante o real. “Se fosse depender apenas dos dados econômicos, com certeza o dólar teria que estar bem abaixo do que está cotado agora. O que está fazendo o real ficar pressionado é o clima político”, avaliou Alexandre Viotto, head de banking e câmbio da EQI Investimentos. Para Viotto, as falas de Lula têm gerado insegurança no mercado, que demonstra ansiedade para saber quem será o substituto de Campos Neto no comando do BC em 2025. Um dos receios é de que o nome indicado por Lula tenha um perfil mais tolerante com a inflação. No exterior, no fim da tarde, o dólar subia ante as moedas fortes e ante boa parte das demais divisas de emergentes e exportadores de commodities.
Reuters
Ibovespa fecha em alta em dia de opções com Sabesp entre destaques
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, confirmando o primeiro ganho semanal desde meados de maio, com Localiza entre os destaques positivos, assim como Sabesp, na iminência da oferta de ações que privatizará a companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com elevação de 0,74%, a 121.341,13 pontos, acumulando na semana ganho de 1,4%. O volume financeiro somou 30,3 bilhões de reais. Para o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, o Ibovespa descolou de Nova York nesta sessão, em movimento técnico de vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em queda de 0,16%. Apesar da alta no acumulado da semana, Chinchila considerou que a semana foi "um pouco mais travada", com investidores ainda "bem cautelosos com as questões fiscais, troca de presidente do Banco Central e incômodo com alta do dólar que pode pressionar inflação à frente". Em entrevista a uma rádio na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o "nervosismo especulativo" em relação ao dólar -- que tem subido, entre outras razões, por preocupações fiscais -- não vai afetar a economia brasileira. E voltou a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Na próxima semana, uns dos destaques da agenda local será a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) encerrada na última quarta-feira, em que a Selic foi mantida em 10,50% ao ano, em votação unânime do colegiado. Também em foco estarão o IPCA-15 de junho e o Relatório de Inflação do BC.
Reuters
FGV: Agroindústria volta a ter um desempenho positivo em abril e acumula expansão de 4,1% do ano
A pesquisa sobre agroindústria, do FGVAgro, revela que em abril, a produção agroindustrial registrou uma expansão de 12,1% frente ao mesmo mês de 2023. Esse foi o maior crescimento para o mês desde 2013
No entanto, vale destacar que, ao contrário do que ocorreu em março, o número de dias úteis de abril foi maior em 2024 do que em 2023 – isso, certamente, contribuiu para o resultado positivo do mês. No acumulado no ano, a produção agroindustrial acumulou uma alta de 4,1% frente ao mesmo período de 2023, correspondendo ao melhor primeiro quadrimestre para a Agroindústria desde 2018. A alta da Agroindústria, nesse início de 2024, vem sendo derivada tanto do segmento de Produtos Não-Alimentícios (1,3%) como, principalmente, do de Produtos Alimentícios e Bebidas (6,1%). Desde 2023, o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas vem apresentando um desempenho positivo, o que continuou ao longo de 2024. Já o segmento de Produtos Não-Alimentícios operou com dificuldades em 2023, fechando o ano com contração (de -2,1%), contudo, esse início de ano vem sendo mais favorável ao segmento, de tal forma que o único setor dentro desse segmento que não está operando em campo positivo é o de Insumos Agropecuários. Na divulgação do próximo mês, serão divulgados os dados da Agroindústria considerando os primeiros impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Diante disso, será possível entender quanto do crescimento acumulado nos primeiros meses de 2024 terá sido perdido com a crise, dado que o estado gaúcho está entre os cinco mais relevantes para a Agroindústria brasileira.
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