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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 354 DE 14 DE ABRIL DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 354 |14 de abril de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: mercado mantém viés de baixa na arroba

Grande parte das indústrias frigoríficas de São Paulo, que preencheram as suas escalas de abate ao longo da semana, continuaram fora das compras nesta quinta-feira, contribuindo para novas baixas na arroba, segundo apuração da Scot Consultoria


Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado doméstico paulista) recuou R$ 5/@, para R$ 275/@, enquanto a vaca gorda teve baixa de R$ 2/@, chegando em R$ 252/@ e a novilha sofreu desvalorização de R$ 4/@, fechando o dia cotada em R$ 267/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” está em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo), acrescentou a Scot. Segundo a S&P Global Commodity Insight, “as negociações no mercado físico do boi gordo seguem truncadas, pois os frigoríficos continuam pressionando os preços da arroba, enquanto os pecuaristas resistem em efetivar novas vendas pelos patamares oferecidos”, reforça a consultoria. O “fator-câmbio” (desvalorização do dólar frente ao real – atualmente abaixo de R$ 5, mais precisamente em R$ 4,92) contribui para tornar mais nebuloso o atual ambiente de negócios. “Operações que atendem ao mercado externo observam com olhar atento os impactos da taxa de câmbio atual nas exportações brasileiras”, afirma os analistas. De acordo com a S&P Global, alguns frigoríficos exportadores relatam que os seus contratos de vendas já se encontram sob grande pressão e a atual cotação do dólar deve prejudicar ainda mais o faturamento do setor. “Deve-se ressaltar que, em 2023, as expectativas são de que as exportações brasileiras de carne bovina irão atuar como um fator de suporte aos preços do boi gordo no mercado interno, já que o consumo doméstico segue apático”, observam os analistas. Pelo lado da produção, dizem os especialistas, os pecuaristas relatam que preços abaixo dos patamares atuais não remuneram a atividade, pois os custos de produção de um animal terminado demandam investimentos mais altos. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 249/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 254/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca R$ 236/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 273/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 240/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Boi/Cepea: Arroba do boi volta a ser negociada acima do valor da carne

Os preços do boi gordo estão mais firmes no mercado paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, além da retomada dos envios de carne bovina à China, a possibilidade de manter o gado no pasto, devido às condições mais favoráveis das pastagens, também reforça a sustentação aos valores internos da arroba


Já no mercado atacadista da Grande São Paulo, o ritmo de vendas da carne bovina segue lento, o que mantém os preços da carcaça praticamente estáveis. Assim, com a recente recuperação no valor da arroba bovina e a estabilidade nas cotações da carne, nesta parcial de abril, a média de preço do animal para abate voltou a superar a da proteína. Vale lembrar que, em março, o boi gordo para abate foi negociado abaixo da carcaça casada, devido às desvalorizações um pouco mais intensas da arroba bovina nas primeiras semanas daquele mês, que resultaram em queda na média mensal.

Cepea


SUÍNOS


Mercado de suínos com poucas mudanças

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,50/R$ 9,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (12), houve queda de 0,31% no Paraná, chegando a R$ 6,36/kg), e ligeira alta de 0,15% em São Paulo, alcançando R$ 6,61/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,47/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e Santa Catarina (R$ 6,30/kg). O mercado da suinocultura independente registrou estabilidade nos preços nas principais praças que comercializam os animais nesta modalidade nas Bolsas de Suínos realizadas na quinta-feira (13).

Cepea/Esalq


Suínos/Cepea: demanda enfraquecida e a oferta elevada pressionaram os preços em março

A demanda enfraquecida e a oferta elevada pressionaram os preços do suíno vivo e da carne suína em março, movimento que foi observado na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Apesar da retração mensal, os valores do animal e da proteína ficaram acima dos registrados em março de 2022


Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno posto na indústria foi comercializado à média de R$ 7,31/kg em março, recuo de 5,1% frente à de fevereiro, mas expressivo aumento de 17,4% em relação à de março de 2022, em termos reais (a série de preços do Cepea foi deflacionada pelo IPCA de fevereiro/23). A retração mensal mais expressiva foi registrada na região mineira de Ponte Nova, onde o animal foi negociado à média de R$ 7,50/kg em março, queda de 6,7% frente ao mês anterior, mas avanço de 19,4% em relação à de março de 2022, em termos reais. Por outro lado, na Serra Gaúcha (RS), houve leve avanço de 0,7% de fevereiro para março, com o preço médio do suíno vivo indo a R$ 7,27/kg no último mês. No comparativo anual, houve alta de significativos 20%, também em termos reais. No mercado da carne, diante da demanda enfraquecida pela proteína suinícola, agentes do setor adotaram a estratégia de redução de preços, com o intuito de elevar a liquidez – muitos pretendiam escoar parte dos estoques. Com isso, no atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi comercializada à média de R$ 10,60/kg em março, queda de 5,7% em relação à do mês anterior, mas 16,3% acima da de março/22, em termos reais (série deflacionada pelo IPCA de fevereiro/23).

Cepea


Suinocultura independente: preços estagnados nas principais praças na quinta-feira (13)

Exceção ficou por conta do Paraná, que registrou queda no preço do animal ao longo da semana


No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 06/04/2023 a 12/04/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,73%, fechando a semana em R$ 6,28/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,30/kg vivo", disse o Lapesui. Em São Paulo o mercado teve acordo de R$ 7,22/kg vivo, mantendo o mesmo preço pela quarta semana consecutiva, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos, ficando sugerido o preço de comercialização em R$ 6,80/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou inalterado em R$ 6,51/kg vivo nesta semana.

AGROLINK


FRANGOS


Cotações estáveis no mercado do frango do PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,76%, custando R$ 6,50/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o valor ficou inalterado em R$ 4,32/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,93/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (12), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preços, custando, respectivamente, R$ 6,70/kg e R$ 6,74/kg.

Cepea/Esalq


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Cessão de rodovias à União deve fazer andar pedágio no PR

Expectativa é que termo de concessão seja assinado ainda em abril e formatação do edital de licitação possa avançar


A novela do pedágio no Paraná pode ganhar mais um capítulo nos próximos dias. A expectativa é que o governador assine ainda em abril o termo de concessão das rodovias estaduais ao governo federal para que o processo avance. A assinatura é fundamental para que se possa discutir e formatar o edital de licitação do novo pedágio, último passo antes da realização do leilão dos lotes 1 e 2 do Anel de Integração na Bolsa de Valores. Ex-coordenador da Frente Parlamentar do Pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) disse que é aguardada para abril a assinatura do termo de convênio da cessão das rodovias estaduais à União. “O termo de convênio tem que estar assinado para formatar o edital e colocar à disposição. Pode ser que o edital seja publicado ainda em abril. Os lotes devem ser postos ao mercado no final de abril ou começo de maio.” Antes disso, porém, a AGU (Advocacia-Geral da União) ainda deverá apontar o modelo de licitação a ser adotado. Recentemente, Ratinho Junior declarou que a concessão será por menor tarifa, sem outorga e com aporte financeiro em relação ao desconto concedido, o que garantiria a execução de obras. Mas Chiorato destacou que essa definição compete à AGU. “A gente está aguardando a AGU responder se pode ser feita a licitação com caução, pela Lei das Concessões, ou se será pela Lei de Licitações, com aporte. Se for aporte, a gente vai brigar para que a curva de 12% seja aumentada, chegando a 18%, para garantir o percentual de desconto e a execução das obras”, explicou. Mesmo com a dissolução da Frente Parlamentar do Pedágio pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSD), no início de março, o petista segue acompanhando os trâmites referentes à concessão das rodovias no Estado, mas ressaltou que sem um posicionamento da AGU, não há como avançar. Desde novembro de 2021, quando se encerrou o antigo contrato com as concessionárias, as cancelas foram liberadas e os motoristas deixaram de pagar para circular nas rodovias paranaenses. Há quase um ano e meio sem manutenção, as estradas já apresentam problemas, como o ocorrido na BR-277, principal via de acesso ao Porto de Paranaguá, interditada várias vezes desde outubro do ano passado em razão de quedas de barreiras, riscos de desmoronamento e rachaduras na pista. A última interdição coincidiu com o transporte da safra de soja, gerando muita reclamação do setor produtivo, que aponta prejuízos milionários e pressiona o governo do Estado por maior agilidade na definição do pedágio. A demora acontece porque desde 2021, quando o Ministério da Infraestrutura apresentou aos paranaenses a proposta do governo federal para o pedágio no Estado, na gestão de Jair Bolsonaro, foram feitos inúmeros questionamentos e houve muita divergência. Entre os parlamentares, opositores afirmavam que, se acatada, a proposta do governo federal não garantiria a execução de obras nem reduziria os valores das tarifas. Mesmo sob críticas, a questão avançou e, no final do governo Bolsonaro, o critério de licitação para a concessão das rodovias no Paraná chegou perto de uma definição. Com a derrota de Bolsonaro nas urnas e a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, o grupo de trabalho responsável pelo setor de infraestrutura na equipe de transição do novo governo classificou a situação do pedágio paranaense como “preocupante” e de “alto risco” e sugeriu uma nova avaliação.

FOLHA DE LONDRINA


TCP cresce 619% em movimentação anual de contêineres em 25 anos

Maior corredor de exportação de frango congelado do mundo, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR) aposta na ampliação de infraestrutura em 2023 com aporte de R$ 370 milhões


O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) contabilizou 1,16 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés de comprimento) em 2022, o que representou um recorde de 619% na movimentação de contêineres desde a fundação da empresa, em 1998.

Os dados foram divulgados na quinta-feira (13), data em que a organização completou 25 anos. Para manter o crescimento, o TCP tem divulgado planos de investimentos, entre eles o mais recente no valor R$ 370 milhões para ampliação do gate (portões de entrada e saída de veículos), instalação da subestação de energia e a expansão em 43% da área refrigerada, que passa de 3.572 para 5.126 tomadas. “Hoje, o TCP é o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do mundo. A ampliação é fundamental para suprir a demanda do agronegócio e fortalecer nossa posição como o maior terminal reefer do Brasil”, explica o Gerente Comercial, de logística e de atendimento ao cliente, Giovanni Guidolim. Em 1998, o pátio contava com 42,5 mil m², espaço que está dez vezes maior, com 487 mil m² de área. O cais e o calado também passaram por mudanças para facilitar a chegada do maior navio da história do terminal, com 347 metros de comprimento e 45 metros de largura: o porta-contêineres APL Yangshan. No ano passado, o TCP alcançou 202 movimentos por hora (MPH) neste único navio. Guidolim acrescenta que, com o porte atual do TCP, várias necessidades de clientes podem ser solucionadas, como logística no armazém de importação, além do atendimento e gestão das operações. O objetivo é que a empresa "se torne um porto concentrador de referência mundial no mercado”.

GLOBO RURAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar recua ante real pelo 3º dia seguido

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9275 reais na venda, em baixa de 0,27%. Este é o menor valor de fechamento para a moeda americana desde 9 de junho de 2022. Nas últimas três sessões, o dólar acumulou baixa de 2,73%


Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a 4,9385 reais. Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor para demanda final caiu 0,5% no mês passado. Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 11.000, para 239.000, em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 8 de abril. Os dados fracos nos EUA penalizaram a moeda norte-americana e reforçaram a avaliação de que o Federal Reserve está próximo de encerrar seu ciclo de alta de juros. Por outro lado, os dados da China foram favoráveis. O país asiático reportou alta de 14,8% das exportações em março ante o ano anterior, sendo que economistas previam queda de 7%. Já as importações pela China caíram apenas 1,4%, ante previsão de baixa de 5,0%. Para Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, “no Brasil, o que também ajuda é o fluxo contínuo de investimentos”, acrescentou, lembrando que o diferencial de juros entre Brasil e EUA segue atrativo aos estrangeiros. No melhor momento do dia, às 12h45, o dólar chegou a operar abaixo dos 4,90 reais, cotado na mínima de 4,8946 (-0,94%). Ainda assim, operador ouvido pela Reuters lembrou que as notícias mais recentes, incluindo as relacionadas ao novo arcabouço fiscal, ainda a ser implementado pelo governo, foram positivas, o que faz com que o dólar não tenha motivos para subir ante o real. No exterior, a moeda norte-americana seguia em baixa no fim da tarde.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com ajustes após três altas seguidas

No setor de proteínas, a BRF ON cedeu 7,64%, a 6,29 reais, com analistas do Bank of America cortando a recomendação das ações a "underperform" e reduzindo o preço-alvo de 9 para 6,3 reais. MARFRIG ON recuou 7,05%, a 6,33 reais. Em outro relatório, o BofA manteve a recomendação "neutra" para os papéis, mas o preço-alvo caiu de 9 para 7,6 reais


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,4%, a 106.457,85 pontos. O volume financeiro somou 22,2 bilhões de reais. Até a véspera, o Ibovespa acumulava na semana alta de 6%, refletindo perspectivas relacionadas à taxa Selic, em meio à desaceleração recente do IPCA, bem como algum alívio nas incertezas fiscais após a apresentação da proposta de um novo arcabouço que substituirá a regra do teto dos gastos. De acordo com César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset, com o IPCA, divulgado na terça-feira, criou-se a expectativa de que o Banco Central, mantida essa tendência de desaceleração da inflação, tem espaço para reduzir a Selic já no começo do segundo semestre. "Isso deu um alento." O noticiário norte-americano tem contribuído com a melhora do apetite a risco que beneficia as ações brasileiras, com moderação na inflação recente e dados mostrando certa acomodação no mercado de trabalho. Esse cenário apoia expectativas de que o fim do ciclo de altas de juro nos Estados Unidos pode estar próximo. O índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), conhecido na quarta-feira, ficou um pouco abaixo do esperado. Em Wall Street, nesta quinta-feira, que contou ainda com dados de preços ao produtor, o S&P 500 subiu mais de 1%. O gestor da Western Asset ainda chamou a atenção para dados na China no começo da semana, de inflação mais fraca. Segundo ele, a leitura "mostra que aquele país tem mais espaço para estímulos para acelerar a economia". E essa perspectiva, acrescentou, beneficia preços de commodities e acaba ajudando o Brasil.

REUTERS


IBGE eleva projeção para safra de grãos de 2023

Instituto prevê colheita de 299,7 milhões de toneladas


A safra brasileira de grãos deve atingir patamar recorde de 299,7 milhões de toneladas em 2023, um aumento de 13,9% sobre 2022, ou de 36,5 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com previsão anterior, de fevereiro, a estimativa atual é 0,5% maior, com diferença de 1,7 milhão de toneladas. A estimativa da área total a ser colhida com grãos neste ano é de 76,1 milhões de hectares, 3,9% acima de 2022 e 0,4% superior à última estimativa. O IBGE informou que é esperado avanço de 23,2% na produção de soja, totalizando 147,2 milhões de toneladas, e aumento de 8,7% na produção de milho – o que implica um crescimento esperado de 9,7% na primeira safra e de 8,4% na segunda safra. A previsão é de uma colheita total de 119,8 milhões de toneladas do grão (dos quais 27,9 milhões de toneladas na 1ª safra e 91,9 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A previsão também é de alta de 2,8% na produção de algodão herbáceo (em caroço), para 6,9 milhões de toneladas. Algumas culturas terão safra menor. A previsão do IBGE é de recuos de 7,6% na colheita de arroz (para 9,8 milhões de toneladas) e de 2,6% na do trigo (para 9,8 milhões de toneladas). Quanto à área a ser colhida por cultura, o IBGE estima expansão de 3,3% na área de cultivo do milho (aumento de 1,2% no milho 1ª safra e de 4,1% no milho 2ª safra). A área do algodão herbáceo deve crescer 1,8%, a do trigo deve aumentar em 2,5%, e a da soja, em 5,4%. Por outro lado, deve haver declínios nas áreas de arroz (-6,5%) e de sorgo (-0,8%). Na comparação com as projeções divulgadas em fevereiro, houve aumento nas estimativas de produção de trigo (em 13%, ou 1,12 milhões de toneladas), cevada (11,7% ou 54 mil toneladas), café canephora (2,9% ou 28,9 mil toneladas), soja (1,5% ou 2,2 milhões de toneladas), algodão herbáceo (em caroço) (1,4% ou 96,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (0,3% ou 3,4 mil toneladas), aveia (0,1% ou 600 toneladas). Por outro lado, houve redução de um mês para o outro nas estimativas de produção do milho 1ª safra (-2,8% ou -817,8 mil toneladas), fumo (-1,8% ou -12,3 mil toneladas), arroz em casca (-1,8% ou -177,4 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,3% ou -18,3 mil toneladas), milho 2ª safra (-0,9% ou -828,6 mil toneladas), café arábica (-0,3% ou -5,9 mil toneladas) e feijão 3ª safra (-0,1% ou -505 toneladas).

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