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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 247 DE 03 DE NOVEMBRO DE 2022

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 247 |03 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Bloqueios nas estradas prejudicam o mercado do boi gordo

Boa parte dos agentes do setor optou por sair das operações e aguardar alguma a resolução em relação às paralisações nas rodovias, ressaltam as consultorias


Tal fato, somado ao feriado que ocorre no meio da semana, fez com que grande parte dos frigoríficos ficasse fora das compras de boiadas gordas, relatou a Scot Consultoria. Segundo a Scot, na terça-feira (1/11), o preço do boi gordo ficou estável no mercado paulista, cotado em R$ 275/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 260/@ e R$ 269/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos destinados ao mercado da China estão cotados em R$ 280/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Para a IHS Markit, na terça-feira o mercado físico do boi gordo praticamente não registrou fluxo expressivo de negócios. Entre as principais praças pecuárias do Brasil, foram registrados na terça-feira ajustes negativos nos preços do boi gordo nos Estados do MT, GO, RS, BA e PA, segundo o levantamento da IHS. Boa parte dos frigoríficos presentes nos Estados citados acima estão com escalas de abate prontas até o começo da segunda quinzena do mês, informa a IHS. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi voltaram a registrar tímidas altas depois das severas quedas acumuladas durante a etapa final de outubro. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo); vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 242/@ (prazo) vaca a R$ 232/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 256/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Cotações no mercado de suínos caíram de forma generalizada

A terça-feira (1º de novembro) foi de perdas generalizadas para o mercado de suínos


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF cedeu 3,70%/7,14%, chegando a R$ 130,00/R$ 135,00, enquanto a carcaça especial baixou 1,00%/0,95%, valendo R$ 9,90/R$ 10,40 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (31), houve queda de 3,45% no Paraná, atingindo R$ 6,71/kg, baixa de 2,55% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,25/kg, recuo de 1,05% em Santa Catarina, custando R$ 6,58/kg, retração de 0,89% no Rio Grande do Sul, descendo para R$ 6,70/kg, e de 0,66% em São Paulo, fechando em R$ 7,50/kg. Cepea/Esalq


Exportações de carne suína em outubro crescem quase 10% na receita

No volume movimentado, a alta em comparação com o mesmo mês do ano passado foi de 1,6%


Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até o final deste mês de outubro (19 dias úteis) superaram em quase 10% o faturamento total registrado em outubro do ano passado. "Além da retomada da China, temos que ressaltar a presença de mercados importantes, como Singapura, Vietnã, Filipinas, Argentina, Chile, que estão levando bons volumes da proteína brasileira e ajudam a reduzir essa dependência da China. Outro ponto é que os preços internacionais da carne suína apresentaram elevação, mas vale ponderar que na Bolsa de Dalian, que precifica o suíno no mercado chinês, já registra recuo nas cotações, o que pode acarretar em uma renegociação dos contratos de importação", disse o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. A receita, US$ 223 milhões, superou em 9,8% o montante obtido em outubro de 2021, que foi de US$ 203,2 milhões. No volume, as 90.157 toneladas são 1,6% superiores total registrado em outubro do ano passado, quantia de 88.668 toneladas. Na comparação com o mês anterior, os US$ 223 milhões representam queda de 3,4%. No volume, as 90.157 toneladas representam queda de 4,3% em relação a setembro. A receita por média diária foi de US$ 11,7 milhões valor 15,5% maior do que outubro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 10,8%. Em toneladas por média diária, 4.745 toneladas, aumento de 7,0% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, baixa de 10,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.473, ele é 7,9% superior ao praticado em outubro passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,29%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Novembro começa com frango com cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado valorizou 0,71%, valendo em R$ 7,05/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado, valendo R$ 4,20/kg, assim como no Paraná, com valor de R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (31)), tanto a ave congelada quanto a resfriada não tiveram mudanças nas cotações, valendo, respectivamente, R$ 7,99/kg e R$ 7,98/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de frango segue com preços altos e em ritmo acelerado

Volume movimentado este ano deve atingir as 4,8 milhões de toneladas


Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura em outubro (19 dias úteis) tiveram crescimento na receita de 17% na relação com o mesmo mês do ano passado. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "o Brasil caminha muito bem nesse mercado, devendo alcançar as 4,8 milhões de toneladas embarcadas em 2022, batendo recorde e com preço médio lá em cima", disse ele. Entretanto, o especialista pondera a questão dos surtos de gripe aviária detectados recentemente nas Américas Central e do Sul, levando em conta que o status sanitário do Brasil é um dos aspectos que favorece o comércio da proteína brasileira no exterior. A receita, US$ 751,2 milhões, superou em 17,2% o montante obtido em outubro de 2021, com US$ 640, 8 milhões. No volume, as 362.940 toneladas são 0,28% maiores que o total registrado em outubro do ano passado, quantia de 361.912 toneladas. Em comparação com o mês anterior, a receita caiu 0,35% em relação ao total registrado em setembro. No volume, as 362.940 toneladas significam recuo de 0,35% em relação a setembro. A receita por média diária, de US$ 39,5 milhões, é 23,4% maior que a registrada em outubro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 6,2%. Em toneladas por média diária, 19.102 toneladas, houve alta de 5,6% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação a semana anterior, recuo de 6,9%. No preço pago por tonelada, US$ 2.069, ele é 16,9% superior ao praticado em outubro do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, alta de 0,83%.

AGÊNCIA SAFRAS


CARNES


Com bloqueios, começa a faltar ração para aves e suínos: 'Há risco de canibalização'

Setor está com 45% da capacidade de abate de frangos parada por dificuldades de transporte


O setor de avicultura alerta que a situação nas granjas brasileiras é emergencial e pode faltar ração para as aves já a partir desta quinta-feira (3), caso as rodovias do país não sejam desobstruídas pelos manifestantes bolsonaristas contrários ao resultado das eleições. Segundo um alto representante do setor, 45% da capacidade de abate de frangos já estava parada na quarta, devido à dificuldade de transporte das aves vivas para os abatedouros. Mas a situação mais grave acontece nas granjas, onde os estoques de milho para alimentação dos animais foram consumidos nos últimos dias. O temor é de que as aves, com fome, passem a se canibalizar e tenham de passar por abate sanitário para evitar essa situação. Na greve de caminhoneiros de 2018, que durou 11 dias, 70 milhões de aves morreram devido à falta de alimento, segundo balanço da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) divulgado à época, e 120 mil toneladas de carne de frango e suíno deixaram de ser exportadas. Um alto representante do setor de avicultura falou à BBC News Brasil sob condição de anonimato. Ele disse fazer o relato por se tratar de uma questão de segurança alimentar e pelo compromisso do setor com o bem-estar animal. "Não está tendo [mortes de aves] ainda, porque a extensão do movimento ainda não tem o número de dias como teve naquela vez [em 2018], que foram milhões de aves mortas. Mas a gente agora já está saindo da luz amarela, para entrar na luz vermelha, porque essa é uma paralisação diferente." "Ela é surpreendente, porque se esperava movimento dos caminhoneiros e tudo mais, mas que fosse mais nas cidades. Uma manifestação política, não parar ruas e não parar o país. Temos algo como 45% da capacidade [de abate de aves] que já não está girando. Apesar de ser feriado, muitas empresas deveriam trabalhar hoje [quarta-feira, 2], mas várias não puderam porque não tinham frangos, que não passaram nos bloqueios. Hoje o grande problema que temos são Santa Catarina e Paraná."

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o Paraná lidera o ranking estadual no abate de frangos, com 33,6% de participação nacional em 2021, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (13,4%). "A partir desta quinta-feira a situação já começa a ficar mais emergencial, pois tem granja que já não tem ração", diz o representante do setor avícola. Ele explica por que a situação é dramática: "Elas [as aves] recebem a ração diária e não é que começam a morrer de repente. É que, se você deixar muito tempo sem a ração, elas começam a se canibalizar. Então não é que elas morrem de fome só, tem que matar para evitar elas se canibalizarem. Segundo o porta-voz, o país tem hoje 1 bilhão de aves no campo e são 25 milhões por dia em produção. "Nós abatemos 25 milhões de aves por dia, então são 25 milhões de pintos por dia que têm que nascer.

BBC NEWS BRASIL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Mesmo com pedido de Bolsonaro, protestos seguem em rodovias federais de 11 estados

Rodovias federais de 11 estados seguiam bloqueadas ou com interdições parciais, nesta quinta-feira (3), feitas por caminhoneiros e outros manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República


O balanço da Polícia Rodoviária Federal foi divulgado por volta das 6h30 nas redes sociais. Na quarta-feira (2), Bolsonaro pediu que os atos fossem encerrados em um vídeo e afirmou que não são manifestações legítimas, já que impedem o direito de ir e vir de outras pessoas. Ele ressaltou também que o bloqueio das estradas prejudica a economia do país. “Quero fazer um apelo a vocês: desobstruam as rodovias. Isso não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós, aqui, essa nossa legitimidade. Outras manifestações que vocês estão fazendo pelo Brasil todo, em praças, fazem parte, repito, do jogo democrático. Fiquem à vontade”, afirmou Bolsonaro. Segundo a PRF, protestos ainda estavam em andamento no Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apenas em Santa Catarina existiam rodovias federais totalmente fechadas nesta manhã e eram 13, de acordo com os dados das 6h30. Mas as interdições parciais foram verificadas pela PRF em 73 estradas brasileiras.

GAZETA DO POVO


Número de bloqueios diminui nas estradas paranaenses, mas ainda há mais de 50 pontos com interrupções

No final da tarde de ontem, haviam 38 bloqueios em rodovias estaduais do Paraná


O número de bloqueios promovidos por manifestantes inconformados com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial no último fim de semana diminuiu nas rodovias do Paraná, mas ainda há muitos pontos com interrupção total ou parcial. Segundo balanços da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no final da tarde/início da noite da quarta-feira (2), haviam 54 bloqueios em estradas paranaenses, 38 em rodovias estaduais e 16 em federais. No início da noite de terça-feira (1º), eram 64 os pontos bloqueados. A PM informou que, apesar dos 38 pontos de bloqueio em rodovias estaduais que permaneciam no final da tarde desta quarta-feira, outros 42 trechos haviam sido liberados totalmente. O boletim da corporação apontou que foram registrados 109 boletins de ocorrência das manifestações e de lideranças. Também foram identificadas 35 lideranças. Uma pessoa foi encaminhada para assinatura de termo circunstanciado. A PM também emitiu 20 notificações de trânsito de veículos relacionados aos bloqueios em rodovias estaduais. Confira os pontos bloqueados nas estradas paranaenses: Rodovias federais; BR-376 KM 662 TIJUCAS DO SUL; BR-277 KM 05 PARANAGUÁ; BR-153 KM 364 RIO AZUL; BR-277 KM 240 IRATI; BR-153 KM 390 MALLET; BR-476 KM 195 LAPA; BR-116 KM 68 CAMPINA GRANDE DO SUL; BR-476 KM 297 SÃO MATEUS DO SUL; BR-373 KM 265 PRUDENTÓPOLIS; BR-163 KM 284 MARECHAL CÂNDIDO RONDON; BR-476 KM 171 CONTENDA; BR-376 KM 246 APUCARANA; BR-277 KM 720 FOZ DO IGUAÇU; BR-476 KM 344 PAULA FREITAS; BR-153 KM 490 GENERAL CARNEIRO; BR-277 168 PALMEIRA. Rodovias estaduais. No último boletim em que os locais foram informados, às 7 horas desta quarta-feira, estes eram os locais bloqueados total ou parcialmente: PRC-317 MARINGÁ; PR-412 GUARATUBA; PRC-466 JARDIM ALEGRE; PR-092 JOAQUIM TÁVORA; PR-281 CHOPINZINHO; PR-082 TERRA BOA; PR-445 LONDRINA; PR-239/PR-180 NOVA AURORA; PR-488/PR-495 SANTA HELENA; PR-151 PONTA GROSSA; PR-444 ARAPONGAS; PR-182 TOLEDO; PR-151 CASTRO; PR-151 PALMEIRA; PR-495 ENTRE RIOS DO OESTE; PR-092 ARAPOTI; PRC-487 CAMPO MOURÃO; PR-281 SALTO DO LONTRA; PR-151 PIRAÍ DO SUL; PRC-466 MANOEL RIBAS; PRC-487 NOVA TEBAS; PRC-466 PITANGA; PRC-466 TURVO; PRC-280 CLEVELÂNDIA; PR-170 GUARAPUAVA; PRC-158 PEABIRU; PR-170 PINHÃO; PR-170 ROLÂNDIA; PR-180 BOA VISTA DA APARECIDA; PR-182 PALOTINA; PR-281 X PR 475 CHOPINZINHO; PR-412 MATINHOS; PR-281 RIO NEGRO; PR-092 WENCESLAU BRAZ; PR-420 PIÊN; PR-445 TAMARANA; PR-182 NOVA LONDRINA

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Estados com bloqueios em rodovias caem para 11; Bolsonaro diz em vídeo que manifestações não são legítimas e pede a apoiadores que liberem estradas

O número de estados com protestos bolsonaristas que contestam sem provas o resultado das eleições presidenciais caiu para 11 na noite de quarta (2), segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal)


O movimento se enfraqueceu durante o feriado, alcançando seis estados a menos do que na noite de terça-feira (1º). São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul desinterditaram todas as rodovias, de acordo com informações das PRFs dos estados. Na noite de quarta, o presidente Jair Bolsonaro (PL)divulgou um vídeo pedindo que para seus apoiadores liberarem as rodovias que estão obstruídas. O mandatário diz que outras manifestações, em praças e locais públicas, são "do jogo democrático" e não comenta o teor golpista dos protestos. "Mas tem algo que não é legal: o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição e sempre estivemos dentro das quatro linhas", afirma. "Isso [fechamento de rodovias] não faz parte, no meu entender, de manifestações legítimas. Não vamos perder nossa legitimidade", completa. Reduto bolsonarista, Santa Catarina é o estado com o maior número de bloqueios, com um total de 37. O Mato Grosso vem na sequência, com 28 registros até o momento. Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Rondônia também registram protestos de bolsonaristas na quarta. Já o Nordeste), região em que Lula teve quase 70% dos votos, não apresentava mais bloqueios na noite de quarta-feira, segundo a PRF. O número de interdições também caiu, mas ainda há cerca de 100 pontos no país, frente aos 190 registrados por volta das 21h de terça-feira. O número chegou a 235 pontos antes do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), na tarde de terça.

FOLHA DE SP


Dólar tem forte queda ante real com foco em transição de poder

O dólar teve queda acentuada frente ao real pelo segundo pregão consecutivo na terça-feira, depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não reconheceu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, mas garantiu que cumprirá os mandamentos da Constituição


A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 0,91%, a 5,1182 reais. Mesmo distante das mínimas, o dólar registrou a menor cotação para encerramento desde 12 de setembro (5,0983), depois de na véspera já ter despencado 2,59%, a 5,1652 reais na venda. No acumulado dos últimos dois pregões, o dólar perde 3,47%. Na B3, às 17:37 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,02%, a 5,1600 reais. No geral, a percepção dos mercados é de que as instituições brasileiras são fortes e garantirão que a troca de governos seja realizada sem grandes turbulências, embora uma aceitação clara de Bolsonaro ainda seja vista como necessária para alguns. "Na questão da transição seria importante ele (Bolsonaro) reconhecer a derrota e sinalizar que vai estar disposto a colaborar para um processo de transição tranquilo", disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. O especialista também disse que parte do movimento do dólar na terça-feira refletiu esperanças de que um pronunciamento de Bolsonaro pudesse ajudar a conter os bloqueios e interdições de estradas por parte de apoiadores do presidente, que se espalharam nesta terça-feira para várias partes do país apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal determinando o desbloqueio imediato das vias. Em seu discurso no Palácio da Alvorada nesta tarde, Bolsonaro disse que as manifestações devem respeitar o direito de ir e vir. Ainda em relação à cena política doméstica, Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos, disse que colaborou para a queda do dólar nesta sessão a nomeação de Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, para ser o coordenador da equipe de transição do presidente eleito. Alckmin, que por anos foi filiado ao PSDB, é visto pelos mercados como um rosto moderado e que pode evitar a condução de uma agenda muito radical durante o mandato de Lula. Enquanto isso, na cena externa, especulações de que a China estaria planejando uma reabertura das rígidas restrições contra a Covid-19 derrubaram o dólar contra algumas divisas emergentes na terça-feira, movimento que respaldou a valorização do real por aqui, disse Rostagno, do Mizuho.

REUTERS


Ibovespa ignora protestos nas estradas e fecha 2º pregão seguido em alta

O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido na terça-feira, com Vale respondendo por suporte relevante, em sessão também marcada por salto de quase 9% nas ações da companhia elétrica paranaense Copel


Investidores seguiram dando de ombros para a situação dos bloqueios nas estradas do país por manifestantes contrários ao resultado das urnas no domingo passado, apesar dos protestos causarem prejuízos sobre uma série de setores da economia. O anúncio de que o coordenador da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, agradou o mercado, que passou boa parte do dia aguardando o fim do silêncio de Jair Bolsonaro para reconhecer a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro disse que os bloqueios das estradas são fruto de indignação com o processo eleitoral, mas defendeu direito de ir e vir da população. Ele não reconheceu a vitória de Lula, mas após o pronunciamento o ministro da Casa Civil confirmou conversações com o PT para o início da transição. Nem a véspera de feriado no Brasil, tampouco a decisão de juros nos Estados Unidos na quarta-feira, quando não haverá negócios na B3 em razão do Dia de Finados, evitaram o fechamento positivo do Ibovespa. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,77%, a 116.928,66 pontos. O volume financeiro somou 36,7 bilhões de reais, novamente acima da média do ano e de outubro. Na visão do gestor da Kilima Asset Luiz Adriano Martinez, a bolsa paulista refletiu movimentações técnicas, com questões específicas de determinados papéis, como Copel e CSN, além de alguma volatilidade em razão da cena política pós-eleição. A ação da Vale, segundo Martinez, foi o destaque, mas ele também atribuiu a performance a uma recuperação técnica, além de notícias positivas da China.

REUTERS


Balança comercial brasileira tem superávit de US$3,9 bi em outubro

A balança comercial brasileira registrou superávit de 3,921 bilhões de dólares em outubro, informou o Ministério da Economia, contra saldo de 2,1 bilhões de dólares observados no mesmo mês do ano anterior


O resultado veio abaixo da expectativa de mercado, segundo pesquisa da Reuters com economistas, que apontava para saldo positivo de 4,2 bilhões de dólares para o período. O número do mês passado é resultado de 27,299 bilhões de dólares em exportações (alta de 27,1%) e 23,378 bilhões de dólares em importações (crescimento de 19,8%). A dinâmica das exportações no mês foi explicada por uma alta de 5,7% nos preços dos produtos enquanto o volume vendido subiu 14,4%. No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações de agropecuária (+97,0%) e da indústria de transformação (+31,6%). A indústria extrativa, por sua vez, recuou 17,9% no valor exportado. No mês, o crescimento no valor das importações foi motivado por uma alta de 11,1% nos preços dos produtos e de 6,7% no volume comprado. No acumulado de janeiro a outubro, o comércio exterior brasileiro registrou um saldo positivo de 51,6 bilhões de dólares, patamar 11,7% menor do que o observado no mesmo período de 2021. O resultado do ano é fruto de 281,0 bilhões de dólares em exportações (+19,1%) e 229,3 bilhões de dólares em importações (+29,3%). Em outubro, o Ministério da Economia revisou a projeção para o resultado da balança comercial brasileira no encerramento de 2022, de 81,5 bilhões de dólares para 55,4 bilhões de dólares, diante de um recuo na expectativa para exportações e uma alta na estimativa das importações.

REUTERS


Gasto com juro da dívida cresce 76% e bate recorde

Com alta da Selic, valores alcançaram R$ 592 bilhões no período acumulado em 12 meses até setembro


Com a taxa básica de juros (Selic) em patamar elevado, a 13,75% ao ano, os gastos com juros da dívida pública alcançaram R$ 592 bilhões no período acumulado em 12 meses até setembro, maior volume da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em dezembro de 2001. Os dados foram divulgados pela autoridade monetária na segunda-feira. O montante é 76,34% maior em relação a setembro do ano passado. Isso ocorre porque grande parte dos títulos emitidos pelo governo para se financiar é atrelada à Selic. Segundo estimativas da autoridade monetária, o aumento de 1 ponto percentual nos juros básicos, mantido por 12 meses, eleva a dívida bruta em R$ 36,5 bilhões e a líquida, que desconta os ativos do governo como as reservas internacionais, em R$ 38,1 bilhões. Entre janeiro e setembro, os desembolsos com juros somaram R$ 435,57 bilhões, R$ 156,61 bilhões a mais que no mesmo período de 2021. “Esse aumento [no ano] tem dois efeitos principais, o aumento do estoque da dívida e a alta da taxa básica. Usamos Selic diária no cálculo, que passou de 2,52% [acumulado do ano até setembro] em 2021 para 8,91%, e esse aumento se reflete na conta de juros”, justificou o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha. Em setembro, foram R$ 71,36 bilhões para pagamento de juros, o dobro do registrado em agosto. O salto, segundo Rocha, se deve a perdas da autoridade monetária com operações de swaps cambiais. “Quando o BC tem perdas [depreciação cambial], elas se somam e aumentam a conta de juros. Se tirássemos os swaps, os juros permaneceriam estáveis”, afirmou o técnico do Banco Central. Foi registrada perda de R$ 24,7 bilhões com swaps em setembro e ganho de R$ 11,3 bilhões em agosto. Dessa forma, excluindo as operações, restariam R$ 46,7 bilhões e R$ 46,9 bilhões, respectivamente. No mês passado, contudo, a dívida bruta do país caiu em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) de 77,5% em agosto para 77,1% em setembro, menor percentual desde maio de 2020, um dos meses mais críticos da pandemia de covid-19. Em termos nominais, o endividamento subiu de R$ 7,23 trilhões para R$ 7,26 trilhões no mês. De acordo com a autoridade monetária, a variação mensal pode ser explicada principalmente por efeito do crescimento do PIB nominal, que contribuiu para reduzir a dívida em 0,7 ponto percentual e dos resgates líquidos de dívida, com 0,4 ponto para baixo. Por outro lado, os juros nominais apropriados puxaram o percentual 0,6 ponto para cima e do efeito da desvalorização cambial de 4,4% em setembro teve efeito altista de 0,2 ponto. Já a dívida líquida teve ligeira alta mensal de 0,1 ponto percentual, para 58,3% do PIB, o que o BC considera estabilidade, totalizando R$ 5,49 trilhões. Nesse caso, o aumento se deu em virtude da apropriação de juros, que puxou a dívida 0,8 ponto percentual para cima, e pelo efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida, com alta de 0,5 ponto. Em movimento oposto, a desvalorização cambial reduziu a dívida em 0,6 ponto, o crescimento do PIB nominal em 0,5 ponto e o superávit primário em 0,1 ponto.

VALOR ECONÔMICO


FMI baixa projeção da inflação no Brasil de 9,4% para 6% em 2022

A instituição estima que o Brasil terá crescimento de 2,8% em 2022 e de 1% em 2023


O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua estimativa para a inflação no Brasil neste ano de 9,4% para 6,0%, apontou o relatório de perspectiva econômica regional do hemisfério ocidental. Para 2023, o FMI manteve a previsão de 4,7% relativa ao IPCA. A instituição não alterou as previsões para o crescimento do País de 2,8% em 2022 e 1,0% para o próximo ano. O FMI destacou o aumento da taxa básica de juros no País de 2% para 13,75% ao ano para conter a crescente inflação entre 2021 e 2022. “Depois de retirar o apoio excepcional (ao combate) da pandemia, o governo relaxou a postura fiscal neste ano, inclusive com a aprovação de medidas para reduzir impostos para diminuir preços de energia e expandir a rede de proteção social”, segundo a instituição. Na avaliação do Fundo em relação ao Brasil, “a dívida pública continua alta em meio ao potencial de crescimento relativamente modesto.” Para o FMI, entre as prioridades de política econômica para promover um crescimento inclusivo e consolidação fiscal estão as reformas tributária e administrativa, “reduzir o distorcivo gasto obrigatório, promover o comércio internacional e diminuir a rigidez do mercado de trabalho.”

O ESTADO DE SÃO PAULO


Produção industrial cai 0,7% em setembro, aponta IBGE

No acumulado do ano, a indústria teve queda de 1,1% e, no acumulado em 12 meses, houve recuo de 2,3%; economistas veem sinais de esfriamento da atividade


A produção industrial caiu 0,7% em setembro na comparação com agosto, a segunda queda consecutiva, informou na terça-feira, 1°, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, já esperado por analistas de mercado, confirma um cenário de esfriamento da atividade econômica, segundo economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que citaram a disseminação do mau desempenho e sua concentração na fabricação de bens de consumo como destaques negativos. Com o resultado de setembro, a produção industrial do terceiro trimestre registrou queda de 0,3% na comparação com o segundo trimestre. Foi a primeira queda nessa base de comparação após uma sequência de três trimestres de alta. No acumulado do ano até setembro, a indústria teve queda de 1,1% e, no acumulado em 12 meses, houve recuo de 2,3%. O mau desempenho foi generalizado porque houve quedas, na passagem de agosto para setembro, em 21 dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE. Mesmo a alta de 0,4% na comparação com setembro de 2021 foi acompanhada por apenas 12 dos 26 ramos pesquisados. Para o Gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, a perda de fôlego da atividade industrial está mais associada à fraqueza da demanda do que às restrições de oferta, associadas ao travamento das cadeias globais de produção, que atinge a economia mundial desde a segunda metade de 2020. No ano passado, com a falta de insumos, a produção industrial tombou 4,1% na comparação com setembro de 2021. A alta de 0,4% em setembro deste ano sobre igual mês do ano passado foi puxada pela recuperação das atividades mais afetadas pela falta de insumos, como a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que saltou 20,3% na comparação com um ano antes.

“Quando comparado com o passado recente, talvez as questões de demanda sejam mais importantes para entender a perda de intensidade”, afirmou Macedo, destacando, entre as restrições à demanda, a elevação dos juros, diante do aperto na política monetária, empreendido pelo Banco Central (BC), a fraqueza do mercado de trabalho, que, mesmo com melhora recente, ainda é marcado pela informalidade, e o “ambiente de incerteza” na economia.

O ESTADO DE SÃO PAULO


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