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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 1018 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2025

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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ

Ano 5 | nÂș 1018 | 23 de dezembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Em São Paulo, cotação eståvel no mercado do boi gordo

Abertura da semana no mercado do boi gordo é marcada por poucos negócios. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de dez dias. Boi China: PARANÁ: R$ 324,50/@ (à vista) e R$ 328,00/@ (prazo)

 

O mercado do boi gordo abriu a semana com poucos negĂłcios. A cotação permaneceu firme na segunda-feira (22/12), com o preço de referĂȘncia sendo o mesmo da Ășltima semana, informou a zootecnista Isabela Stevannatto, analista de mercado da Scot Consultoria. No Mato Grosso do Sul, como de costume, a segunda-feira teve ritmo lento de negĂłcios, com as datas festivas desta semana aumentando a morosidade. Assim, as cotaçÔes do boi gordo permaneceram estĂĄveis no estado, apontou a consultoria. No atacado da carne com osso, de acordo com a analista da Scot, o volume de negĂłcios manteve bom ritmo sustentado, apesar do avanço da segunda quinzena, quadro sustentado pelos pedidos de reposição de estoques por parte do varejo. Para a efetivação dos negĂłcios, porĂ©m, recuos pontuais de preços aconteceram. A cotação da carcaça casada do boi capĂŁo permaneceu estĂĄvel, em R$ 22,00/kg. JĂĄ a do boi inteiro recuou 1,4%, ou R$ 0,30/kg, negociada em R$ 21,10/kg. Entre as fĂȘmeas, a carcaça casada da vaca registrou queda de 1,2%, ou R$ 0,25/kg, cotada em R$ 20,25/kg. Para a novilha, a desvalorização tambĂ©m foi de 1,2%, ou R$ 0,25/kg, com negĂłcios em R$ 21,15/kg.

“Para o curto prazo, a expectativa Ă© de que o ritmo das vendas permaneça bom”, destaca a analista Isabela Stevannatto. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango mĂ©dio recuou 1,8%, ou R$0,13/kg, cotado em R$7,05/kg. JĂĄ a do suĂ­no especial subiu 1,5%, ou R$0,20/kg, comercializada em R$13,30/kg. CotaçÔes do boi gordo conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. MĂ©dia: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de onze dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de dez dias. GOIÁS: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China/Europa: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de doze dias. MARANHÃO: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de nove dias. Preços brutos do “boi-China”, de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,50/@ (Ă  vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 316,50/@ (Ă  vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (Ă  vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 311,50/@ (Ă  vista) e R$ 315,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 311,50/@ (Ă  vista) e R$ 315,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 302,00/@ (Ă  vista) R$ 305,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 302,00/@ (Ă  vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,00/@ (Ă  vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 304,00/@ (Ă  vista) e R$ 307,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 300,00/@ (Ă  vista) e R$ 303,00/@ (prazo).

PORTAL DBO/AGRIFATTO/SCOT CONSULTORIA

 

Antes do fechamento do mĂȘs, embarques de carne bovina jĂĄ ultrapassam dezembro de 2024

ExportaçÔes acumulam 218,3 mil toneladas atĂ© a terceira semana do mĂȘs, com forte alta na mĂ©dia diĂĄria, faturamento e preços, segundo dados da Secex

 

As exportaçÔes brasileiras de carne bovina alcançaram 218,3 mil toneladas atĂ© a terceira semana de dezembro/25, conforme os dados divulgados pela Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex). No ano anterior, o Brasil exportou 202,5 mil toneladas de carne bovina em dezembro, e isso representa um avanço no comparativo anual de 7,80%. A mĂ©dia diĂĄria exportada ficou em 14,5 mil toneladas e isso representa um avanço de 50,9% frente a mĂ©dia diĂĄria exportada em dezembro do ano passado, que foi de 9,6 mil toneladas. O faturamento com as exportaçÔes de carne bovina foi de US$ 1,220 bilhĂŁo, enquanto no fechamento de dezembro do ano anterior ficou em US$ 1,002 bilhĂŁo. A mĂ©dia diĂĄria do faturamento ficou em US$ 81,3 milhĂ”es ganho de 70,4%, frente ao observado no mĂȘs de dezembro do ano passado, que ficou em US$ 47,7 milhĂ”es. Os preços mĂ©dios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.590 por tonelada atĂ© a terceira semana de dezembro/25, e isso representa um ganho anual de 12,9%, em comparação com o valor mĂ©dio de 2024 que estava em US$ 4.952 por tonelada. 

SECEX/MDIC

 

Líder mundial na produção de carne bovina, Brasil avança no mercado premium

Em 2025, o segmento de carnes gourmet operou sob um ambiente mais favorĂĄvel. Para 2026, o desafio Ă© manter a oferta de animais. Carne considerada de alta qualidade cai cada vez mais no gosto dos brasileiros

 

O paladar nĂŁo retrocede. Essa mĂĄxima pode explicar o aquecimento no mercado de carnes premium no paĂ­s e mundo afora. Maior produtor global de carne bovina, o Brasil vem se destacando nĂŁo apenas pela quantidade que produz, segundo especialistas. Em 2025, o segmento de carnes gourmet operou sob um ambiente mais favorĂĄvel, inclusive no cenĂĄrio internacional, o que favoreceu as exportaçÔes. Para 2026, o desafio Ă© manter a oferta de animais em meio ao grande nĂșmero de fĂȘmeas abatidas recentemente. Ainda assim hĂĄ otimismo, atĂ© porque os Estados Unidos, outro importante fornecedor de carne de alta qualidade enfrenta um dĂ©ficit no rebanho, o que abriu espaço para o produto brasileiro.

“Esses consumidores de carne de qualidade ficaram desabastecidos, e o Brasil Ă© o Ășnico paĂ­s do mundo que pode atender, nĂŁo sĂł em qualidade, mas tambĂ©m em quantidade”, afirma o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Maychel Borges. Cerca de 550 mil animais passaram pelo programa neste ano, um crescimento de 18% a 20% em relação a 2024. A maioria, 70%, sĂŁo fĂȘmeas. "A qualidade da carne da fĂȘmea Ă© muito superior Ă  de um macho inteiro (nĂŁo castrado)", justifica. Entre os principais clientes do produto estĂŁo paĂ­ses como China, MĂ©xico, Chile, ArĂĄbia Saudita, LĂ­bano e Israel - que, por questĂ”es religiosas, sĂł consome os cortes do dianteiro. De acordo com Borges, a tendĂȘncia Ă© de que esse movimento continue se acentuando em 2026, jĂĄ que o rebanho dos EUA sĂł deve começar a se recuperar a partir de 2027. A meta do Programa Carne Angus para 2026 Ă©, no mĂ­nimo, alcançar os nĂșmeros de abates de 2025. O maior desafio serĂĄ a oferta de animais. O segmento enfrentou recentemente uma queda na comercialização de sĂȘmen. Com a arroba desvalorizada, o produtor cortou tecnologia. Paralelamente, abateu-se mais vacas. "Para 2026, temos uma projeção de menos animais em oferta, entĂŁo isso restringe um pouco as nossas metas", observa Borges. O ano tambĂ©m foi de crescimento para o Programa Carne Certificada Hereford. Segundo o gerente Felipe Azambuja, o desempenho Ă© atribuĂ­do ao trabalho de comunicação junto ao consumidor, que foi intensificado nos Ășltimos anos tanto pelas associaçÔes de raça como por influenciadores e chefs. A diferença de preço em relação Ă  carne convencional pode variar de 10% a 50%, dependendo do corte. A vantagem, segundo Azambuja, Ă© que o consumidor "nĂŁo vai ter surpresas". "Vai ter marmoreio, vai ter suculĂȘncia, vai ter maciez devido a todo o processo de certificação", observa. Para o pecuarista, a bonificação pode chegar a 10%. As exportaçÔes de carne certificada hereford alcançaram o recorde de 263 toneladas (alta de 54% sobre o ano passado), e os destinos incluem Maldivas, Portugal, MĂ©xico, ItĂĄlia, entre outros. De acordo com Azambuja, o cenĂĄrio geopolĂ­tico e as tarifas impostas pelos EUA sobre vĂĄrios paĂ­ses, incluindo o Brasil, favoreceram o produto. "Tem paĂ­ses que eram importadores de carne dos Estados Unidos e que, como resposta (ao tarifaço), diminuĂ­ram (as compras)", afirma. A expectativa Ă© pela abertura de novos mercados no prĂłximo ano. AlĂ©m da percepção de que o consumidor que provou continuarĂĄ privilegiando os produtos gourmet, outro fator sustenta o otimismo para 2026: a Copa do Mundo, que ocorrerĂĄ de 11 de junho a 19 de julho. O evento pode estimular a realização de churrascos, segundo especialistas. "A tendĂȘncia Ă© que o mercado interno consuma mais carne premium", afirma Azambuja, ressaltando, porĂ©m, que o consumo depende diretamente da possibilidade de a Seleção Brasileira avançar Ă s fases finais do torneio.

GLOBO RURAL

 

CARNES

 

Custos de produção de frangos de corte e de suínos aumentam em novembro

Os custos de produção de suĂ­nos e de frangos de corte subiram em novembro, na comparação com outubro, conforme levantamento da Embrapa SuĂ­nos e Aves por meio da Central de InteligĂȘncia de Aves e SuĂ­nos (CIAS), disponĂ­vel em embrapa.br/suĂ­nos-e-aves/cias.

 

No ParanĂĄ, o custo de produção do quilo do frango de corte subiu 1,68% em novembro frente a outubro, passando para R$ 4,63 e com o ICPFrango atingindo 358,40 pontos. Apesar disso, no acumulado de 2025, a variação Ă© negativa, de -3,30%. No comparativo de 12 meses o Ă­ndice tambĂ©m registra queda: -2,17%. A ração, que representou 62,41% do custo total em outubro, subiu 0,58% no mĂȘs. Os custos com aquisição de pintos de 1 dia de vida (19,60% do total), aumentaram 7,66% no perĂ­odo. Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suĂ­no vivo foi de R$ 6,42 em novembro, alta de 1,12% em relação ao mĂȘs anterior, com o ICPSuĂ­no chegando aos 367,06 pontos. No acumulado de 2025, o Ă­ndice tambĂ©m registra aumento (3,37%). Em 12 meses, a variação Ă© de 2,92%. A ração, responsĂĄvel por 71,76% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,74% no mĂȘs.

EMBRAPA SUÍNOS E AVES


SUÍNOS

 

Carne suína: embarques e faturamento avançam na terceira semana de dezembro/25

Volume exportado se aproxima do total exportado em dezembro de 2024

 

Na segunda-feira (22), as exportaçÔes brasileiras de carne suĂ­na fresca, refrigerada ou congelada chegaram em 90,07 mil toneladas atĂ© a terceira semana de dezembro de 2025, conforme destacou a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex). No ano anterior, os embarques em dezembro somaram 94,4 mil toneladas em 21 dias Ășteis. A mĂ©dia diĂĄria exportada na terceira semana de dezembro ficou em 6,0 mil toneladas, registrando avanço de 33,5% em relação Ă  mĂ©dia de dezembro de 2024, que estava em 4,4 mil toneladas por dia. No quesito preços, a tonelada de carne suĂ­na foi negociada, em mĂ©dia, a US$ 2.536, valor 0,3% maior que o observado no ano anterior, quando o preço mĂ©dio estava em US$ 2.529 por tonelada. O faturamento acumulado pelo setor na terceira semana de dezembro/25 alcançou US$ 228,4 milhĂ”es. Em novembro de 2024, a receita total havia sido de US$ 238,8 milhĂ”es. A mĂ©dia diĂĄria de faturamento ficou em US$ 15,2 milhĂ”es, com ganho de 33,9% frente a dezembro do ano passado, quando a mĂ©dia diĂĄria era de US$ 11,3 milhĂ”es.

SECEX/MDIC

 

FRANGOS

 

Ritmo exportado de carne de frango segue elevado na terceira semana de dezembro/25, mas preços recuam

No ano passado, o volume total exportado foi de 413,4 mil toneladas em 21 dias Ășteis de dezembro. A mĂ©dia diĂĄria na terceira semana de dezembro/25 ficou em 21,8 mil toneladas, o que representa uma alta de 10,9% frente Ă  mĂ©dia diĂĄria exportada no ano anterior, que ficou em 19,6 mil toneladas. 

 

O preço pago pelo produto até a terceira semana de dezembro ficou em US$ 1.735 por tonelada, e isso representa uma queda de 6,1% se comparado com os valores praticados em dezembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.848 por tonelada. A receita obtida até a terceira semana de dezembro ficou em US$ 568 milhÔes, enquanto em dezembro do ano anterior o valor ficou em US$ 764,2 milhÔes. Jå a média diåria de faturamento ficou em US$ 37,8 milhÔes, alta de 4,1% frente a média diåria observada em dezembro do ano anterior, que ficou em US$ 36,3 milhÔes.  

SECEX/MDIC

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

MBRF conclui maior captação de sua história, de R$ 2,375 bilhÔes, e alonga perfil de endividamento até 2055

A MBRF, companhia resultante da fusĂŁo entre BRF e Marfrig, anunciou a conclusĂŁo de sua 8ÂȘ emissĂŁo de debĂȘntures, no valor total de R$ 2,375 bilhĂ”es, a maior jĂĄ realizada pelo grupo.

 

A operação foi estruturada na BRF por meio de Certificados de RecebĂ­veis do AgronegĂłcio (CRA), em quatro sĂ©ries, com vencimentos que variam de 2030 a 2055, reforçando a estratĂ©gia financeira da companhia e o alongamento do perfil de seu endividamento. O volume base da oferta era de R$ 1,9 bilhĂŁo, mas, diante da forte demanda dos investidores, que alcançou aproximadamente R$ 2,9 bilhĂ”es — o equivalente a 1,52 vez o volume inicialmente ofertado —, a MBRF exerceu um lote adicional de R$ 475 milhĂ”es, correspondente a 25% do volume base, totalizando os R$ 2,375 bilhĂ”es captados. A elevada demanda tambĂ©m permitiu Ă  companhia reduzir as taxas de todas as quatro sĂ©ries emitidas, com uma compressĂŁo mĂ©dia de 0,22 ponto percentual ao ano, o que representa uma economia estimada de cerca de R$ 5 milhĂ”es em despesas financeiras por ano. Considerando uma base comparĂĄvel, o custo final da operação ficou em CDI + 0,25% ao ano, o menor custo jĂĄ alcançado pelo Grupo em uma emissĂŁo no mercado de capitais local. A emissĂŁo inclui ainda uma sĂ©rie com prazo de 30 anos, o mais longo jĂĄ emitido pela companhia no mercado domĂ©stico, contribuindo para um prazo mĂ©dio superior a 10 anos para a operação como um todo. Segundo Jose Ignacio Scoseria, diretor vice-presidente de Finanças, RelaçÔes com Investidores, GestĂŁo e Tecnologia da MBRF, essa operação estĂĄ alinhada Ă  estratĂ©gia financeira da MBRF. “O alongamento relevante dos vencimentos contribui para o fortalecimento da estrutura de capital da companhia e amplia nossa flexibilidade financeira para a execução do plano de negĂłcios no longo prazo.”, explica.A transação integra o plano contĂ­nuo da MBRF de alongamento do perfil de endividamento, com foco na otimização da relação entre prazo e custo de seus instrumentos de dĂ­vida, reforçando a disciplina financeira e a criação de valor sustentĂĄvel no longo prazo.

MBRF


Sobras da mandioca derrubam custo da alimentação bovina

A utilização de resĂ­duos do processamento de mandioca pode reduzir drasticamente os custos da criação de bovinos no Brasil. Folhas, caules e o amido, na maior parte das vezes descartados, substituem alimentos como milho e soja e oferecem alternativa promissora de ganhos – tanto para quem produz o tubĂ©rculo quanto para criadores de gado.

 

O uso do alimento na alimentação de ruminantes, no entanto, Ă© muito pouco explorado, principalmente por desconhecimento por parte do setor, diz o mĂ©dico veterinĂĄrio Jair Siqueira, que trabalha hĂĄ 48 anos com nutrição animal e busca difundir o conhecimento entre a cadeia da mandiocultura e pecuaristas. A apresentação da tĂ©cnica foi uma das que mais atraiu atençÔes na Ășltima edição da Feira Internacional da Mandioca (Fiman), a principal do setor, realizada em ParanavaĂ­ (PR) no fim de novembro. Hoje, o alimento mais utilizado para fins energĂ©ticos na criação de bovinos confinados no Brasil Ă© o milho, base da dieta de 98,3% das propriedades brasileiras, segundo o levantamento Confina Brasil 2025, elaborado pela Scot Consultoria e referente a dados dos Ășltimos trĂȘs anos. Em segundo lugar, aparece o sorgo, citado por 24,7% dos criadores ouvidos. Na sequĂȘncia vĂȘm casquinha de soja (10,3%), polpa cĂ­trica peletizada (7,5%) e aveia (1,7%). Subprodutos da mandioca entram na categoria “outros”, que inclui ainda polpa cĂ­trica Ășmida, farelo de trigo, batata e coprodutos de arroz – todos estes somam 2,9% das propriedades. Fibras tambĂ©m sĂŁo providas principalmente por silagem de milho, utilizada em 51,1% das propriedades. Em seguida, aparece a silagem de capim, presente em 29,9% dos confinamentos visitados no estudo. O bagaço de cana foi mencionado por 23,6% dos criadores, principalmente em regiĂ”es prĂłximas a usinas sucroenergĂ©ticas. Outros dos produtos mais utilizados sĂŁo silagem de sorgo (6,3%), silagem de cana (4,6%), silagem de milheto (2,3%) e palha de milho (2,3%). JĂĄ as principais fontes de proteĂ­na utilizadas na nutrição de gado confinado sĂŁo, respectivamente, DDG, subproduto do milho (48,3%); caroço de algodĂŁo (29,3%); farelo de soja (27,6%); torta de algodĂŁo (27%); farelo de amendoim (8%); farelo de algodĂŁo (5,2%) e WDG (3,4%), outro derivado do milho. ResĂ­duos da produção de algodĂŁo e farelo de glĂșten de milho somam, juntos, 4%. “Infelizmente ainda se perdem milhĂ”es de toneladas de resĂ­duos de mandioca”, diz Siqueira. Ele explica que a maior parte do valor nutritivo do vegetal, em termos de proteĂ­nas, vitaminas, minerais e fibras, estĂĄ na parte aĂ©rea da planta, geralmente descartada. As folhas contam com 20% a 28% de proteĂ­na bruta, enquanto as manivas, como sĂŁo chamados os caules do tubĂ©rculo, sĂŁo ricas em carboidratos e fibras. “A principal fibra da mandioca Ă© a pectina, que, apesar de ser estrutural e fazer parte da parede celular da planta, Ă© 100% digerĂ­vel, muito mais do que a prĂłpria celulose. É onde estĂĄ a riqueza em energia do caule”, conta. “Quando somamos toda a parte aĂ©rea, as folhagens e os caules, temos um alimento quase, senĂŁo completo, para a alimentação de bovinos, ovinos e caprinos”, diz. Em suas observaçÔes, Siqueira, que presta consultoria para criadouros de confinamento por meio da empresa Confitec, definiu um cronograma, segundo o qual o primeiro corte de folhas deve ser feito, em mĂ©dia, cinco meses apĂłs o plantio. “Nesse momento, a mandioca jĂĄ vai ter bastante raiz, entĂŁo a rebrota serĂĄ bastante vigorosa. AĂ­ em torno de 70 a 90 dias jĂĄ Ă© possĂ­vel fazer o segundo corte”, diz. Em geral, em uma ração de engorda de um garrote de 14 arrobas, um nĂ­vel entre 14% e 15% de proteĂ­na Ă© suficiente para levar um animal de 400 a 450 quilos atĂ© a terminação – Ășltima fase antes do abate. Quanto mais velho o animal, quanto mais pesado, menor o nĂ­vel proteico para se sustentar. A folha da mandioca pode chegar a nĂ­veis proteicos entre 20% e 28% de sua massa. A concentração Ă© tĂŁo alta que Ă© necessĂĄrio incluir na dieta gramĂ­neas como capiaçu, sorgo boliviano ou mombaça, por exemplo, para reduzir a proporção de proteĂ­na em relação Ă  quantidade total de massa seca. “SĂł com a mandioca mais uma gramĂ­nea, sal branco e um pouco de ureia, a gente faz 100% da dieta desses animais de terminação, a partir de 12 atĂ© 22 arrobas.”

GAZETA DO POVO

 

ECONOMIA

 

DĂłlar tem alta firme e se aproxima de R$5,60 com remessas ao exterior

As remessas de juros e dividendos para fora do Brasil se intensificaram na segunda-feira e conduziram a alta firme do dĂłlar ante o real, para perto dos R$5,60, ainda que no exterior a moeda norte-americana tenha recuado ante a maior parte das demais divisas.

 

O dĂłlar Ă  vista fechou o dia com elevação de 0,97%, aos R$5,5844. No ano, porĂ©m, a moeda acumula baixa de 9,62%. Às 17h03, o contrato de dĂłlar futuro para janeiro - atualmente o mais lĂ­quido no Brasil - subia 0,67% na B3, aos R$5,5940. Em um dia de agenda de indicadores relativamente esvaziada no Brasil e no exterior, com o Congresso brasileiro jĂĄ em recesso de fim de ano, as cotaçÔes reagiram na segunda-feira principalmente ao envio de recursos por empresas e fundos para outros paĂ­ses, afirmaram profissionais ouvidos pela Reuters. Neste fim de ano, especificamente, os envios estĂŁo sendo potencializados por quem busca se antecipar ao fim, em janeiro de 2026, da isenção de imposto de renda sobre as remessas ao exterior, que passarĂŁo a ser taxadas em 10%, e ao inĂ­cio da taxação de 10% sobre valores recebidos acima de R$50 mil por mĂȘs em dividendos. Na Ășltima sexta-feira, o Banco Central realizou leilĂ”es de linha (venda de dĂłlares com compromisso de recompra) de US$2 bilhĂ”es, justamente para atender Ă  demanda do mercado por moeda para remessas neste fim de ano. “Muita gente, de Ășltima hora, estĂĄ remetendo juros e dividendos ao exterior, o que estĂĄ pressionando”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar o avanço firme do dĂłlar ante o real. Pela manhĂŁ, o boletim Focus do Banco Central indicou que a mediana das projeçÔes dos economistas do mercado para o dĂłlar no fim de 2025 foi de R$5,40 para R$5,43 e para o fim de 2026 seguiu em R$5,50. JĂĄ a inflação calculada para este ano passou de 4,36% para 4,33% e para o prĂłximo ano foi de 4,10% para 4,06%. TambĂ©m pela manhĂŁ, a Receita Federal informou que a arrecadação do governo teve alta real de 3,75% em novembro sobre o mesmo perĂ­odo do ano anterior, somando R$226,753 bilhĂ”es, o maior patamar para o mĂȘs da sĂ©rie iniciada em 1995.

REUTERS

 

Ibovespa fecha em leve queda descolado do exterior

O Ibovespa fechou em leve queda nesta segunda-feira, descolando do exterior, sendo pressionado pelo avanço dos juros futuros em uma semana encurtada pelo Natal. 

 

Ganhos nos papĂ©is da Vale e Petrobras limitaram as perdas. Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa caiu 0,21%, a 158.141,65 pontos, apĂłs marcar 157.305,76 na mĂ­nima e 158.633,98 na mĂĄxima do dia. O volume financeiro no pregĂŁo da segunda-feira somou R$24,38 bilhĂ”es. O inĂ­cio da semana teve como destaque, na agenda local, os dados da arrecadação do governo federal, que teve alta real de 3,75% em novembro sobre o mesmo mĂȘs do ano anterior, somando R$226,7 bilhĂ”es, maior patamar para o mĂȘs da sĂ©rie iniciada em 1995, informou a Receita Federal na segunda-feira. AlĂ©m disso, o boletim Focus do Banco Central mostrou que a inflação calculada para este ano passou de 4,36% para 4,33% e para o prĂłximo ano foi de 4,10% para 4,06%. A taxa bĂĄsica Selic projetada para o fim de 2026 estĂĄ em 12,25% ao ano. Hoje a Selic estĂĄ em 15%. Mesmo com esses nĂșmeros, o cenĂĄrio fiscal continua preocupando os agentes do mercado. Na Ășltima sexta-feira, o Congresso aprovou o orçamento para 2026, que prevĂȘ um superĂĄvit primĂĄrio de R$34,5 bilhĂ”es no prĂłximo ano, levemente acima da meta fiscal de R$34,3 bilhĂ”es, que equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

"A percepção de risco fiscal elevado estå pesando sobre a curva de juros e respingando no Ibovespa. As realizaçÔes nesse fim de ano, com a liquidez baixa, no meio desse contexto de incerteza fiscal, estão pesando mais do que a alta de açÔes ligadas a commodities, mesmo elas tendo um peso alto", disse a estrategista-chefe da Nomad, Paula Zogbi. Em Wall Street, as bolsas registraram ganhos impulsionadas pelas açÔes de tecnologia. O S&P 500 subiu 0,64%.

REUTERS

 

Arrecadação federal soma R$226,8 bi em novembro, interrompe desaceleração e bate recorde no mĂȘs

A arrecadação do governo federal teve alta real de 3,75% em novembro sobre o mesmo perĂ­odo do ano anterior, somando R$226,753 bilhĂ”es, e atingiu o maior patamar para o mĂȘs da sĂ©rie iniciada em 1995, interrompendo uma trajetĂłria de desaceleração, informou a Receita Federal nesta segunda-feira.

 

ApĂłs atingir um pico de crescimento real acumulado no ano de 4,41% em julho, o dado passou a cair, em movimento atribuĂ­do aos juros restritivos que arrefecem a atividade e impactam a coleta de tributos, indo a 3,73% em agosto, 3,49% em setembro e 3,20% em outubro. No entanto, no perĂ­odo acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação ganhou fĂŽlego e foi a R$2,594 trilhĂ”es, ficando 3,25% acima do registrado nos primeiros onze meses de 2024. O valor Ă© recorde para o perĂ­odo. Em novembro, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competĂȘncia da UniĂŁo, cresceram 1,06% em termos reais frente a um ano antes, a R$214,398 bilhĂ”es. A Receita destacou que esse percentual nĂŁo foi mais alto porque ganhos atĂ­picos observados em novembro do ano passado, relacionados Ă  tributação de fundos exclusivos, distorceram a base de comparação. Em relação Ă  receita administrada por outros ĂłrgĂŁos, que tem peso de royalties de petrĂłleo, o dado cresceu 93,10% no mĂȘs passado, a R$12,355 bilhĂ”es. De acordo com o chefe do Centro de Estudos TributĂĄrios e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, o salto do ganho nessa linha foi causado por um depĂłsito judicial feito por empresa do setor de petrĂłleo. Ele nĂŁo deu mais detalhes sobre a operação. No recorte por tributos, os dados da Receita mostram que o maior avanço do mĂȘs passado foi registrado na arrecadação de IOF, com uma alta real de 39,95% para R$8,614 bilhĂ”es. TambĂ©m foram registrados ganhos em receitas previdenciĂĄrias, com alta de 2,77%; Pis/Cofins, com elevação de 3,15%; e Imposto de Renda incidente sobre rendimentos de capital, alta de 6,76%. O fisco apontou ainda uma contribuição da tributação sobre jogos de azar e apostas, com uma arrecadação que saltou de R$13 milhĂ”es em novembro de 2024 para R$852 milhĂ”es em novembro deste ano.

REUTERS

 

Mercado vĂȘ Selic a 12,25% em 2026, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central ajustaram para cima sua expectativa para a taxa båsica de juros em 2026, em meio a nova rodada de cortes nas projeçÔes para a inflação, mostrou a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econÎmicos, apontou que a projeção para a Selic no final do próximo ano subiu a 12,25%, de 12,13% antes na mediana das projeçÔes. A pesquisa segue mostrando expectativa de manutenção dos juros na primeira reunião do ano, em 15%. De acordo com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a autarquia segue dependente de dados, afirmando que "não hå portas fechadas" nem "setas dadas" para as decisÔes de política monetåria. Pela sexta semana seguida os especialistas reduziram as contas para a alta do IPCA em 2025, dessa vez em 0,03 ponto percentual, a 4,33%. Para o ano que vem a inflação agora é calculada em 4,06%, de 4,10% antes, enquanto para 2027 e 2028 as estimativas permaneceram em 3,80% e 3,50% respectivamente. O centro da meta oficial contínua para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerùncia de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O IBGE divulga na terça os dados de dezembro do IPCA-15. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou previsão de crescimento de 2,26% em 2025, alta de 0,01 ponto percentual, e 1,80% em 2026, sem alteraçÔes. Na semana passada, o BC projetou uma atividade econÎmica mais forte do que o previsto anteriormente para este ano, a 2,3%, e o próximo ano, apontando ainda que a inflação deverå atingir o centro da meta de 3% apenas no primeiro trimestre de 2028, permanecendo acima do alvo durante o período decisivo de 2027.

REUTERS

 

Vendas nominais no varejo devem subir até fevereiro de 2026, aponta IDV

Índice Antecedente de Vendas aponta crescimento para os próximos meses que varia de 1,6% a 2,8%; em novembro, houve alta de 2,7%

 

Os Ășltimos dados do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do comĂ©rcio varejista medido pelo IBGE, apresenta previsĂŁo de crescimento de 1,6% em dezembro deste ano e de 2,8% e 2,2% em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente, sempre em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em novembro, houve alta de 2,7%. JĂĄ os dados apresentados pelo IAV-IDV, ajustados pelo IPCA, apontam quedas de 2,7% em dezembro deste ano, 1,8% e 1,6% em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente. Em novembro, houve queda de 1,8% em relação ao mesmo mĂȘs de 2024. “O resultado de novembro foi influenciado pela intenção de consumo das famĂ­lias, que avançou 0,5%, apĂłs trĂȘs meses seguidos de queda. O resultado foi incentivado pela proximidade com o final do ano e em função da Black Friday, que teve um crescimento de dois dĂ­gitos em relação ao mesmo perĂ­odo de 2024”, explica Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV. O cenĂĄrio para os prĂłximos meses ainda inspira atenção pois a expectativa Ă© que o IPCA, Ă­ndice oficial de inflação, feche 2025 com alta de 4,36%. Embora esteja abaixo do teto da meta, permanece acima dos 3,0% definidos pelo Conselho MonetĂĄrio Nacional (CMN). JĂĄ a polĂ­tica monetĂĄria segue em campo contracionista, com a Selic em 15% ao ano. “Por mais que as explicaçÔes tĂ©cnicas queiram justificar este patamar da Selic, que leva os juros reais a, aproximadamente, 10%, hĂĄ o risco de gerar uma profunda retração no varejo, em especial para os mĂ©dios e pequenos varejistas. Esse ambiente econĂŽmico pode influenciar o desempenho do varejo. A combinação entre inflação, desaceleração da atividade e custo elevado do crĂ©dito pode afetar o ritmo efetivo dessas vendas Ă  medida que a capacidade de consumo das famĂ­lias tende a ficar mais restrita”, analisa Jorge Gonçalves Filho.

IDV

 

Confiança do consumidor do Brasil atinge em dezembro nível mais alto em um ano, mostra FGV

Os consumidores brasileiros mostraram expectativas melhores em dezembro e a confiança atingiu o patamar mais elevado em um ano, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas divulgados na segunda-feira.

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no Ășltimo mĂȘs do ano alta de 0,4 ponto e foi a 90,2 pontos, maior nĂ­vel desde dezembro de 2024 (91,3 pontos). Foi o quarto aumento seguido do indicador. O resultado do ICC foi influenciado pelo aumento de 1,4 ponto do Índice de Expectativas (IE), a 95,2 pontos, maior nĂ­vel desde dezembro de 2024 (97,6 pontos). Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,4 ponto no mĂȘs, atingindo 83,4 pontos, apĂłs duas altas consecutivas. "Entre as faixas de renda, o avanço da confiança foi mais expressivo entre os consumidores de menor renda. Nos Ășltimos meses, a evolução do ICC vem sendo impulsionada sobretudo pelas expectativas, enquanto os indicadores de situação atual sugerem um quadro ainda desafiador para as famĂ­lias", disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE. "Tais resultados refletem um consumidor menos pessimista, apoiado por um mercado de trabalho aquecido e maior poder de compra, enquanto as restriçÔes financeiras associadas aos elevados nĂ­veis de endividamento e inadimplĂȘncia continuam pressionando o orçamento", completou.

FGV IBRE

 

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