Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 640 | 14 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi gordo segue com poucos negócios e preços andam de lado
Na quinta-feira (13), preços estáveis e as escalas de abates mantendo a média nacional em 12 dias. No Paraná o boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias.
Na quinta-feira (13/6), o mercado físico do boi voltou a registrar preços estáveis nas principais regiões produtoras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Em São Paulo, o boi gordo (média de preço entre o animal “comum” e o “boi-China) segue valendo R$ 219,20/@, de acordo com a Agrifatto. Ontem, em âmbito nacional, as escalas de abates mantiveram a média em 12 dias, com algumas regiões já demonstrando tendência de encurtamento, segundo a consultoria. Tal comportamento, diz a Agrifatto, “pode permitir vislumbrar melhores preços para o boi gordo para além do médio prazo”. Na B3, os preços futuros do boi gordo esboçaram uma reação – o contrato com vencimento em outubro teve o maior ganho no pregão da quarta-feira, com valorização de 1,28%, precificado em R$ 245,70/@. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quarta-feira (12/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abates de quinze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$195,00. Média de R$195,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dezesseis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Boi/Cepea: Preços de cortes mais baratos da carne reagem no atacado
Enquanto os mercados de boi e de reposição seguem com baixa liquidez e preços enfraquecidos, as negociações de carne com osso no atacado da Grande São Paulo voltaram a se recuperar
Dados do Cepea mostram que os valores dos cortes dianteiro e ponta de agulha, mais baratos, se destacaram com reajustes positivos, ao passo que o traseiro segue em desvalorização. Pesquisadores do Cepea indicam que o comportamento distinto dentre os cortes tem relação com a exportação mais intensa de peças do dianteiro e com a renda da maioria dos consumidores brasileiros. Ainda que alguns indicadores macroeconômicos – como o desemprego – estejam evoluindo positivamente, o poder de consumo segue limitado e, para muitos, não alcança cortes mais nobres de carne bovina.
Cepea
EUA elevam importação de sebo bovino do Brasil
Produtoras de combustível americanas buscam matérias-primas mais baratas para o diesel renovável. Em 2023, o Brasil representou 23% das importações americanas de sebo bovino
As importações americanas de sebo bovino entre janeiro e abril deste ano cresceram 377% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que o Brasil representou 40% dos volumes, segundo a agência Bloomberg. Em 2023, o Brasil representou 23% das importações americanas de sebo bovino. Produtoras de combustível americanas, como a Diamond Green Diesel LLC e a Marathon Petroleum Corp., estão buscando no mercado internacional por matérias-primas mais baratas para a produção de diesel renovável — que possui a mesma molécula que o diesel fóssil, porém, é feito de fonte renovável. O diesel renovável feito de sebo bovino ou de óleo usado tem uma menor pegada de carbono do que o feito de óleo de soja, e por isso consegue mais créditos fiscais na Califórnia, onde é consumido a maior parte do diesel verde dos Estados Unidos. Em 2025, está previsto para entrar em vigor um benefício fiscal significativo que devem dar mais competitividade do sebo bovino e ao óleo usado em relação aos óleos vegetais. Em 2022, a americana Darling Ingredients comprou a brasileira FASA, que se tornou a maior fornecedora de sebo bovino para sua joint venture com a Valero, a companhia Diamond Green Diesel. Além do sebo bovino brasileiro, os EUA também aumentaram as importações de óleo de cozinha usado, a maior parte da China.
Globo Rural
SUÍNOS
Mercado de suínos com estabilidade ou altas pontuais
A quinta-feira (13) encerrou com cotações sustentadas para o mercado de suínos, com preços estáveis ou altas pontuais. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne suína seguem em alta em todas as praças acompanhadas pelo órgão
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 132,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,95%, fechando em R$ 10,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (12), houve alta de 0,16% em Santa Catarina, chegando em R$ 6,33/kg, e de 0,14% em São Paulo, fechando em R$ 6,95/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,63/kg), e Rio Grande do Sul (R$ 6,30/kg). As Bolsas de Suínos realizadas na quinta-feira (13) tiveram altas generalizadas. Estas elevações nos preços vêm tanto da demanda por animais vivos quanto pelo reajuste que foi realizado no valor da carcaça.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços subiram na quinta-feira
Maior demanda por animais vivos e pela alta no valor da carcaça
As Bolsas de Suínos da quinta-feira (13) tiveram altas generalizadas. Em São Paulo, o mercado teve alta, saindo de R$ 7,15/kg vivo para R$ 7,31/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço se manteve estável em R$ 7,30/kg, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 6,35/kg vivo para R$ 6,67/kg vivo.
Agrolink
Suínos/Cepea: altas da primeira quinzena de maio garantiram avanço na média mensal
Apesar da forte desvalorização do suíno vivo e dos produtos de origem suinícola na segunda metade de maio, as altas da primeira quinzena garantiram avanço na média mensal. Além do típico incremento da demanda em início de mês, o impulso foi reforçado pela semana do Dia das Mães, quando normalmente as vendas de carne suína aumentam.
Após registrarem recorde para um mês de abril e o melhor desempenho mensal deste ano, as exportações de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) recuaram em maio. Ressalta-se, contudo, que, como a média diária de escoamento de maio foi praticamente a mesma da registrada em abril, de 4,4 mil toneladas, a queda na comparação mensal dos embarques se deve ao menor número de dias úteis do último mês (21 dias) contra 22 dias do anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea. Isso evidencia que os envios externos da proteína seguem em ritmo intenso. Apesar da alta nos preços do animal vivo, o poder de compra de suinocultores paulistas caiu frente ao farelo de soja em maio, pelo segundo mês consecutivo, devido à forte valorização da oleaginosa. Já em relação ao milho, que se desvalorizou no período, o poder de compra do produtor aumentou. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do suíno subiu 3,3% entre abril e maio, com a média passando para R$ 6,77/kg. Em maio, a competitividade da carne suína caiu frente às principais substitutas, no atacado da Grande São Paulo. Isso porque, apesar das altas nos preços da carne bovina em relação a abril, a proteína suinícola se valorizou em maior intensidade; além disso, as cotações da carne de frango recuaram no mesmo período.
Cepea
Frango: cotações de quinta-feira com leves altas
Pouco a pouco, os preços no mercado do frango continuam subindo ao longo desta semana
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,45/kg, em média. Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, valendo R$ 4,38/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,35/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (12), a ave congelada subiu 0,56%, alcançando R$ 7,15/kg, e o frango resfriado, 0,27%, fechando em R$ 7,39/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Cinco surtos de peste suína africana em suínos relatados na Polônia este ano, diz ministério
Cinco surtos de peste suína africana em porcos foram relatados na Polônia até agora neste ano, disse o Ministério da Agricultura na terça-feira. Os surtos foram notificados em quatro regiões: Lubelskie, Warminsko-Mazurskie, Wielkopolskie e Zachodniopomorskie.
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Vendas do comércio varejista avançam 4% no Paraná no primeiro quadrimestre
O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas do setor de material de construção (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, empatado com o setor de móveis (13,7% cada), e veículos, motocicletas, partes e peças (12,3%)
O volume de vendas do comércio varejista do Paraná cresceu 4% entre janeiro e abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. O dado dos quatro primeiros meses do ano é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas do setor de material de construção (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, empatado com o setor de móveis (13,7% cada), e veículos, motocicletas, partes e peças (12,3%). Na sequência aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,1%), hipermercados e supermercados (8,8%) e móveis e eletrodomésticos (8,7%). A alta das vendas registrada no Paraná também impactou positivamente a receita, com crescimento de 6,6% no acumulado do ano de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Na variação mensal entre abril e março, o volume de vendas no Estado cresceu 1,4%, acima da média nacional, de 0,9%. É o sétimo melhor resultado do Brasil. Nos últimos 12 meses em relação ao mesmo período anterior, o Paraná registra alta de 2,3% no volume de vendas do comércio varejista. Segundo a PMC, o volume de vendas do comércio varejista ampliado do Paraná segue a mesma tendência de crescimento, registrando alta de 4,2% entre janeiro e abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Essa categoria inclui vendas de automóveis, peças de veículos, materiais de construção e produtos alimentícios, além dos demais setores investigados pelo órgão. O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (14,5%), eletrodomésticos (14%) e material de construção (13,2%). Na sequência aparecem móveis e eletrodomésticos (12,1%), móveis (10,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%). O crescimento de 14,5% no setor de veículos, motocicletas, partes e peças é o quinto melhor resultado do País. A PMC realiza esse recorte em 12 estados. Já no volume de venda de materiais de construção, o Paraná ficou em segundo lugar entre os 12 estados que participam da pesquisa, com 13,2% no período de janeiro a abril de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Bahia aparece em primeiro, com 21,1%.
Agência Estadual de Notícias
TCP busca evitar sobretaxa de "congestionamento" em Paranaguá
A TCP, um braço da China Merchants Port, está trabalhando para dissuadir uma empresa de logística de aplicar uma sobretaxa sobre as cargas de saída no maior terminal de contêineres da América do Sul, disse a gerente comercial da TCP, Carolina Brown
A sobretaxa de 150 dólares da empresa de logística CMA-CGM, que entraria em vigor em 1º de julho, poderia afetar o custo do transporte de mercadorias pelo principal terminal de contêineres refrigerados do Brasil, que fica no porto de Paranaguá e é o maior corredor de exportação de carne de frango do mundo. "Já entramos em contato com a CMA, já pedimos para que primeiro esclareçam a medida, mas também que eles a revejam", disse Brown à Reuters na quarta-feira. A CMA não respondeu imediatamente às repetidas solicitações de comentários. A empresa anunciou a sobretaxa na semana passada, citando o "congestionamento" no porto de Paranaguá. A medida evidencia os desafios logísticos enfrentados pelo Brasil, uma potência agrícola e uma das dez maiores economias do mundo. A CMA disse que a sobretaxa se aplicaria a cargas com destino à Costa Leste dos EUA, Golfo dos EUA, Canadá, México e América Central, entre outros. Brown disse que as remessas de papel, madeira e cargas refrigeradas podem ser afetadas se a sobretaxa for confirmada. A executiva disse que Paranaguá e outros portos de contêineres brasileiros enfrentam um aumento na demanda, que, juntamente com contingências operacionais em terminais concorrentes em Santos (SP) e Santa Catarina, provocaram "uma tempestade perfeita". Felipe de França, gerente de operações da TCP, disse que o aumento da demanda elevou o tempo de espera dos navios de uma média de 3,5 horas, um recorde alcançado em Paranaguá, para cerca de 48 horas nas últimas semanas. Desde então, o tempo de espera caiu para cerca de 12 horas no terminal de contêineres de Paranaguá, enquanto os navios em terminais concorrentes ainda enfrentam uma semana de espera, disse ele. Brown disse que o terminal de contêineres de Paranaguá também está absorvendo desvios de carga e recebendo navios de outros portos. "Estamos operando sem restrições operacionais e na contramão disto (vem) a cobrança de uma taxa adicional que não condiz como (nosso) nível de serviço."
Reuters
EMPRESAS: Paraná recebe R$ 3,4 bilhões em investimentos privados
Os empreendimentos incluem as novas plantas para produção de garrafas da Ambev, a Maltaria Campos Gerais e a nova fábrica da Unium, além de um investimento no setor de combustíveis da Liquipar Operações Portuárias.
O Estado do Paraná fecha a semana com R$ 3,4 bilhões a mais na contabilidade de investimentos privados. O resultado é fruto de anúncios feitos em um intervalo de 20 dias por quatro grandes conglomerados do Estado: os empreendimentos são as novas plantas da Ambev, Maltaria Campos Gerais e Unium, além de um investimento no setor de combustíveis da Liquipar Operações Portuárias. AMBEV – A nova fábrica de garrafas da Ambev em Carambeí recebeu a Pedra Fundamental nesta quinta-feira (13). A unidade, que já está em 80% de execução, tem investimento de R$ 870 milhões e faz parte do movimento de ampliar a oferta de cervejas premium no portfólio da empresa.No caso da Ambev, o funcionamento da nova fábrica deve iniciar 2025 e marcará o Estado como o primeiro de todo o País com produção da empresa “do campo ao copo”, impactando toda a cadeia de produção do Estado e a economia local. A planta vai produzir garrafas a partir da reciclagem de cacos recolhidos, fruto de parcerias com empresas de logística reversa e cooperativas da região. Serão produzidas na fábrica embalagens de diferentes formatos e cores, como long necks, 300 ml, 600 ml e 1 litro, com foco principal nos rótulos premium, como Spaten, Corona, Stella Artois e Original. A previsão é fabricar até 1,5 mil garrafas por minuto, chegando a 15 milhões por mês. UNIUM – No fim de maio, a Unium, que reúne as cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, anunciou que vai investir também nos Campos Gerais mais de R$ 450 milhões em uma nova fábrica de produtos lácteos em pó em Castro. A previsão é de que a unidade processe mais de 1 milhão de litros de leite para a produção de leite em pó por dia. O investimento atende ao aumento na produção dos cooperados do grupo, que cresce 10% ao ano. Atualmente, o grupo Unium já conta com fábricas em Castro e Ponta Grossa, ambas com capacidades produtivas de cerca de 1,5 milhão de litros diários cada, além de uma unidade em Itapetininga, no interior de São Paulo, com capacidade de produção diária de 1,3 milhão de litros de leite. MALTARIA – Outro grande anúncio recente foi o início da operação da Maltaria Campos Gerais, localizada em Ponta Grossa, no começo de junho. A planta, fruto de um investimento de R$ 1,6 milhões das cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola, foi inaugurada com a presença do governador Ratinho Junior e vai produzir 280 mil toneladas de malte por ano. O empreendimento, que teve apoio do programa de incentivos Paraná Competitivo, deve gerar cerca de 130 empregos diretos e mais de 3 mil indiretos, além de ampliar a produção de cevada no Paraná, que já é o maior produtor nacional do grão. Com a inauguração da maltaria, quatro em cada dez cervejas feitas no País terão malte produzido no Paraná na sua composição. LIQUIPAR – Na semana, na terça-feira (11), a Liquipar Operações Portuárias, que arrematou no ano passado a área PAR 50 do Porto de Paranaguá, no Litoral, anunciou que vai investir R$ 572 milhões para triplicar a capacidade de escoamento de líquidos pelo terminal, especialmente de combustíveis. O investimento é maior que o previsto inicialmente. Arrematada por R$ 1 milhão no leilão feito na Bolsa de Valores, a área deveria receber um montante mínimo de R$ 338,2 milhões em obras de ampliação da capacidade operacional. Ela tem cerca de 85 mil metros quadrados e capacidade atual de 70 mil metros cúbicos de armazenagem, devendo passar para 210 mil metros cúbicos.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai abaixo dos R$5,40 após falas de Lula e ministros sobre o fiscal
Após quatro sessões, o dólar à vista voltou a encerrar um dia em queda, novamente abaixo do nível psicológico de 5,40 reais, após falas de autoridades do governo Lula em defesa do equilíbrio fiscal, enquanto no exterior a moeda norte-americana subia
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,3680 reais na venda, em baixa de 0,66%. Em junho, porém, a moeda acumula elevação de 2,23%. Às 17h19, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,64%, a 5,3775 reais na venda. O dólar passou a perder força ante o real de forma mais consistente entre o fim da manhã e o início da tarde, em movimento que coincidiu com a virada para o negativo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). Por trás disso estavam declarações consideradas positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros. Em viagem à Suíça, Lula defendeu o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após os ruídos nos últimos dias de que ele estaria enfraquecido no governo. Segundo Lula, Haddad se esforçou para encontrar uma alternativa de compensação para a desoneração de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte -- a MP do PIS/Cofins, devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração -- que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época", lembrou Lula. "Então agora a bola não está mais na mão do Haddad; a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários.” Por sua vez, Haddad afirmou no Brasil que o ministério vai auxiliar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha, mencionando que propostas serão discutidas na próxima semana. "Todas as propostas dos senadores serão processadas por nós para encaminharmos a análise de impacto de cada uma delas", disse. Haddad também afirmou que a equipe econômica intensificou o trabalho relacionado à revisão de gastos públicos com foco no fechamento do Orçamento de 2025. Para completar, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a alta recente do dólar é "momentânea" e que o governo tem confiança de que as cotações irão cair. “Nós temos absoluta confiança que o dólar vai cair, isso é uma coisa momentânea”, disse. Alckmin pontuou ainda que o governo tem compromisso com o equilíbrio fiscal e o controle da inflação.
Reuters
Ibovespa fecha em queda após sessão volátil
O Ibovespa fechou em baixa na quinta-feira, após uma sessão sem tendência definida, refletindo alguns ajustes de posições, com B3 entre as maiores pressões de baixa, enquanto Vale representou um contrapeso relevante
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com uma variação negativa de 0,31%, a 119.567,53 pontos. O volume financeiro somou apenas 18,44 bilhões de reais. Investidores seguem receosos quanto ao quadro fiscal, com o fracasso da MP do PIS/Cofins ampliando as preocupações, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que propostas para compensar a desoneração serão discutidas com o Senado na próxima semana. Após ruídos envolvendo Haddad na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o defendeu, afirmando se tratar de um "extraordinário ministro". De acordo com o analista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a bolsa refletiu a incerteza política e fiscal no Brasil. "O sentimento que prevalece no mercado segue sendo de cautela", afirmou. No exterior, Wall Street fechou sem uma direção única, mas o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subiu 0,23%, renovando máximas. O rendimento do Treasury de 10 anos cedia a 4,25% no final da tarde.
Reuters
Vendas varejistas no Brasil crescem em abril pelo 4º mês
As vendas varejistas brasileiras cresceram pelo quarto mês seguido em abril e renovaram o maior patamar da série histórica, mas iniciaram o segundo trimestre com um desempenho abaixo do esperado. O varejo registrou em abril aumento de 0,9% das vendas sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2,2%, contra projeção de 3,35% nessa base de comparação. "Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal (a cada mês)”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa. "O cenário macro contribui para estimular a expansão da demanda e do consumo", completou ele, explicando que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul ainda não apareceram no varejo em abril. O mercado de trabalho firme, aumento da renda, benefícios sociais, inflação controlada e condições melhores de crédito trazem um cenário mais favorável ao setor de varejo no Brasil neste ano. "Olhando à frente, para 2024, nossa perspectiva é que um mercado de trabalho aquecido, a regra de valorização do salário-mínimo e a inflação comportada devam contrabalançar um juro real ainda elevado", disse Igor Cadilhac, economista do PicPay. "A mudança recente na postura do Banco Central, que irá manter uma política monetária mais restritiva que o antecipado, deverá ser um empecilho à continuidade do crescimento no setor”, alertou André Valério, economista sênior do Inter. Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram ganhos em abril. As vendas em hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que respondem por 55,2% do índice geral, cresceram 1,5% depois de dois meses negativos. Já equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram aumento de 14,2%, recuperando a perda de 10,1% em março por conta do aumento do dólar. Essas duas atividades foram as principais influências sobre o resultado geral. Também tiveram desempenhos positivos o setor de móveis e eletrodomésticos (+2,4%), combustíveis e lubrificantes (+2,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,6%). Por outro lado, as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) registraram retração no mês. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 1,0% das vendas.
Reuters
IBGE reduz em 5,9% previsão de safra de grãos para 2024
Colheita estimada no Brasil é de 296,8 milhões de toneladas. IBGE prevê um recuo de 18,6 milhões de toneladas na produção de grãos brasileira neste ano
A safra brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas deve atingir 296,8 milhões de toneladas em 2024, 5,9% abaixo de 2023. Em números absolutos, é um recuo de 18,6 milhões de toneladas. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de maio, divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de safra do IBGE também é 0,9% menor que a anterior, relacionada ao mês de abril (recuo de 2,8 milhões de toneladas). O IBGE informou ainda que a área a ser colhida é de 78,3 milhões de hectares, na safra atual. Isso significa aumento de 0,6% frente à área colhida em 2023, crescimento de 454.502 hectares e aumento de 0,6% (acréscimo de 445.140 hectares) em relação a abril. O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam 91,5% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida.
O instituto detalhou ainda que, na safra 2024 ante safra 2023, estão previstos acréscimos de 12,5% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 6,5% na do arroz em casca; de 6,1% na do feijão e de 3,3% na da soja. Por outro lado, estão previstos declínios, na área a ser colhida, de 4,7% na área do milho (sendo reduções de 8,6% no milho 1ª safra e de 3,5% no milho 2ª safra); de 11,8% na do trigo e de 3,0% na do sorgo. O IBGE informou ainda estimativas de produção, por produtos, para safra de 2024 bem como comparação com a safra de 2023. Em relação à produção, houve acréscimos, nas estimativas de produção, de 9,9% para o algodão herbáceo (em caroço); de 2,3% para o arroz; de 7,0% para o feijão; de 0,5% para o sorgo e de 23,8% para o trigo. Por outro lado, ocorreram decréscimos de 3,5% para a soja e de 12,7% para o milho (reduções de 14,5% no milho de 1ª safra e de 12,2% no milho de 2ª safra).
Valor Econômico
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