CLIPPING DO SINDICARNE Nº 1008 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 1008 | 09 de dezembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Cotações do boi gordo abrem a semana com estabilidade
Ambiente de preços firmes reflete o ritmo acelerado das exportações e o aquecimento do consumo interno de carne bovina, impulsionado sobretudo pelo pagamento dos salários, além do 13º. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dias. Boi China: PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dia.
Os preços do boi gordo abriram a semana com estabilidade nas principais praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo os analistas da Agrifatto, o ambiente de cotações firmes reflete o ritmo acelerado das exportações e o aquecimento do consumo interno de carne bovina, impulsionado sobretudo pelo pagamento dos salários, além do 13º. Porém, diz a consultoria, o volume de negócios continua limitado, impedindo a ampliação das escalas de abate dos frigoríficos nacionais — que contabilizam oito dias úteis na média nacional —, dificultando qualquer movimento consistente de baixa. Na segunda-feira (8/12), em um início de semana naturalmente mais lento, o preço de referência do boi gordo na praça de São Paulo seguiu em R$ 325/@, enquanto o valor médio das outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto permaneceu em R$ 307,40/@. “Pelo quarto dia consecutivo, nenhuma das regiões acompanhadas registrou variações, reforçando o padrão de estabilidade no mercado físico”, ressaltam os analistas da Agrifatto. Segundo os dados apurados pela Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo sem padrão-exportação segue em R$ 322/@, o “boi-China” está cotado em R$ 326/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha em R$ 314/@ (todos os preços são brutos, no prazo). A primeira semana de dezembro/25 foi marcada por um leve otimismo nos mercados físico e futuro, reforçando a percepção de que o fim do ano deve ser de maior estabilidade para as cotações do boi gordo, relatam os analistas da Agrifatto. No mercado físico, diz a consultoria, os grandes frigoríficos já trabalham com escalas avançadas para janeiro/26, o que reduz parte da pressão de compra neste início de mês. Com isso, na última semana, o indicador DATAGRO acompanhou esse movimento e apresentou um leve aumento, fechando a R$ 322,01/@, uma alta de 0,21% em relação ao preço da semana anterior. O contrato futuro do boi gordo com vencimento em dezembro/25 encerrou a R$ 321,35/@ (+0,58%), enquanto janeiro/26 fechou a R$ 326,10/@ (+0,88%), fevereiro/26 a R$ 327,25/@ (+0,12%) e março/26 a R$ 329,70/@ (-0,21%). A diferença entre o mercado físico e o futuro permanece estreita para o contrato de dezembro/25, ao passo que os vencimentos mais longos continuam indicando ágio e antecipando expectativa de preços mais firmes ao longo do primeiro trimestre de 2026.
Cotações do boi gordo desta segunda-feira (8/12), conforme levantamento diário da Agrifatto:
SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. Média: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias.
MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dia.
Preços brutos do “boi-China” na segunda-feira (8/12), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 322,50/@ (à vista) e R$ 326,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 321,50/@ (à vista) e R$ 32500/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 313,50/@ (à vista) e R$ 317,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 313,50/@ (à vista) e R$ 317,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 306,50/@ (à vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 304,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,00/@ (à vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 303,00/@ (à vista) e R$ 306,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
Exportações de carne bovina do Brasil disparam em dezembro com crescimento de 59% no volume e 80% no faturamento
Na primeira semana de dezembro/25, volume e faturamento avançam mais de 50% em relação ao ano passado, com preço médio da tonelada registrando alta de 13,4%
As exportações brasileiras de carne bovina seguem firmes em dezembro e alcançou 76,7 mil toneladas na primeira semana de dezembro/25, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano anterior, o Brasil exportou 202,5 mil toneladas de carne bovina em dezembro de 2024. A média diária exportada ficou em 15,3 mil toneladas na primeira semana de dezembro, isso representa um avanço de 59,1% frente a média diária exportada em dezembro do ano passado, que foi de 9,6 mil toneladas. Já no faturamento a primeira semana de dezembro de 2025 alcançou US$ 430,9 milhões, enquanto no fechamento de dezembro do ano anterior ficou em US$ 1,002 bilhão. A média diária do faturamento até a primeira semana de dezembro ficou em US$ 86,1 milhões e registrou um ganho de 80,5%, frente ao observado no mês de dezembro do ano passado, que ficou em US$ 47,7 milhões.
Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.617 por tonelada até a primeira semana de dezembro/25 e isso representa um ganho anual de 13,4%, já que o valor médio em 2024 estava em US$ 4.952 por tonelada.
SECEX/MDIC
SUÍNOS
Média diária exportada de carne suína avança 45% na primeira semana de dezembro/25
Segundo a Secex, houve crescimento em volume e na receita, com média diária de embarques atingindo 6,5 mil toneladas e preço médio em US$ 2.560 por tonelada.
As exportações brasileiras de carne suína in natura chegaram em 32,7 mil toneladas até a primeira semana de dezembro de 2025, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano anterior, os embarques em dezembro somaram 94,4 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada na primeira semana de dezembro ficou em 6,5 mil toneladas, avanço de 45,5% em relação à média de dezembro de 2024, com 4,4 mil toneladas por dia. No preço, a tonelada de carne suína foi negociada a US$ 2.560, valor 1,3% maior que o observado no ano anterior, quando o preço médio estava em US$ 2.529 por tonelada. O faturamento acumulado pelo setor na primeira semana de dezembro/25 alcançou US$83,7 milhões. Em novembro de 2024, a receita total havia sido de US$ 238,8 milhões. A média diária de faturamento ficou em US$ 16,7 milhões, com ganho de 47,3% frente a dezembro do ano passado, quando a média diária era de US$ 11,3 milhões.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Frango: Média diária exportada tem alta de 30% na primeira semana de dezembro/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 128,09 mil toneladas na primeira semana de dezembro/25.
No ano passado, o volume total exportado foi de 413,4 mil toneladas em 21 dias úteis de dezembro. A média diária na primeira semana de dezembro/25 ficou em 25,6 mil toneladas, sendo que isso representa um ganho de 30,1% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 19,6 mil toneladas. O preço pago pelo produto até a primeira semana de dezembro ficou em US$ 1.687 por tonelada e isso representa uma queda de 8,7% se comparado com os valores praticados em dezembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.848 por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a primeira semana de dezembro ficou em US$ 216,1 milhões, enquanto em dezembro do ano anterior o valor ficou em US$ 764,2 milhões. Já a média diária de faturamento ficou em US$ 43,2 milhões, alta de 18,8 % frente a média diária observada em dezembro do ano anterior, que ficou em US$ 36.3 milhões.
SECEX/MDIC
GOVERNO
Ministério da Agricultura cria Programa Nacional de Rastreabilidade Voluntária
Proposta não será limitada a um nicho e vai abarcar cadeias produtivas
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu o Programa Nacional de Rastreabilidade Voluntária (PNRV). A iniciativa foi publicada na segunda-feira, 8, por meio de uma portaria da pasta. Segundo o documento, a ideia é “promover e possibilitar a rastreabilidade voluntária das cadeias produtivas da agropecuária”. Conforme a pasta, o PNRV vai funcionar dentro do âmbito do Programa Agro Brasil + Sustentável, que entre outras funções permite que o produtor tenha acesso a crédito rural mais barato por práticas sustentáveis. O PNRV vai servir para “produtos ao longo da cadeia produtiva e logística” e terá abrangência para agentes que fazem parte dessas cadeias. A responsabilidade de implementar e operacionalizar o novo programa será da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Mapa, que poderá ser feita mediante parcerias ou acordos. Também está previsto um chamamento público para selecionar o operador que vai ser responsável por garantir os registros e acompanhamento das informações de acordo com o padrão do Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias (Brasil-ID/Rastro-ID). Os dados e informações deverão estar no Sistema Integrado de Rastreabilidade (SIR). A portaria traz ainda regras sobre a segurança e a capacidade de armazenamento desses dados. O Programa Nacional de Rastreabilidade Voluntária foi apresentado pelo Mapa na AgriZone, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). A pasta tem ainda ao menos duas iniciativas de rastreabilidade com focos diferentes: o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), criado em 2024, e o Programa Nacional de Rastreabilidade de Produtos Agrotóxicos, anunciado com implementação adiada.
O ESTADO DE SÃO PAULO/AGRO
INTERNACIONAL
Filipinas proíbem importações de carne suína da Espanha e de Taiwan devido a surtos de peste suína
As Filipinas proibiram temporariamente as importações de suínos e produtos suínos da Espanha e de Taiwan após surtos de peste suína africana em ambos os locais, anunciou o Ministério da Agricultura de Manila.
Surtos de peste suína africana em países europeus e nas Filipinas criam oportunidades para fornecedores do Brasil, que tem no país asiático o principal cliente. As Filipinas foram o principal destino das exportações de carne suína do Brasil de janeiro a novembro, com 350,1 mil toneladas, aumento anual de 49,1%, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). "Temos que ser vigilantes na prevenção de novas infecções por PSA para proteger empregos e investimentos", disse o ministro da Agricultura, Francisco Tiu Laurel, em um comunicado na segunda-feira. A proibição da carne suína da Espanha, o maior produtor da União Europeia, segue um relatório de 28 de novembro das autoridades veterinárias do país confirmando à Organização Mundial de Saúde Animal a presença de casos de PSA entre porcos selvagens em Barcelona. As autorizações de importação para Taiwan e Espanha foram "automaticamente revogadas", informou o ministério. Somente produtos suínos congelados produzidos na Espanha até 11 de novembro e carregados até 4 de dezembro terão permissão para entrar nas Filipinas, acrescentou o ministério. A peste suína africana não é prejudicial aos seres humanos, mas se espalha rapidamente entre porcos e javalis. Vários países já reagiram à sua disseminação na Espanha.
REUTERS
Índice de Preços de Alimentos da FAO recua pelo terceiro mês consecutivo; carnes seguem em patamar elevado
O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FAO Food Price Index – FFPI) registrou nova queda em novembro de 2025, marcando o terceiro mês consecutivo de recuo nos preços médios globais dos alimentos. O índice ficou em 125,1 pontos, uma redução de 1,2% em relação a outubro e 2,1% abaixo do nível observado em novembro de 2024.
Apesar dessa trajetória de queda recente, o índice ainda permanece bem acima dos níveis históricos anteriores à pandemia e segue 21,9% abaixo do pico registrado em março de 2022, no auge das disrupções logísticas globais e dos choques geopolíticos. A redução de novembro foi puxada principalmente pelos preços de lácteos, carnes, açúcar e óleos vegetais, que mais do que compensaram a alta observada no grupo dos cereais. O que o movimento geral do índice sinaliza ao mercado. Em termos gerais, a leitura do FFPI sugere um ambiente de maior acomodação dos preços internacionais dos alimentos, apoiado por: Perspectivas globais de oferta relativamente confortáveis; Melhora nas safras em países-chave; Ajustes logísticos após anos de instabilidade; Arrefecimento de alguns focos de demanda, sobretudo em grandes importadores. No entanto, essa tendência não é homogênea entre os diferentes grupos de produtos. E é justamente no grupo das carnes que aparecem sinais importantes — e até contraditórios — para o mercado global. Carne: queda mensal, mas preços seguem mais altos que há um ano O Índice de Preços da Carne da FAO registrou média de 124,6 pontos em novembro, com queda de 0,8% em relação a outubro. Ainda assim, o índice permanece 4,9% acima do registrado no mesmo período de 2024, evidenciando que, mesmo com recuo recente, os preços da carne seguem historicamente elevados. Essa dinâmica reflete comportamentos distintos entre os diferentes tipos de proteína animal. Suínos e aves puxam a queda. A redução mensal do índice foi impulsionada principalmente pelos preços da carne suína e de aves. Carne de frango: houve recuo nas cotações internacionais, sobretudo devido à queda nos valores de exportação do Brasil. O movimento ocorreu em um contexto de oferta abundante e concorrência internacional mais acirrada, além do esforço dos exportadores brasileiros para recuperar participação de mercado após o fim de restrições comerciais relacionadas à influenza aviária de alta patogenicidade (HPAI). A China, um dos principais compradores, retirou suas restrições no início de novembro, aumentando a competitividade entre fornecedores globais. Carne suína: os preços também apresentaram queda, principalmente na União Europeia, onde a oferta segue elevada e a demanda externa está mais fraca, especialmente da China. A redução do apetite chinês foi intensificada após a introdução de novas tarifas de importação no início de setembro. Carne bovina mostra estabilidade
Ao contrário do que ocorreu com aves e suínos, as cotações da carne bovina permaneceram amplamente estáveis no mercado internacional. Um dos fatores destacados pela FAO foi a retirada de tarifas sobre a importação de carne bovina pelos Estados Unidos, o que ajudou a conter pressões de alta, principalmente sobre produtos australianos. Com isso, grandes exportadores ajustaram seus preços para manter competitividade, resultando em estabilidade nas cotações globais da carne bovina, mesmo diante de uma demanda ainda firme.
FAO/BEEFPOINT
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
No acumulado até o terceiro trimestre, agro puxa crescimento da economia com alta de 11,6%
A agropecuária brasileira segue se destacando na economia nacional. No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. Nesse resultado, o maior destaque foi o desempenho da agropecuária, com crescimento expressivo de 11,6%. A Indústria avançou 1,7% e o setor de Serviços registrou alta de 1,8%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No terceiro trimestre de 2025, o PIB variou 0,1% frente ao trimestre anterior, considerando a série com ajuste sazonal. A agropecuária apresentou crescimento de 0,4%, a Indústria avançou 0,8% e os Serviços tiveram leve variação positiva de 0,1%, mantendo estabilidade no período.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o PIB cresceu 1,8% no terceiro trimestre de 2025. O aumento do Valor Adicionado a preços básicos foi de 1,9%, enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios tiveram alta de 1,4%. A agropecuária registrou crescimento de 10,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Além da contribuição positiva da pecuária, dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado em novembro pelo IBGE, indicam aumento na produção e produtividade de culturas com forte peso na safra do período, como milho (23,5%), laranja (13,5%), algodão (10,6%) e trigo (4,5%). Em contrapartida, a cana-de-açúcar apresentou leve retração de 1,0%. Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, os resultados refletem o fortalecimento da política agrícola e a ampliação das oportunidades para o setor. “O desempenho do agro mostra a força do produtor brasileiro, que segue inovando e ampliando a produção com sustentabilidade. Esse crescimento é resultado direto do acesso ao crédito e da abertura de mercados, que garantem mais competitividade ao nosso país”, destacou. O PIB acumulado nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2025 cresceu 2,7% frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O resultado foi impulsionado pelo avanço do Valor Adicionado a preços básicos, também de 2,7%, e pelos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios, que cresceram 2,9%. Nesse período, a agropecuária teve crescimento de 9,6%, a Indústria avançou 1,8% e os Serviços registraram alta de 2,2%. De acordo com a analista das Contas Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio, o bom desempenho do setor produtivo também impactou positivamente outras atividades da economia. Segundo ela, “o grande escoamento de produção de commodities, decorrente do bom desempenho da Extrativa Mineral e da Agropecuária, contribuiu positivamente para a atividade de Transporte, armazenagem e correio”.
Mapa
ECONOMIA
Dólar tem forte alta e atinge R$5,4346 após Flávio Bolsonaro ser apontado pelo pai como candidato
O dólar disparou no Brasil e voltou a fechar acima dos R$5,40 na sexta-feira, com o mercado reagindo negativamente à notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu o filho Flávio como candidato à Presidência em 2026, para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A visão do mercado é de que o nome de Flávio, senador pelo PL, inviabiliza a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) -- o favorito dos investidores para a disputa com Lula. O dólar à vista fechou aos R$5,4346, com forte alta de 2,34% -- o maior avanço percentual desde 10 de outubro deste ano, quando a moeda disparou 2,39% em meio ao mau humor do mercado com a política fiscal do governo. No ano, porém, a divisa acumula perdas de 12,05%. Às 17h21, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 2,40% na B3, aos R$5,4690. O dólar chegou a oscilar abaixo dos R$5,30 no início do dia no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, mas a indicação de Flávio para a corrida presidencial caiu como uma bomba no mercado. Preso por tentativa de golpe de Estado e inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro escolheu o senador Flávio Bolsonaro (PL) como candidato à Presidência em 2026, informou o Metrópoles no início da tarde. Posteriormente, a Reuters confirmou a informação com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o próprio Flávio disse no X que havia sido escolhido. Em reação, o dólar disparou ante o real, escalando rapidamente para acima dos R$5,40. “O mercado fez a leitura de que a candidatura de Flávio desarticula qualquer possível aliança mais ampla da direita. E com isso as chances de Lula para 2026 sobem substancialmente”, comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria FB Capital, acrescentando que houve um “movimento agudo especulativo”. O forte avanço do dólar ante o real esteve na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, onde investidores seguiam apostando em novo corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. Às 17h21, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,07%, a 99,009.
REUTERS
Ibovespa desaba com pré-candidatura de Flávio Bolsonaro revertendo começo de mês positivo
O Ibovespa desabou mais de 4% na sexta-feira, na maior queda em um dia desde fevereiro de 2021, pressionado por anúncio de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi escolhido pelo pai para ser candidato a presidente da República em 2026.
A forte correção ocorreu após o índice renovar recorde mais cedo no dia, quando ultrapassou os 165 mil pontos pela primeira vez. A piora na bolsa paulista teve como gatilho o noticiário sobre decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de escolher seu filho mais velho para ser o candidato do bolsonarismo à Presidência no ano que vem, confirmada pelo próprio senador em publicação no X. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 4,25%, a 157.462,94 pontos, de acordo com dados preliminares, após avançar a 165.035,97 na máxima do dia, renovando topo histórico. No pior momento, recuou a 157.006,61 pontos.
Com tal desempenho, a primeira semana de dezembro acabou com queda acumulada de 1,01%, ante acréscimo de mais de 3% até a véspera. No ano, o Ibovespa ainda sobe 30,91%.
O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somava R$40,95 bilhões antes dos ajustes finais.
REUTERS
Preços mundiais dos alimentos caem pelo terceiro mês em novembro, diz FAO
Os preços mundiais das commodities alimentares caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, com todos os principais alimentos básicos, exceto os cereais, apresentando declínio, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na sexta-feira.
O Índice de Preços de Alimentos da FAO, que acompanha uma cesta de commodities alimentares comercializadas globalmente, atingiu uma média de 125,1 pontos em novembro, abaixo dos 126,6 pontos revisados em outubro e o menor valor desde janeiro. A média de novembro também ficou 2,1% abaixo do nível do ano anterior e 21,9% abaixo do pico em março de 2022, após a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia, disse a FAO. A referência de preço do açúcar caiu 5,9% em relação a outubro, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2020, pressionado por amplas expectativas de oferta global, enquanto o índice de preços dos laticínios caiu 3,1% em um quinto declínio mensal consecutivo, refletindo o aumento da produção de leite e da oferta de exportação. Os preços dos óleos vegetais recuaram 2,6%, atingindo uma mínima de cinco meses, já que as baixas nas cotações da maioria dos produtos, incluindo o óleo de palma, superaram a alta do óleo de soja. Os preços das carnes retraíram 0,8%, com a carne suína e de aves liderando a queda, enquanto as cotações da carne bovina se estabilizaram após a remoção das tarifas dos EUA sobre as importações de carne bovina, disse a FAO. Em contrapartida, o preço de referência dos cereais da FAO aumentou 1,8% em relação ao mês anterior. Os preços do trigo subiram devido à demanda potencial da China e às tensões geopolíticas na região do Mar Negro, enquanto os preços do milho foram sustentados pela demanda por exportações brasileiras e por relatos de interrupções climáticas nos trabalhos de campo na América do Sul. Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO elevou a previsão de produção global de cereais para 2025 para um recorde de 3,003 bilhões de toneladas, em comparação com 2,990 bilhões de toneladas projetadas no mês passado, principalmente devido ao aumento das estimativas de produção de trigo. A previsão de estoques mundiais de cereais no final da temporada 2025/26 também foi revisada para cima, para um recorde de 925,5 milhões de toneladas, refletindo as expectativas de expansão dos estoques de trigo na China e na Índia, bem como estoques mais altos de grãos nos países exportadores, disse a FAO.
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