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CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 968 DE 13 DE OUTUBRO DE 2025

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 Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do Paranå            

Ano 5 | nÂș 968 | 13 de outubro de 2025                              


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Boi: expectativa de alta da arroba em outubro

“O consumo domĂ©stico ganhou força com o recebimento dos salĂĄrios, enquanto as exportaçÔes de carne bovina in natura seguem em ritmo forte”, destacou Felipe Fabbri, analista da Scot. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de sete dias.

 

As cotaçÔes da arroba do boi gordo subiram ao longo da semana em importantes praças brasileiras, com destaque para SĂŁo Paulo, que fechou a sexta-feira (10/10) com o boi gordo “comum” negociado em R$ 307/@ (alta de R$ 2/@ sobre o dia anterior), enquanto o “boi-China” seguiu valendo R$ 310/@, de acordo com dados da Scot Consultoria. Segundo Felipe Fabbri, analista da Scot, a demanda pela carne bovina estĂĄ firme e a oferta, apesar de ainda confortĂĄvel, esteve mais comedida ao longo desta semana, em relação Ă  semana anterior. “O consumo domĂ©stico ganhou força com o recebimento dos salĂĄrios, enquanto as exportaçÔes de carne bovina in natura seguem em ritmo forte”, destaca Fabbri. No mĂȘs passado, o Brasil embarcou um volume recorde mensal de carne congelada, resfriada e fresca, batendo 314,7 mil toneladas. A China foi o principal destaque das vendas brasileiras no mĂȘs passado. “A programação para o ano novo lunar de 2026 e a proximidade do prazo do resultado da investigação de salvaguarda por parte de Pequim, no fim de novembro/25 – podem ter potencializado o volume de compras”, diz Fabbri, acrescentando que, entre julho e setembro deste ano, a China comprou os maiores volume de carne brasileira da histĂłria, com mais de 155 mil toneladas por mĂȘs. “Mantemos nossa expectativa de que, para o mĂ©dio prazo (Ășltimo trimestre do ano), o mercado trabalharĂĄ de estabilidade a alta, mas com alguns fatores para serem observados: oferta de gado confinado, competitividade com outras proteĂ­nas, ritmo da exportação, dĂłlar e a margem da indĂșstria frigorĂ­fica”, antecipa Fabbri. CotaçÔes do boi gordo desta sexta-feira (10/10), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$ 315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. MĂ©dia: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias.

Agrifatto/Portal DBO/Scot Consultoria

 

Exportação de carne bovina impulsiona frigoríficos do Paranå

Estado segue tendĂȘncia nacional e registra maior volume vendido para o exterior em 20 anos

 

O mercado de exportação de carne bovina segue aquecido no Brasil. E as tarifas de 50% impostas pelo governo dos EUA, que Ă  Ă©poca pareciam ameaçar a estabilidade do setor, fortaleceram relaçÔes internacionais com paĂ­ses que jĂĄ importavam a carne brasileira, bem como abriram novas oportunidades para a indĂșstria. No ParanĂĄ, frigorĂ­ficos exportadores tĂȘm mostrado resiliĂȘncia e buscado inclusive a expansĂŁo de suas instalaçÔes para comportar a demanda latente. Em setembro, o estado exportou 4,9 mil toneladas de carne bovina (in natura, miĂșdos e tripas), gerando uma receita de US$ 25,5 milhĂ”es. Em termos de volume, este foi o melhor setembro desde 2004, quando foram exportadas 5,7 mil toneladas. No geral, o mĂȘs de setembro de 2025 foi o melhor dos meses do ParanĂĄ em 20 anos, quando 7,6 mil toneladas foram embarcadas em junho de 2005. Os dados sĂŁo do MDIC (MinistĂ©rio do Desenvolvimento, IndĂșstria, ComĂ©rcio e Serviços). Mas o cenĂĄrio local seguiu a tendĂȘncia de crescimento nacional, que jĂĄ aparecia em janeiro deste ano, apĂłs um 2024 que entrou para a histĂłria com recorde de exportaçÔes de carne bovina pelo Brasil. Em julho de 2025, um mĂȘs antes da vigĂȘncia da sobretaxa do governo norte-americano sobre diversos produtos brasileiros, o paĂ­s registrou a maior exportação mensal de carne bovina desde 1997, quando se iniciou o registro da sĂ©rie histĂłrica. Segundo o MDIC, naquele mĂȘs foram embarcadas 313,6 mil toneladas, representando um crescimento de 15,6% em relação a junho e de 17,2% na comparação com julho de 2024. O cenĂĄrio de crescimento nĂŁo parou por aĂ­ e uma nova marca histĂłrica foi batida em setembro, mĂȘs que ultrapassou julho e registrou o maior volume de carne bovina exportada pelo Brasil desde 1997. Foram 352 mil toneladas e US$ 1,9 bilhĂŁo de receita. Um aumento de 31,1% em relação ao mesmo mĂȘs de 2024 e de 17,6% sobre agosto deste ano. De Cruzeiro do Oeste (Oeste), o frigorĂ­fico Astra envia mais de 60% de sua produção ao exterior, cerca de 3,5 mil toneladas por mĂȘs. A empresa iniciou nesse mercado em 2008, embarcando miĂșdos para Hong Kong. Neste ano, atendeu a 35 paĂ­ses, mas estĂĄ habilitada para exportar para quase 100 em todos os continentes, exceto Oceania. O gerente de exportaçÔes Diogo Oliveira esclarece que o volume exportado varia de tempos em tempos e que, apesar de o frigorĂ­fico estar qualificado para enviar carne a quase uma centena de paĂ­ses, os negĂłcios externos passam por decisĂ”es que envolvem a oferta do produto e a demanda que paga mais. “[O mercado externo] Ă© uma gangorra, que virou nos Ășltimos dois anos. AtĂ© dois anos atrĂĄs eram 75% para o mercado interno e 25% para exportação. Como nĂłs somos uma planta Ășnica e temos uma capacidade limitada de produção, a gente opta por exportar para os paĂ­ses que pagam mais. Se eu tenho, por exemplo, demanda de produtos do dianteiro [parte frontal do boi] para todo o mundo, mas eu sĂł tenho 50 contĂȘineres de dianteiro por mĂȘs, eu vendo para o mercado que paga mais caro”, explica. Oliveira conta que, desde o inĂ­cio do tarifaço dos EUA, o Astra deixou de exportar ao paĂ­s norte-americano e ampliou a participação em outros mercados para os quais jĂĄ enviava carne, principalmente a China. “É uma dança das cadeiras. O que aconteceu desde que o Donald Trump aumentou a tarifa de alguns paĂ­ses? Outros paĂ­ses que nĂŁo tĂȘm a tarifa absorveram a fatia do bolo que o Brasil consumia. Argentina, AustrĂĄlia, MĂ©xico e CanadĂĄ aumentaram exportaçÔes para os Estados Unidos. Mas, para eles aumentarem exportaçÔes para os Estados Unidos, eles abriram espaço em outros mercados que o Brasil tem uma posição mais forte, como, por exemplo, a China”, constata Oliveira. Dados da Secex (Secretaria de ComĂ©rcio Exterior), vinculada ao MDIC, mostram que a porcentagem de carne bovina fresca, resfriada ou congelada exportada pelo Brasil aos EUA passou de 8,9% em setembro de 2024 para 2,4% em setembro de 2025. Essa oferta foi absorvida por velhos e novos parceiros comerciais. A fatia da China subiu de 52,9% para 59,5%. Para o gerente de exportaçÔes, que atua no ramo hĂĄ 18 anos, mesmo que o Astra tenha um bom alcance no exterior, buscar novos mercados nunca Ă© demais. Pela lĂłgica da “dança das cadeiras”, toda nova possibilidade, mesmo que nĂŁo aproveitada por um frigorĂ­fico, abre espaço para outro, tanto para o consumidor estrangeiro como para o consumidor brasileiro. “Somos uma empresa capitalista, que depende do comĂ©rcio para ter sucesso. E sempre Ă© importante buscar novos mercados, como JapĂŁo, Coreia do Sul, que tĂȘm uma demanda interessante e poder de capital para se tornarem players pertinentes. Porque mesmo que frigorĂ­ficos pequenos nĂŁo tenham habilitação para mandar para esses mercados especĂ­ficos, o Astra indo para esses mercados maiores vai liberar espaços que outros frigorĂ­ficos podem aproveitar”, conclui Oliveira. Localizado no Noroeste, o frigorĂ­fico 3R, de Loanda, Ă© uma das plantas frigorĂ­ficas associadas Ă  Abiec. Atualmente, a empresa destina de 10% a 15% de sua produção de carne bovina ao exterior, com carne in natura, congelada e miĂșdos. SĂŁo cerca de 500 toneladas por mĂȘs enviadas principalmente ao Egito, segundo o sĂłcio proprietĂĄrio JĂșnior Lisboa. O restante Ă© destinado ao mercado interno. Lisboa explica que o frigorĂ­fico nĂŁo exporta aos EUA e que o impacto da sobretaxa do governo norte-americano foi sentido de forma indireta por cerca de 15 dias apĂłs o inĂ­cio da vigĂȘncia da taxa, no processo de adaptação do mercado interno para comportar a produção que nĂŁo conseguiu ser realocada no exterior. O empresĂĄrio acrescenta que os EUA importam, principalmente, um tipo de carne especĂ­fico para a produção de hambĂșrgueres. SĂŁo pedaços do dianteiro do boi diferentes, por exemplo, de um corte de contrafilĂ©. As indĂșstrias que tinham capacidade de estocar esse produto atĂ© a acomodação da oferta em novos mercados, puderam segurar em vez de vender internamente. JĂĄ aquelas que nĂŁo possuem essa capacidade, venderam o produto ao consumidor brasileiro. Isso atribulou momentaneamente as atividades do frigorĂ­fico paranaense, que destina atĂ© 90% de sua produção internamente. “Hoje, como a carne brasileira Ă© muito competitiva em termos de preço, o pessoal que exporta para os Estados Unidos conseguiu realocar essa carne para outro lugar. Teve, sim, uma dificuldade o mercado sentiu umas duas semanas. Durante essas duas semanas houve uma oferta maior no mercado interno, mas depois estabilizou”, afirma. Diante desse cenĂĄrio, o frigorĂ­fico estĂĄ em processo de ampliação das instalaçÔes antes de expandir a carteira de clientes no mundo e Lisboa conta com alteraçÔes na legislação brasileira para fortalecer e impulsionar esse processo diante do que chama de “oscilação” do mercado externo. “Comercialmente, a exportação oscila muito. Hoje, o Brasil estĂĄ muito dependente da China. E Ă© muito sazonal porque a China pode começar a ter muita oferta interna dessa proteĂ­na animal ou ela pode conseguir outro mercado que seja atrativo para ela. NĂŁo tem como a gente prever alguma coisa. O que estĂĄ sendo muito bom Ă© a desburocratização de licenças e ambientais”, analisa Lisboa. O empresĂĄrio do 3R se refere Ă  regulamentação da Lei do Autocontrole (Lei 14.515/2022). O documento foi aprovado no Governo de Jair Bolsonaro e ainda necessita da regulamentação especĂ­fica para alguns temas. Entre eles, a possibilidade de frigorĂ­ficos contratarem empresas privadas para fiscalizar seus prĂłprios processos produtivos, especialmente a inspeção prĂ©-abate e apĂłs o abate de animais. De acordo com os produtores, isso vai desafogar o SIF (Serviço de Inspeção Federal) da UniĂŁo e permitir a ampliação das plantas frigorĂ­ficas.

Folha de Londrina

 

SINDICARNE - PR: CICLO DA PECUÁRIA E ABERTURA DE MERCADOS

O vice-presidente do Sindicarne (Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ), Jeremias Silva Junior, analisou que o cenĂĄrio extremamente positivo que vive o paĂ­s estĂĄ relacionado ao ciclo pecuĂĄrio interno associado Ă  abertura de novos mercados externos pelo governo federal.

 

O ciclo da pecuĂĄria Ă© um fenĂŽmeno relacionado ao ritmo natural de produção e abate dos bovinos. Ele afeta a oferta e a demanda de animais de tempos em tempos e, consequentemente, altera o preço da carne. Em linhas gerais, quando o valor do boi estĂĄ elevado e o pecuarista tem bons lucros, a fase estĂĄ em alta. Neste ciclo, o produtor retĂ©m fĂȘmeas e novilhas (fĂȘmeas jovens) em vez de abatĂȘ-las. Isso faz com que seu rebanho aumente. Essa retenção reduz a oferta de animais prontos para o abate e mantĂ©m os preços altos no curto prazo. No entanto, a expansĂŁo reprodutiva aumenta a oferta de bezerros no futuro e leva a uma fase seguinte de queda de preços. Com o aumento da oferta de bois e vacas, os preços caem e o ciclo entra em baixa. Os custos de produção sobem e a margem do produtor diminui. Para reduzir custos, muitos produtores vendem fĂȘmeas para o abate, diminuindo o rebanho. Com o tempo, isso leva novamente Ă  escassez de oferta e Ă  retomada dos preços. Silva explica que os produtores estĂŁo entrando em uma inversĂŁo de ciclo, ou seja, uma fase de transição entre o ciclo de baixa e de alta. Nessa fase, apĂłs um perĂ­odo de preços baixos, a oferta diminui, os abates recuam e o mercado começa a se ajustar, valorizando o gado de corte e aumentando os preços. Isso recomeça o ciclo. “O produtor hoje tem visto com otimismo. NĂłs estamos num ciclo inverso da pecuĂĄria. O que aconteceu nesses dois Ășltimos anos? Houve um abate desenfreado de fĂȘmeas. E agora nĂłs estamos num ciclo inverso. EntĂŁo o boi promete. A gente vai ter um ciclo inverso em 2026 e 2027”, observa. AlĂ©m de vice-presidente do Sindicarne, Silva Ă© sĂłcio proprietĂĄrio do frigorĂ­fico Astra, de Cruzeiro do Oeste. Ele afirma que a sobretaxa norte-americana aos produtos brasileiros, que a princĂ­pio parecia uma ameaça, evidenciou a capacidade do paĂ­s de se ajustar no mercado externo, alcançando novos paĂ­ses importadores e consolidando a carne do Brasil como a mais competitiva do mundo. “O Brasil nĂŁo mandou para os Estados Unidos, mas mandou para o CanadĂĄ, mandou para o MĂ©xico
 Pegou a fatia do Uruguai e da Argentina, que mandava muito para a China e que diminuiu a exportação para lá
 EntĂŁo, migrou para outros mercados por causa desse tarifaço”, analisa Silva. Outro fator decisivo foi a abertura de novos mercados externos e a expansĂŁo daqueles que jĂĄ recebiam a carne brasileira. Desde janeiro, segundo a Abiec, acordos foram firmados com QuĂȘnia (África), Suriname (AmĂ©rica do Sul), BĂłsnia Herzegovina (Europa), Filipinas, IndonĂ©sia e Singapura (todos da Ásia). AlĂ©m disso, o Brasil segue em negociação com o JapĂŁo (Ásia), um dos mercados mais exigentes do mundo. Esse esforço Silva credita ao ministro da Agricultura e PecuĂĄria, Carlos FĂĄvaro. “Olha, o governo tem investido nisso. É uma realidade. O ministro Carlos FĂĄvaro abriu muitos mercados. O governo do PT, isso aĂ­ a gente tem que tirar o chapĂ©u, abriu muitos novos mercados. Isso tem dado um diferencial grande Ă s indĂșstrias exportadoras para ter um nicho maior para exportar. Os Estados Unidos eram um mercado que a gente achou que ia sentir muita falta e acabou migrando para outros paĂ­ses. E se nĂłs nĂŁo tivĂ©ssemos esses mercados abertos, terĂ­amos migrado? EntĂŁo foi muito positiva essa abertura”, analisa.

Folha de Londrina

 

FRANGOS

 

Frango/Cepea: Maior demanda sustenta alta de preços

Os preços do frango vivo e da carne registram novos aumentos na maioria das regiÔes acompanhadas pelo Cepea.

 

Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da maior demanda tĂ­pica de inĂ­cio de mĂȘs. Pesquisadores ressaltam que o movimento de alta tem se sustentado desde o inĂ­cio de setembro, atravessando inclusive a segunda quinzena – perĂ­odo em que o consumo tradicionalmente recua devido ao menor poder de compra da população. No mercado de pintainhos de corte, levantamentos do Cepea mostram que o animal completou o segundo mĂȘs consecutivo de valorização (agosto e setembro). De acordo com agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, o comportamento Ă© resultado de uma oferta reduzida e de uma demanda firme pelo produto.

Cepea

 

Mercado do frango mantém trajetória de alta com demanda firme e otimismo nas exportaçÔes

CotaçÔes do frango vivo e da carne seguem valorizadas em vĂĄrias regiĂ”es do paĂ­s, impulsionadas pelo consumo domĂ©stico e pela expectativa de retomada das vendas ao mercado chinĂȘs. No ParanĂĄ, o preço do frango vivo registrou avanço de 3,82% no comparativo diĂĄrio.

 

Os preços do frango vivo e da carne registraram novas altas ao longo da semana, impulsionados pela demanda aquecida tĂ­pica de inĂ­cio de mĂȘs e pela expectativa positiva com o mercado externo. Segundo levantamento do Cepea, o movimento de valorização vem se sustentando desde o inĂ­cio de setembro, mesmo durante a segunda quinzena, quando o consumo tradicionalmente recua. A firmeza na procura tem dado suporte Ă s cotaçÔes tanto no varejo quanto nas granjas. Na comparação semanal, o frango congelado teve alta de 1,36%, passando de R$ 8,09/kg na segunda-feira (6/10) para R$ 8,20/kg nesta quinta-feira. O indicador do frango resfriado tambĂ©m subiu 1,48%, passando de R$ 8,11/kg para R$ 8,23/kg. No ParanĂĄ, o preço do frango vivo registrou avanço de 3,82% no comparativo diĂĄrio, enquanto em Santa Catarina o valor permaneceu estĂĄvel em R$ 4,69/kg. De acordo com a Scot Consultoria, os preços nas granjas paulistas se mantiveram estĂĄveis em R$ 6,40/kg, enquanto no atacado houve valorização de 1,96%, com a cotação passando de R$ 7,65/kg no inĂ­cio da semana para R$ 7,80/kg. “Com o otimismo de inĂ­cio de mĂȘs e as boas perspectivas que jĂĄ rondavam o mercado hĂĄ uma semana, os preços no atacado apresentaram alta na semana. Com o recebimento de salĂĄrios e estĂ­mulo ao consumo, os compradores se prepararam para atender ao aumento do movimento nos estabelecimentos, reforçando seus estoques”, informou a Scot Consultoria.  Para Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o mercado brasileiro de frango apresentou oferta ajustada e reposição aquecida ao longo da cadeia, resultando em preços firmes tanto no vivo quanto no atacado.  O analista explica que o setor aguarda uma decisĂŁo oficial da China sobre a retomada das importaçÔes de produtos avĂ­colas brasileiros. “A visita recente de uma delegação chinesa sinalizou que essa reabertura pode acontecer em breve, o que daria novo fĂŽlego ao mercado”, destacou. Maia acrescenta que as exportaçÔes tiveram Ăłtimo desempenho em setembro, com embarques superiores aos de julho e agosto. Segundo ele, a capitalização das famĂ­lias tambĂ©m favoreceu o consumo domĂ©stico, contribuindo para a boa evolução da demanda na ponta final. Pela primeira vez desde o registro de um caso de gripe aviĂĄria em granja comercial no Brasil, em maio, o preço mĂ©dio mensal da carne de frango voltou a subir em setembro, apoiado principalmente no reaquecimento das exportaçÔes. O mĂȘs marcou a retomada das vendas Ă  UniĂŁo Europeia, suspensas desde maio, e renovou o otimismo em relação Ă  China, quarto maior destino da carne brasileira em 2025. Apesar do embargo ainda em vigor, o setor acredita que a reabertura estĂĄ prĂłxima. Levantamento do Cepea indica que, em setembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 7,49/kg na Grande SĂŁo Paulo, alta de 7,7% frente a agosto. JĂĄ o frango resfriado atingiu R$ 7,54/kg, avanço de 7,8%. Mesmo assim, os preços seguem abaixo dos nĂ­veis de maio, quando o produto era negociado a R$ 8,60/kg, reflexo da forte oferta interna registrada nos Ășltimos meses. Nos cortes, o peito congelado em SĂŁo Paulo teve valorização de 7,1%, alcançando R$ 10,43/kg. O Cepea aponta ainda que o mercado de pintainhos de corte completou dois meses consecutivos de valorização, em agosto e setembro. A Scot Consultoria ainda destacou que o mercado deve permanecer firme nos prĂłximos dias. Por estarmos na primeira quinzena do mĂȘs, espera-se uma demanda mais ativa.

NotĂ­cias AgrĂ­colas

 

EMPRESAS

 

Castrolanda aposta no cacau e inicia projeto no Tocantins

Cooperativa paranaense prepara expansão para o Norte com foco na diversificação e profissionalização da produção de cacau no país

 

A cooperativa paranaense Castrolanda, tradicional no setor de grĂŁos e de leite, estĂĄ abrindo uma nova frente de atuação no norte do Tocantins, onde pretende desenvolver um projeto de produção de cacau. A iniciativa marca a entrada da cooperativa em uma cultura atĂ© entĂŁo inĂ©dita para seus associados e abre caminho para a diversificação de atividades dos produtores cooperados. Segundo Vitor Almeida, gerente de EstratĂ©gia da cooperativa, o cacau foi escolhido apĂłs dois anos de estudos que analisaram clima, logĂ­stica e oportunidades agrĂ­colas em quatro estados. O norte do Tocantins, especialmente a regiĂŁo de Colinas, se destacou pelas condiçÔes favorĂĄveis ao cultivo — clima quente, terras com boa aptidĂŁo agrĂ­cola e acesso logĂ­stico ao MaranhĂŁo, que deve ser a principal rota de escoamento da produção. “O cacau nĂŁo Ă© viĂĄvel no Sul, por causa do frio. Mas no Tocantins, especialmente no norte do estado, o clima Ă© ideal. Visitamos uma fazenda no Bico do Papagaio e vimos que a produção responde muito bem”, afirmou um representante da cooperativa. A Castrolanda deu inĂ­cio a um projeto-piloto com dois produtores cooperados, que serĂŁo os primeiros a testar o cultivo na regiĂŁo. Eles preferiram nĂŁo falar neste momento. A cooperativa estĂĄ contratando um especialista em cacau para acompanhar o processo e orientar os produtores nas etapas de plantio, manejo, fermentação e secagem das amĂȘndoas. “O cacau Ă© novo para nĂłs. NinguĂ©m sabe direito como manejar. Estamos começando do zero, com apoio tĂ©cnico, porque queremos fazer direito desde o inĂ­cio”, afirmou o executivo. O cronograma prevĂȘ o inĂ­cio dos plantios em 2026, e a primeira colheita em quatro ou cinco anos. Caso o projeto se mostre viĂĄvel, a cooperativa planeja construir uma unidade de beneficiamento na regiĂŁo, algo raro fora das propriedades rurais. Hoje, o processo Ă© feito de forma improvisada nas fazendas, sem estrutura adequada e com grandes variaçÔes de qualidade. O objetivo Ă© padronizar a amĂȘndoa e atender Ă  demanda crescente da indĂșstria de chocolate. “As empresas estĂŁo interessadas em cooperativas que consigam organizar a produção e garantir qualidade. A indĂșstria precisa de amĂȘndoas boas, mas hoje enfrenta perdas grandes”, disse o dirigente. A Cargill é uma das empresas que manifestou interesse em apoiar o projeto e discutir mecanismos de estabilidade de preço. “HĂĄ um risco, claro, porque o cacau jĂĄ deu prejuĂ­zo no passado, com problemas como a vassoura-de-bruxa. Mas, se tivermos uma base tĂ©cnica sĂłlida e segurança comercial, pode se tornar uma cultura muito interessante para o cooperado”, afirmou Almeida. A escolha do Tocantins tambĂ©m reflete o movimento de expansĂŁo das famĂ­lias cooperadas da Castrolanda, que precisam dividir suas ĂĄreas no ParanĂĄ e enfrentam o alto custo da terra no Sul. “É natural que busquem novas fronteiras. A regiĂŁo de AraguaĂ­na tem estrutura, hospital, escolas e boa logĂ­stica. É praticamente a capital do Matopiba”, disse o executivo.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

ExportaçÔes de carne bovina da Argentina crescem 20% de jan-ago/25, para US$ 2,25 bilhÔes

Em volume, porém, os embarques recuaram 12% no acumulado dos primeiros 8 meses do ano, totalizando 539.000 t, informou a Bolsa de Comércio de Rosårio

Nos primeiros oito meses de 2025, as exportaçÔes de carne bovina da Argentina atingiram US$ 2,256 bilhĂ”es, um crescimento de 24% em relação ao resultado obtido em igual perĂ­odo de 2014 e avanço de 20% em relação Ă  mĂ©dia dos Ășltimos cinco anos, informa a Bolsa de ComĂ©rcio de RosĂĄrio (BCR). A forte demanda internacional, destaca a BCR, impulsionou significativamente os preços da proteĂ­na argentina nesta parcial de 2025, que registraram um aumento mĂ©dio de 40% sobre os primeiros oito meses do ano passado. Esse avanço nas cotaçÔes reflete sobretudo o aumento expressivo na demanda dos EUA, que passaram a enfrentar enorme escassez na produção interna de carne bovina depois que seu rebanho foi drasticamente reduzido apĂłs um longo perĂ­odo de seca e de valorização nos preços da nutrição. Em volume, os embarques de carne bovina da Argentina totalizaram 539.000 toneladas no acumulado de janeiro a agosto de 2025, com recuo de 12% sobre o resultado computado em igual intervalo de 2024, e 3% abaixo da mĂ©dia de cinco anos para o mesmo perĂ­odo. Entre janeiro e agosto deste ano, a Argentina produziu quase 2,1 milhĂ”es de toneladas de carne bovina, o segundo maior volume desde 2010 – perdendo para o resultado de 2023. No entanto, a produção seguiu em linha com a mĂ©dia dos Ășltimos cinco anos para o mesmo perĂ­odo, ficando apenas 0,5% acima. No acumulado dos primeiros oito meses de 2025, os frigorĂ­ficos argentinos abateram 9 milhĂ”es de cabeças, com um peso mĂ©dio de 231 kg por cabeça, acima da mĂ©dia obtida nos Ășltimos cinco anos, de 228 kg. Somente em agosto/25, o peso mĂ©dio do gado abatido atingiu 234 kg, o maior registrado desde setembro de 2022. De acordo com dados da primeira campanha de vacinação contra a febre aftosa, o rebanho bovino da Argentino estĂĄ estimado em 49,4 milhĂ”es de cabeças, o menor nĂșmero desde o final de 2010, quando 48,8 milhĂ”es de bovinos foram contabilizados. Nesta parcial de 2025, o consumo per capita na Argentina Ă© projetado em 49,6 kg para a carne bovina, 45,5 kg para a carne de frango e 17,7 kg para a carne suĂ­na. Segundo a BCR, o consumo total de carne no paĂ­s deve atingir cerca de 113 kg per capita em 2025, uma recuperação de 3% em relação ao ano anterior e dentro da mĂ©dia dos Ășltimos anos.

Portal DBO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Com alta de 4,2% em agosto, indĂșstria do ParanĂĄ cresceu 5 vezes mais do que a do Brasil

Em termos percentuais, foi a terceira maior variação mensal no volume de atividades entre todos os estados, sendo também o melhor resultado das regiÔes Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

 

A indĂșstria paranaense registrou em agosto um crescimento de 4,2% no volume de atividades em relação a julho, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) regional, divulgada na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE). O resultado foi mais de cinco vezes superior Ă  mĂ©dia nacional, que ficou em 0,8% no mesmo perĂ­odo. Em termos regionais, foi o melhor desempenho entre todos os estados do Sul, sudeste e Centro-Oeste, atrĂĄs apenas do ParĂĄ (5,4%) e da Bahia (4,9%) no ranking nacional. O avanço, que jĂĄ considera os efeitos sazonais do setor, confirma o bom momento da indĂșstria paranaense. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a indĂșstria do ParanĂĄ cresceu 4,2% em comparação aos mesmos meses do ano passado, tambĂ©m bem acima da mĂ©dia nacional, que ficou em 0,9%. No ranking acumulado do ano, o Estado aparece em terceiro lugar, atrĂĄs apenas do EspĂ­rito Santo (6,1%) e do ParĂĄ (5%). Entre os segmentos, o destaque de agosto ficou para a fabricação de mĂĄquinas, aparelhos e materiais elĂ©tricos, que teve uma variação mensal de impressionantes 132,7%, impulsionando todo o setor. TambĂ©m apresentaram resultados positivos a fabricação de celulose e papel (14,6%), produtos quĂ­micos (8,5%) e biocombustĂ­veis e derivados de petrĂłleo (3,4%). A comparação com o mesmo mĂȘs de 2024 tambĂ©m Ă© favorĂĄvel ao ParanĂĄ. Em agosto, a produção industrial estadual ficou 3,8% acima do registrado no mesmo mĂȘs do ano passado, enquanto a indĂșstria nacional apresentou queda de 0,7% no mesmo recorte. No acumulado do ano, a expansĂŁo Ă© de 4,2% do setor como um todo. De janeiro a agosto, os destaques foram para a fabricação de mĂĄquinas, aparelhos e materiais elĂ©tricos (60,9%), produtos quĂ­micos (11,8%), mĂĄquinas e equipamentos (8,9%), veĂ­culos automotores, reboques e carrocerias (8,4%), papel e celulose (4,3%), mĂłveis (3,7%), produtos de minerais nĂŁo metĂĄlicos (3,3%) e biocombustĂ­veis e derivados de petrĂłleo (2,9%). O diferencial do desempenho paranaense estĂĄ na estrutura produtiva. Enquanto outros estados que lideram o crescimento dependem fortemente das atividades extrativas, como a mineração e a exploração de petrĂłleo, o ParanĂĄ concentra sua produção na indĂșstria de transformação. Isso significa uma economia mais diversificada, menos sujeita a oscilaçÔes de preços internacionais de commodities e com maior capacidade de agregar valor Ă  produção. Na prĂĄtica, essa caracterĂ­stica se reflete em cadeias produtivas mais completas, que vĂŁo desde a fabricação de insumos quĂ­micos utilizados no agronegĂłcio e na indĂșstria farmacĂȘutica atĂ© a produção de veĂ­culos, mĂĄquinas e equipamentos que abastecem tanto o mercado interno quanto as exportaçÔes. O Estado tambĂ©m se destaca pela forte integração entre a indĂșstria e a agroindĂșstria, especialmente no setor cooperativista. As cooperativas agroindustriais paranaenses transformam matĂ©rias-primas agrĂ­colas em alimentos processados, bebidas e biocombustĂ­veis, o que eleva o valor agregado da produção e amplia as oportunidades de mercado.

AgĂȘncia Estadual de NotĂ­cias 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar dispara a R$5,50 com ameaça tarifåria de Trump à China

O dólar disparou no Brasil na sexta-feira e encerrou o dia acima dos R$5,50, com as cotaçÔes refletindo o mal-estar do mercado com a política fiscal do governo Lula e as novas ameaças tarifårias dos Estados Unidos à China.

 

A moeda norte-americana Ă  vista encerrou a sessĂŁo com alta de 2,39%, aos R$5,5038, maior valor de fechamento desde 5 de agosto, quando atingiu R$5,5057. No ano, porĂ©m, a divisa acumula baixa de 10,93%. Às 17h06, na B3, o dĂłlar para novembro -- atualmente o mais lĂ­quido no Brasil – subia 2,31%, aos R$5,5310. A sexta-feira foi no geral um dia negativo para os ativos brasileiros, com queda do Ibovespa, disparada do dĂłlar e avanço das taxas dos DIs (DepĂłsitos Interfinanceiros). A derrubada pelo Congresso, na quarta-feira, da Medida ProvisĂłria 1303, que tratava da taxação de aplicaçÔes financeiras, seguia dando suporte Ă  curva, devido ao desfecho negativo para o esforço do governo de equilibrar as contas. A MP teria impacto fiscal de R$14,8 bilhĂ”es em 2025 e de R$36,2 bilhĂ”es em 2026, considerando as novas receitas previstas e os cortes de despesas, conforme o MinistĂ©rio da Fazenda. Durante a manhĂŁ, o mau-humor dos investidores se intensificou apĂłs reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indicar que o pacote de medidas do governo para 2026 poderia somar R$100 bilhĂ”es, sem que as receitas estejam garantidas. Na conta entram medidas como a da isenção do Imposto de Renda para quem recebe atĂ© R$5 mil por mĂȘs, a distribuição de gĂĄs de cozinha e isenção nas contas de energia para uma parcela das famĂ­lias, e o pagamento de bolsas para estudantes -- todos programas jĂĄ anunciados anteriormente pelo governo. Ainda que nĂŁo haja novas medidas, os agentes demonstravam preocupação de que o ano de 2026 seja marcado por açÔes para impulsionar a reeleição do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, com impacto negativo para as contas pĂșblicas. No inĂ­cio da tarde a pressĂŁo aumentou, apĂłs o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar aumentar as tarifas comerciais contra a China e cancelar uma reuniĂŁo planejada com o presidente chinĂȘs, Xi Jinping. Ele acusou a China de manter a economia global refĂ©m, depois que o paĂ­s asiĂĄtico expandiu drasticamente seus controles de exportação de terras raras, na quinta-feira.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com exterior e fiscal e amplia ajuste em outubro

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, ampliando a correção negativa em outubro, em meio a fortes perdas em Wall Street e declínio acentuado dos preços do petróleo no exterior, além de preocupaçÔes com o cenårio fiscal brasileiro.

 

Índice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa caiu 0,73%, a 140.680,34 pontos, apĂłs marcar 140.231,24 pontos na mĂ­nima e 142.273,75 pontos na mĂĄxima do dia. O volume financeiro no pregĂŁo desta sexta-feira somou R$22,4 bilhĂ”es. Na semana, o Ibovespa acumulou um declĂ­nio de 2,44%. No mĂȘs, contabiliza uma perda de 3,8%, apĂłs renovar mĂĄximas em setembro, quando ampliou a alta em 2025 para cerca de 22%. Em Nova York, a Ășltima sessĂŁo da semana azedou apĂłs o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar aumentar as tarifas contra a China e cancelar uma reuniĂŁo planejada com o presidente Xi Jinping. O S&P 500, uma das referĂȘncias do mercado acionĂĄrio norte-americano, fechou em baixa de 2,71%. No cenĂĄrio domĂ©stico, notĂ­cias sobre planos do governo envolvendo medidas para 2026 sem que as receitas estejam garantidas adicionaram preocupaçÔes sobre o risco de açÔes de olho na eleição do prĂłximo ano com efeito fiscal negativo. O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, por sua vez, reiterou na sexta-feira que o governo mantĂ©m firme compromisso com a responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que busca ampliar polĂ­ticas de inclusĂŁo social. Lula falou em evento no qual o governo federal anunciou novo modelo de crĂ©dito imobiliĂĄrio. De acordo com o analista de investimentos Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, foi um dia de cautela no mundo todo, enquanto no Brasil hĂĄ dĂșvida sobre como fechar as contas pĂșblicas apĂłs a derrubada da Medida ProvisĂłria 1303. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo em decreto que elevou alĂ­quotas do Imposto sobre OperaçÔes Financeiras (IOF).

Reuters 

 

ExportaçÔes do agronegócio bateram recorde em setembro e alcançaram quase US$ 15 bilhÔes

Segundo o MinistĂ©rio da Agricultura, o setor respondeu por 49% de todos os embarques do paĂ­s no mĂȘs. Avanço foi sustentado, sobretudo, pelo aumento dos volumes embarcados

 

O mĂȘs de setembro marcou um recorde para o valor das exportaçÔes do agronegĂłcio no Brasil. Foram US$ 14,95 bilhĂ”es, alta de 6,1% na comparação com setembro de 2024, e o maior faturamento para o perĂ­odo desde o inĂ­cio da sĂ©rie histĂłrica do MinistĂ©rio da Agricultura. De acordo com a Pasta, o agro respondeu por 49% de todas as exportaçÔes brasileiras no mĂȘs. O avanço foi sustentado, sobretudo, pelo aumento dos volumes embarcados (+7,4%), em um cenĂĄrio de leve recuo dos preços mĂ©dios internacionais (-1,1%). No acumulado do ano, as exportaçÔes brasileiras do agronegĂłcio registraram incremento de 0,7%, com US$ 126,6 bilhĂ”es. As importaçÔes, por sua vez, cresceram 7,3% no mĂȘs de setembro e de 5,4% no acumulado do ano. “Os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenĂĄrio externo desafiador, a competitividade do agronegĂłcio brasileiro e o acerto na estratĂ©gia reforçada a partir de 2023 de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos. AtĂ© o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para os produtores e exportadores brasileiros”, disse, em nota, o ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro. Em setembro, o ministĂ©rio destacou o desempenho das exportaçÔes de carne bovina in natura, que alcançaram US$ 1,77 bilhĂŁo (+55,6%). As vendas de carne suĂ­na in natura atingiram valor recorde, de US$ 346,1 milhĂ”es (+28,6%), enquanto o volume embarcado teve aumento de 78,2%. As exportaçÔes de milho renderam ao Brasil US$ 1,52 bilhĂŁo (+23,5%). Segundo a Pasta, entre os produtos potencialmente mais afetados pelo tarifaço dos EUA, destaque para o cafĂ©, com US$ 1,3 bilhĂŁo (+9,3%), e os pescados, cujas exportaçÔes somaram US$ 38,7 milhĂ”es, com aumento de 6,1% em volume. Entre os itens menos tradicionais da pauta exportadora, setembro tambĂ©m registrou recordes histĂłricos em volume na sĂ©rie, reforçando a diversificação das vendas externas: sementes de oleaginosas (exceto soja) (+92,3%), melancias frescas (+65%), feijĂ”es (+50,8%) e lĂĄcteos (+13,7%). No geral, as vendas de produtos considerados menos tradicionais cresceram 9,2% em setembro e 19,1% no acumulado do ano. Para o secretĂĄrio de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais do MinistĂ©rio da Agricultura, LuĂ­s Rua, o resultado das exportaçÔes de setembro “demonstra o esforço da presença internacional do agro brasileiro em um contexto global desafiador".

Globo Rural

 

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