CLIPPING DO SINDICARNE Nº 929 DE 19 DE AGOSTO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 929 | 19 de agosto de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços do boi gordo abrem a semana com estabilidade, mas viés de alta se mantém
Sete praças monitoradas diariamente pela Agrifatto registraram ajustes positivos nos preços do animal terminado na segunda-feira, 18 de agosto. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.
Na segunda-feira (18/8), 7 das 17 praças monitoradas diariamente pela Agrifatto registraram ajustes positivos nos preços do boi gordo: BA, ES, GO, MA, MG, RO e TO. Nas demais, as cotações ficaram estáveis. Pelos dados da consultoria, o preço do animal “comum” segue valendo R$ 315/@ na praça de São Paulo, enquanto o “boi-China” é vendido por R$ 320/@. Nas 16 outras regiões acompanhadas pela Agrifatto, a média do preço do animal terminado subiu para R$ 294,45/@ na segunda-feira. Na primeira quinzena de agosto/25, a oferta de animais ao abate retraiu e as exportações se mantiveram firmes, o que sustentou a recuperação das cotações do boi gordo nas principais praças brasileiras, relatou a consultoria. Segundo a Agrifatto, o setor de exportação de carne bovina in natura continua aquecido no País, com chances reais de bater recorde em volume e receita neste mês de agosto. Enquanto isso, a disponibilidade de lotes boiadas gordas segue escassa, apesar da maior disponibilidade de gado confinado. Tal conjuntura faz a arroba do boi gordo andar de lado na maioria das regiões pecuárias brasileiras, prevalecendo ainda um viés de alta. Na última semana, o Indicador Cepea (praça paulista, preço à vista) registrou um crescimento de 1,73% na comparação com o valor médio de sexta-feira, fechando em R$ 308,28/@. Por sua vez, o indicador Datagro fechou a semana com uma média de R$ 308,63/@, acumulando uma alta semanal de 1,45%. O contrato futuro do boi gordo com vencimento em agosto/25 segue operando com um ágio de R$ 5,35/@ acima do preço físico atual. Porém, na última semana, todos os contratos em aberto negociados na B3 registraram quedas na comparação com a semana anterior: agosto encerrou a sexta-feira valendo R$ 311,40/@ (-1,14%), setembro a R$ 317,70/@ (-2,25%), outubro a R$ 324,40/@ (- 2,87%), novembro a R$ 327,85/@ (-2,57%) e dezembro a R$ 328,55/@ (-2,78%). Cotações do boi gordo desta sexta-feira (15/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$317,50. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00 a arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$270,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Exportações de carne bovina in natura avançam em preços e média diária até a terceira semana de agosto/25
Os embarques de carne bovina alcançaram 135,7 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano passado, o volume exportado no mês de agosto foi de 217,4 mil toneladas em 22 dias úteis.
Com relação à média diária exportada, ela ficou em 12,3 mil toneladas, um avanço de 24,9% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 9,8 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.629 por tonelada até a terceira semana de agosto/25, e isso representa um ganho anual de 26,9%, quando se compara com os valores observados em agosto de 2024, com US$ 4.435 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina na terceira semana de agosto/25 ficou em US$ 764,3 milhões, sendo que em agosto do ano anterior a receita total foi de US$ 964,2 milhões. A média diária do faturamento na terceira semana de agosto ficou em US$ 69,4 milhões e registrou um ganho de 58,5%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 43,8 milhões.
SECEX/MDIC
SUÍNOS
Exportações de carne suína somam 64,3 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25
De acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada atingiram 64,3 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25. O volume embarcado de carne suína em agosto do ano anterior chegou a 105,9 mil toneladas, em 22 dias úteis.
A média diária exportada de carne suína ficou em 5,8 mil toneladas, avanço de 21,4%, frente ao observado em agosto do ano passado, com 4,8 mil toneladas. Com relação ao preço médio, o valor está em US$ 2.590 por tonelada, leve avanço de 5,3% frente ao valor negociado no ano anterior, que estava em US$ 2.459 por tonelada. Com relação ao valor negociado para o produto ele ficou em US$ 166,6 milhões, sendo que no ano anterior a receita total em agosto foi de US$ 260,6 milhões. A média diária ficou em US$ 15,1 milhões e registrou um avanço de 27,8%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 11,8 milhões.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Exportações de carne de frango mantêm avanço na média diária em agosto, mas volume e receita recuam frente a 2024
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, informou que o volume exportado de carne de aves in natura alcançou 201,8 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25. No ano passado, o volume exportado em agosto alcançou 355.821,1 mil toneladas em 22 dias úteis em 2024.
A média diária até a terceira semana de agosto/25 ficou em 18,3 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 13,4% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 16,1 mil toneladas. O preço pago pelo produto ficou em US$ 1.772 por tonelada, e isso representa uma alta de 13,4% se comparado com os valores praticados em agosto do ano anterior, com US$ 2.070 por tonelada. A receita obtida até a terceira semana de agosto ficou em US$ 357,7 milhões, enquanto em agosto do ano anterior o valor ficou em US$ 736,7 milhões. A média diária do faturamento está em US$ 32,5 milhões, queda de 2,9% frente a média diária observada em agosto do ano anterior, que ficou em US$ 33,4 milhões.
SECEX/MDIC
GOVERNO
Mais um recorde para o agro brasileiro: 400 mercados abertos em 2,5 anos
O agro brasileiro alcançou mais um feito histórico. A abertura de mercado número 400 permite ao país exportar carne bovina com osso e miúdos bovinos para as Filipinas, importante parceiro comercial que em 2024 comprou mais de US$1,5 bilhão em produtos agropecuários brasileiros.
Entre 2019 e 2022 foram abertos 241 mercados para os produtos do agro. Agora, em apenas 2,5 anos, o país alcança a marca recorde de 400 mercados abertos, destacando a posição do Brasil como líder confiável na oferta de alimentos, fibras e energia de qualidade, com garantia de sanidade e sustentabilidade. Vale destacar também que desde 2023 o país ampliou o acesso de seus produtos em aproximadamente 200 mercados previamente conquistados. “Cada novo mercado aberto ou ampliado é uma vitória para o produtor brasileiro. Não se trata apenas de negócios, mas de mostrar ao mundo a qualidade, o compromisso e a dedicação de quem faz o agro do Brasil acontecer. Estamos criando oportunidades e reafirmando nossa posição como parceiros confiáveis no comércio internacional”, afirma o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Essa conquista é resultado da colaboração entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)e ApexBrasil em parceria também com o setor privado. Entre as aberturas mais notáveis, não apenas pelos potenciais de mercado, mas também pelo simbolismo que carregam, estão produtos tradicionais e nichos emergentes: Sorgo para a China (2024) – Potencial de US$ 35,65 milhões. Gergelim para a China (2024) – Projeção de US$ 142,63 milhões. Farinha de aves para a Indonésia (2023) – US$ 17 milhões exportados em 2024. Carne bovina para o Vietnã (2025) – Potencial de US$ 183 milhões. Carne bovina para o México (2023) – US$ 214,32 milhões exportados em 2024. Carne suína para o México (2023) – US$ 102,06 milhões exportados em 2024. Carne suína para a República Dominicana (2023) – US$ 31,56 milhões exportados em 2024. Algodão para o Egito (2023) – US$ 56,01 milhões Abacate Hass para o Japão (2024) – Estimativa de US$ 570 mil. Destacam-se, ainda, mais de 80 mercados abertos para as proteínas animais, mais de 30 para o setor de reciclagem animal e mais de 20 para as frutas brasileiras. No primeiro semestre de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 82,8 bilhões. Esse valor está em linha com os números do mesmo período do ano anterior. Demonstrando os resultados da política de diversificação de produtos e destinos, os gêneros menos tradicionais da pauta exportadora já apresentam crescimento de 21% no acumulado do ano. As conquistas são resultado do trabalho articulado entre as áreas internacional e técnica do Mapa, com atuação das adidâncias agrícolas, de outros ministérios, agências governamentais e setor produtivo. O Brasil mantém hoje 40 adidos em 38 países, tendo incrementado o número em 38% no ano passado. “Esses acessos são fruto de uma construção que alia negociação e parte técnica. Um trabalho muitas vezes silencioso e contínuo. Quero destacar o papel dos adidos agrícolas que abrem caminhos e, ao abri-los, reduzem riscos e ampliam a previsibilidade para quem produz no Brasil e compete globalmente. Não se trata apenas de onde podemos vender hoje, mas de onde poderemos vender também amanhã”, afirma Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. Desde 2023 o Mapa esteve presente em 110 missões internacionais e ainda investiu na elaboração de ferramentas de inteligência voltada para o agro como o AgroInsight e o Passaporte Agro.
Mapa
EMPRESAS
Marfrig se diz otimista com cenário do comércio e com a fusão com a BRF
Marcos Molina, controlador da empresa, afirmou estar confiante com o andamento do processo de criação da MBRF. Marfrig vê boas perspectivas para o segundo semestre, apesar do tarifaço de Donald Trump
A Marfrig deve aproveitar sua diversificação geográfica para contornar os efeitos do tarifaço que o presidente americano, Donald Trump, impôs ao Brasil, e sinalizou que está “otimista” com o segundo semestre, apesar das restrições comerciais. Além de produzir carne em outros países, a companhia também está buscando mercados alternativos para vender a carne bovina que hoje exporta aos Estados Unidos a partir do Brasil. No segundo trimestre, os EUA representaram 2% da receita de embarques da Marfrig na América do Sul a partir da operação brasileira. A companhia também atua em frigoríficos na Argentina e no Uruguai, onde os preços da carne já subiram 10% desde o início do tarifaço americano contra o Brasil. “Nossa diversificação geográfica nos trouxe algumas vantagens”, disse Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul da Marfrig, em teleconferência de resultados com analistas, na sexta-feira (15/8). Apesar do tarifaço, ele disse estar “otimista” com as vendas do segundo trimestre. Só neste ano, a companhia obteve 24 novas habilitações para exportação de carne bovina, e o Brasil também está abrindo novos mercados. Na sexta-feira (15), o governo brasileiro anunciou que as Filipinas abriram seu mercado para a importação de miúdos e carne bovina com osso do Brasil. Mendonça também citou a Indonésia como um país que abriria mercado para o produto brasileiro. Segundo ele, os miúdos e a carne com osso oferecem uma rentabilidade “interessante”. Para a produção brasileira que hoje vai aos EUA, a Marfrig disse estar atenta “aos desdobramentos desse novo cenário, ocasionado pela elevação de tarifas, e prontos para capturar as melhores oportunidades comerciais, avaliando os melhores destinos de substituição, ou mesmo o incremento da produção de hambúrgueres e outros processados, sem redução de produção, e sempre focado em maximizar margens”, declarou David Tang, diretor financeiro da Marfrig, na teleconferência. Mendonça, por sua vez, ressaltou que nos próximos meses começam a aquecer os pedidos da China para os preparativos do Ano Novo Chinês. Já no segundo trimestre, o preço médio de vendas para o país asiático subiu 25%. “As expectativas são muito favoráveis”, afirmou. A empresa também se diz otimista com o andamento do processo de fusão com a BRF. Marcos Molina, o controlador das duas companhias, demonstrou confiança com a análise do processo de fusão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Vemos o processo com serenidade. A votação virtual indicou 4 a 1, votos técnicos, e aguardamos a reunião final em 20 de agosto, confiantes de que a aprovação será concedida”, disse ele na teleconferência com analistas na sexta-feira. Segundo Molina, a MBRF, empresa que será o resultado da união entre Marfrig e BRF, “nasce eficiente, com uma estrutura de capital forte, mesmo após o pagamento de dividendos aos acionistas BRF e Marfrig”. Ele disse que a MBRF seguirá com a política de distribuição de dividendos, “assim como a Marfrig nos últimos anos”. O empresário afirmou ainda que a MBRF será “uma empresa competitiva, multiproteína, que permitirá ao consumidor brasileiro [ter] acesso a produtos de alta qualidade a custo mais baixo, beneficiando-se da eficiência operacional”.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Taxa de desemprego cai para 3,8% e Paraná tem o melhor 2º trimestre da história
A taxa de desocupação do Paraná foi a sexta menor do País, com dois pontos percentuais abaixo da média nacional, que ficou em 5,8%. O resultado também representa uma redução em relação o trimestre anterior, quando a taxa era de 4%, e na comparação com o mesmo período do ano passado, de 4,4%
A taxa de desemprego do Paraná caiu para 3,8% entre abril e junho, o melhor resultado para o segundo trimestre na história do Estado. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este também é o terceiro melhor índice desde o início da série histórica, que começou em 2012, e representa o segundo melhor desempenho de ocupação dos últimos 10 anos no Estado. Até então, o menor resultado para o período tinha sido alcançado no segundo trimestre de 2014, quando chegou a 4,2%. O resultado também representa uma redução em relação o trimestre anterior, quando a taxa era de 4%, e na comparação com o mesmo período do ano passado, de 4,4%. A taxa de desocupação do Paraná foi a sexta menor do País, com dois pontos percentuais abaixo da média nacional, que ficou em 5,8%. Os dados recentes do IBGE apontam um crescimento gradual e constante no cenário do mercado de trabalho ao longo da última década no Estado. Desde o início de 2019, a taxa de desocupação foi reduzida em 42%, caindo de 9% para os atuais 3,8%. “O novo levantamento do IBGE demonstra, mais uma vez, que o Paraná está em pleno emprego, com o número de pessoas desempregadas reduzindo a cada ano”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O maior programa social que existe é o emprego e, no Paraná, mantemos um ambiente competitivo para atrair cada vez mais investimentos que geram vagas de trabalho e melhoram a renda dos paranaenses”. O Paraná tem o quarto maior percentual do País de pessoas empregadas no setor privado com carteira assinada, com índice 80,7%, enquanto a média do País é de 74,2%. A população ocupada chegou a 6,158 milhões de pessoas no período, aumento de 136 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre de 2024. A força de trabalho do Paraná, que reúne as pessoas ocupadas e desocupadas, somou 6,402 milhões de pessoas no último trimestre, 100 mil a mais do que no mesmo período do ano anterior. Já o número de desocupados, que são as pessoas que não estão trabalhando, mas buscam uma colocação, é estimado em 244 mil pessoas, 12 mil a menos do que no trimestre anterior (256 mil), o que representa uma variação de -4,69%, e 36 mil pessoas a menos que no mesmo trimestre do ano anterior, uma variação de -12,85%. O Paraná também tem uma das menores taxas de informalidade do Brasil, com 31,9% - a média nacional é de 37,8%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores paranaenses foi estimado em R$ 3.820 no período, acima da média brasileira, de R$ 3.477. Houve crescimento no rendimento em relação ao trimestre anterior (R$ 3.796) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.590), o que representa um crescimento de 6,4% no último ano. O setor do comércio encerrou o segundo trimestre com 1,19 milhão de empregados, seguido da indústria, com 1,01 milhão de pessoas. Na sequência, estão a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (991 mil); Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (728 mil pessoas).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe na esteira de ganhos no exterior com incertezas geopolíticas no radar
O dólar à vista subiu ante o real na segunda-feira, na esteira dos ganhos da moeda norte-americana no exterior, à medida que os mercados globais demonstraram aversão ao risco em meio às incertezas geopolíticas e na expectativa pelo simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve.
O dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$5,4352. Às 17h11, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,73%, a R$5,453 na venda. O movimento do real nesta sessão teve como pano de fundo a busca dos agentes por ativos seguros, ainda em reação a uma cúpula na sexta-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acabou sem acordo para acabar com a guerra na Ucrânia. Apesar dos relatos de progresso feitos pelas duas partes após a reunião dos líderes, não houve entendimentos concretos na cúpula ou mesmo o acordo por um cessar-fogo, deixando os mercados pessimistas quanto à possibilidade de resolução do conflito. Os investidores monitoraram ao longo desta segunda-feira um encontro de Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, conforme o mandatário norte-americano busca convencer o lado ucraniano a aceitar um acordo de paz. Na reunião, Trump afirmou que os EUA "ajudariam" a Europa a fornecer segurança para a Ucrânia como parte de qualquer acordo para acabar com a guerra. Ele também expressou esperança de que possa haver uma reunião trilateral com Putin e o presidente ucraniano. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,29%, a 98,116. Além da questão geopolítica, os agentes financeiros seguem atentos às perspectivas para a política monetária do Federal Reserve, de olho, em particular, no discurso do chair Jerome Powell, na sexta-feira, no simpósio econômico de Jackson Hole. Apostas recentes de que o banco central dos EUA poderá cortar a taxa de juros em setembro gerou um movimento de fraqueza global do dólar ao longo do último mês, o que pode ser revertido caso Powell faça um discurso agressivo contra a inflação no país. Na cena doméstica, o mercado nacional continua monitorando as tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a negociação tarifária entre os dois parceiros não está ocorrendo porque o lado norte-americano quer impor aos brasileiros uma solução "constitucionalmente impossível".
Reuters
Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e com Raízen em destaque
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, chegando perto de 138 mil pontos no melhor momento, com bancos entre os principais suportes, em pregão também marcado pelo salto de Raízen em dia de ajustes, enquanto Prio capitaneou a coluna negativa após interdição de plataforma de petróleo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 137.321,64 pontos, marcando 136.340,60 pontos na mínima e 137.901,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$19,77 bilhões. Na visão do analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a bolsa paulista continuou apoiada pela "surpresa positiva" com a temporada de balanços, que caminha para o final, com agentes monitorando uma possível solução para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. "Se isso realmente acontecer, se houver as trocas de território, o risco deve diminuir bastante", afirmou. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que é possível chegar a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia, ao se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e com líderes europeus. No fim de semana, Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin. Além dos movimentos relacionados à temporada de balanços, o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, também pontuou que o começo da semana trouxe alguns elementos que corroboram as perspectivas de que um cenário para a queda da Selic começa a se aproximar. "Essa discussão continua bastante forte", disse. Ele citou as estimativas para o IPCA de 2025 abaixo de 5% pela primeira vez desde o início de janeiro na pesquisa Focus e o IBC-Br de junho mostrando que a economia iniciou um processo de arrefecimento. A bolsa paulista descolou mais uma vez de Wall Street, onde o S&P 500 fechou praticamente estável nesta segunda-feira, no começo de uma semana carregada com balanços corporativos de grandes varejistas, além do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, entre 21 e 23 de agosto.
Reuters
Mercado passa a ver inflação abaixo de 5% este ano pela 1ª vez desde janeiro, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a inflação abaixo de 5% em 2025 pela primeira vez desde o início de janeiro, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano caiu a 4,95%, de 5,05% na semana anterior, na 12ª semana seguida de recuo na expectativa. Apesar do recuo, a previsão mediana do mercado ainda segue acima da meta oficial para a inflação, que é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em julho, o IPCA subiu 0,26%, resultado que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,37%. Em 12 meses, o índice passou a subir 5,23%. Para 2026 a projeção para a inflação no Focus foi a 4,40%, de 4,41% antes. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudança no cenário para a taxa básica de juros, com a Selic calculada em 15% em 2025 e em 12,50% no próximo ano. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento no Focus seguiram em 2,21% para este ano e 1,87% em 2026.
Reuters
IBC-Br cai 0,1% em junho ante maio, na série com ajuste
“Prévia do PIB do Banco Central” registrou, em relação ao mesmo mês de 2024, alta de 1,4%, e no trimestre encerrado no junho, avanço de 0,3% em relação ao trimestre anterior
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,1% em junho na comparação com maio, conforme divulgou o Banco Central (BC) na segunda-feira (18). Em maio, o indicador teve queda de 0,73% (dado revisado de queda de 0,74%). O resultado de junho veio abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo VALOR DATA, de alta de 0,18%. O dado também ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,20% a crescimento de 0,40%. No trimestre encerrado em junho, o índice conhecido como "Prévia do PIB do Banco Central" registrou alta de 0,3% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por sua vez, houve alta de 1,4%, acima da mediana de 1,30% colhida pelo VALOR DATA, e dentro do intervalo de +0,70% a 2,80%. Em 12 meses encerrados em junho, o indicador apresentou avanço de 3,9%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. No ano, a variação foi de 3,2%. Por fim, na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br teve queda de 0,22% em junho, na comparação dessazonalizada com maio. O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia. O Banco Central também publicou as aberturas setoriais do indicador. O IBC-Br Agropecuária caiu 2,3% em junho ante maio, o IBC-Br Impostos subiu 0,1%, o IBC-Br Ex-Agropecuária também subiu 0,1%. Já o IBC-Br Indústria caiu 0,1% e o IBC-Br Serviços avançou 0,1%. Segundo o BC, por conta das diferenças metodológicas, se espera que as diferenças entre o IBC-Br e as contas nacionais do IBGE sejam maiores nas aberturas setoriais do que nos agregados.
Valor Econômico
Inflação de alimentos e bebidas cai 0,27% em julho
A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,26% em julho de 2025, ficando 0,02 p.p. acima da taxa registrada em junho (0,24%). Em julho de 2024, o índice teve alta de 0,38%.
O IPCA acumulado nos últimos 12 meses ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores, porém acima do teto da meta para 2025, de 4,5%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,26% em julho de 2025, ficando 0,02 p.p. acima do registrado no mês de junho, quando apresentou alta de 0,24%. Como base de comparação, em julho de 2024 o índice havia apresentado aumento de 0,38%. Quando observado a média histórica para o mês, julho de 2025 ficou acima do resultado dos últimos cinco anos (0,23%). O grupo de Alimentação e Bebidas registrou queda de 0,27% de junho para julho, assim como os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%). A contribuição do grupo de Alimentação e Bebidas para o IPCA do mês de julho foi de -0,06 pontos percentuais (p.p.). O subgrupo Alimentação no Domicílio recuou 0,69%, dando continuidade ao recuo observado em junho, quando o grupo apresentou uma queda de 0,43%. Contribuíram para esse resultado a queda nos preços da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%), da manga (-11,08%), do arroz (-2,89%) e das carnes (-0,30%). No lado das altas, destacam-se o pimentão (14,33%), o mamão (12,40%), o leite em pó (0,47%), o óleo de soja (0,46%) e o pão francês (0,22%). A Alimentação fora do Domicílio, por sua vez, reportou alta de 0,87%. No acumulado dos últimos 12 meses até julho, o índice geral registrou aumento de 5,23%, com o grupo Alimentação e Bebidas apresentando alta de 7,44% e Alimentação no Domicílio de 7,11%. Os demais grupos registraram alta de junho para julho, com destaque para Habitação que, assim como no mês anterior, reportou as maiores variação e impacto sobre o IPCA de julho, com alta de 0,91% e 0,14 p.p. de impacto. O resultado é justificado pela vigência da bandeira tarifária vermelha, patamar 1, no mês de julho, que adiciona R$4,46 à conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Com isso, a energia elétrica residencial (3,04%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice geral (0,12 p.p.). O grupo de Despesas Pessoais foi o segundo grupo de maior impacto no IPCA do mês, igual a 0,08 p.p., com variação de 0,76%, seguido do grupo de Transporte, o qual apresentou alta de 0,35% e impacto de 0,07 p.p. no índice do mês de julho em função do aumento dos preços das passagens aéreas (19,92%). Destaca-se, por outro lado, que os preços dos combustíveis seguiram recuando no mês de julho (-0,64%), com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).
CNA
Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 1,09 bi na 3ª semana de agosto
O montante é resultado de exportações de US$ 6,632 bilhões e importações de US$ 5,542 bilhões.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,09 bilhão na terceira semana de agosto, informou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). O valor é resultado de exportações de US$ 6,632 bilhões e importações de US$ 5,542 bilhões. Em agosto, o superávit comercial soma US$ 3,048 bilhões e, no ano, totaliza US$ 40,03 bilhões. A média diária de exportações em agosto, até a terceira semana, avançou 7,2%, para US$ 1,4 bilhão, quando comparada com o mesmo mês de 2024. A alta foi puxada pelos embarques da agropecuária (14,9%), seguidos pela indústria extrativa (12%) e indústria de transformação (1,8%). Já a média diária de importações (US$ 1,123 bilhão) cresceu 2% na mesma base de comparação, sustentada pelas compras da indústria extrativa (23,5%) e da indústria de transformação (0,8%). Na contramão, recuaram os desembarques da agropecuária (-1,9%).
Valor Econômico
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