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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 1017 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 1017 | 22 de dezembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Boi gordo: negociações lentas nas praças pecuárias

Muitos frigoríficos reduziram o ritmo de abates ou suspenderam temporariamente as atividades por conta das férias coletivas, informam os analistas de mercado. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de dez dias. Boi China: PARANÁ: R$ 324,50/@ (à vista) e R$ 328,00/@ (prazo)

 

As compras no mercado do boi gordo seguem no ritmo lento, com lotes curtos e pouca animação dos frigoríficos brasileiros em alongar posições, informaram os analistas da Agrifatto, que acompanham diariamente as movimentações em 17 praças nacionais. “A expectativa é de uma diminuição ainda maior no volume de negócios com a proximidade das festas de fim de ano”, disse a consultoria. Muitos frigoríficos reduziram o ritmo de abates ou suspenderam temporariamente as atividades por conta das férias coletivas. A retomada mais consistente das operações está prevista apenas para a segunda semana de janeiro de 2026. Até lá, observa a Agrifatto, as escalas de abate das indústrias frigoríficas já se encontram, em sua maioria, estruturadas, o que dá tranquilidade ao planejamento. Na média nacional, contabiliza a consultoria, as programações cobrem cerca de dez dias úteis. “As escalas estão programadas para o período de fim de ano e os negócios ocorrem apenas de modo pontual”, reforça o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. Neste mês de dezembro, até a terceira semana, o Brasil exportou 143,6 mil toneladas de carne bovina congelada, resfriada e fresca, com média diária de 14,3 mil toneladas, um aumento de 48,9% sobre o resultado médio diário de dezembro/24. O preço médio pela carne exportada está 13,1% maior na comparação anual, enquanto o faturamento avançou 68,5%. Na sexta-feira (19/12), os preços do boi ficaram novamente estáveis em São Paulo, a região de referência, mas houve leves oscilações em algumas outras praças importantes, tanto para baixo quanto para cima. Na praça paulista, conforme a Agrifatto, o boi gordo comum continuou valendo R$ 320/@, enquanto o “boi-China” foi cotado em R$ 320/@. Pelo levantamento da Scot, no mercado paulista, o animal sem padrão exportação está cotado em R$ 321/@, o “animal-China” em R$ 325/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha terminada em R$ 312/@ (todos valores brutos, no prazo). Segundo apuração da Agrifatto, entre as 17 praças acompanhadas, cinco delas registraram leve alta na sexta-feira (ES, MA, PR, RS e SC), enquanto duas apresentaram ligeiro recuo (AC e RO). No mercado futuro, após quatro dias consecutivos de queda, os contratos do boi gordo subiram na quarta-feira (18/12). O papel com vencimento em fevereiro de 2026 encerrou o dia cotado a R$ 323,85/@, com ligeira alta de 0,33% no comparativo diário.

Cotações do boi gordo desta sexta-feira (19/12), conforme levantamento diário da Agrifatto:

SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. Média: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de onze dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China/Europa: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de nove dias.

RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de doze dias. MARANHÃO: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do “boi-China” na sexta-feira (19/12), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,50/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 316,50/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 311,50/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 311,50/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 302,00/@ (à vista) R$ 305,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,00/@ (à vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 304,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 300,00/@ (à vista) e R$ 303,00/@ (prazo).

PORTAL DBO/AGRIFATTO/SCOT CONSULTORIA 

 

Abrafrigo: Receita com exportação de carne bovina deve ser recorde em 2025

A associação indica que o Brasil pode ter um crescimento de 37%, em comparação com o total de 2024

 

A exportação do setor de carne bovina do Brasil, maior exportador global, deverá registrar novos recordes em volumes e receitas em 2025, superando as máximas históricas do ano passado com um faturamento total de mais de US$ 18 bilhões, estimou nesta sexta-feira (19) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). As projeções indicam que o Brasil pode ter um crescimento de aproximadamente US$ 5 bilhões de dólares na comparação com o total de 2024, que registrou faturamento de US$ 13,135 bilhões, ou cerca de 37%, segundo dados da Abrafrigo. A associação citou as exportações para a China, o crescimento de outros mercados como México, Rússia, União Europeia e Chile, além da retomada de maiores compras pelos Estados Unidos, após o fim a retirada das tarifas pelo governo de Donald Trump em novembro. Já os embarques do ano deverão se aproximar de 4 milhões de toneladas, versus 3,19 milhões em 2024, segundo dados e projeções da Abrafrigo, associação que representa indústrias do setor. No acumulado do ano até novembro, segundo a Abrafrigo, a receita já atingiu US$ 16,530 bilhões (+37,5%) e 3,510 milhões de toneladas (+19%). As vendas para a China cresceram 48% até novembro de 2025, em relação aos primeiros 11 meses do ano anterior, somando US$ 8,029 bilhões, ou cerca de metade de tudo que o Brasil exportou, com embarques de 1,499 milhão de toneladas (+23,65%). A participação das exportações de carne bovina in natura para o mercado chinês, em relação ao total exportado, aumentou para 54% na parcial até novembro de 2025, ante uma participação de 51% no mesmo período do ano anterior. Os valores médios de exportação de carne bovina in natura para a China subiram 19,5% neste ano, passando para US$ 5.355 por tonelada (média de janeiro a novembro de 2025). Esse aumento nos preços médios de exportações reflete movimentos nos preços do boi gordo no Brasil, que vêm subindo em virtude de fatores como uma mudança no ciclo pecuário, que sinaliza para uma oferta mais restrita da matéria-prima e preços mais elevados no próximo ano, disse a associação.

REUTERS

 

SUÍNOS

 

Tradição de fim de ano, carne suína apresenta preços mais estáveis em dezembro

Mercado mostra equilíbrio entre oferta e demanda, e indústrias encontram dificuldades para subir valores

 

O período das festas de fim de ano costuma ser muito aguardado na cadeia de suínos. Tradicionalmente, é uma época de maior consumo de alguns cortes usados nas celebrações, como pernil, lombo e costela, o que tende a gerar uma alta nos preços. Em 2025, esse movimento está sendo observado, mas com menos intensidade, uma vez que os preços se mantiveram em patamares mais elevados ao logo de todo o ano. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a média do pernil negociado no atacado do Estado de São Paulo na parcial de dezembro (até o dia 18) estava em R$ 14,11 o quilo, 2,3% acima da registrada em novembro. No entanto, outros cortes tradicionais da época apresentam alterações menores, e até mesmo queda. O lombo, cotado a R$ 18,62 o quilo em dezembro, mostra um recuo de 0,59% em relação ao mês passado. Já a costela teve uma alta de 0,75% no mesmo período, para R$ 17,47 o quilo. “O mercado doméstico está apresentando equilíbrio entre oferta e demanda, e a indústria encontra mais dificuldades para subir os preços da carne suína neste mês de dezembro”, afirma Luiz Henrique Melo, analista de mercado de proteína animal do Cepea. Apesar dessa estabilidade, Melo não descarta um movimento de alta nos últimos dias do mês. “Isso vai depender da intensidade das compras de última hora, do quanto podem afetar a demanda”, explica. Segundo o Cepea, 2025 foi um excelente ano para a suinocultura brasileira, marcado por preços firmes, baixa volatilidade e rentabilidade histórica. Essa avaliação é confirmada pelo produtor Mauro Gobbi, de Rondinha (RS). “Para nós, 2025 é um dos melhores anos da história da suinocultura”, afirma. Em relação ao suíno vivo, o preço médio entre janeiro e novembro subiu 7,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, informa o Cepea. O maior valor registrado no ano foi em São Paulo, em setembro: R$ 9,25 o quilo. Segundo o Centro de Estudos, a baixa volatilidade dos preços reflete o equilíbrio entre oferta e demanda que predominou no mercado em grande parte do ano. “Os custos de produção cresceram, mas os preços também aumentaram, e as exportações maiores estão enxugando o mercado interno, o que deixa a carne suína mais valorizada, permitindo uma rentabilidade maior para o criador, que está conseguindo recuperar perdas de anos anteriores”, comenta Gobbi, que também é vice-presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Em sua propriedade, a Granja Gobbi, o criador comercializa cerca de 7.500 suínos por semana, totalizando em torno de 400 mil animais por ano. Ele pretende utilizar a rentabilidade gerada pelos bons preços atuais para fazer melhorias na propriedade e fazer estoques de milho para garantir a alimentação do rebanho. Segundo o Cepea, em 2025 houve uma expansão controlada da produção de carne suína no Brasil, que deve encerrar o ano com 5,65 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em relação a 2024. Dessa forma, a oferta ficou alinhada às demandas interna e externa aquecidas. Já as exportações cresceram 10,4%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Foram embarcadas 1,372 milhão de toneladas nos 11 primeiros meses de 2025, acima das 1,243 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior. De acordo com o Cepea, a elevada capilaridade de importadores foi determinante para que o Brasil alcançasse marcas recordes, mesmo diante da forte redução de quase 40% nas compras da China, que por muitos anos concentrou grande parte dos embarques nacionais. A receita com exportações registrada entre janeiro e novembro chegou a US$ 3,294 bilhões, número 18,7% maior em relação ao ano anterior, com US$ 2,774 bilhões. Para 2026, segundo o Cepea, as perspectivas indicam a manutenção do mesmo cenário favorável para a suinocultura. A expansão da base de importadores, o crescimento controlado da produção e a expectativa de preços firmes devem sustentar nova rodada de boa rentabilidade ao setor. A China tende a seguir reduzindo suas compras, abrindo maior espaço para países asiáticos, como Japão e Filipinas, além de mercados das Américas, como México e Chile.

GLOBO RURAL

 

FRANGOS

 

Frango/Cepea: Carne de frango ganha competitividade frente à suína e bovina

Proteína avícola tem se desvalorizado na parcial de dezembro

 

A carne de frango vem ganhando competitividade frente às principais concorrentes (suína e bovina), apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto a proteína avícola tem se desvalorizado na parcial de dezembro, a suinícola e a bovina apresentam aumento nos preços. Pesquisadores explicam que o fraco desempenho da carne de frango é típico desse período, quando a demanda costuma migrar para aves natalinas e para as carnes suína e de boi. Inclusive, agentes do setor consultados pelo Cepea acreditam que o mercado deve seguir lento nas próximas semanas e as cotações, enfraquecidas.

CEPEA

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná tem 8 cidades entre as 100 maiores economias do Brasil; 353 municípios tiveram aumento do PIB

O Estado do Paraná tem oito cidades (Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu) entre as 100 maiores economias do País. 

Curitiba figura entre os dez maiores PIBs do Brasil, em sétimo, com R$ 120 bilhões em 2023. 

 

O Estado do Paraná tem oito cidades (Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu) entre as 100 maiores economias do País. É o melhor resultado do Sul nesse recorte, superior aos cinco municípios de Santa Catarina e os três do Rio Grande do Sul. Naquele ano o Paraná também se consolidou como a quarta maior economia do Brasil. Os dados estão no estudo PIB dos Municípios 2022-2023, divulgado na sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Curitiba figura entre os dez maiores PIBs do Brasil, em sétimo, com R$ 120 bilhões em 2023. Dez municípios do Brasil responderam naquele ano por aproximadamente um quarto (24,5%) da economia brasileira: São Paulo (SP), com 9,7%, Rio de Janeiro (RJ), 3,8%, Brasília (DF), 3,3%; Maricá (RJ), 1,2%; Belo Horizonte (MG), 1,2%; Manaus (AM), 1,2%; Curitiba, 1,1%; Osasco (SP), 1,1%; Porto Alegre (RS), 1,0%; e Guarulhos (SP), 0,9%. Já a região conurbada da Capital do Paraná também é a sétima maior do Brasil, com PIB de R$ 232 bilhões, o que representa 2,1% do PIB nacional.

Além disso, 353 cidades do Paraná tiveram aumento do PIB entre 2022 e 2023. As dez principais foram Janiópolis (60,9%), Porto Amazonas (60,7%), Iporã (58%), Farol (57,3%), Mariluz (56,9%), Fênix (54,3%), Pérola d'Oeste (54,1%), Quarto Centenário (53,9%), Engenheiro Beltrão (51,5%), Jardim Olinda (49,7%) e Itambé (49%). Outras 13 cidades tiveram crescimento acima de 40% e 30 cidades, acima de 30%. Outro indicador do estudo divulgado na sexta é que houve uma grande redução da desigualdade entre as economias municipais do Paraná nos últimos anos. Segundo os dados do IBGE, que contaram com a participação do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) na sua produção, o Índice de Gini do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios paranaenses atingiu 0,762 em 2023, abaixo, por exemplo, do resultado de 0,784 registrado em 2019. O Índice de Gini varia de 0 a 1, sendo 0 a plena igualdade e 1 a máxima desigualdade. Ou seja, um índice em trajetória de queda representa uma geração de riqueza cada vez menos concentrada territorialmente. As dez maiores economias municipais do Paraná responderam por 52,7% do PIB do Estado em 2019, passando para 49,3% em 2023. Em outras palavras, as economias menores ampliaram seu peso nos últimos anos.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

ECONOMIA

 

Dólar fecha estável após leilões do BC, mas sobe 2,18% na semana

O dólar encerrou a sexta-feira próximo da estabilidade no Brasil, com as cotações influenciadas por um lado pelo avanço da moeda norte-americana no exterior e por outro pelos leilões de divisas do Banco Central, promovidos para irrigar a liquidez.

 

O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,11%, aos R$5,5307. Na semana a moeda acumulou alta de 2,18% e no ano, queda de 10,49%. Às 17h12, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,04% na B3, aos R$5,5390. A moeda norte-americana perdeu força ante o real, em movimento intensificado a partir das 10h30, quando o Banco Central realizou simultaneamente dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), com venda total de US$2 bilhões. Os leilões buscam atender à maior demanda por moeda neste fim de ano, quando empresas tradicionalmente enviam recursos ao exterior para pagamento de dividendos. Este ano, especificamente, os envios estão sendo potencializados por quem busca se antecipar ao fim, em janeiro de 2026, da isenção de imposto de renda sobre as remessas ao exterior, que passarão a ser taxadas em 10%, e ao início da taxação de 10% sobre valores recebidos acima de R$50 mil por mês em dividendos.

“Foram dois momentos distintos. O dólar abriu em alta no Brasil, acompanhando o exterior depois que o iene derreteu bem e as commodities subiram. Mas os leilões de linha fizeram o dólar perder força”, resumiu Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Durante a tarde, a moeda norte-americana se acomodou perto da estabilidade, com os investidores monitorando o noticiário político. Uma operação da Polícia Federal na sexta-feira mirou nos deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) por supostos desvios de recursos de cotas parlamentares. Os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão. Sóstenes é líder do PL na Câmara e foi um dos principais articuladores do projeto de lei da Dosimetria, que altera as penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro e pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em Brasília, o Congresso se debruçou nesta tarde sobre o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2026. A proposta, aprovada em plenário, prevê um superávit primário de R$34,5 bilhões no próximo ano, ligeiramente acima da meta fiscal de R$34,3 bilhões, que equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O texto segue para sanção do presidente Lula.

REUTERS

 

Ibovespa fecha com alta discreta apoiado por Itaú e Bradesco em dia com vencimento de opções

O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido na sexta-feira, superando os 159 mil pontos no melhor momento, em desempenho endossado por Wall Street e com as ações de Itaú Unibanco e Bradesco entre as maiores altas.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,35%, a 158.473,02 pontos, tendo marcado 159.551,94 na máxima e 157.906,06 na mínima do dia. Na semana, porém, o Ibovespa registrou queda de 1,43%, deixando o mês com um declínio acumulado de 0,38%. No ano, porém, ainda mostra um avanço de 31,75%. O volume financeiro somou R$32,3 bilhões nesta sexta-feira, marcada pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Na visão do analista-chefe da Levante Inside Corp, Eduardo Rahal, foi uma sessão de recuperação, após as quedas na terça-feira e na quarta-feira, tendo como pano de fundo o alívio nas taxas dos DIs e um dólar com oscilação modesta ante o real. Após começar a semana com alta de 1% no fechamento da segunda-feira, o Ibovespa caiu mais de 3% no dia seguinte e quase 0,8% na quarta-feira, antes de subir cerca de 0,4% na quinta-feira. Para o estrategista Bruno Perri, sócio fundador da Forum Investimentos, o mercado local "respirou", tentando voltar ao patamar positivo em dezembro, corrigindo quedas anteriores, enquanto investidores seguem atentos a movimentações eleitorais. O último pregão da semana teve entre os destaques do noticiário local a aprovação pelo Congresso Nacional do Orçamento de 2026, prevendo um superávit primário de R$34,5 bilhões no próximo ano. Em Nova York, o S&P 500 fechou com acréscimo de 0,88%, em movimento sustentado principalmente por papéis do setor de tecnologia.

REUTERS

 

Indústria tem ano sem otimismo pela primeira vez em dez anos

Indicador da CNI fica abaixo de 50 pontos em todos os meses de 2025. Entre os setores mais pessimistas em dezembro estão o de couro, biocombustíveis, têxteis e metalurgia

 

O setor industrial passou um ano inteiro sem demonstrar otimismo pela primeira vez desde 2015, ano em que o país viveu uma recessão econômica. O patamar da taxa básica de juros, a Selec, estacionada ao longo do segundo semestre de 2025 em 15%, é o que aproxima o cenário deste ano ao de dez anos atrás. Segundo o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a confiança dos empresários se manteve abaixo dos 50 pontos em todos os meses de 2025, conforme dados fechados até a primeira quinzena de dezembro. A linha dos 50 pontos é a que divide quão confiantes estão os empresários da indústria, sendo que abaixo disso o clima é de pessimismo. Entre os setores mais inseguros com a economia em dezembro estão o de couros e artefatos de couro (43), biocombustíveis (44,2), têxteis (45) e a metalurgia (45,2). Na ponta oposta, o setor mais otimista é o de farmoquímicos e farmacêuticos, que entrou na reta final de 2025 com 56,9 pontos. Na sequência, estão extração de minerais não-metálicos, com 53,9 pontos; impressão e reprodução, com 52,9; e bebidas, com 51,9. Além da elevada da taxa de juros, diversos segmentos da indústria foram afetados neste ano pela tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump às exportações brasileiras para os Estados Um idos —a metalurgia, por exemplo, está entre os mais atingidos. Enquanto isso, a aflição das têxteis tem relação com a invasão de produtos asiáticos no mercado nacional, vendidos por preços inferiores à produção nacional.

Havia expectativa de que o Icei pudesse ter uma leve melhora no final do ano, por efeitos sazonais, mais essa perspectiva não se concretizou.

FOLHA DE SP

 

Alimentos puxam alta da produção agroindustrial

Produção agroindustrial de outubro teve alta de 0,8% na comparação com o mesmo mês de 2024. Indústria de frangos de corte. Produtos alimentícios garantiram alta da agroindústria

 

A agroindústria brasileira teve um comportamento assimétrico em outubro, mês em que as indústrias alimentícias registraram aumento de produção, enquanto as não alimentícias tiveram retração. O resultado foi um crescimento de 0,8% na produção das agroindústrias na comparação com outubro do ano passado, de acordo com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro). O resultado compensou as perdas acumuladas até então e fez com que o indicador registrasse estabilidade de janeiro a outubro. Segundo o FGV Agro, a perspectiva é de que a agroindústria encerre o ano com leve crescimento. O setor de produtos alimentícios e bebidas teve alta de 4,3% em outubro, puxado pelo crescimento da produção em todos os segmentos de alimentos (alta de 5,3%), o que compensou a queda de 1% na produção de bebidas. Houve aumento na produção de carne bovina, suína e de aves, além de avanços na produção de laticínios e pescados. No total, a produção de alimentos de origem animal cresceu 6,5%. Os alimentos de origem vegetal tiveram aumento de 3,5% na produção, puxados pelo avanço de arroz, trigo e, notadamente, de conservas e sucos. Já a produção de óleos e gorduras, de açúcar e de café recuaram.

No setor de bebidas, houve redução da produção tanto de alcoólicas (-1,3%) como não alcoólicas (-0,7%). Segundo o FGV Agro, a queda não é resultado dos casos de intoxicação por metanol, já que o setor já vinha produzindo menos antes do escândalo. Nas agroindústrias não alimentícias, quase todos os subsetores tiveram redução da atividade. A maior queda continuou sendo na produção de biocombustíveis, com recuo de 14,8%, ditado pela menor fabricação de etanol de cana-de-açúcar. Também houve diminuição da produção de fumo produtos florestais e têxteis. A única indústria não alimentícia que cresceu foi a de insumos agropecuários, com alta de 2,3%.

VALOR ECONÔMICO

 

Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$61 bi de emendas e superávit de R$34,5 bi

O Congresso Nacional aprovou na sexta-feira o Orçamento de 2026, prevendo um superávit primário de R$34,5 bilhões no próximo ano, ligeiramente acima da meta fiscal de R$34,3 bilhões, que equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

O projeto, que havia sido aprovado mais cedo na sexta-feira pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), passou por votação simbólica em plenário e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano estabelece a aplicação de R$110,8 bilhões em investimentos, bem acima do piso de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) exigido pelo arcabouço fiscal, que corresponde a R$83 bilhões. Serão destinados para emendas parlamentares cerca de R$61 bilhões, rubrica que terá liberação acelerada no primeiro semestre de 2026, ano eleitoral, após regra aprovada neste mês na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O arcabouço fiscal define uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para que a meta fiscal seja considerada cumprida. No ano que vem, essa banda ficará entre déficit zero e superávit de R$68,5 bilhões. O governo já conseguiu autorização do Legislativo para seguir mirando o piso da margem de tolerância da meta ao fazer suas avaliações fiscais periódicas. Isso evitará contenções mais vultosas de recursos de ministérios caso o Executivo observe um descompasso entre arrecadação e despesas.

O último resultado primário positivo registrado pelo governo central foi observado em 2022 e, anteriormente, apenas em 2013. A contabilização da meta fiscal do próximo ano desconsidera R$55 bilhões em desembolsos com precatórios, que não serão computados após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do texto, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), definiu uma despesa primária total de R$2,393 trilhões no próximo ano. O valor segue o teto previsto pelo arcabouço fiscal de alta real de 2,5%, respeitando a regra que limita o crescimento da despesa a 70% da alta nas receitas. Ele também apresentou um complemento de voto minutos antes da votação pela CMO com ajustes em recursos de emendas parlamentares e recomposição de verbas para o Ministério da Defesa.

Reuters

 

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