CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 1016 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 1016 | 19 de dezembro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Boi gordo: frigorĂficos operam com escalas de abate confortĂĄveis
Em SP, o boi gordo sem padrĂŁo-exportação segue em R$ 321/@, enquanto âboi-Chinaâ vale R$ 325/@, segundo dados da Scot Consultoria. No PARANĂ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de dez dias. Boi China: PARANĂ: R$ 324,50/@ (Ă vista) e R$ 328,00/@ (prazo
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Na quinta-feira (18/12), em linha com o comportamento observado nos Ășltimos dias, o mercado fĂsico do boi gordo registrou manutenção dos preços em todas as principais regiĂ”es produtoras brasileiras, informou a Agrifatto. Nesse perĂodo de comemoraçÔes, continua a consultoria, parte relevante dos frigorĂficos interrompe temporariamente as atividades ou reduz o ritmo de abate em função das fĂ©rias coletivas parciais ou totais, com retomada gradativa dos trabalhos prevista apenas para o inĂcio da segunda semana de janeiro de 2026.
âApesar da movimentação reduzida, algumas indĂșstrias brasileiras jĂĄ começam a estruturar as programaçÔes de abate voltadas para a segunda quinzena de janeiro, o que garante um quadro confortĂĄvel de escalasâ, observou a consultoria. Na mĂ©dia nacional, as plantas seguem atendidas por cerca de dez dias Ășteis, sem pressĂŁo imediata por compras mais agressivas de gado terminado, acrescentam os analistas. No front externo, as exportaçÔes de carne bovina in natura continuam apresentando desempenho consistente e devem seguir como o principal vetor de sustentação dos preços do boi gordo neste encerramento de 2025, compensando a menor demanda do mercado interno tĂpica do perĂodo. Em SĂŁo Paulo, o boi gordo âcomumâ foi negociado a R$ 320/@ na quinta-feira, enquanto o âboi-Chinaâ seguiu valendo R$ 330/@, de acordo com os dados apurados pela Agrifatto. Em outras 16 praças monitoradas diariamente, a mĂ©dia do boi gordo permaneceu em R$ 304,25/@, ou seja, sem registro de variaçÔes em nenhuma das regiĂ”es acompanhadas pela consultoria. Pelos dados da Scot Consultoria, no mercado paulista, a cotação de todas as categorias de gado terminado ficou estĂĄvel na quinta-feira. Com isso, o boi gordo sem padrĂŁo-exportação segue em R$ 321/@, o âboi- Chinaâ em R$ 325/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha terminada em R$ 312/@ (todos os valores brutos, no prazo). Nos Ășltimos quatro dias, os contratos do boi gordo recuaram na B3, conforme informa a Agrifatto.  Na quarta-feira (17/12), o papel com vencimento em fevereiro de 2026 encerrou o pregĂŁo cotado a R$ 322,80/@ com baixa de 0,32% em relação ao dia anterior. CotaçÔes do boi gordo desta quinta-feira (18/12), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. MĂ©dia: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de dez dias.
MINAS GERAIS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de dez dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias.
TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de nove dias. PARĂ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. GOIĂS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China/Europa: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de nove dias. RONDĂNIA: Boi: R$280,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de doze dias.
MARANHĂO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do âboi-Chinaâ nesta quinta-feira (18/12), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SĂO PAULO: R$ 321,50/@ (Ă vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 316,50/@ (Ă vista) e R$ 320,00/@ (prazo)
MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 311,50/@ (Ă vista) e R$ 315,00/@ (prazo). GOIĂS: R$ 311,50/@ (Ă vista) e R$ 315,00/@ (prazo)
PARĂ/PARAGOMINAS: R$ 302,00/@ (Ă vista) R$ 305,00/@ e (prazo). PARĂ/REDENĂĂO E MARABĂ: R$ 302,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDĂNIA: R$ 277,00/@ (Ă vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPĂRITO SANTO: R$ 302,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 300,00/@ (Ă vista) e R$ 303,00/@ (prazo).
PORTAL DBO/AGRIFATTO/SCOT CONSULTORIA
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Boi/Cepea: Maior demanda contribui para sustentar altas de preços da carne
Os preços da carne bovina seguem em alta neste final de 2025, apontam levantamentos do Cepea
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Segundo o Centro de Pesquisas, a valorização da carcaça casada (que Ă© a junção do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha) vem sendo puxada principalmente pela elevação nos preços do traseiro e da ponta de agulha, mais procurados nesta Ă©poca do ano, sobretudo para churrasco. O dianteiro (cortes mais baratos) tem se valorizado menos, o que tambĂ©m Ă© comum neste perĂodo. Analisando-se a mĂ©dia dos principais cortes desossados consumidos em churrasco (picanha, maminha e fraldinha), de outubro/25 atĂ© a semana encerrada em 12 de dezembro, as valorizaçÔes sĂŁo de 21,5%, 11,2% e 12,8%, nessa ordem, conforme pesquisas do Cepea. JĂĄ o mercado de animais para abate sente o arrefecimento tĂpico da proximidade dos feriados. Pesquisadores explicam que boa parte das escalas deste final de ano e do começo de janeiro estĂĄ completa, afastando alguns frigorĂficos das compras. Pecuaristas, por sua vez, tambĂ©m se mostram mais recuados, seja porque jĂĄ fecharam as vendas do ano, seja porque esperam preços maiores em janeiro.
CEPEA
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SUĂNOS
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SuĂnos/Cepea: Festas de fim de ano elevam demanda e preços
A demanda por alguns cortes suĂnos tipicamente consumidos nas festas de final de ano tem se aquecido no mercado atacadista, elevando as cotaçÔes, conforme levantamentos do Cepea.Â
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Segundo o Centro de Pesquisas, a mĂ©dia do pernil negociado no atacado do estado de SĂŁo Paulo na parcial de dezembro (atĂ© o dia 16) estĂĄ em R$ 14,11/kg, 2,3% acima da registrada em novembro/25. Entre os outros cortes tradicionalmente mais demandados neste perĂodo, o lombo tambĂ©m vem se destacando, conforme pesquisas do Cepea.Â
CEPEAÂ
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Suinocultura independente mantém estabilidade em MG e SC
As bolsas estaduais entram em recesso, mantendo as referĂȘncias atuais atĂ© o inĂcio de 2026
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Os preços dos suĂnos seguiram majoritariamente estĂĄveis nos principais polos produtores na terceira semana de dezembro. Com semanas encurtadas, negociaçÔes pontuais e foco jĂĄ voltado para janeiro, as bolsas estaduais entram em recesso, mantendo as referĂȘncias atuais atĂ© o inĂcio de 2026. No mercado mineiro, os preços dos animais seguiram com estabilidade e o valor estĂĄ em R$ 8,50/kg, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informaçÔes da Associação Catarinense de Criadores de SuĂnos (ACCS), os preços dos suĂnos registraram uma leve baixa de 0,82%, na qual passaram de R$ 8,57/kg para os atuais R$ 8,50/kg. A Associação Catarinense de Criadores de SuĂnos (ACCS) realizou a Ășltima reuniĂŁo de negociação da Bolsa de SuĂnos de 2025. O encontro definiu os parĂąmetros que nortearĂŁo o mercado independente atĂ© o inĂcio do prĂłximo ano, visto que as atividades da bolsa entram em recesso, retornando apenas no dia 8 de janeiro. No estado de SĂŁo Paulo, a Ășltima bolsa realizada ocorreu na quinta-feira passada, conforme dados da APCS (Associação Paulista de Criadores de SuĂnos), com o preço fixado em R$ 9,33 por arroba. Considerando a mĂ©dia semanal (entre os dias 11/12/2025 e 17/12/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do SuĂno LAPESUI/UFPR teve queda de 3,70%, fechando a semana em R$ 8,36. No comparativo mensal das mĂ©dias semanais, o preço do kg/vivo do suĂno no ParanĂĄ apresentou queda de 0,43% em relação Ă semana do dia 19/11/2025.
APCS/ ASEMG/ ACCS/ LAPESUI/UFPRÂ
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GOVERNO
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UE acha que agora tem maioria para assinar acordo Mercosul em trĂȘs semanas
Macron questiona se o prazo serĂĄ suficiente para atender exigĂȘncias da França, mas que espera que sim
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A presidente da ComissĂŁo Europeia, Ursula von der Leyen, acredita ter agora maioria suficiente entre os 27 paĂses da UniĂŁo Europeia para assinar o acordo com o Mercosul dentro de trĂȘs semanas, embora reconheça que ainda hĂĄ acertos a serem concluĂdos no bloco. ''Sim, estou confiante de que temos a maioria suficiente, mas ainda hĂĄ trabalho a fazer com os Estados-Membros'', afirmou ela Ă s 4h da manhĂŁ da sexta-feira na entrevista coletiva sobre o balanço da reuniĂŁo do Conselho Europeu. ''Mas, apĂłs 26 anos de negociaçÔes, um atraso de trĂȘs semanas Ă©, na minha opiniĂŁo, tolerĂĄvel. Ă fantĂĄstico que estejamos caminhando para a conclusĂŁo do acordoâ, acrescentou. ReuniĂŁo dos lĂderes europeus ocorreu em meio a protestos de agricultores nas ruas de Bruxelas. O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa â uma espĂ©cie de presidente informal da UE â adotou tom semelhante. âNĂŁo gosto de estar aqui Ă s 4h da manhĂŁ, mas gosto do fato de que agora, apĂłs 26 anos de negociaçÔes com o Mercosul, concordamos em assinar nĂŁo no sĂĄbado, mas trĂȘs semanas depoisâ, afirmou. Costa comentou, rindo, que âacho que o mundo nĂŁo perde muito com essas trĂȘs semanas depois de 26 anos. Gosto disso e gosto muito de estarmos unidos na nossa diversidade, apesar de todas as nossas diferençasâ. O chanceler alemĂŁo, Friedrich Merz, confirmou que a UE jĂĄ dispĂ”e da promessa de uma maioria qualificada para aprovar a assinatura do acordo. Disse que esperava sair da reuniĂŁo com o sinal verde para a assinatura, mas que a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, pediu duas semanas adicionais para trabalhar internamente, junto ao seu governo e ao Parlamento italiano, a fim de superar divergĂȘncias. Merz observou que apĂłs oito anos de acordo com o CanadĂĄ, o comĂ©rcio bilateral aumentou 50%, com os dois lados se beneficiando do tratamento preferencial. JĂĄ o presidente francĂȘs, Emmanuel Macron, deixou Bruxelas na madrugada alertando que ainda Ă© cedo para afirmar se um adiamento de um mĂȘs na decisĂŁo sobre o acordo comercial entre a UE e o Mercosul serĂĄ suficiente para atender Ă s condiçÔes estabelecidas pela França â embora espere que sim. Macron defende mais endurecimentos para travar importaçÔes agrĂcolas provenientes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Disse esperar que a UE e os paĂses do Mercosul aprovem, em janeiro, medidas que garantam que as importaçÔes sul-americanas cumpram os mesmos requisitos exigidos aos produtores europeus. Para ele, isso transformaria o pacto num ânovoâ acordo entre o Mercosul e a UE - uma maneira para ele de vender na França que conseguiu impor sua demanda, quando parece cada vez mais em minoria. Para produtores agrĂcolas europeus, as salvaguardas - ou seja, barreiras contra o Mercosul - propostas pela UE ''continuam a ser insuficientes para evitar perturbaçÔes no mercado, nĂŁo garantem condiçÔes de concorrĂȘncia equitativas, tendo em conta as divergĂȘncias entre as normas de produção, e nĂŁo oferecem garantias credĂveis aos agricultores e fabricantes da UE que jĂĄ operam sob restriçÔes regulamentares e econĂłmicas muito mais rigorosas''. Giorgia Meloni chefe do governo italiano, promete dar a maioria para a assinatura do acordo dentro de trĂȘs semanas. Como de costume, as reuniĂ”es de lĂderes da UE tiveram a sua dose de drama. Desta vez, houve ainda um protesto de rua com cerca de 10 mil agricultores e mais de 150 tratores em Bruxelas. LĂderes agrĂcolas foram recebidos antes da reuniĂŁo e saĂram dizendo que ''a luta continua''.
VALOR ECONĂMICO
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EMPRESAS
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Cidade do ParanĂĄ vai ganhar nova fĂĄbrica de derivados de leite de R$ 800 milhĂ”es; obra fica pronta em 2026Â
O empreendimento, da Sooro Renner Nutrição em Francisco BeltrĂŁo, no Sudoeste do ParanĂĄ, que começou a ser construĂdo em março de 2025, ficarĂĄ pronto em 2026, representa um investimento privado de R$ 800 milhĂ”es e deve gerar 250 empregos diretos e cerca de 1.600 indiretos.
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A nova unidade da Sooro Renner, conhecida como Projeto P3, ocupa uma ĂĄrea total de 203 mil metros quadrados, com 34 mil metros quadrados de ĂĄrea edificada. A estrutura inclui ainda 42 mil metros quadrados destinados Ă Estação de Tratamento de Efluentes e 39 mil metros quadrados de pavimentação interna. Quando estiver em operação, a planta terĂĄ capacidade para processar atĂ© 5 milhĂ”es de litros de soro de leite por dia, com funcionamento 24 horas por dia. Depois de pronta, a planta da Sooro Renner em Francisco BeltrĂŁo serĂĄ voltada Ă produção de ingredientes de maior valor agregado, como lactose e insumos para fĂłrmulas infantis, alĂ©m de whey protein, com parte relevante da produção destinada ao mercado externo. O projeto envolve uma ampla cadeia produtiva, com dezenas de laticĂnios parceiros e centenas de produtores de leite da regiĂŁo Sul. O projeto prevĂȘ ainda uma estrutura energĂ©tica dedicada para atender Ă alta demanda da planta, incluindo a construção de uma subestação prĂłpria e o uso de biomassa como fonte tĂ©rmica, com cavaco de eucalipto, amplamente produzido na regiĂŁo. A unidade tambĂ©m serĂĄ totalmente automatizada, o que exige mĂŁo de obra qualificada e investimentos contĂnuos em capacitação. A planta tambĂ©m jĂĄ foi concebida com ĂĄreas reservadas para futuras ampliaçÔes, permitindo o aumento da capacidade produtiva nos prĂłximos anos.  De acordo com o diretor Financeiro da Sooro Renner, Luiz Gustavo Uadi, a nova planta de Francisco BeltrĂŁo amplia a atuação da empresa no segmento de especialidades. âEsta serĂĄ uma unidade com produção anual superior a 60 mil toneladas, o que amplia nossa capacidade e posiciona Francisco BeltrĂŁo como uma referĂȘncia no segmento, inclusive para exportaçãoâ, afirmou. Segundo Uadi, a escolha do ParanĂĄ e do municĂpio foi estratĂ©gica, principalmente pela presença de uma das principais bacias leiteiras do PaĂs. âA regiĂŁo Sudoeste estĂĄ inserida em uma bacia leiteira estruturada, com forte concentração de produtores e laticĂnios. AlĂ©m disso, o apoio do Governo do Estado, por meio de incentivos como o ParanĂĄ Competitivo e investimentos em infraestrutura, foi decisivo para a escolha entre os estados avaliadosâ, concluiu. A Sooro Renner Nutrição S.A. atua na produção de proteĂnas e ingredientes derivados do soro de leite e atende a padrĂ”es internacionais de qualidade. A empresa tem controle acionĂĄrio dos grupos Siente e Renner Herrmann, com matriz em Marechal CĂąndido Rondon, alĂ©m de uma planta industrial em Estação, no Rio Grande do Sul.
AGĂNCIA ESTADUAL DE NOTĂCIAS
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Paranå Competitivo atrai R$ 15 bilhÔes em investimentos em 2025
Foram 136 contratos de parceria para implantação e ampliação de parques industriais em 49 municĂpios do Estado. Marca histĂłrica Ă© reflexo do sucesso do programa e do cenĂĄrio de estabilidade econĂŽmica do Estado.
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O ParanĂĄ alcançou um novo recorde de investimentos privados atraĂdos por meio do ParanĂĄ Competitivo. Foram cerca de R$ 15 bilhĂ”es em contratos assinados ao longo de todo o ano pelo programa que oferece incentivos e benefĂcios para empresas que desejam se instalar ou expandir operaçÔes no Estado. O valor Ă© 8% maior do que os R$ 13,8 bilhĂ”es alcançados em 2024. Criado em 2011 com o objetivo de tornar o Estado mais atrativo para novos empreendimentos, o programa teve o melhor resultado de sua histĂłria em 2025. Foram 136 contratos de parceria para implantação e ampliação de parques industriais em 49 municĂpios do Estado. De acordo com estimativas da Assessoria de Assuntos EconĂŽmicos e TributĂĄrios (AEET) da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), a previsĂŁo Ă© que esses empreendimentos gerem cerca de 21,9 mil empregos diretos. Um dos exemplos foi a parceria firmada com a XBRI Pneus. A empresa confirmou em 2025 um dos maiores investimentos industriais jĂĄ anunciados no ParanĂĄ: R$ 4,2 bilhĂ”es para a implantação de uma nova fĂĄbrica na cidade. Essa boa articulação entre Estado e indĂșstria Ă© um dos diferenciais do ParanĂĄ Competitivo e uma das razĂ”es para os nĂșmeros crescentes ano apĂłs ano, como explica o gestor do programa e diretor da AEET da Sefa, Francisco InocĂȘncio. AlĂ©m da XBRI, outros investimentos importantes foram confirmados ao longo do ano e ajudaram o programa a conquistar o valor recorde. Ă o caso da expansĂŁo do parque automotivo da Renault do Brasil, em SĂŁo JosĂ© dos Pinhais, na RegiĂŁo Metropolitana de Curitiba. No inĂcio de novembro, o Governo do ParanĂĄ oficializou o acordo com a chinesa Geely para investimentos de R$ 3,8 bilhĂ”es na planta da empresa francesa com foco na diversificação da produção. Outro empreendimento confirmado neste ano foi a ampliação e modernização da unidade da Cooperativa AgrĂĄria Agroindustrial no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Com aporte de R$ 1,1 bilhĂŁo, o projeto inclui a construção de duas novas plantas industriais, a atualização completa da maltaria atual e a entrada da cooperativa em um novo segmento estratĂ©gico: a produção de maltes especiais em escala industrial, insumo hoje importado.
AGĂNCIA ESTADUAL DE NOTĂCIAS
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ECONOMIA
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DĂłlar fecha estĂĄvel com comentĂĄrios de GalĂpolo e cenĂĄrio polĂtico no foco
ApĂłs subir a R$5,56 pela manhĂŁ, o dĂłlar perdeu força no Brasil e encerrou a sessĂŁo praticamente estĂĄvel ante o real, em sintonia com a melhora mais ampla dos ativos brasileiros apĂłs o presidente do Banco Central, Gabriel GalĂpolo, reforçar em entrevista Ă imprensa que a decisĂŁo sobre a Selic em janeiro ainda nĂŁo estĂĄ tomada.
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A esperança de que o governador de SĂŁo Paulo, TarcĂsio de Freitas (Republicanos), ainda seja o principal nome da direita na eleição presidencial tambĂ©m tirou força da moeda norte-americana, em meio ao noticiĂĄrio polĂtico do dia. O dĂłlar Ă vista fechou o dia com variação positiva de 0,04%, aos R$5,5244. No ano, a moeda acumula baixa de 10,59%. Ăs 17h29, o contrato de dĂłlar futuro para janeiro -- atualmente o mais lĂquido no Brasil -- subia 0,01% na B3, aos R$5,5340. Entre o fim da manhĂŁ e o inĂcio da tarde a moeda perdeu força, chegando a ceder ante o real, em meio a uma melhora dos ativos locais. Um dos fatores para isso foi a sinalização de GalĂpolo de que o BC ainda nĂŁo definiu se cortarĂĄ ou nĂŁo em janeiro a taxa bĂĄsica Selic, hoje em 15% ao ano. Mais cedo, o RelatĂłrio de PolĂtica MonetĂĄria mostrou que o BC projeta uma inflação em 12 meses de 3,2% no terceiro trimestre de 2027 -- ainda um pouco acima do centro da meta contĂnua perseguida pela instituição, de 3%. O terceiro trimestre de 2027 passou a ser considerado pelo mercado como um perĂodo-chave, jĂĄ que se torna a referĂȘncia para o horizonte relevante da polĂtica monetĂĄria na reuniĂŁo de janeiro do BC.
Durante coletiva de imprensa sobre o relatĂłrio, porĂ©m, tanto GalĂpolo quanto o diretor de PolĂtica EconĂŽmica do BC, Diogo Guillen, pontuaram que as projeçÔes sĂŁo embutidas de incerteza e que hĂĄ limitaçÔes para elas em um horizonte de 18 meses. Sobre isso, Guillen reforçou a ideia, jĂĄ contida no comunicado da semana passada do ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom), de que o BC mira "o redor da meta" de inflação. GalĂpolo tambĂ©m disse que a autarquia segue dependente de dados e que "nĂŁo hĂĄ portas fechadas" nem "setas dadas" para as decisĂ”es de polĂtica monetĂĄria. Os comentĂĄrios de GalĂpolo e Guillen mantiveram a expectativa de que o BC possa cortar a Selic em 25 pontos-base em janeiro, o que pesou sobre a curva de juros e deu força ao Ibovespa.
REUTERS
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Ibovespa fecha em alta com endosso de Wall St
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, apĂłs duas quedas seguidas, em movimento endossado por Wall Street e com as açÔes da petrolĂfera Brava Energia e da fabricante de papel e celulose Suzano entre os destaques positivos.
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Investidores tambĂ©m repercutiram dados mais fracos do que o esperado sobre a inflação nos Estados Unidos e declaraçÔes do presidente do Banco Central do Brasil de que "nĂŁo hĂĄ portas fechadas" nem "setas dadas" para as decisĂ”es envolvendo a Selic, enquanto seguem acompanhando noticiĂĄrio sobre eleiçÔes no paĂs. Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa subiu 0,53%, a 158.163,42 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 158.495,49 na mĂĄxima e 157.123,58 na mĂnima do dia. O volume financeiro somava R$24,3 bilhĂ”es antes dos ajustes finais.
REUTERS
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BC espera desaceleração do crescimento e vĂȘ sinais de moderação do mercado de trabalho, diz Guillen
O diretor de PolĂtica EconĂŽmica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta quinta-feira que a instituição espera a desaceleração da atividade ao longo dos prĂłximos trimestres e reforçou a ideia de que o BC mira "o redor da meta" de inflação.
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Durante coletiva de imprensa na manhĂŁ de ontem em BrasĂlia, Guillen pontuou que dados iniciais referentes ao quarto trimestre deste ano indicam uma continuidade da moderação da atividade. AlĂ©m disso, o diretor avaliou que o mercado de trabalho apresenta sinais incipientes de moderação no Brasil. Mais cedo, o BC informou por meio de seu RelatĂłrio de PolĂtica MonetĂĄria que a projeção de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 passou de 2,0% para 2,3%. No caso de 2026, a estimativa de elevação passou de 1,5% para 1,6%. No documento, a instituição informou ainda que a projeção de inflação em 12 meses Ă© de 3,2% para o terceiro trimestre de 2027 -- horizonte relevante para a polĂtica monetĂĄria a partir de janeiro --, ainda um pouco acima do centro da meta contĂnua perseguida pela instituição, de 3%. Ao tratar das projeçÔes, no entanto, Guillen pontuou que elas "sĂŁo embutidas de grande incerteza". "Discordo da visĂŁo mecanicista que se tem sobre projeçÔes", disse o diretor de PolĂtica MonetĂĄria. "Por conta das incertezas de projeçÔes que chamamos atenção no comunicado que miramos o redor da meta de inflação", acrescentou. No comunicado mais recente do ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom), o BC afirmou que "decidiu manter a taxa bĂĄsica de juros em 15,00% a.a., e entende que essa decisĂŁo Ă© compatĂvel com a estratĂ©gia de convergĂȘncia da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante". O terceiro trimestre de 2027 passou a ser considerado pelo mercado como um perĂodo chave, jĂĄ que se torna a referĂȘncia para o horizonte relevante da polĂtica monetĂĄria na reuniĂŁo de janeiro do BC. No mercado, os agentes seguem divididos sobre se a instituição cortarĂĄ ou nĂŁo a Selic no prĂłximo mĂȘs.
REUTERSÂ
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IPPA/Cepea: IPPA cai em novembro, mas acumula alta de 10% no ano
Levantamento do Cepea mostra que, em novembro, o Ăndice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos AgropecuĂĄrios (IPPA/CEPEA) registrou queda nominal de 0,71% em relação a outubro.Â
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Segundo pesquisadores, o recuo esteve atrelado sobretudo Ă forte retração de 21,62% no IPPA-HortifrutĂcolas; para o IPPA-GrĂŁos e o IPPA-PecuĂĄria, as variaçÔes foram positivas em 1,62% e 0,2%, respectivamente. O IPPA-Cana-CafĂ© caiu 1,88% e o IPA-OG-DI, 0,18%, indicando que, em novembro, os preços agropecuĂĄrios apresentaram desempenho ligeiramente inferior ao dos valores industriais acompanhados pelo Ăndice. No Ăąmbito internacional, os preços dos alimentos em dĂłlares recuaram 1,2%, movimento acompanhado pela desvalorização de 0,83% da taxa de cĂąmbio, o que resultou em queda de 2,02% nos preços internacionais de alimentos medidos em reais. No ano, levantamentos do Centro de Pesquisas indicam que o IPPA/CEPEA acumula alta de 10,2%, com destaque para os expressivos avanços do IPPA-PecuĂĄria (17,31%) e do IPPA-Cana-CafĂ© (20,71%). O IPPA-GrĂŁos tambĂ©m apresenta variação positiva, de 2,7%, enquanto o IPPA-HortifrutĂcolas registra queda, de 14,41%. Em termos comparativos, o IPA-OG-DI acumula elevação de 3,11%, e os preços internacionais de alimentos em reais avançam 3,57%, apesar da baixa de 1,66% quando medidos em dĂłlares.Â
CEPEAÂ
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BC eleva projeção para crescimento do PIB para 2,3% em 2025 e para 1,6% em 2026Â
Mudanças se devem a revisĂ”es na sĂ©rie e efeito do Imposto de RendaÂ
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O Banco Central (BC) elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 para 2,3%, de 2%, principalmente por causa das revisĂ”es nos dados do primeiro semestre por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE). A projeção para 2026 foi ajustada para 1,6%, de 1,5%, mantendo a perspectiva de crescimento moderado ao longo do ano. As informaçÔes constam do RelatĂłrio de PolĂtica MonetĂĄria (RPM) do BC de dezembro. A nova projeção para 2025 contou ainda com o resultado do terceiro trimestre ligeiramente acima do esperado e com uma reavaliação do desempenho esperado para o quarto trimestre, considerando os indicadores disponĂveis atĂ© a data de corte do relatĂłrio. A revisĂŁo do IBGE foi particularmente relevante para a atualização da projeção da agropecuĂĄria, segundo o BC. Para a indĂșstria e o setor de serviços, diz, o impacto agregado das revisĂ”es das sĂ©ries foi pequeno, embora significativo em alguns segmentos especĂficos. Pela Ăłtica da demanda, a revisĂŁo afetou principalmente a estimativa para o consumo do governo, afirma o BC. Sob a Ăłtica da oferta, houve alta nas projeçÔes para agropecuĂĄria (para 11%, de 9%) e indĂșstria (para 1,6%, de 1%), acompanhada de leve redução na estimativa para o setor de serviços (para 1,7%, de 1,8%). "A projeção para os setores menos cĂclicos foi elevada, refletindo, principalmente, revisĂ”es altistas na agropecuĂĄria e na indĂșstria extrativa, parcialmente compensadas pela redução na previsĂŁo para serviços de intermediação financeira. A previsĂŁo para os setores mais cĂclicos tambĂ©m avançou, com aumento nas estimativas para construção, indĂșstria de transformação e algumas atividades mais cĂclicas do setor de serviços", diz o BC no relatĂłrio. No Ăąmbito da demanda interna, a projeção do BC para o crescimento do consumo das famĂlias recuou para 1,5%, de 1,8%. Em sentido oposto, as estimativas para o consumo do governo e para a formação bruta de capital fixo (FBCF), medida para os investimentos no PIB, foram elevadas, para 2%, de 0,5%, e para 3,8%, de 3,3%, respectivamente. "Essas revisĂ”es foram bastante influenciadas por surpresas nos resultados do terceiro trimestre â baixa para o consumo das famĂlias e alta para o consumo do governo e para a FBCF. No caso do consumo do governo, a estimativa de crescimento foi ainda afetada pela revisĂŁo da sĂ©rie, que elevou o resultado no primeiro semestre", afirma o BC. No setor externo, a projeção para as exportaçÔes foi elevada para 4%, de 3%, enquanto a estimativa para as importaçÔes passou para 5%, de 4,5%. Assim, as contribuiçÔes da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2025 sĂŁo estimadas pelo BC em 2,4 ponto percentual (p.p.) e -0,1 ponto, respectivamente. No caso da projeção para 2026, a revisĂŁo foi influenciada, segundo o BC, pela maior "herança estatĂstica" decorrente do crescimento mais alto de 2025 e pela inclusĂŁo de estimativas preliminares para os efeitos da isenção ou desconto no Imposto de Renda da Pessoa FĂsica (IRPF) para as primeiras faixas de renda. Em contrapartida, diz, revisĂ”es negativas para agropecuĂĄria e indĂșstria extrativa, devido Ă s primeiras projeçÔes da safra e Ă s perspectivas menos favorĂĄveis para minĂ©rio de ferro, limitaram a alta para 2026. "Entre os fatores que influenciam esse cenĂĄrio estĂŁo a expectativa de manutenção da polĂtica monetĂĄria em campo restritivo, o baixo nĂvel de ociosidade dos fatores de produção, a perspectiva de desaceleração da economia global e a ausĂȘncia do impulso agropecuĂĄrio observado em 2025. A dinĂąmica projetada tambĂ©m incorpora os efeitos de medidas recentes com impacto potencial sobre a demanda, como a isenção ou desconto no IRPF para as faixas iniciais de renda", afirma o BC. Do lado da oferta, na indĂșstria, a previsĂŁo de alta passou para 1,9%, de 1,4%, influenciada por altas nas perspectivas para a indĂșstria de transformação e para a construção. Por outro lado, a expectativa para a indĂșstria extrativa foi reduzida devido a perspectivas menos favorĂĄveis para a produção de minĂ©rio de ferro, diz o BC. Nos serviços, a revisĂŁo foi pequena, para 1,6%, de 1,5%, mantendo-se a perspectiva de crescimento gradual ao longo do ano. Por fim, a projeção para agropecuĂĄria foi reduzida para 0,5%, de 1%, refletindo as primeiras previsĂ”es para a safra de 2026, segundo o BC. Pelo lado da demanda, as previsĂ”es para o consumo das famĂlias, o consumo do governo e a FBCF foram ampliadas para 1,5%, 1,5% e 1%, respectivamente, ante 1,4%, 1% e 0,3%. "As revisĂ”es para o consumo do governo e a FBCF refletem, sobretudo, ajustes nas estimativas de crescimento desses componentes em 2025, que elevaram o carregamento estatĂstico. JĂĄ a leve alta na previsĂŁo para o consumo das famĂlias foi influenciada pelo impacto esperado de medidas aprovadas recentemente, especialmente a isenção ou desconto no IRPF para as faixas iniciais de renda", diz o BC. No setor externo, a previsĂŁo para as exportaçÔes foi reduzida para 2%, de 2,5%, refletindo, principalmente, diminuição nas projeçÔes para a agropecuĂĄria e para a indĂșstria extrativa, enquanto a estimativa de crescimento das importaçÔes permaneceu em 1%. As contribuiçÔes das demandas interna e externa para o crescimento de 2026 sĂŁo estimadas pelo BC em 1,4 ponto e 0,2 ponto percentual, respectivamente.
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