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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 984 DE 04 DE NOVEMBRO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 984 | 04 de novembro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  


Boi gordo: escalas de abate curtas e demanda forte podem sustentar movimento de alta da arroba

Frigoríficos têm disputado mais agressivamente os lotes de boiadas gordas disponíveis, o que resultou em avanço de 5% no valor do animal abatido em SP no mês de out/25. No PARANÁ: Boi: R$325,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dias.

Boi China PARANÁ: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo)

 

O aquecimento da demanda pela carne bovina, tanto no mercado externo quanto interno, a oferta restrita de animais terminados e a redução nas escalas de abate dos frigoríficos podem garantir a continuidade do movimento de alta nos preços físicos do boi gordo no curto prazo (primeira quinzena de novembro/25), acreditam os analistas da Agrifatto. Na segunda-feira (3/11), porém, os preços do boi gordo permaneceram estáveis nas 17 praças acompanhadas pela Agrifatto. Na praça paulista, de acordo com dados apurados pela Scot Consultoria, o boi gordo sem padrão-exportação segue em R$ 317/@, o “boi-China” em R$ 322/@, a vaca gorda em R$ 295/@ e a novilha terminada em R$ 310/@ (todos os preços são brutos, no prazo). De acordo com dados levantados pela Agrifatto, as programações de abate em São Paulo fecharam outubro com média de apenas 6 dias úteis, o menor nível desde maio de 2025. “Embora o encurtamento das escalas seja um movimento sazonal para o período, ele também reflete um menor ritmo de entrega de animais para atender à demanda externa aquecida”, observam os analistas da Agrifatto. A arroba paulista encerrou o mês passado cotada a R$ 318,65, segundo o Indicador CEPEA, com alta mensal de 4,34%. Pelo indicador Datagro, referência para a liquidação dos contratos futuros do boi gordo na B3, o boi gordo de São Paulo subiu 5% no mês passado, em relação ao fechamento de setembro/25, para 319,42/@. Preços futuros seguem a onda de alta. Dentre os contratos, todos apresentaram valorização mensal em outubro na tela da B3. O papel de outubro/25 foi liquidado em R$ 317,05/@ (+1,07%); novembro/25 fechou o mês em R$329/@ (+1,22%) e dezembro/25 encerrou em R$ 334,25/@ (+1,47%). “O mercado futuro segue com um ágio em torno de R$ 15/@ em relação ao preço físico”, destacou a Agrifatto. Na última semana de outubro/25, o preço da carcaça casada do boi gordo registrou aumento pela quinta semana consecutiva, avançando 1,60% no comparativo semanal, para R$ 21,31/kg, em média, informou a Agrifatto, referindo-se ao mercado paulista. O maior destaque ficou para o traseiro bovino, que teve expressiva valorização semanal de 2,26%, atingindo R$ 24,78/kg, o maior patamar das últimas 26 semanas. O dianteiro bovino apresentou acréscimo de 0,92%, para R$ 18,47/kg, acrescenta a Agrifatto. “Outubro mostrou um comportamento mais firme no mercado doméstico, resultando em uma média mensal da carcaça casada de R$ 20,92/kg, o maior patamar desde junho/25 e uma valorização de 0,98% no comparativo mensal”, destacou a consultoria. Cotações do boi gordo desta segunda-feira (3/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$325,00 a arroba. Boi China: R$325,00. Média: R$325,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$325,00. Boi China: R$325,00. Média: R$325,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do “boi-China” na segunda-feira (3/11), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 318,00/@ (à vista) e R$ 322,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 306,00/@ (à vista) e R$ 310,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 306,00/@ (à vista) e R$ 310,00/@ (prazo) MATO GROSSO DO SUL: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 306,00/@ (à vista) e R$ 310,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 301,50/@ (à vista) R$ 305,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ:  R$ 301,50/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 286,50/@ (à vista) e R$ 290,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 296,50/@ (à vista) e R$ 300,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 301,50/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo)

AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA

FRANGOS

 

CONAB: preços do frango vivo em outubro no Sul, Sudeste e Centro-Oeste

O acompanhamento mensal da CONAB em relação aos preços pagos em outubro passado aos produtores de frango informa que, graças a uma valorização de mais de 14% nos últimos dois meses, o valor recebido pelos avicultores do Centro-Oeste (R$6,40/kg) ficou muito próximo do registrado na Região Sudeste, onde o preço médio evoluiu no bimestre menos da metade (6,7%), ficando em R$6,48/kg e fazendo com que a diferença entre as duas regiões ficasse em apenas 1%.

 

Na Região Sul, onde o predomínio absoluto é das integrações, o valor pago ao produtor ficou em R$4,36/kg, totalmente estável pelo oitavo mês consecutivo. A diferença a menos em relação às outras duas regiões fizeram cair a média nacional, estimada pela CONAB em R$5,93/kg. No ano (isto é, comparativamente a dezembro/24) a média nacional evoluiu 12,35%, índice que apenas o Centro-Oeste superou, visto que, localmente, os preços recebidos pelos avicultores aumentaram 14,29%. No Sudeste a evolução, embora mais moderada, também foi positiva, de 9,56%. Já no Sul o preço registrado em outubro passado ficou 2,68% abaixo do registrado em dezembro do ano passado.

CONAB

 

MEIO AMBIENTE

 

Emissões da agropecuária no Brasil estabilizam depois de sucessivos aumentos 

Cenário indica caminhos para o setor contribuir para o cumprimento dos compromissos climáticos brasileiros.

 

A produção agropecuária registrou uma pequena diminuição de 0,7% nas emissões dos gases de efeito estufa resultantes de suas atividades em 2024, de acordo com o SEEG, o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima, que apresentou hoje (3/11) os dados da 13ª edição. “O resultado das emissões de gases de efeito estufa em 2024 sucede um ciclo de cinco anos de altas contínuas e reflete o comportamento do setor, influenciado pela variação dos preços das commodities agrícolas e pelo aumento da produtividade – a exemplo da bovinocultura leiteira – e pelas condições climáticas que afetam as produções agrícolas, explica Priscila Alves, analista de Ciência do Clima do Imaflora, instituição que faz as estimativas da produção agropecuária no SEEG. Responsável por 29% das emissões do país no ano passado, o setor emitiu 626 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e), das quais grande parte está associada à pecuária e menor parte à agricultura. A queda registrada frente a 2023 – quando se registrou cerca de 631 milhões de toneladas de CO₂e – foi influenciada por fatores conjunturais e produtivos. Em parte, deveu-se à redução de 0,2% no efetivo do rebanho bovino. É importante salientar que a redução do gado leiteiro foi mais expressiva em comparação à do gado de corte. Ao mesmo tempo, houve recorde da produção de leite em 2024, o que sugere avanços nas práticas empregadas na produção. Para o gado de corte, a redução deveu-se a um recorde de abates, inclusive de fêmeas e novilhas, como apontado pelo IBGE. Adicionalmente, registrou-se aumento de 11% no confinamento, prática que contribui para uma diminuição da emissão de metano, em função de uma dieta mais eficiente e de melhor digestibilidade. O metano é o principal gás de efeito estufa da agropecuária, impactando 28 vezes mais em comparação ao CO2, em um horizonte de cem anos. “O melhoramento genético, aliado a uma dieta eficaz, corrobora para o ganho de peso animal, tanto a pasto quanto em sistemas intensivos. Isso permite encurtar seu ciclo de vida, com consequente redução das emissões associadas à fermentação entérica, portanto, emissões de metano”, esclarece Priscila. Na agricultura, múltiplos fatores contribuíram para a variação negativa observada no subsetor de Solos Manejados, em que são consideradas, principalmente, as emissões provenientes de fertilizantes sintéticos nitrogenados, corretivos agrícolas, decomposição de restos culturais e deposição de dejetos em pastagem. Houve redução de 3,8% no uso de fertilizantes sintéticos nitrogenados e de 3,3% no uso de calcário. Ademais, algumas produções agrícolas ficaram abaixo do esperado, impactando as emissões oriundas da decomposição dos restos culturais, a exemplo da produção de milho. Há sinais de mudanças positivas, mas o setor agropecuário ainda precisa alavancar seu potencial de contribuição para a mitigação das mudanças climáticas. É fundamental dar escala às boas práticas e iniciativas existentes”, diz Priscila.

IMAFLORA

 

EMPRESAS

 

MBRF vê demanda halal crescer fora da região do Golfo Pérsico

Pelo menos 10% das vendas de alimentos islâmicos da companhia já são feitas fora da região, inclusive em países onde muçulmanos são minoria

 

A MBRF – empresa resultante da fusão entre Marfrig e BRF – tem observado um crescimento gradual na demanda por alimentos de padrão islâmico fora da região do Golfo, inclusive países onde muçulmanos são minoria na população. De acordo com Alisson Navarro, vice-presidente global de bovinos da companhia, esse movimento vem sendo percebido há alguns anos e tem se intensificado, sugerindo que os produtos halal, de produção conforme as normas religiosas do islã, da MBRF pode estar conquistando a preferência de consumidores não muçulmanos, inclusive. “A demanda por proteína halal vem crescendo em países não islâmicos nos últimos anos. A China [que tem aproximadamente 20 milhões de muçulmanos] é um exemplo que vem demandando mais produtos certificados halal a cada ano que passa”, afirmou o executivo durante o Global Halal Brazil Business Forum 2025, em São Paulo. Segundo Navarro, cerca de 20% da receita total da MBRF correspondem à exportação de derivados bovinos e de aves com certificação halal para os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) — que reúne Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Omã. Nesses mercados, a MBRF está presente há 50, e sua marca Sadia lidera com 36% de share. “Outros 10% ou 15% [das receitas] são geradas [com a venda de produtos halal] em outros mercados [fora dos limites do CCG, majoritariamente muçulmanos ou não]. Isso quando a gente olha a receita consolidada do grupo. A receita consolidada considera tanto o mercado interno quanto o mercado internacional”, explicou Navarro. O executivo comentou o anúncio pela empresa acerca da ampliação da joint-venture com a saudita Halal Products Development Company (HPDC) — empresa que tem entre seus acionistas o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano do governo saudita. A joint-venture seguirá atuando com derivados de frango e bovinos no Golfo, mas também em outras regiões do mundo, conservando gestão sobre questões de distribuição, produção e investimento na região.

Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Setor produtivo do Paraná celebra concessão, mas alerta para disparidade no pedágio

Rodovias concessionadas do Paraná receberão mais de R$ 58 bilhões em investimentos, conforme previsto em contratos. Fiep alerta para disparidade no preço de pedágio entre regiões do Paraná

 

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) reconheceu que o novo modelo das concessões de rodovias do estado significa uma “importante conquista” para a população paranaense, especialmente em cinco aspectos: extinção da outorga onerosa, que seria repassada para o caixa do governo federal; eliminação do limite de 17% nos descontos dos leilões, o que permitiu maior competição e tarifas mais baixas para os usuários; ganho direto de R$ 9,52 bilhões, valor que iria para o caixa do governo federal e ficou para os paranaenses: R$ 7,71 bilhões assegurados em forma de desconto direto nas tarifas, graças à liberação para que os leilões oferecessem abatimentos superiores a 17%; R$ 1,81 bilhão depositado como aporte financeiro dentro das concessões, valor que será revertido em novas obras ou futuras reduções tarifárias, em benefício dos usuários. Apesar disso, ao fim do ciclo de leilões, a Fiep demonstrou estar preocupada com as disparidades nas tarifas de pedágio entre os lotes, chegando a 79% de diferença, por exemplo, entre os lotes 1 e 6. “Compromete a competitividade, o desenvolvimento regional equilibrado e a atração de novos investimentos”, destacou a entidade em nota. A disparidade entre os pedágios no Paraná ocorre exatamente pelo modelo de oferta de desconto sobre a tarifa básica, ao contrário do pagamento de valor de outorga, que era normalmente utilizado nos leilões de rodovias. Os lotes 2 e 6 tiveram apenas um interessado, o que deixou o desconto praticamente zerado: 0,08%. Diferente do que ocorreu no último lote, o 5, no qual o Grupo Pátria ofereceu 23,83% de desconto. Lote 1 (agosto de 2023) - Via Araucária (Grupo Pátria): 18,25% de desconto sobre a tarifa. Lote 2 (setembro de 2023) - EPR Litoral Pioneiro: 0,08%. Lote 3 (dezembro de 2024) - CCR PRVias (atual Motiva): 26,6%. Lote 6 (dezembro de 2024) - EPR Iguaçu: 0,08%. Lote 4 (outubro de 2025) - EPR: 21,3%. Lote 5 (outubro de 2025) - Grupo Pátria: 23,83%. A Fiep ainda alerta para o fato de que os contratos têm degrau tarifário, que permite às concessionárias aumentarem em até 40% o valor do pedágio quando as obras forem entregues, especialmente as duplicações. Na avaliação da entidade, as regiões oeste e sudoeste do Paraná, que estão no lote 6, são as mais prejudicadas. “Essas regiões, mais distantes dos portos e altamente dependentes da logística, não podem ser penalizadas por distorções tarifárias que fragilizam sua posição estratégica. Um dos compromissos centrais do novo modelo era o equilíbrio entre as tarifas regionais, e é fundamental que isso seja respeitado”, continua o posicionamento da Fiep, que sugere buscar meios — sem especificar quais — para reduzir essas disparidades no pedágio do Paraná.

GAZETA DO POVO

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar acompanha exterior e fecha em baixa ante o real

Em uma sessão de noticiário esvaziado, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou a segunda-feira em baixa, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, como o México e o Chile.

 

O dólar à vista fechou com baixa de 0,40%, aos R$5,3579. No ano, a divisa acumula queda de 13,29%. Às 17h02, na B3 o dólar para dezembro -- atualmente o mais transacionado no Brasil -- cedia 0,42%, aos R$5,3915, mas a liquidez era menor que o normal, com 167 mil contratos negociados até este fim de tarde. Sem gatilhos que pudessem influenciar de forma decisiva as cotações, o dólar se apegou ao exterior nesta segunda-feira, onde a moeda norte-americana caía ante divisas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno. No Brasil, após marcar a cotação máxima intradia de R$5,3835 (+0,07%) às 9h07, pouco depois da abertura, o dólar à vista cedeu à mínima de R$5,3456 (-0,63%) às 12h. Durante a tarde, o real, o peso mexicano e o peso chileno eram as moedas globais que mais ganhavam força ante o dólar. O recuo do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta do Ibovespa, que atingiu novo nível recorde nesta segunda-feira, acima dos 150 mil pontos. Na agenda da semana, o destaque é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na noite de quarta-feira. A expectativa é de que a taxa básica Selic seja mantida em 15% ao ano, mas os agentes estarão atentos a possíveis indicações do BC sobre quando o ciclo de cortes começará. O fato de a Selic estar em nível elevado no Brasil, enquanto nos Estados Unidos o Federal Reserve cortou juros nas últimas reuniões, tem sido apontado como um fator favorável à atração de investimentos ao país, com impacto de baixa sobre o dólar. Pela manhã, o boletim Focus revelou que a mediana das projeções dos economistas do mercado brasileiro para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$5,41 e no final de 2026 permaneceu em R$5,50.

REUTERS

 

Ibovespa renova recorde e fecha acima dos 150 mil pontos pela 1ª vez

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, em mais uma sessão de quebra de recordes, com o índice encerrando o dia acima dos 150 mil pontos pela primeira vez. No setor de proteínas MINERVA subiu 2,79%, liderando os ganhos, diante da expectativa pelos resultados da companhia, que serão divulgados na quarta-feira, após o fechamento do mercado.

 

A leitura positiva da temporada de balanços, tanto no exterior quanto no plano doméstico, impulsionou os ganhos da bolsa, que também tiveram sustentação com a alta das ações da Petrobras - que publica resultados nesta semana. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 0,61%, a 150.454,24 pontos, sendo este o nono pregão seguido de alta. Na máxima do dia, o Ibovespa alcançou 150.761,29 pontos. Na mínima, registrou 149.550,84. O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somou R$21,3 bilhões. A temporada de balanços vem favorecendo a bolsa brasileira, diante do "forte desempenho de diversas companhias", destacou Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital. "As empresas estão batendo recortes de receita, principalmente as que compõem o índice do Ibovespa", disse. Após o fechamento dos negócios desta segunda, BBSeguridade e TIM publicam seus resultados do terceiro trimestre. O destaque da semana, contudo, fica com a Petrobras, que divulga seus dados na quinta-feira. A agenda dos próximos dias também inclui Embraer, que divulga seus resultados na terça-feira, mesmo dia que o Itaú Unibanco, além de varejistas como Lojas Renner e Magazine Luiza, ambas com divulgação programada para quinta-feira. A dinâmica externa também dá fôlego ao índice. "A leitura predominante no mercado segue positiva, sustentada pelo início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, 'valuations' descontados na bolsa brasileira e fluxo estrangeiro robusto", disse Eduardo Rahal, analista chefe da Levante Inside Corp. Na leitura do analista, ainda há espaço para novos recordes. "O Ibovespa negocia a aproximadamente 8,6 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, abaixo de pares latino-americanos, indicando espaço para continuidade do movimento caso o ambiente global permaneça favorável", destacou. O Banco Central também esteve no radar dos agentes. Pela manhã, o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, disse que as novas regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional para funcionamento de instituições financeiras devem impactar cerca de 500 entidades, que deverão ter o capital exigido elevado para R$9 bilhões. O foco, porém, é a decisão de juros do Copom, que será divulgada quarta-feira. O mercado precifica quase 100% de probabilidade de manutenção da Selic em 15% ao ano, mas estará atento às indicações do BC para os encontros seguintes, em dezembro e janeiro.

REUTERS

 

Analistas reduzem projeção para inflação este ano pela 6ª semana

Analistas consultados pelo Banco Central ajustaram para baixo a projeção de inflação este ano pela sexta semana seguida, aproximando-se ainda mais do teto da meta, mostrou a pesquisa Focus divulgada pela autoridade monetária na segunda-feira.

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2025 agora é de 4,55%, de 4,56% na semana anterior.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2026 a expectativa para a inflação permaneceu em 4,20%, mas para os dois anos seguintes as projeções também foram reduzidas -- 3,80% em 2027 e 3,50% em 2028, de 3,82% e 3,54% respectivamente antes. Para o Produto Interno Bruto (PIB), os especialistas consultados seguem vendo crescimento de 2,16% este ano e de 1,78% no próximo. Também não houve alterações na pesquisa semanal com uma centena de economistas para a política monetária, com a taxa Selic calculada em 15,0% ao final de 2025 e em 12,25% ao fim de 2026.

REUTERS


Retração da indústria do Brasil perde força em outubro, mas setor tem maior perda de empregos em 2,5 anos, mostra PMI

A contração da atividade industrial no Brasil perdeu força em outubro em meio a uma pressão menor de custos, mas a demanda fraca e as tarifas dos Estados Unidos pesaram sobre o setor, que teve a maior perda do emprego em dois anos e meio, mostrou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

 

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) para a indústria brasileira, compilado pela S&P Global, subiu a 48,2 em outubro de 46,5 em setembro, seguindo abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo sexto mês seguido. Tanto as novas encomendas quanto a produção diminuíram de forma mais lenta em outubro. Segundo a pesquisa, a taxa de contração da produção foi a menos intensa no atual período de seis meses de redução, enquanto a queda nas vendas foi a mais fraca desde maio. Foram citadas, de um lado, tendências adversas de demanda e a política tarifária dos Estados Unidos, enquanto de outro houve reposições entre alguns clientes, investimentos nos departamentos de venda e demanda maior por uma pequena gama de produtos. Mas a demanda internacional por bens brasileiros registrou o ritmo mais forte de piora em três meses, com os entrevistados citando os EUA como a principal fonte de fraqueza. "Houve uma combinação de pontos positivos e negativos no último resultado. Entre os principais obstáculos estava o impacto adverso das tarifas dos EUA, que se manifestou em uma aceleração significativa da contração nas encomendas internacionais", destacou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. "Apesar da contínua queda nos novos pedidos e na produção, foi encorajador ver ao menos uma retração no ritmo da desaceleração em outubro", completou. As quedas nas novas encomendas e medidas de cortes de custos provocaram uma contração substancial no emprego nas fábricas brasileiras em outubro, com o ritmo de cortes mais forte desde abril de 2023. Algumas empresas, no entanto, citaram a falta de mão de obra especializada para preencher vagas existentes. Em relação aos preços, um aumento irrisório nos custos de insumos, depois da primeira queda em quase dois anos em setembro, ajudou o setor a registrar a segunda redução sucessiva nos preços cobrados. Alguns participantes da pesquisa informaram preços mais altos de commodities, mas outros destacaram uma taxa de câmbio mais favorável. Em relação ao futuro, os produtores mostraram-se confiantes em um aumento da produção nos próximos 12 meses em meio a expectativas de demanda melhor, aquisições, investimentos e lançamentos planejados de novos produtos. Isso levou o nível de sentimento positivo ao maior patamar em quatro meses em outubro.

REUTERS

 

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