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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 599 DE 16 DE ABRIL DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 599 | 16 de abril de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Batalha entre indústrias e pecuaristas reduz ritmo de negócios e arroba anda de lado

No mercado físico do boi gordo, a batalha entre frigoríficos e pecuaristas se manteve na segunda-feira (15/4), reduzindo ainda mais as negociações, que tradicionalmente já são bem fracas no primeiro dia da semana. Com isso, os preços da arroba ficaram estáveis na maioria absoluta das praças brasileiras. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias

 

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, as cotações do macho não sofrem alterações há 10 dias úteis, enquanto os preços da vaca gorda e do “boi China” apresentam estabilidade há 30 dias. Dessa maneira, segundo a Scot, o boi gordo “comum” segue negociado por R$ 227/@ no mercado paulista. Por sua vez, a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 205/@ e R$ 220/@. O “boi-China” (padrão-exportação – abatido com até 30 meses de idade) vale R$ 235/@ em SP, com ágio de R$ 8/@ sobre a arroba do animal destinado ao mercado doméstico. De acordo com a Agrifatto, o encerramento da última semana, não houve indícios de pressão de baixa sobre o valor da arroba e o mercado físico operou com serenidade. Nesse contexto, o mês de abril tem sido caracterizado pela estabilidade da arroba na maioria das regiões produtoras monitoradas, reforçam os analistas.

Segundo a Agrifatto, os abates de bovinos realizados em março/24 recuaram 3% em comparação com fevereiro – a queda é atribuída à melhoria das condições nutricionais das pastagens naturais, favorecidas pelo período chuvoso das últimas semanas. “Isso proporcionou aos produtores uma maior capacidade de retenção dos animais no pasto”, observa a consultoria. “A transição entre a safra e a entressafra geralmente reduz essa capacidade de retenção, aumentando a desova de animais prontos e, consequentemente, elevando a possibilidade de queda nos preços do animal terminado”, alertam os consultores, acrescentando: “A seca é soberana e chegará, portanto, é preciso reduzir a exposição ao risco”. De acordo com a Agrifatto, o ágio proposto pelo mercado futuro para os próximos meses (em relação aos preços vigentes no mercado físico) já passa dos 3,7% (dados desta segunda-feira, 15 de abril, referente ao contrato com vencimento em julho/24. Nesse sentido, a Agrifatto recomenda aos pecuaristas a comercialização antecipada (por meio de contratos de proteção de preços na B3) de até 50% dos animais que serão abatidos nos meses de maio, junho e julho deste ano, nos preços acima dos R$ 235/@. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na segunda-feira (15/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia. Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Média diária exportada de carne bovina in natura avança 70,6% até segunda semana de abril/24

Volume exportado atingiu 104,3 mil toneladas até a segunda semana de abril/24

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o volume exportado de carne bovina in natura alcançou 104,3 mil toneladas até a segunda semana de abril/24. No ano anterior, o volume embarcado tinha alcançado 110,1 mil em 18 dias úteis. Já a média diária exportada até a segunda semana de abril/24 ficou em 10,4 mil toneladas, incremento de 70,6%, frente ao volume total exportado em abril/23 que ficou em 6,1 mil toneladas. O preço médio na segunda semana de abril/24 ficou com US$ 4.513 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 5,5% frente aos dados divulgados em abril de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4,773 mil por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US$ 470,5 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de abril do ano anterior foi de US$ 525,6 milhões. A média diária ficou em US$ 47 milhões, avanço de 61,2%, frente ao observado no mês de abril do ano passado, que ficou em US$ 29,201 milhões.

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos cede em São Paulo, tanto para a carcaça quanto para arroba

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF baixou 1,57%, custando, em média, R$ 125,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,04%, com valor de R$ 9,50/kg

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (12), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de R$ 0,67%, chegando a R$ 5,93/kg. Rio Grande do Sul registrou aumento de 0,49%, alcançando R$ 6,16/kg, e 0,15% em São Paulo, custando R$ 6,66/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,57/kg) e Paraná (R$ 6,25/kg).

Cepea/Esalq

 

Faturamento por média diária de exportação de carne suína cai 25,9% na segunda semana de abril

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura referentes à segunda semana de abril (10 dias úteis), tem valores obtidos abaixo do que foi visto em abril do ano passado 

 

A receita obtida, US$ 96,9 milhões, representa 41,15% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2023, que foi de US$ 235,5 milhões. No volume embarcado, as 42.599 toneladas são 45,82% do total registrado em abril do ano passado, com 92.955 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 9.6 milhões, quantia 25,9% menor do que a de abril de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 13,43% observando os US$ 11.1 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.259 toneladas, houve baixa de 17,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, redução de 12,85%, comparado às 4.888 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.275, ele é 10,2% inferior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,66% em relação aos US$ 2.290,402 anteriores.

Agência Safras

 

FRANGOS

 

Frango no atacado paulista cai 1,83% na segunda-feira (15)

O mercado do frango encerrou a segunda-feira (15) mostrando cotações estáveis ou com quedas

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado baixou 1,83%, valendo R$ 6,45/kg. No caso do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,43/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (12), a ave congelada ficou com preço estável em R$ 7,24/kg, enquanto o frango resfriado teve leve queda de 0,13%, chegando a R$ 7,42/kg. 

Cepea/Esalq


Volume de carne de frango embarcada em 10 dias alcança 48,51% do total exportado em todo abril de 2023

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura na segunda semana de abril (10 dias úteis), atingiram 48,51% do total embarcado em todo o mês de abril de 2023

 

A receita obtida, US$ 361,4 milhões, representa 46,87% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2023, que foi de US$ 771 milhões. No volume embarcado, as 197.901 toneladas são 48,51% do total registrado em abril do ano passado, quantidade de 407.886 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 36,1 milhões, valor 15,6% menor do que o registrado em abril de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 7,65% quando comparado aos US$ 39,1 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 19.790 toneladas, houve baixa de 12,7% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, queda de 7,86% em relação às 21.478 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.826, ele é 3,4% inferior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 0,22% no comparativo ao valor de US$ 1.822,200 visto na semana passada.

Agência Safras

 

Caso de gripe aviária é detectado no RJ em Brasil chega a 162 ocorrências da doença

Um novo caso de gripe aviária de alta patogenicidade foi confirmado pela plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar ocorrências da doença no país

 

O caso foi detectado em uma ave do tipo Trinta-réis-de-bando em Macaé, no Rio de Janeiro.

Desta forma, o país soma agora 162 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos. Ainda há dois casos sendo investigados pelo MAPA. Total de casos no Brasil: 162. Espírito Santo: 33 (sendo 32 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência)

Rio de Janeiro: 30 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 06 (03 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 54 (53 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 13 (aves silvestres). Santa Catarina: 21 (19 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.

MAPA

 

GOVERNO

 

Governo propõe meta fiscal zero para 2025 e afrouxa compromisso também para anos seguintes

O governo propôs uma meta de superávit primário zero para 2025, confirmaram na segunda-feira os ministérios da Fazenda e do Planejamento, em uma redução do esforço fiscal anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano

 

Ao apresentar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que será enviado ao Congresso com os parâmetros para a preparação do Orçamento, a equipe econômica ainda previu uma trajetória com superávit primário de 0,25% do PIB em 2026, 0,5% do PIB em 2027 e 1% do PIB em 2028. As novas estimativas para as contas do governo central representam um alongamento da melhora fiscal, que passaria a ser mais gradual, contra previsão anterior de atingir um saldo positivo de 1% do PIB já em 2026. Pelos cálculos apresentados pela equipe econômica, a dívida bruta do governo seguirá em alta até 2027, quando atingirá 79,7% do PIB, iniciando trajetória de queda em 2028. Em valores nominais, o compromisso do governo é de alcançar déficit zero em 2024 e 2025, e superávits de 33,1 bilhões de reais em 2026, 70,7 bilhões de reais em 2027 e 150,7 bilhões de reais em 2028. Com a meta zero para 2025, o governo poderá, na prática, fechar o próximo ano com déficit nas contas sem ferir as normas vigentes. Isso porque o arcabouço estabelece que o alvo tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos. Pelos dados apresentados na segunda, o governo estabeleceu para o ano que vem uma previsão de 2,320 trilhões de reais em receitas líquidas. Também definiu em 2,349 trilhões de reais as despesas primárias totais. Os valores consideram 39,9 bilhões de reais em desembolsos com precatórios que não serão considerados na meta após decisão do Supremo Tribunal Federal. Com isso, apesar da meta zero, o governo espera fechar 2025 com um superávit de 10,8 bilhões de reais. Os números dizem respeito às contas do governo central, que incluem os resultados do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. O dado não incorpora gastos do governo com juros da dívida pública. Ao aprovar o novo arcabouço fiscal no ano passado, o governo disse que zeraria o déficit primário este ano e depois buscaria um superávit de 0,5% do PIB em 2025. A iniciativa envolvia a dependência de uma forte ampliação de receitas, estratégia que passou a esbarrar em resistências políticas. Entre os esforços propostos pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar receitas e reduzir benefícios tributários, o Legislativo tem imposto dificuldades em medidas como a reoneração da folha salarial de 17 setores da economia, redução de benefício a municípios e extinção de um programa de apoio ao setor de eventos. Haddad já vinha dando sinais de que o superávit de 0,5% estava sob ameaça. Na última semana, em fala a jornalistas, ele destacou que a meta preliminar para 2025 foi anunciada em março do ano passado e, desde então, o governo enfrentou percalços nas negociações de medidas fiscais. Nesta segunda, ele afirmou que mesmo com a flexibilização do alvo, será necessário continuar negociando com o Congresso para reduzir despesas públicas e recompor receitas, argumentando que o governo convive desde 2015 com um déficit estrutural nas contas. “Não é uma coisa nova, não é uma coisa boa. O Brasil não está crescendo mais por causa disso, está crescendo menos. Nosso esforço é colocar ordem nisso”, disse.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Portos do Paraná chega ao oitavo mês consecutivo com recorde de movimentação

Até o momento, 16.384.054 toneladas foram movimentadas em 2024 (9.881.061 toneladas no sentido exportação e 6.502.993 toneladas no sentido importação), 2.274.055 toneladas a mais que em 2023.

 

Os portos paranaenses alcançaram mais um recorde no mês de março, com 5.968.934 toneladas movimentadas, crescimento de 11% em comparação ao mesmo mês no ano passado (5.357.799 toneladas). O número representa o oitavo recorde mensal (comparação com o mesmo mês do ano anterior) consecutivo registrado pelos portos paranaenses, o que também culminou no melhor ano da história da empresa pública em 2023 (65 milhões de toneladas). Até o momento, 16.384.054 toneladas foram movimentadas em 2024 (9.881.061 toneladas no sentido exportação e 6.502.993 toneladas no sentido importação), 2.274.055 toneladas a mais que em 2023. As commodities de soja e açúcar foram as maiores movimentações de exportação em março. Ao todo, foram 1.525.907 toneladas de soja, contra 1.204.720 toneladas no mesmo mês do ano passado, representando um aumento de 27%. O açúcar a granel apresentou uma grande demanda de mercado: de 93 mil toneladas, em 2023, passou para 419.899 toneladas em 2024, um aumento de 352%. Já o açúcar em saca passou de 18.054 toneladas no ano passado para 70.220 toneladas este ano (crescimento de 289%). O fertilizante passou de 755.763 toneladas em 2023 para 888.506 toneladas em 2024, o que representa um crescimento de 18%. O Porto de Paranaguá segue sendo a principal porta de entrada para a commodity no Brasil, representando 26% da movimentação nacional no período, de acordo com o sistema para consultas de dados do comércio exterior brasileiro (Comex Stat). O balanço da Portos do Paraná também indica movimentação de 373.552 contêineres (TEUs) no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 38% em relação a 2023 (271.024).

Agência Estadual de Notícias

 

Governo propõe salário-mínimo de R$ 1.502 em 2025

O salário-mínimo em 2025 será de R$ 1.502, com aumento nominal de 6,39%. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado nesta segunda-feira (15) ao Congresso Nacional

 

O reajuste segue a projeção de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os 12 meses terminados em novembro mais o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A estimativa também consta do PLDO. O valor do mínimo tinha sido confirmado mais cedo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à emissora de televisão GloboNews. No entanto, o Ministério do Planejamento confirmou a estimativa somente após a divulgação do PLDO. O projeto também apresentou previsões de R$ 1.582 para o salário-mínimo em 2026, de R$ 1.676 para 2027 e de R$ 1.722 para 2028. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos próximos anos. No ano passado, o salário-mínimo voltou a ser corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do PIB, soma das riquezas produzidas pelo país, de dois anos antes. Essa fórmula vigorou de 2006 a 2019. Segundo o Planejamento, cada aumento de R$ 1 no salário-mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 370 milhões no Orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo. Na Previdência Social, a conta considera uma alta de R$ 66,7 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 63,1 bilhões na arrecadação. O valor do salário-mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano e da nova política de reajuste. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte. Em 2024, o salário-mínimo está em R$ 1.412, com ganho real de 3% em relação a 2023. O valor de R$ 1.412 corresponde ao INPC acumulado nos 12 meses terminados em novembro de 2023, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do PIB em 2022.

Agência Brasil

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe ao maior valor desde março de 2023 com redução da meta fiscal e exterior

O dólar à vista emplacou na segunda-feira a quarta sessão consecutiva de alta e encerrou no maior valor ante o real desde março do ano passado, após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025

 

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1835 reais na venda, em alta de 1,21%. Este é o maior valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 27 de março de 2023, quando encerrou em 5,2075. Em abril, a divisa acumula elevação de 3,35%. Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,27%, a 5,192.5 reais na venda. O Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números reforçaram a avaliação de que o Federal Reserve adiará o início do processo de corte de juros, o que fez os rendimentos dos Treasuries avançarem e o dólar subir ante quase todas as demais divisas globais. Internamente, havia ainda o desconforto com as notícias de que o governo Lula reduzirá a meta fiscal para 2025 de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para resultado primário zero. Durante a tarde, em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a meta zero para o próximo ano, o que foi mal-recebido pelo mercado. “Pela manhã vieram os dados do varejo norte-americano, mais uma vez comprovando a força da economia dos Estados Unidos. Isso se juntou à cena geopolítica mais delicada”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, em referência aos receios de um conflito mais amplo no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana. No fim da tarde, em evento em Nova York, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que existe atualmente um movimento de reprecificação global. Segundo ele, por ser uma moeda mais líquida, o real também é afetado mais rapidamente pela reprecificação.

Reuters

 

Ibovespa recua com pessimismo renovado em Wall St, mas BRF dispara 10%

No setor de proteínas, BRF ON saltou 10,15%, a 17,9 reais, após atingir uma máxima intradia de 18,10 reais, a maior desde abril de 2022, com Goldman Sachs e JPMorgan elevando recomendação da ação para, respectivamente, "neutra" e "overweight". Analistas do Goldman citaram estrutura de capital e desempenho operacional melhorados da processadora de alimentos. No setor, MARFRIG ON subiu 4,82%, JBS ON avançou 4,21% e MINERVA ON, na contramão, caiu 5,77%

 

O Ibovespa encerrou em queda na segunda-feira, quase perdendo o patamar dos 125 mil pontos no pior momento, seguindo o sinal negativo em Wall Street com "pessimismo renovado" em torno do momento do primeiro corte de juros nos Estados Unidos. As ações da BRF, no entanto, foram o destaque positivo da sessão, com alta de mais de 10%, enquanto outras processadoras de alimentos como Marfrig e JBS também apresentaram bom desempenho no pregão. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,49%, a 125.333,89 pontos. O volume financeiro somou 27,2 bilhões de reais. Para Luís Moran, head da EQI Research, o indicador brasileiro segue sensível ao comportamento das bolsas nos EUA, que recuaram diante de uma fuga dos ativos de risco. "É um pessimismo renovado", afirmou Moran. "Os primeiros resultados que começaram a sair (de bancos e inflação), na sexta-feira principalmente, vieram ruins." Somando-se às leituras da semana passada, dados do varejo norte-americano acima das expectativas na segunda-feira reforçaram a perspectiva de juros altos por mais tempo, o que elevou os rendimentos do Treasury de dez anos a mais de 4,6%. Na cena doméstica, o governo propôs uma meta de superávit primário zero para 2025, em uma redução do esforço fiscal anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. Análise gráfica do BB para a semana apontou para uma desvalorização do Ibovespa, "diante das questões fiscais domésticas e conjugada à expectativa esperada para ambiente internacional".

Reuters

 

Governo propõe meta fiscal zero para 2025 e afrouxa compromisso também para anos seguintes

O governo propôs uma meta de superávit primário zero para 2025, confirmaram na segunda-feira os ministérios da Fazenda e do Planejamento, em uma redução do esforço fiscal anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano

 

Ao apresentar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que será enviado ao Congresso com os parâmetros para a preparação do Orçamento, a equipe econômica ainda previu uma trajetória com superávit primário de 0,25% do PIB em 2026, 0,5% do PIB em 2027 e 1% do PIB em 2028. As novas estimativas para as contas do governo central representam um alongamento da melhora fiscal, que passaria a ser mais gradual, contra previsão anterior de atingir um saldo positivo de 1% do PIB já em 2026. Pelos cálculos apresentados pela equipe econômica, a dívida bruta do governo seguirá em alta até 2027, quando atingirá 79,7% do PIB, iniciando trajetória de queda em 2028. Em valores nominais, o compromisso do governo é de alcançar déficit zero em 2024 e 2025, e superávits de 33,1 bilhões de reais em 2026, 70,7 bilhões de reais em 2027 e 150,7 bilhões de reais em 2028. Com a meta zero para 2025, o governo poderá, na prática, fechar o próximo ano com déficit nas contas sem ferir as normas vigentes. Isso porque o arcabouço estabelece que o alvo tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos. Pelos dados apresentados na segunda, o governo estabeleceu para o ano que vem uma previsão de 2,320 trilhões de reais em receitas líquidas. Também definiu em 2,349 trilhões de reais as despesas primárias totais. Os valores consideram 39,9 bilhões de reais em desembolsos com precatórios que não serão considerados na meta após decisão do Supremo Tribunal Federal. Com isso, apesar da meta zero, o governo espera fechar 2025 com um superávit de 10,8 bilhões de reais. Os números dizem respeito às contas do governo central, que incluem os resultados do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. O dado não incorpora gastos do governo com juros da dívida pública. Ao aprovar o novo arcabouço fiscal no ano passado, o governo disse que zeraria o déficit primário este ano e depois buscaria um superávit de 0,5% do PIB em 2025. A iniciativa envolvia a dependência de uma forte ampliação de receitas, estratégia que passou a esbarrar em resistências políticas. Entre os esforços propostos pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar receitas e reduzir benefícios tributários, o Legislativo tem imposto dificuldades em medidas como a reoneração da folha salarial de 17 setores da economia, redução de benefício a municípios e extinção de um programa de apoio ao setor de eventos. Haddad já vinha dando sinais de que o superávit de 0,5% estava sob ameaça. Na última semana, em fala a jornalistas, ele destacou que a meta preliminar para 2025 foi anunciada em março do ano passado e, desde então, o governo enfrentou percalços nas negociações de medidas fiscais. Nesta segunda, ele afirmou que mesmo com a flexibilização do alvo, será necessário continuar negociando com o Congresso para reduzir despesas públicas e recompor receitas, argumentando que o governo convive desde 2015 com um déficit estrutural nas contas. “Não é uma coisa nova, não é uma coisa boa. O Brasil não está crescendo mais por causa disso, está crescendo menos. Nosso esforço é colocar ordem nisso”, disse.

Reuters

 

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