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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 381 DE 25 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 381 |25 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: preços voltam a recuar em São Paulo e praças do Mato Grosso

A Scot Consultoria apurou queda de R$ 5/@ nos preços do boi gordo e da vaca gorda negociados no mercado paulista, agora negociados por R$ 250/@ e R$ 230/@, no prazo


Com isso, o macho “comum” agora vale R$ 250/@, enquanto a cotação da vaca gorda é negociada por R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). O preço da novilha paulista ficou estável, em R$ 245,00/@, no prazo, valor bruto. “Há negócios informados abaixo dessas referências”, ressalta a Scot, ainda referindo-se ao mercado paulista. Segundo a consultoria, a cotação do “boi-China” também sofreu baixa de R$ 5/@ na quarta-feira, atingindo R$ 255/@ (preço bruto e a prazo). Mas assim como o boi “comum”, informa a Scot, há também ofertas de compra abaixo dessa referência para o animal com padrão-exportação. Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, a especulação baixista deve continuar assombrando o mercado do boi gordo na reta final do mês de maio. “Diante de uma oferta elevada de animais terminados, sobretudo de fêmeas, os preços da arroba têm grandes dificuldade em encontrar um piso de sustentação neste período de safra do boi”, observou a S&P Global. No Mato Grosso, informa a S&P Global, não há relatos de chuvas há mais de 30 dias, pressionando os pecuaristas a liquidarem lotes terminados, sobretudo fêmeas. “As indústrias locais que atuam apenas no mercado interno optam por comprar fêmeas gordas, diante de condições de preços que habilitam melhores margens operacionais”, afirma a consultoria. Na praça de Minas Gerais, a ausência de chuvas na região médio norte do Estado também intensificou a pressão de baixa na arroba do boi gordo. Nas demais regiões do País, o período de estiagem também contribui para o viés negativo no mercado do gordo, acrescentam os analistas da S&P Global. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 219/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 220/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca R$ 204/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 199/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 192/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Preços do suíno vivo têm queda geral

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 117,00/R$ 125,00, enquanto a carcaça especial cedeu até 1,06%, atingindo R$ 9,00/kg/R$ 9,30/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (23), houve retração de 1,67% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,46/kg, baixa de 3,67% no Paraná, alcançando R$ 6,03/kg, recuo de 0,64% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,17/kg, queda de 2,65% em Santa Catarina, custando R$ 5,87/kg, e de 3,00% em São Paulo, fechando em R$ 6,46/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cotações estáveis no mercado do frango do PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja baixou 1,96%, chegando a R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 2,17%, atingindo R$ 5,87/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado, valendo R$ 4,76/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, fixado em R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (23), o preço da ave congelada baixou 0,61%, alcançando R$ 6,53/kg, enquanto a ave resfriada desvalorizou 0,46%, fechando em R$ 6,55/kg.

Cepea/Esalq


Importações chinesas de carne de frango foram um terço maiores que em 2022

Segundo a SECEX, no primeiro quadrimestre de 2023 as exportações brasileiras de carne de frango direcionadas à China aumentaram 33,5% e representaram mais de 15% do volume total exportado no período. Já a receita cambial, graças à valorização do produto, aumentou 55%, correspondendo a quase 20% dos US$3,3 bilhões auferidos no período


Japão e África do Sul ascenderam – comparativamente ao mesmo período do ano passado – uma posição no ranking e agora ocupam o 2º e 3º postos como principais importadores do produto brasileiro. A segunda posição cabe a dois países do Oriente Médio – Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita – cujas importações, somadas, chegam a 237,2 mil toneladas, volume equivalente a 90% do que foi destinado à China. Os Emirados Árabes Unidos são os únicos entre os 10 primeiros a registrar queda nas importações, tendo adquirido um quarto a menos que no ano passado. Mas, tudo indica, trata-se de redirecionamento de entrada dos importadores para outro país – no caso, a Arábia Saudita, cujas importações aumentaram mais de 30%. Com isso, o volume somado dos dois importadores recuou apenas 1,36%, enquanto a queda na receita cambial ficou em 5,78%. Embora a África do Sul esteja ocupando, em volume, a terceira posição do ranking, a receita cambial dela proveniente (US$87,2 milhões, 1,69% a mais que há um ano) a coloca na 11ª posição, à frente apenas das Filipinas (6ª colocada em volume; 12ª em receita), que também registra redução (de quase 8%) na receita cambial, com retração no preço médio dos itens exportados. A receita cambial gerada pelos 10 principais importadores é quase um quarto maior que a do primeiro quadrimestre de 2022, correspondendo a, praticamente, dois terços do total registrado no período. Já a receita proveniente do terço restante, representado por 138 importadores, aumentou menos de 10%.

AGROLINK


GOVERNO


Ministro da Agricultura sinaliza que recursos para equalização do Plano Safra 2023/24 devem ser de R$ 18,5 bilhões

O montante destinado ao Plano Safra em vigor foi de R$ 12,6 bilhões


O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na quarta-feira que solicitou ao Tesouro Nacional “mais ou menos” o mesmo montante de recursos para a equalização de juros que foi destinado no Plano Safra 2014/15, há quase dez anos. Naquela temporada, o orçamento destinado à subvenção do crédito rural foi de R$ 11,6 bilhões. Segundo Fávaro, com a correção pela inflação, o montante seria o equalivalente a R$ 18,5 bilhões atualmente. Fávaro não quis especificar o número exato pedido à equipe econômica, mas ele tem sinalizado que serão necessários os R$ 18,5 bilhões para a equalização do Plano Safra 2023/24. “Nossa proposta é com bem mais recursos do que no Plano Safra 2022/2023“, disse a jornalistas na saída do Ministério da Fazenda, depois de participar de reunião com o próprio Fazenda, Fernando Haddad. O setor produtivo pede cerca de R$ 25 bilhões para apoiar os financiamentos a partir de julho deste ano. O montante destinado ao Plano Safra em vigor até o fim de junho (2022/23) foi de R$ 12,6 bilhões. O valor inclui o Pronaf, que atende a agricultura familiar, mas que hoje está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para médios e grandes produtores, sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, a fatia é de R$ 3,8 bilhões na temporada atual, explicou o Fávaro, o que mostra a diferença para se chegar aos mais de R$ 18 bilhões pretendidos. O Ministro disse que mostrou na reunião “as diferenças conjunturais” da safra 2022/23 e como esse cenário exige do governo “um Plano Safra mais robusto”. A principal preocupação é com a queda nos preços das commodities. O Ministro disse que, em momentos como este, é mais necessária a presença do Estado no apoio ao setor para não gerar reflexos negativos em toda a economia. "Vínhamos nos últimos sete anos com os preços de commodities aquecidos, e se fazia menos necessária a presença do Estado. Hoje temos quedas bruscas dos preços, muitos deles já abaixo dos custos de produção", disse Fávaro. O Ministro também criticou o Plano Safra em vigor, construído pela gestão passada, cujo orçamento para equalização deu sinais de esgotamento ainda em 2022. "Foi um Plano Safra muito aquém da necessidade da agropecuária brasileira, talvez imperceptível porque os preços das commodities eram altos, o que não acontece nesse momento", completou. "[Mostramos] a importância da agropecuária para a economia. Se não estivermos presentes nos financiamentos, os reflexos não vão acontecer só dentro das propriedades, nas fazendas, mas venderá menos trator, menos máquinas e equipamentos, menos fertilizantes, e haverá retrocesso na economia brasileira", explicou. De acordo com o Ministro, “houve bom entendimento” por parte do Ministério da Fazenda, que deve apresentar contraproposta “em uma semana”. Por fim, Fávaro afirmou que, paralelamente aos recursos do Tesouro, o Ministério da Agricultura vai “intensificar” soluções para que o mercado financie o agronegócio.

VALOR ECONÔMICO


Governo ajusta distribuição de limites equalizáveis do Plano Safra 2022/2023, diz Mapa

Os recursos suplementares permitem a equalização de cerca de R$ 7,429 bilhões em programas de financiamento e custeio no âmbito do Pronamp


O Ministério da Fazenda publicou na quarta-feira (24) a Portaria n0 446, para ajustar a distribuição de Limites Equalizáveis no Plano Safra 2022/2023. O ato altera a Portaria 6.454, de 19 de julho 2022, que autorizou o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais concedidos no âmbito do Plano Safra 2022/2023, que se encerra em 30 de junho deste ano. Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e Caixa foram os bancos contemplados pelo ajuste dos limites definidos ontem. O governo federal destinou mais R$ 200 milhões para reforçar o Plano Safra 2022/2023, que ainda está em vigor. Segundo a portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento, publicada no dia 11 de maio, serão alocados R$ 89,1 milhões para operações de custeio agropecuário e R$ 110,8 milhões para investimentos. Os recursos suplementares deverão permitir a equalização de cerca de R$ 7,429 bilhões para aplicação em programas de financiamento do Moderfrota, irrigação e demais investimentos e custeio no âmbito do Pronamp.

MAPA


EMPRESAS


Fórum dos presidentes irá discutir a intercooperação entre cooperativas do Paraná e da Europa

Nos dias 15 e 16 de junho, o Sistema Ocepar promove o Fórum dos Presidentes que, desta vez, vai contar com a participação de lideranças cooperativistas europeias


De acordo com a Coordenadora de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Carolina Bianca Teodoro, a presença de representantes da Europa está sendo viabilizada devido ao trabalho conjunto com a Confederação das Cooperativas Agroalimentares da União Europeia (Cogeca). “Em 2023, nós conseguimos estabelecer uma parceria extremamente importante com a Cogeca, que é responsável pelas cooperativas agropecuárias da Europa, e, junto com a OCB [Organização das Cooperativas Brasileiras], iremos promover vários debates, tentando aproximar as cooperativas paranaenses das europeias”, afirmou ela. “A nossa expectativa é a melhor possível, numa tentativa de fazer links sobre modelos de intercooperação, debater ações voltadas ao ESG, abordar oportunidades de negócios entre as cooperativas presentes e como podemos estreitar cada vez mais os nossos laços”, acrescentou Carolina. O Fórum dos Presidentes será realizado no Recanto das Cataratas, em Foz do Iguaçu. O evento deverá reunir aproximadamente 200 participantes. No primeiro dia, a abertura oficial será às 18h, com a presença dos presidentes dos Sistemas Ocepar, José Roberto Ricken, da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Marcio Lopes de Freitas, e da Cogeca, Ramon Armengol. Depois, a palestra magna será ministrada pelo engenheiro agrícola formado pela Universidade de Pelotas (RS), consultor e especialista em agronegócio, Paulo Herrmann. Quatro painéis, de uma hora e meia cada, integram a programação do segundo dia. O primeiro irá tratar sobre “Alianças estratégicas entre cooperativas” e será mediado pelo professor da Universidade de Alicante, da Espanha, José Daniel López, com a participação do presidente da Frimesa, Elias Zydek, do presidente da Castrolanda, Willen Bouwman, que falará em nome da Unium, do diretor administrativo e financeiro da Unimed Paraná, Alexandre Bley, e do diretor-geral da Ruchey Trops, da Espanha, Andrés Llorca. “Oportunidades de negócios” é o tema do segundo painel, que terá a medição do diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, e presença do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, do presidente do Cajamar Bank, da Espanha, Eduardo Baamonde Noche, da gerente de Competitividade da Apex Brasil, Clarissa Furtado, e do secretário de Comércio e Relações Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária, Roberto Perosa. O terceiro painel vai abordar as “Melhores práticas em ESG”, com a mediação da presidente do Sicoob Meridional, Solange Pinzon, e tendo como debatedores o diretor da Midcounties Co-operative, do Reino Unido, Peter Westall, o gerente executivo técnico da Cocamar e presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF, Renato Watanabe, e o presidente a Callosa D’em Sarrià, da Espanha, Salvador Solbes. O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Darci Hartmann, será o mediador do quarto painel, que será sobre “Infraestrutura e logística”, com o presidente da Cotriguaçu, Dilvo Grolli. Também foram convidados a gerente de Comunicação e Cooperação Internacional da Administração dos Portos de Sines e Algarve (APS), de Portugal, Ana Rosa, e o presidente da Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Fernando Garcia de Silva.

OCEPAR


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Deral: Falta de chuvas começa a preocupar desenvolvimento do milho no Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, a segunda safra de milho já tem 2% das lavouras em maturação, 39% em frutificação, 37% em floração e 22% ainda em descanso vegetativo.


Os técnicos do Deral classificam 91% das lavouras como em boas condições e 9% das lavouras em médias. Já nas áreas da primeira safra, 98% do total foi colhido até o momento, enquanto todo o restante está em maturação. Das lavouras ainda em campo, 80% estão classificadas como em boas condições e 20% em médias. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que 20% das lavouras da safrinha entraram em frutificação na região Norte, que apresenta dificuldades na comercialização do milho verão devido aos preços regionais após a colheita. As lavouras das regiões Noroeste e Centro-Oeste ainda estão em fases que requerem umidade para completar o ciclo de desenvolvimento vegetativo, florescimento e frutificação. “Já foram registradas perdas em lavouras de milho cultivadas em solos mais arenosos”, destaca o Deral. Já nas regiões Oeste e Sudoeste, a última semana de temperaturas amenas, com variações significativas ao longo do dia, permitiu bom desenvolvimento para as lavouras de milho. Porém, os técnicos apontam que, as previsões de pouca chuva para os próximos dias estão gerando preocupação. O não registro de chuvas significativas na última semana também afetou as lavouras de milho da região Sul, onde o solo seco está prejudicando as culturas de segunda safra, especialmente o milho que está em fase de formação de grãos.

SEAB-PR/DERAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em queda com aprovação do marco fiscal pela Câmara

Moeda americana apresentou força no exterior, em meio ao temor sobre um possível calote da dívida americana


O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em queda, com os investidores repercutindo a aprovação do novo marco fiscal pela Câmara dos Deputados. Com ajuda do ambiente doméstico, o real encerrou a sessão com o quarto melhor desempenho frente ao dólar, de uma lista das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial exibia desvalorização de 0,36%, a R$ 4,9534, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,9358 e a máxima de R$ 4,9658. Perto das 17h10, o contrato futuro da moeda americana para junho exibia desvalorização de 0,38%, a R$ 4,9605. Das 33 moedas mais líquidas, o real apresentou o quarto melhor desempenho, perdendo apenas para o peso mexicano, peso colombiano e florim da Hungria. Também no horário já mencionado, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis divisas de mercados desenvolvidos, avançava 0,38%, a 103,882 pontos. No pregão de hoje, a moeda americana apresentou força no exterior, em meio ao temor sobre um possível calote da dívida americana. Ainda que improvável, a aproximação da data limite para um acordo (em 1º de junho) vem criando um ambiente de estresse no mercado.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em queda pressionado por papéis ligados às metálicas

Entre as maiores oscilações do dia, o pregão também foi negativo para os frigoríficos, em meio aos casos de gripe aviária no Brasil. BRF ON (-5,55%), JBS ON (-4,89%) e Minerva ON (-2,28%) tiveram perdas firmes


O Ibovespa completou três sessões consecutivas de quedas na quarta-feira, pressionado pelo mercado externo. Além do imbróglio em torno do teto da dívida pública nos Estados Unidos, que mantém investidores cautelosos, perspectivas de piora na demanda por aço na China voltou a derrubar as ações de empresas ligadas às metálicas. Localmente, agentes também repercutiram a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. O Ibovespa fechou em queda de 1,03%, aos 108.800 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 18,37 bilhões no Ibovespa e R$ 22,97 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,73%, aos 4.115 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,77%, aos 32.799 pontos e Nasdaq registrou perdas de 0,61%, aos 12.484 pontos. A bolsa operou no vermelho desde os primeiros negócios do dia, pressionada pelo mau humor do investidor internacional e descolou da boa performance dos mercados de câmbio e juros, estes sim voltados para os avanços em Brasília. No front externo, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 4,61%, a cerca de US$ 96,6 dólares, na medida em que a reabertura chinesa não ocorre da forma como o mercado esperava e o yuan perde força ante o dólar. Ademais, a demanda por aço também preocupa, já que as siderúrgicas do país asiático cumprem limites de produção impostos pelo governo. “Este impasse em torno do teto da dívida dos EUA parece algo mais restrito ao curto prazo, mas deixa o mercado mais cauteloso. O Fed também indica estar próximo do fim do ciclo de aperto, o que reduz as possibilidades de uma recessão mais forte”, diz Priscila Araújo, gestora de renda variável da O3 Capital, se referindo também à ata da última reunião do BC americano. “A China, por outro lado, está patinando em termos industriais e parece caminhar para um cenário de médio prazo desafiador”, diz. A executiva espera, por estas razões, que as ações ligadas à economia local sigam performando melhor que as exportadoras à frente, reduzindo o “gap” que foi criado nos últimos anos, quando os papéis ligados aos preços de commodities se destacaram amplamente. “Se o cenário global ficar estável, a bolsa tem espaço para andar liderada pelas ações ligadas à economia local”, afirma.

VALOR ECONÔMICO


Taxas futuras de juros caem em toda a curva a termo após aprovação do texto-base do arcabouço na Câmara

As taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta quarta-feira em toda curva a termo no Brasil, com investidores reagindo positivamente à aprovação, na Câmara dos Deputados, do texto-base do novo arcabouço fiscal, com ampla margem de votos, enquanto os rendimentos dos Treasuries subiam no exterior


Na noite de terça-feira, a Câmara aprovou por 372 votos favoráveis a 108 contrários o texto, após ajustes de última hora feitos pelo relator, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), para tornar menos generosa a regra de gastos em 2024. A proposta criada para substituir o teto de gastos estabelece que as despesas federais não poderão crescer mais do que 70% da alta das receitas, além de definir que os gastos crescerão anualmente entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. “No decorrer das últimas semanas, algumas coisas foram mudadas, mas finalmente teremos uma nova regra fiscal. O principal ponto que trouxe otimismo é o limite para o aumento de gastos por parte do governo”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. Segundo o profissional, um dos maiores medos do mercado era justamente o descontrole das contas públicas. Com a colocação de limites e a aprovação do texto por ampla maioria na Câmara, as taxas de juros reagiram em baixa. “Isso ficou muito bem marcado na curva a termo, porque lá fora as taxas dos Treasuries subiam”, acrescentou Izac. Ironicamente, os EUA enfrentam discussões parecidas com as do Brasil, com o objetivo de ampliar o teto da dívida do governo para evitar um default no próximo mês. O diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, lembrou que as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) já vêm recuando há algumas semanas, sobretudo entre os contratos de longo prazo. "Pelo nosso modelo, os contratos para 2026, 2027, 2028, 2029, 2031, todos estes reverteram suas tendências. O 2025 deve reverter esta tendência de longo prazo esta semana", comentou Faria Júnior. "Isso não significa que as taxas vão cair muito mais, mas significa que elas vão ter dificuldades para subir." O profissional afirma que este movimento se dá em função do otimismo em relação ao arcabouço.

REUTERS


Inadimplência de empresas renova recorde em abril, diz Serasa Experian

A inadimplência de empresas seguiu crescendo em abril, atingindo novo recorde, com mais de 6,5 milhões de empreendimentos negativados, de acordo com indicador apurado pela Serasa Experian, divulgado na quarta-feira


Segundo a companhia de análise de informações de crédito, o dado de abril é o maior desde o início da série histórica em 2016. Em relação a março, houve acréscimo de 0,4% e ante abril de 2022, aumento de 6,4%. O valor total das dívidas em atraso também cresceu, atingindo 117,5 bilhões de reais. Segundo a Serasa, em média, cada CNPJ possui cerca de sete contas negativadas. "Com insumos encarecidos, juros altos e nenhum incentivo ao consumo, o fluxo de caixa das empresas não encontra espaço para crescer, o que torna a quitação de dívidas inviável para os donos de negócios", disse o economista, Luiz Rabi, da Serasa Experian, em comunicado. O comentário segue tendência já indicada por grandes bancos do país no mês passado, como Itaú Unibanco, que têm visto uma estabilização dos níveis de inadimplência entre a pessoa física, mas um quadro de "normalização gradual" ao longo dos próximos trimestres entre as empresas. O segmento de serviços é o mais impactado no levantamento da Serasa, sendo responsável por 54% das empresas negativadas do país. Na sequência, o comércio representa 37% e indústria 7,7%. São Paulo é o Estado com o maior número de empresas inadimplentes, com mais de 2 milhões de negativadas, disse a Serasa. Em segundo lugar está Minas Gerais, com 605.912, seguido por Rio de Janeiro, com 584.912; Paraná, com 413.648; Rio Grande do Sul, com 384.021; e Bahia, com 338.170. A Serasa afirmou que entre as mais de 6,5 milhões de empresas negativas, 5,76 são micro e pequenas que somam 94,5 bilhões de reais em dívidas.

REUTERS


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