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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 388 DE 05 DE JUNHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 388 |05 de junho de 2023

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

BOVINOS

BOI GORDO FECHOU A SEMANA ESTÁVEL, MAS ESPECULAÇÃO BAIXISTA SE MANTÉM

Os preços do boi gordo fecharam a sexta-feira (2/6) com estabilidade nas principais praças pecuárias do Brasil, porém a especulação baixista em torno da arroba segue forte, informou a S&P Global Commodity Insights.

Segundo a Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo segue valendo R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 220/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está apregoada em R$ 245/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto, acrescenta a Scot. Segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights, a oferta de animais terminados permanece elevada nas principais praças pecuárias, sobretudo nas regiões do Centro-Norte do País. “Verifica-se um grande desequilíbrio entre oferta e demanda diante da maior disponibilidade de fêmeas gordas no mercado”, relata a S&P Global, acrescentando que o acréscimo nos abates de fêmeas reflete a inversão do ciclo pecuário para a fase de baixa, com destaque para as fortes quedas nos preços do bezerro. Na visão da consultoria, a especulação baixista deve continuar nesta semana. O clima mais frio nas regiões pecuárias, situação que reduz a chance dos pecuaristas em continuar com a boiada nos pastos, deve continuar estimulando o processo de desova de animais terminados, acreditam os analistas. Na opinião da S&P Global, somente a partir do final de junho/23, o mercado esboça uma situação de maior equilíbrio na relação entre oferta e demanda, em razão de uma possível menor disponibilidade de animais para abate, após o intenso processo de desova da safra verificado nos últimos meses. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 192/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 194/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 170/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).

S&P GLOBAL/SCOT CONSULTORIA/PORTAL DBO

SUÍNOS

PREÇOS DOS SUÍNOS FINALIZARAM A SEMANA EM ESTABILIDADE

Preço do quilo do suíno vivo teve baixa de 8,39% no mês de maio

Segundo a Scot Consultoria, as cotações para o Suíno Carcaça Especial permaneceram em R$ 8,40/R$ 8,80 por kg, e o valor do suíno CIF também seguiu estável em R$ 107,00/@ a R$ 112,00/@. No acumulado do mês de maio, o mercado registrou queda generalizada tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, no período que antecedeu o Dia das Mães os preços até conseguiram respirar, com avanços de reposição. De acordo com o Levantamento de Safras & Mercado, a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 8,39% no mês de maio, passando de R$ 5,93 para R$ 5,43. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu de R$ 10,44 para R$ 9,60, retração de 8,01%. A carcaça teve desvalorização de 10,23%, passando de R$ 9,41 para R$ 8,45. A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 126,00 para R$ 110,00, na integração do Rio Grande do Sul de R$ 5,60 para R$ 5,30 e, no interior do estado, de R$ 6,20 para R$ 5,65. O preço do animal vivo em Minas Gerais registrou ganho de 0,17% e está cotado em R$ 5,97/kg, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última quarta-feira (31). No Paraná, o preço teve queda de 0,18%, em R$ 5,51/kg. O preço do animal vivo em São Paulo está em R$ 5,89/kg e não teve alteração. Em Santa Catarina, o animal vivo apresentou alta de 0,19% e está em R $ 5,32/kg. No Rio Grande do Sul, o preço do suíno apresentou estabilidade e está cotado em torno de R $ 5,70/kg.

CEPEA/ESALQ/SAFRAS

FRANGOS

PREÇO DO FRANGO VIVO APRESENTA GANHO DE 6,59% EM SANTA CATARINA

As referências para o frango vivo em Santa Catarina tiveram alta de 6,59% na sexta-feira (02), segundo a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)

A cotação do frango vivo no Paraná não teve queda e está cotada em R$ 4,74/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência. Segundo o levantamento realizado pela a Scot Consultoria, o preço do frango na granja segue estável e está precificado em R$ 4,50/kg. Já no caso da referência para a carne de frango no atacado em São Paulo, a consultoria informou que os valores apresentaram estabilidade e estão precificados em R$ 5,35/kg. No último levantamento realizado pelo Cepea na quinta-feira (01), o preço do frango congelado teve queda de 0,50% e está cotado em R$ 6,00/kg. Já a cotação do frango resfriado não registrou movimentação e ele está sendo negociado em R$ 6,01/kg.

CEPEA/ESALQ

ABPA VÊ BAIXO RISCO DE EMBARGO NACIONAL À EXPORTAÇÃO DE FRANGO EM CASO DE GRIPE AVIÁRIA

A revisão de acordos com a maioria dos parceiros comerciais do Brasil, incluindo a China, torna improvável que o país, maior fornecedor mundial de carne de frango, tenha de bloquear todas as suas exportações caso o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) atinja granjas comerciais

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa empresas como JBS e BRF, disse à Reuters que a revisão dos acordos com parceiros comerciais deve limitar eventuais restrições ao comércio a regiões geográficas menores. Ainda assim, os detalhes de um protocolo sanitário bilateral de 2004 com a China, o maior comprador de frango do Brasil no ano passado, podem trazer alguma dor de cabeça aos exportadores. O protocolo, que o Ministério da Agricultura diz que ainda está em vigor, exige notificação imediata a Pequim em caso de aparecimento de doenças epidêmicas e impõe bloqueios temporários, nacionais ou locais, a depender do tipo de ameaça à saúde das aves. O documento também estipula que a carne exportada deve vir de granjas livres de quaisquer restrições relacionadas a doenças aviárias por 12 meses. Santin se recusou a comentar como espera que Pequim e Brasília apliquem o protocolo de 2004 no caso de um surto nos plantéis comerciais do Brasil. Esta semana, a IAAP foi detectada em aves silvestres no Rio Grande do Sul, elevando o risco de infecção em criadouros comerciais, que se concentram em grande parte no Sul do Brasil. O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 16% das exportações brasileiras de frango. O Brasil registrou 19 surtos de IAAP em aves silvestres em todo o país este ano. Santin disse que o Brasil começou a renegociar os protocolos sanitários em 2021 com cerca de 70% dos seus mercados externos. Ele afirmou que, em princípio, a maioria dos clientes do Brasil aceita que uma "zona de contenção" possa ser estabelecida para fins de comércio, com base nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Essas regras, no entanto, podem não satisfazer compradores como Japão, México e África do Sul, que não revisaram acordos com o Brasil ainda, disse ele. A OMSA prevê a possibilidade de regionalizar embargos à exportação em caso de infecção por IAAP, a fim de aliviar as restrições ao comércio, que de outra forma poderiam se aplicar a todo um país. Deste modo, as nações afetadas continuam vendendo e exportando a carne de aves. Os EUA, que competem com o Brasil nos mercados de exportação, tiveram surtos de IAAP, mas não precisaram interromper o comércio. A produção de peru e ovos nos EUA caiu 6% e 2%, respectivamente, em 2022, quando a gripe aviária destruiu alguns plantéis. Ainda assim, as exportações totais de carne de ave aumentaram 3% em volume e 14% em valor, já que os acordos comerciais revisados limitaram as restrições comerciais em comparação com aquelas impostas durante um surto em 2015, até então o pior da história.

REUTERS

FORTE DESVALORIZAÇÃO NA 2ª QUINZENA PRESSIONA MÉDIA MENSAL DA CARNE DE FRANGO EM MAIO, DIZ CEPEA

Os preços da carne de frango caíram com força na segunda quinzena de maio, o que acabou pressionando o valor médio mensal do produto frente a abril

De acordo com levantamento do Cepea, esse movimento de pressão sobre os valores esteve atrelado sobretudo à demanda enfraquecida. Ressalta-se que maio foi o segundo mês consecutivo de baixa nos preços. De abril para maio, o valor médio do frango inteiro congelado caiu 1,1% no atacado da Grande São Paulo, passando para R$ 6,48/kg no último mês. Em Porto Alegre (RS), a desvalorização da proteína foi menos intensa, de leve 0,4%, com o frango inteiro congelado negociado à média de R$ 9,09/kg.

CEPEA


INTERNACIONAL

ARGENTINOS GRELHAM MAIS BIFES APESAR DA PRESSÃO INFLACIONÁRIA DE 109%

Proporção de carne bovina no consumo subiu este ano para 46% no país, chegando a 53,1 kg per capita

Os argentinos devem comer a maior quantidade de carne bovina dos últimos cinco anos em 2023, estendendo o reinado do país como o número um em consumo de carne per capita, apesar do doloroso impacto da inflação de 109% nos preços dos alimentos, informou um relatório da bolsa de grãos de Rosário na sexta-feira (2). O maior consumidor de carne bovina do mundo, onde os chamados "assados" são uma parte fundamental da cultura culinária e as churrascarias se espalham pelas ruas das cidades, viu nos últimos anos o consumo de carne bovina cair, à medida que os preços subiam e os clientes mudaram para a carne de frango e de porco, mais baratas. Isso, no entanto, parece estar parcialmente se revertendo, mesmo diante de uma das taxas de inflação mais altas do mundo, que prejudicou gravemente o poder de compra. "Apesar de tudo, o tradicional churrasco continua sendo um dos pilares da tradição gastronômica local e obrigatório na maioria das mesas argentinas", disse a bolsa, acrescentando que o consumo provável de carne bovina este ano será de 53,1 quilos por pessoa. A bolsa disse que o custo relativo da carne bovina em relação à carne suína e a de frango caiu desde 2021, embora tenha permanecido elevado em relação à média histórica. Os salários brutos também foram ligeiramente superiores aos de 2021, embora novamente inferiores às médias históricas. A proporção de carne bovina no consumo de carne subiu este ano para 46%, a partir de 44% há dois anos. No entanto, a quantidade de carne bovina e sua participação ainda estão muito abaixo dos picos de cerca de 68 kg per capita e acima de 70% nas últimas duas décadas.

FOLHA DE SP

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

INDÚSTRIA MANTÉM EMPREGOS EM ALTA NO PARANÁ

Mesmo com taxa de juros elevada, o que encarece novos investimentos, mercado de trabalho se manteve aquecido no setor

Abril foi o quarto mês seguido de crescimento na oferta de trabalho formal (com carteira assinada) na indústria paranaense. O estado abriu, no total, somando todas as atividades, 9.429 vagas no mês. Serviços foi o principal empregador (3.367), seguido pela indústria (2.611), comércio (1.592), construção civil (1.536) e a agropecuária (323). Os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Governo Federal (Novo Caged) mostram que o segmento industrial registrou alta de 22% na comparação com abril do ano passado. Entre os segmentos da indústria que mais contrataram em abril estão alimentos, 1.061 trabalhadores. O resultado ficou abaixo do esperado na comparação com março deste ano, com queda de 9%. No acumulado de janeiro a abril, o setor empregou 10.018 trabalhadores, valor 33% abaixo do que havia sido contabilizado no mesmo período do ano passado, que foi de 14.887 postos. Nos últimos 12 meses, a indústria contratou 11.592 trabalhadores, 64% menos do que no mesmo intervalo de tempo de 2022, quando as novas vagas abertas somaram 32.558. A indústria nacional também tem aberto mais oportunidades. Em abril, o saldo nacional chegou a 18.713 novos empregos, que fecham o primeiro quadrimestre em 114.590 novas admissões de saldo. O Paraná foi o sexto estado do país que mais criou empregos na indústria do país em abril. No ano, o estado está atrás de São Paulo (41 mil), Rio Grande do Sul (24 mil), Santa Catarina (19 mil) e Minas Gerais (17 mil). “Avaliamos o resultado como positivo porque a indústria estadual continua a abrir vagas mesmo diante de um cenário macroeconômico desfavorável”, avalia a analista da Assessoria Econômica e de Crédito da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Mari Santos. “A taxa de juros elevada, hoje em 13,75% ao ano, é um impeditivo para as novas contratações porque o custo do capital está mais alto para o empresário”, explica. “Antes de contratar, é preciso ajustar o orçamento e buscar recursos no mercado. Mas esse acesso ao crédito está bem caro atualmente no Brasil”, justifica. Uma boa notícia, segundo Mari, é que a partir de abril, analistas e agentes econômicos têm acreditado numa melhora nas expectativas do mercado, com previsão de queda da Selic até o fim do ano e aumento no PIB. “Talvez essa constatação tenha animado alguns empresários, que já estariam se preparando para este cenário mais favorável no segundo semestre”, completa. Entre os segmentos da indústria que mais contrataram em abril estão alimentos (1.061), madeira (405), produtos diversos (166), máquinas e equipamentos (161), petróleo (145), produtos químicos (143), borracha e material plástico (109), couro (103) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (101). Das 24 áreas avaliadas, seis ficaram negativas, ou seja, mais demitiram do que admitiram trabalhadores. É o caso de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-118), fabricação de equipamentos de informática (-78), produtos têxteis (-49), metalurgia (-41), vestuário (-35) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21). Já entre janeiro e abril, o segmento alimentício lidera o ranking de contratações com 3.559 admissões. Na sequência aparecem vestuário (1.424), borracha e material plástico (738), automotivo (737) e produtos de metal e produtos químicos, ambos com 614 vagas abertas. Quatro setores fecharam postos de trabalho. Entre eles máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-628), metalurgia (-205), minerais não metálicos (-178) e fabricação de equipamentos de transporte (-55). Em abril, dos 2.611 profissionais contratados, 1.812 foram homens e 799 mulheres. A grande maioria jovens entre 17 e 24 anos (2.858) e com Ensino Médio completo (1.410).

FIEP

ECONOMIA/INDICADORES

DÓLAR TEM NOVA QUEDA ANTE REAL

O dólar à vista emplacou na sexta-feira a segunda sessão consecutiva de queda ante o real, novamente influenciado pelo exterior, onde o andamento do acordo sobre o teto da dívida nos EUA e a perspectiva de que o Federal Reserve não subirá juros em seu próximo encontro conduziram a busca por ativos de maior risco

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9549 reais na venda, com baixa de 1,04%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 0,61%. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,29%, a 4,9790 reais. Na noite de quinta-feira, o Senado dos EUA aprovou a legislação bipartidária defendida pelo presidente Joe Biden, que suspende o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história do país. O Senado votou por 63 a 36 para aprovar o projeto de lei que havia sido aprovado na quarta-feira pela Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para sanção de Biden. A resolução do problema fiscal norte-americano deu suporte à busca por ativos de risco, penalizando o dólar nos mercados globais. Justou-se a isso a perspectiva de que o Federal Reserve, em sua próxima reunião de política monetária, tende a manter sua taxa de juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano. “O investidor está chegando ao fim de semana com um bom apetite a risco. Mais do que o acordo do teto, a expectativa de manutenção dos juros pelo Fed influenciou o câmbio”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. No Brasil, pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho.

REUTERS

IBOVESPA TEM FORTE ALTA E GARANTE MAIS UM DESEMPENHO POSITIVO NA SEMANA

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, superando os 113 mil pontos no melhor momento, o que não acontecia há quatro meses, em meio a um clima externo favorável a ativos de risco, com expectativas de que o Federal Reserve possa experimentar uma pausa no ciclo de aumentos de juros nos Estados Unidos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,8%, a 112.558,15 pontos, chegando a 113.069,55 pontos na máxima -- o índice não ultrapassava o patamar dos 113 mil pontos desde o começo de fevereiro. O volume financeiro somou 28,7 bilhões de reais.

Com a alta nesta sessão, o Ibovespa conquistou um ganho semanal de 1,49%, completando seis semanas sem acumular desempenho negativo -- maior sequência desde a série de sete semanas em alta de 2 de novembro a 18 de dezembro de 2020. Nos EUA, a criação de postos de trabalho em maio superou as expectativas de economistas, mas uma moderação nos salários fez crescer as apostas de manutenção dos juros pelo banco central norte-americano na reunião de 13 a 14 de junho. Seria a primeira decisão por manter os juros inalterados em mais de um ano. Outro componente de alívio foi a aprovação pelo Senado norte-americano na quinta-feira do projeto de lei que eleva o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história, com desdobramentos globais catastróficos. O clima benigno nos pregões teve suporte ainda de expectativas de estímulos adicionais à economia na China. De acordo com reportagem da Bloomberg, Pequim está trabalhando em novas medidas para apoiar o mercado imobiliário. No caso do Brasil, o comportamento dos mercados tem como pano de fundo principalmente sinais recentes de queda da inflação e avanço da nova regra fiscal no Congresso Nacional, que alimentaram expectativas de que o início dos cortes da Selic pode ser antecipado pelo Banco Central. A posição técnica dos ativos, de acordo com profissionais do mercado, também corroborou o movimento comprador.

REUTERS

PREÇOS MUNDIAIS DE ALIMENTOS CAEM PARA MÍNIMA DE 2 ANOS EM MAIO, DIZ FAO

O índice de preços mundiais da agência de alimentos das Nações Unidas caiu em maio para o nível mais baixo em dois anos, pressionado pelos óleos vegetais, cereais e laticínios, enquanto açúcar e carne tiveram aumentos

O indicador da FAO, que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve média de 124,3 pontos em maio, contra 127,7 pontos revisados ​​no mês anterior, informou a agência na sexta-feira. A leitura de abril foi originalmente dada como 127,2. A pontuação de maio marcou a mais baixa desde abril de 2021 e significou que o índice estava agora 22% abaixo do pico histórico alcançado em março de 2022, após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. O índice de preços de cereais da FAO caiu quase 5% em maio em relação ao mês anterior, pressionado pelas amplas perspectivas de oferta e pela extensão da Iniciativa de Grãos do Mar Negro, permitindo embarques da Ucrânia. Mas os preços internacionais do arroz continuaram subindo em maio, em parte devido à oferta mais restrita em alguns países exportadores, disse a FAO. A agência no mês passado expressou preocupação com o aumento dos preços do alimento básico. O índice de preços de óleo vegetal da FAO caiu quase 9%, mês a mês, refletindo grandes ofertas de oleaginosas e fraca demanda por óleo de palma, enquanto os preços globais de lácteos caíram mais de 3% em meio a uma alta sazonal na produção de leite do hemisfério norte, disse a agência. Os preços do açúcar, por outro lado, mostraram um aumento de 5,5% em relação a abril, no quarto ganho mensal consecutivo, uma vez que as preocupações com o padrão climático El Niño aumentaram os riscos de oferta global, disse a FAO. No entanto, a melhoria das condições climáticas no Brasil e os preços mais baixos do petróleo limitaram maiores altas no açúcar, acrescentou. Os contratos futuros de açúcar fecharam maio em baixa, após uma máxima de 12 anos no final de abril. Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO previu a produção mundial de cereais este ano em 2,813 bilhões de toneladas, um aumento de 1% em relação a 2022, que refletiu principalmente um aumento esperado na produção de milho. Os estoques globais de cereais na temporada 2023/24 foram projetados para aumentar 1,7% ano a ano, para um recorde de 873 milhões de toneladas, refletindo maiores volumes esperados de milho, arroz e cevada. No entanto, os estoques de trigo devem cair, em linha com a expectativa para a produção, enquanto a demanda deveria se manter estável.

REUTERS

PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL CAI MAIS QUE O ESPERADO EM ABRIL

A indústria brasileira voltou a cair em abril e iniciou o segundo trimestre com mais fraqueza do que o esperado diante de uma conjuntura econômica local desafiadora

A produção da indústria do Brasil registrou em abril retração de 0,6% na comparação com março, marcando forte desaceleração ante a alta de 1,0% no mês anterior, quando interrompeu dois meses de perdas. Em relação ao mesmo mês de 2022, a produção apresentou recuo de 2,7%, de acordo com os dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022", destacou o gerente da pesquisa, André Macedo. Analistas avaliam que a indústria brasileira deve mostrar um desempenho fraco ao longo de 2023, patinando diante de desafios como perspectiva de redução da demanda, juros elevados no Brasil com maior endividamento e esgotamento da retomada pós-pandemia. No primeiro trimestre, o setor industrial recuou 0,1%, marcando o segundo trimestre seguido no vermelho, de acordo com os dados do PIB divulgados na quinta-feira. No mês de abril, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,2%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%). Somente o setor de produtos alimentícios, que teve o maior impacto negativo no resultado do mês, registrou o quarto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 7,3%. "Em abril houve grande influência negativa por parte da produção de açúcar. Isso teve relação direta com um maior volume de chuvas, especialmente na segunda quinzena do mês, nas regiões produtoras de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do país", explicou Macedo. Já a queda na fabricação de automóveis e caminhões, itens com maior peso na atividade, tem a ver, segundo Macedo, com os efeitos da taxa de juros em patamar elevado, o que encarece e dificulta a concessão do crédito. Além disso, ele cita que permanece "a dificuldade na obtenção de componentes eletrônicos para o setor e, por conta disso, observa-se uma maior frequência de paralisações, reduções de jornadas de trabalho e férias coletivas". Entre as categorias econômicas, os setores de bens de capital (-11,5%) e bens de consumo duráveis (-6,9%) mostraram taxas negativas. Já bens de consumo semi e não duráveis (1,1%) e bens intermediários (0,4%) tiveram crescimento em abril.

REUTERS

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