Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 409 |05 de julho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços da arroba seguem estáveis no País
Na região do interior paulista, o macho terminado é negociado em R$ 247/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 212/@ e R$ 232/@, informa a Scot Consultoria
Com escalas acomodadas, os frigoríficos brasileiros decidiram colocar o pé no freio das compras de boiadas gordas e, com isso, os preços da arroba permaneceram estáveis na terça-feira (4/7) na maioria absoluta das praças pecuárias brasileiras, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, a terça-feira registrou um fraco volume de negócios no mercado físico do boi gordo diante do reduzido apetite comprador por parte das indústrias, cujas escalas de abate atendem às necessidades de curto prazo. A lentidão na demanda doméstica pela proteína bovina é atualmente a maior preocupação do setor industrial. No setor de exportação, a situação também não é a das melhores – pelo menos em relação aos valores pagos internacionalmente pela commodity brasileira. Embora o ritmo das exportações de carne bovina in natura tenha registrado incremento em junho/23, o preço da tonelada bovina vendida ao exterior encontra-se 26% inferior quando comparado ao mesmo período do ano passado, situação que tem prejudicado as margens dos exportadores. Além disso, diz a S&P Global, a taxa cambial recuou de R$ 5,30, em junho do ano passado, para R$ 4,85, neste ano, pressionando as margens nas vendas de carne bovina ao exterior. Nas praças do interior de São Paulo, os preços para todas as categorias fecharam estáveis na terça-feira, informou a Scot Consultoria. Com isso, o boi gordo segue negociado em R$ 247/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 212/@ e R$ 232/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 255/@ no mercado paulista (valor bruto, no prazo), com ágio de R$ 8/@ sobre o boi destinado ao mercado interno, acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 220/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca R$ 197/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 199/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Altas no mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 0,84%/0,83%, valendo R$ 120,00/R$ 122,00, enquanto a carcaça especial subiu, pelo menos, 2,17%, custando R$ 8,80/kg/R$ 9,40/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (3), houve alta de 1,53% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,63/kg, avanço de 1,54% no Paraná, atingindo R$ 5,92/kg, incremento de 0,67% no Rio Grande do Sul, custando R$ 5,99/kg, valorização de 1,55% em Santa Catarina, precificado em R$ 5,89/kg, e de 1,75% em São Paulo, fechando em R$ 6,41/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Cotações estáveis para o frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 2,32%, valendo R$ 5,30/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não teve alteração, fixado em R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,51/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (3), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 6,04/kg e R$ 5,95/kg.
Cepea/Esalq
Com novo foco de gripe aviária, Brasil alcança 58
Do total, 57 casos foram encontrados em aves silvestres e um em criação doméstica. País mantém status sanitário livre da doença, porque a maior parte dos casos ocorreu em aves selvagens e nenhum em granja comercial
O governo federal confirmou na terça-feira (4/7) a ocorrência de mais um foco de gripe aviária no país, em ave silvestre. Com isso, o Brasil acumula 58 casos da doença, mas segue com status sanitário inalterado por nenhum dos focos ter sido encontrado em granjas comerciais. Do total, 57 focos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foram detectados em aves silvestres e um em criação doméstica, no município de Serra (ES), conforme dados compilados pelo Ministério da Agricultura. Espírito Santo é o local que concentra a maior parte de casos brasileiros, mas a doença também está presente nos três Estados do Sul, o que mantém o setor altamente em alerta por ser a maior região produtora de frango do país. O Brasil é o maior exportador global de carne de frango e, até o momento, conta com uma suspensão de compras do Japão para a proteína e seus derivados produzidos no Espírito Santo, devido ao caso de gripe em ave doméstica. A medida tomada pelo governo japonês contraria a orientação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica embargos somente diante da ocorrência da doença em produções comerciais.
GLOBO RURAL
EMPRESAS
BRF lança oferta de ações que marca entrada do fundo saudita Salic
A BRF lançou a mercado na noite de segunda-feira uma oferta pública primária de ações que permitirá a concretização de um investimento da saudita Salic e da Marfrig na companhia brasileira
Em maio, Salic e Marfrig anunciaram um compromisso de investir até 4,5 bilhões de reais através de aumento de capital na BRF por meio da emissão de até 500 milhões de ações ao preço máximo de 9 reais. Ambas empresas se comprometeram ainda a participar da operação por meio de subscrições de até 250 milhões de ações cada. A oferta lançada pela BRF na noite de segunda-feira envolve um lote inicial de 500.000.000 ações ordinárias, podendo ser acrescido em até 20%, a depender da demanda pelos papéis. A operação tem valor indicativo de até 5,35 bilhões de reais, considerando o lote adicional de ações, com base na cotação da BRF no fechamento de 30 de junho, a 8,91 reais. A precificação da oferta está marcada para o dia 13 de julho. Segundo a BRF, os recursos levantados com a operação irão reforçar sua estrutura de capital, mais especificamente, lidar com a redução do endividamento bruto. Os coordenadores da oferta são os bancos JPMorgan, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, Itaú BBA, Banco Safra, UBS BB e XP.
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Banco do Brasil prevê R$ 23 bilhões para o financiamento da safra 2023/2024 no Paraná
O anúncio foi feito na terça-feira (04) na sede da superintendência do banco, em Curitiba. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a produção de grãos no estado no ciclo 2022/2023 deve gerar 46,6 milhões de toneladas
O Banco do Brasil estima destinar R$ 23 bilhões para o financiamento da safra 2023/2024 no Paraná, 27% a mais do que os R$ 18 bilhões disponíveis na safra 2022/2023. As taxas de juros no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) serão de 3% a 6% para custeio, sendo a taxa mais baixa destinada para produção sustentável de alimentos saudáveis, com foco em orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia. Para investimentos, as taxas são de 4% a 6%, sendo a menor taxa para operações até 25 mil e RBA (Renda Bruta Agropecuária) de até R$ 100 mil. Nas linhas para investimentos na agricultura empresarial, os juros agrícolas variam de 7% a 12,5% ao ano. Nas ações de custeio, as taxas vão de 8% para o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) a 12% para os demais. Um dos destaques é a redução da taxa da linha Pronaf Mais Alimentos (Máquinas/Implementos), que era de 6% no ano passado e, em 2023, passou a 5%. Essa linha ampara o Programa Trator Solidário, da Seab, que possibilita o financiamento, com preços mais acessíveis, de tratores, pulverizadores e colhedoras para pequenos produtores. Entre as linhas de investimento, o Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro), novo nome do programa ABC, deve colaborar com as ações de sustentabilidade no Estado. Nessas linhas, os produtores podem financiar até R$ 5 milhões com taxas que variam de 7% a 8,5% ao ano. Para o País, o Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 240 bilhões, valor 27% maior do que no ano passado. Do total, R$ 48 bilhões irão para a agricultura familiar e médios produtores; R$ 139 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 53 bilhões para a Cadeia de Valor Agro (crédito agroindustrial).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Colheita do milho chega em 3% no Paraná com problemas nas produtividades
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado
De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho já atingiu 3% do total. Até aqui, 32% das lavouras estão em maturação, 65% em frutificação e 3% ainda em floração. As regiões mais adiantadas na colheita são Guarapuava (55%), Irati e União da Vitória (50%), Cascavel (10%), Ponta Grossa (5%), Campo Mourão, Francisco Beltrão, Toledo e Umuarama (2%), Laranjeiras do Sul e Pato Branco (1%). Os técnicos do Deral classificam 82% das lavouras como em boas condições, 15% das lavouras em médias e 3% em ruins. As piores lavouras do estado estão em Paranavaí e Pato Branco (30%), Umuarama (10%), Laranjeiras do Sul, Cascavel e Francisco Beltrão (5%), e Campo Mourão (4%). Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que as lavouras de segunda safra de milho estão em fase de frutificação e iniciando maturação na região Norte, onde as áreas se desenvolvem bem, beneficiados pelas condições climáticas. Nas regiões Oeste e Centro-Oeste, as áreas mais tardias estão registrando algumas doenças de final de ciclo devido ao período chuvoso. “A colheita começou e os técnicos relatam variação de produtividade”. A colheita se intensificou na região Noroeste, beneficiada pela ausência de chuvas. “Algumas lavouras ainda estão na fase de frutificação, com algumas já no processo de maturação”. No Sudoeste, a preocupação atual está relacionada ao prejuízo pelo ataque de cigarrinhas e doenças, resultando em uma produtividade abaixo de esperado.
A colheita também começou na região Sul com expectativas não favoráveis. “Ainda há poucos talhões colhidos para grãos, portanto, ainda não é possível ter uma ideia precisa da tendência de produtividade para essa safra”.
DERAL/SEAB-PR
Começam a liberações de crédito do novo Plano Safra
Por enquanto, bancos e cooperativas ainda não têm autorização para conceder empréstimos com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional
O Plano Safra 2023/24 entrou em vigor no último sábado e as primeiras contratações começaram a ser liberadas nesta semana. Por enquanto, bancos e cooperativas não têm autorização para conceder crédito com equalização do Tesouro Nacional. A expectativa é que o órgão publique nos próximos dias a portaria com as informações sobre o montante de recursos que cada banco poderá operacionalizar nesta temporada. No ciclo passado, os financiamentos equalizados foram liberados dia 19 de julho. Já estão abertos os programas com juros controlados, mas sem equalização, e as linhas com taxas livres. Ao todo, o Plano Safra 2023/24 terá R$ 435,8 bilhões, sendo R$ 364,2 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 71,6 bilhões para a agricultura familiar. Desses, mais de R$ 140 bilhões têm a subvenção do governo federal. “O plano está muito assentado nos recursos privados. Felizmente, temos uma indústria de financiamento privado do agronegócio que se aproxima de um saldo de R$ 500 bilhões, referente aos títulos do agro, contrapondo ao saldo de endividamento dos produtores perante o sistema financeiro nacional, que é de R$ 587 bilhões. Isso facilita cada vez mais a ponte entre mercado financeiro e o de capitais e financiamento da agricultura”, disse o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e consultor, Ivan Wedekin. O Plano Safra 2022/23 foi marcado pelo esgotamento precoce dos recursos equalizados em diversos programas, sobretudo os de investimentos com montantes repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mesmo assim, cinco instituições devolveram limites equalizáveis ao Tesouro Nacional na reta final da temporada. Despacho publicado pelo órgão semana passada mostra que Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Sicoob e Sicredi devolveram mais de R$ 4 bilhões de limites equalizáveis. Ou seja, recursos que deveriam ter sido emprestados aos produtores em linhas com subvenção e que não foram desembolsados. “Os ministérios setoriais entraram em contato com as instituições em busca de recursos que não seriam utilizados e que pudessem ser cancelados gerando espaço orçamentário para ampliação dos recursos equalizados na nova safra 2023/24”, disse o Tesouro. Esse espaço é de R$ 257 milhões no total, sendo R$ 71 milhões no orçamento de 2023. Com esse cancelamento, mais de um terço dos R$ 200 milhões que foram suplementados no caixa do Tesouro Nacional para equalização na reta final da safra foram devolvidos sem aplicação para financiamentos aos produtores. Na safra 2022/23, foram desembolsados cerca de R$ 93 bilhões em recursos equalizados da poupança rural (R$ 62,9 bilhões), do BNDES (R$ 16,9 bilhões) e recursos livres equalizáveis (R$ 13,2 bilhões). A programação inicial era de R$ 115,8 bilhões, mas foi alterada ao longo da temporada com remanejamentos e suplementação. Com a devolução no dia 29 de junho, o montante equalizável vigente caiu para R$ 108,5 bilhões. O Tesouro não informou qual é o custo orçamentário estimado para o Plano Safra 2023/24 de julho a dezembro deste ano. “Os recursos orçamentários para fazer frente às despesas de equalização referentes ao plano safra 23/24 em 2023 se encontram disponibilizados e em breve serão publicadas as portarias”, informou.
GLOBO RURAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista sobe ante real com feriado nos EUA
As negociações em torno do texto da reforma tributária no Congresso trouxeram um pouco de cautela para os investidores na terça-feira, o que fez o dólar à vista fechar em alta ante o real, numa sessão marcada pela baixa liquidez em função do feriado nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8398 reais na venda, com alta de 0,69%. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 4,8625 reais. No início da tarde, a divisa dos EUA se firmou no terreno positivo, em meio à expectativa do mercado quanto ao andamento das propostas do novo arcabouço fiscal, do voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e da reforma tributária. A expectativa original era de que os três temas fossem colocados para votação já nesta semana, mas divergências em torno do texto da reforma tributária acenderam o sinal amarelo no mercado. Na segunda-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que vai se opor à reforma tributária caso ela preveja medidas que possam "ferir" a autonomia dos Estados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já havia defendido a revisão de alguns pontos do texto. Neste cenário, o dólar à vista atingiu a máxima de 4,8476 reais (+0,85%) às 15h06. Esse movimento do dólar no Brasil estava descolado do exterior, onde a divisa dos EUA oscilava em baixa ante outras moedas de exportadores de commodities ou emergentes. Em relação a uma cesta de moedas fortes, o dólar teve oscilações contidas ao longo do dia. Dois profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que, em função do feriado do Dia da Independência nos EUA, a liquidez se manteve baixa também no Brasil, o que amplificava os movimentos do câmbio.
REUTERS
Ibovespa recua em dia morno sem NY
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, em meio a movimentos de realização de lucros e sem a referência de Wall Street por feriado nos Estados Unidos, enquanto MRV&Co avançou quase 7% após dados operacionais do segundo trimestre e anúncio de que estuda potencial oferta de ações
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,5%, a 119.076,37 pontos. No pior momento, chegou a 118.830,47 pontos. O volume financeiro somou 12,7 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano de 26 bilhões de reais. No mês passado, o giro médio diário foi de quase 29,6 bilhões de reais. As bolsas norte-americanas estiveram fechadas nesta sessão por causa do feriado pelo Dia da Independência nos Estados Unidos. De acordo com o especialista da Blue3 Investimentos Victor Hugo Israel, foi um pregão bastante morno, com a liquidez drenada pelo feriado nos EUA. Ele classificou a queda do Ibovespa como movimento técnico, chamando a atenção para visão de analistas de que a tendência positiva na bolsa deve seguir. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de mais de 1%, a 119.672,78 pontos, chegando a 119.877,04 pontos na máxima da segunda-feira.
REUTERS
Produção da indústria do Brasil volta a subir em maio
A produção industrial do Brasil voltou a subir em maio, mas recuperou apenas parte das perdas do mês anterior e ainda segue abaixo do patamar pré-pandemia, mostrando dificuldades de recuperação em meio aos impactos do encarecimento do crédito
Em maio as indústrias do Brasil registraram aumento de 0,3% na produção em relação a abril, quando houve queda de 0,6%. Esse é o segundo resultado positivo para o setor neste ano. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção apresentou alta de 1,9%, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abaixo da expectativa de avanço de 1,1%. Mesmo com resultado positivo em maio, a indústria está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,1% aquém do nível recorde, de maio de 2011. No mês de maio houve disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados. "É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento", destacou o Gerente da pesquisa, André Macedo. As maiores influências positivas para o resultado de maio vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%). O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias voltou a crescer após dois meses consecutivos de queda, quando acumulou redução de 2,6%, segundo o IBGE. “Março e abril foram marcados pelas paralisações e as concessões de férias coletivas no setor. O crescimento em maio é explicado pela volta à produção”, explicou Macedo. Entre os resultados negativos estão produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%). Entre as categorias econômicas, o destaque foi a alta de 9,8% dos Bens de Consumo Duráveis. Bens de Capital mostraram avanço de 4,2% e Bens Intermediários tiveram ganho de 0,1%. O único resultado negativo foi de Bens de Consumo Semi e não duráveis, com uma queda de 1,1% da produção.
REUTERS
Estrangeiros aportam R$ 17 bilhões na bolsa de valores no primeiro semestre
Investidores institucionais sacaram R$ 26,21 bilhões no período, em linha com a persistente fraqueza de captação da indústria
Os investidores estrangeiros aportaram R$ 419,4 milhões em recursos no segmento secundário da B3 (ações já listadas) na sexta-feira, 30 de junho, dia em que o Ibovespa recuou 0,25%. Assim, a categoria fechou o mês de junho com superávit de R$ 10,13 bilhões (seu melhor saldo mensal desde janeiro, quando depositou R$ 12,55 bilhões) e o primeiro semestre com saldo positivo de R$ 17,01 bilhões. Já o investidor institucional sacou R$ 1,11 bilhão no mesmo dia. Com isso, o grupo teve déficit mensal de R$ 9,62 bilhões, revertendo o saldo positivo registrado em maio após 12 meses negativos. O saldo anual é negativo em R$ 26,21 bilhões, em linha com a persistente fraqueza de captação da indústria. Analistas esperam que o quadro comece a se reverter na medida em que os juros caiam no segundo semestre. E o investidor individual aportou R$ 527,3 milhões na data, finalizando o mês com déficit de R$ 1,09 bilhão. Não obstante, o grupo se recuperou após ter saldo negativo de R$ 4 bilhões no período e voltou a ter superávit em 2023, de R$ 1,97 bilhão. As informações foram divulgadas pela B3.
VALOR ECONÔMICO
Agroindústria volta a mostrar dificuldade de manter crescimento
Após ‘soluço positivo’, produção agroindustrial fechou o mês de abril com leve queda, de 0,1%
A atividade agroindustrial brasileira ainda não conseguiu emendar uma sequência mais firme de crescimento, mostra a edição mais recente do Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Em abril, a produção da agroindústria teve uma leve queda, de 0,1%, em relação ao mês anterior. Em março, o indicador havia subido 1,4%, mas, como a expansão não se repetiu no mês seguinte, o movimento acabou sendo um “soluço positivo”, como definem os pesquisadores da FGV. O segmento de produtos alimentícios e bebidas, que teve retração de 0,5%, foi o responsável pela queda. No segmento, a atividade contraiu-se de maneira quase generalizada, com destaque para alimentos de origem vegetal (-2,2%), bebidas alcoólicas (-5,5%) e não-alcoólicas (-2,8%). A indústria de alimentos de origem animal, que cresceu 1,3%, foi a exceção positiva do segmento no mês passado. A produção da agroindústria de produtos não-alimentícios cresceu 0,5% em abril. A fabricação de produtos têxteis e florestais aumentou 3,2% e 1,3%, respectivamente. O destaque negativo, segundo a FGV, foi o setor de insumos agropecuários — que, apesar de tido apenas uma leve queda em abril, fechou o mês com a quinta retração consecutiva. “Ou seja, desde dezembro de 2022, o setor não consegue sair do campo negativo”, escreveram os pesquisadores.
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