CLIPPING DO SINDICARNE Nº 1003 DE 02 DE DEZEMBRO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 1003 | 02 de dezembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preço do boi gordo abre dez/25 com estabilidade
Na segunda-feira (1/12), em um movimento típico de início de semana, a arroba se manteve R$ 320 em São Paulo (média entre o animal “comum” e o “boi-China”), enquanto a média das outras 16 regiões ficou em R$ 305,30, de acordo com os dados apurados pela Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de seis dias. Boi China: PARANÁ: R$ 326/@ (à vista) e R$ 330,00/@ (prazo)
Segundo levantamento da Scot Consultoria, os preços do boi gordo sem padrão-exportação e o “boi-China” registram estabilidade há 18 dias no mercado paulista, encerrando a segunda-feira (1/12) em R$ 320/@ e R$ 325, respectivamente (valores brutos, no prazo). No mercado futuro, os contratos do boi gordo encerraram a sessão de sexta-feira (28/11) da B3 em queda pelo segundo dia seguido. O contrato para vencimento em janeiro/26 puxou novamente a queda, fechando o pregão a R$ 324,30/@, com baixa de 0,35% em relação ao dia anterior. Segundo a consultoria, as vendas domésticas de carne bovina aumentaram na última terça-feira e se firmaram a partir de quarta, com boa movimentação no fim de semana. No atacado, diz a Agrifatto, as distribuições de carne bovina avançaram entre terça e quarta e ganharam mais tração na quinta-feira e na sexta-feira. O movimento seguiu firme no sábado e na madrugada desta segunda-feira. Na avaliação dos analistas da consultoria, o mercado do boi tende a seguir com tendência de alta nas próximas semanas, sustentada pela combinação de demanda externa ainda em ritmo forte e o consumo interno prestes a ganhar ainda mais força com o crescimento esperado ao longo das tradicionais festas de fim de ano. Novembro registrou leves avanços nos preços do boi gordo em grande parte do País. Na praça paulista, segundo o Indicador CEPEA, o preço médio encerrou o mês em R$ 322,08/@, com alta mensal de 3,73%, e o maior patamar desde abril/25, calcula a Agrifatto. Cotações do boi gordo da segunda-feira (1/12), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias.
RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do “boi-China” na segunda-feira (1/12), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 321,00/@ (à vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 316,00/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 316,00/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 311,00/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo) PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 306,00/@ (à vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 299,00/@ (à vista) e R$ 303,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 276,50/@ (à vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 301,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 298,00/@ (à vista) e R$ 302,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
FRANGOS
CEPEA: Queda nos preços do frango vivo em novembro reduz poder de compra do avicultor paulista
Depois de registrar em outubro a relação de troca mais favorável da história frente ao farelo de soja, dados do Cepea mostram que o avicultor paulista voltou a apresentar queda no poder de compra em novembro – além do derivado de soja, a perda também é observada frente ao milho.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento resulta da desvalorização do frango vivo e da alta nos preços desses insumos, essenciais na produção de avicultura de corte. Na parcial de novembro (até o dia 26), dados do Cepea mostram que o frango vivo foi negociado no estado de São Paulo à média de R$ 6,10/kg, baixa de 2,6% em relação à do mês anterior. Já a tonelada de farelo registra média R$ 1.724,78 na região de Campinas (SP), com avanço de 5,3% em relação à de outubro. Diante disso, cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de frango vivo, o produtor consegue comprar, nesta parcial de novembro, 3,54 quilos de farelo, contra 3,83 quilos em outubro. Ressalta-se, contudo, que, mesmo diante dessa queda, a margem de ganho segue favorável para o avicultor. O volume adquirido neste mês está 7,3% acima da média deste ano, considerando-se os valores em termos reais (a série foi deflacionada pelo IGP-DI de outubro/25).
CEPEA
INTERNACIONAL
Austrália expande embarques de carne bovina de animais de confinamento
O crescimento dos confinamentos na Austrália está ajudando o país a fornecer carne bovina de forma mais consistente para exportação e a conquistar participação em países asiáticos que preferem carne de animais alimentados com grãos, informa reportagem da agência Reuters.
Ao mesmo tempo, acrescenta o texto, a proteína australiana vem ocupando espaço no mercado internacional deixado pelos Estados Unidos, que vive uma crise de oferta no país, depois de anos de estiagem. “Estamos constantemente recebendo pedidos de produtos “, disse à Reuters Tess Herbert, cuja família é proprietária e administra o confinamento da empresa Gundamain, companhia de criação de gado localizada em Eugowra, a cerca de quatro horas de carro a oeste de Sydney. O confinamento planeja dobrar sua capacidade para 12.000 cabeças nos próximos anos. “Se nossa cadeia de suprimentos solicitar, nós atenderemos a essa demanda. E a única maneira de fazer isso é expandindo “, afirmou a proprietária Tess Herbert.
Segundo o texto da Reuters, o número de cabeças de gado em confinamento na Austrália atingiu o recorde de 1,6 milhão no final de junho, um aumento em relação ao total de 1 milhão registrado cinco anos atrás, segundo dados do setor. Os analistas preveem que esse número chegue a cerca de 2 milhões até 2027, altura em que cerca de metade do gado na Austrália passará por confinamentos a caminho do abate, um aumento em relação aos cerca de 40% atuais. O crescimento da atividade de confinamento na Austrália, relatou a Reuters, coincide com uma contração nos Estados Unidos, pioneiros neste setor e maiores produtores de carne bovina alimentada com grãos – anos de seca nas regiões pecuárias norte-americanas reduziram o número de cabeças de gado ao seu nível mais baixo desde a década de 1950. Em 1º de novembro, os Estados Unidos tinham 11,7 milhões de vacas em confinamento, 260 mil a menos que no ano anterior e o menor número em anos, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), que prevê uma queda na produção de carne bovina norte-americana este ano e no próximo. “O aumento da demanda impulsionou o crescimento “, disse à Reuters Grant Garey, presidente da Associação Australiana de Confinadores de Gado e gerente de confinamentos da Teys Australia, uma das maiores produtoras de carne bovina do país. Ele ressaltou: “A redução da produção nos EUA está definitivamente contribuindo para isso “. Nos Estados Unidos, destaca a Reuters, o confinamento de gado é utilizado há quase um século para engordar o animal antes do abate. “Dietas ricas em energia resultam rapidamente em cortes maiores e mais gordurosos, que os consumidores consideram mais saborosos e suculentos”. As vendas da proteína australiana, considerada muito semelhante ao produto norte-americano, avançam sobretudo em mercados asiáticos, que valorizam a carne bovina com marmoreio. De acordo com o texto da Reuters, as exportações australianas de carne de animais alimentados com grãos aumentaram para 324.421 toneladas nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com 224.230 toneladas no mesmo período de 2020. A maior parte dessa carne é destinada ao Japão, Coreia do Sul e à China. Enquanto isso, destaca a reportagem, as exportações norte-americanas de carne bovina para esses países têm diminuído nos últimos anos. O analista Simon Quilty, da Global AgriTrends, afirmou que os confinamentos de gado da Austrália estão obtendo excelentes lucros e continuarão a se expandir. “Os produtores estão percebendo as oportunidades “, afirmou ele, à Reuters, completando: “Chegaremos a 1,75 milhão de cabeças de gado em confinamento no próximo ano e, no ano seguinte, a 2 milhões.” No entanto, observou a reportagem, é improvável que a Austrália se torne como os Estados Unidos, onde mais de 90% do gado é engordado com ração. O alto custo de construção de confinamentos e a esperada retomada da produção de carne bovina nos EUA em alguns anos estão limitando o investimento em novas instalações, afirmou Grant Garey. Existe também um mercado forte para carne bovina alimentada a pasto, que alguns consumidores consideram menos industrializada e mais sustentável. “Estamos nos aproximando de um mercado 50-50 entre animais alimentados com grãos e animais alimentados com pasto”, disse à Reuters Matt Dalgleish, analista de carne e pecuária da consultoria Episode 3. “Os animais criados com ração são os mais lucrativos. Mas existe um mercado premium crescente para animais criados a pasto. A Austrália está em uma boa posição para atender a ambos os mercados”, destacou Dalgleish.
PORTAL DBO
EMPRESAS
Coamo anuncia R$ 200 milhões em antecipação em sobras aos cooperados
No evento de comemoração dos 55 anos de fundação da cooperativa, dia 28 de novembro, o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, anunciou aos cooperados a distribuição antecipada de sobras da Coamo e da Credicoamo.
Gallassini informou que serão creditados R$ 200 milhões aos cooperados da Coamo no dia 10 de dezembro e mais R$ 63 milhões a serem creditados dia 8 de dezembro aos cooperados da Credicoamo, referentes aos juros ao capital social. O valor do repasse da Coamo é cerca de 7,6% superior ao de 2024, quando foram R$ 185,5 milhões, e o da Credicoamo é 40% superior ao repassado em 2024, quando foram R$ 45 milhões. "A Coamo fará a antecipação de R$ 0,70 por saca de soja, R$ 0,20 por milho, R$ 0,20 por trigo fixados até 30 de novembro e de 1,50% por insumos retirados até 30 de novembro. Sempre fizemos o pagamento antecipado desta sobra, que é um diferencial de uma cooperativa para uma empresa. E a aplicação financeira dos cooperados na Credicoamo rende 12% ao ano, desempenho praticamente superior à poupança em diversos períodos”, destaca Gallassini, que informou também que o complemento das sobras da Coamo será pago em fevereiro e Credicoamo, no início de março.
ASSESSORIA DE IMPRENSA COAMO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná reduz desmatamento
Áreas ambientais derrubadas por ação humana foram reduzidas em 93,7%, passando de 6.887 hectares para 432 hectares no ano passado.
O Paraná é o estado brasileiro que mais conseguiu reduzir o desmatamento em seu território entre os anos de 2021 e 2024, segundo dados do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas. Nesse período, as áreas ambientais derrubadas por ação humana foram reduzidas em 93,7%, passando de 6.887 hectares para 432 hectares no ano passado. O número é resultado de uma série de fatores, que envolvem tecnologia, políticas públicas e ações de fiscalização. A união de todos esses itens permite uma evolução gradual e constante dos números do Paraná. Considerando apenas os dados dos dois anos mais recentes, o Estado obteve uma queda de 64,9% na supressão ilegal da Mata Atlântica. A área desmatada passou de 1.230 hectares para 432 hectares. Foi o terceiro melhor porcentual do país – atrás de Goiás e Distrito Federal. O reflexo disso é que 71% dos municípios do Paraná apresentaram desmatamento ilegal zero da Mata Atlântica em 2024, de acordo com o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas. Não tiveram alertas de supressão vegetal identificados pela plataforma um total de 284 cidades. E outra conquista importante derivada deste estudo é que 75% dos municípios apresentaram saldo positivo na preservação de mata nativa, ou seja, aumentaram a área verde nativa. Somente seis estados tiveram esse desempenho favorável: Paraná, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Mesmo com os resultados se acumulando ano a ano, ainda há barreiras a serem superadas, como a dificuldade em encontrar os responsáveis pelas violações. Ser capaz de identificar focos de desmatamento logo no início das atividades ilegais é um dos grandes trunfos em potencial. E o uso de ferramentas tecnológicas é cada vez mais indispensável para este fim. O Estado tem, por exemplo, acesso hoje a três plataformas de alertas de desmatamento que utilizam imagens de satélite para analisar as áreas verdes em busca de irregularidades. A mais recente dessas ferramentas é a Rede MAIS, cujo termo de adesão ocorreu em 2023, junto à Polícia Federal. Ela funciona como uma rede colaborativa que fornece imagens em alta resolução de todo o Estado, permitindo o monitoramento em tempo real. Já o Prodes Brasil, o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia, é um projeto do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciado em 1988, para acompanhar o corte raso de árvores em grandes áreas. Inicialmente, ele se restringia à Amazônia, mas passou a atuar em outros biomas em 2022. Seu funcionamento se dá por meio de fotos tiradas periodicamente por satélites e comparadas para identificar as irregularidades. O outro aliado é a Plataforma MapBiomas, rede internacional e multi-institucional, formada por universidades, ONGs e empresas de tecnologia, voltada ao monitoramento das transformações na cobertura e no uso da terra. Esse sistema combina imagens de satélite, computação em nuvem e inteligência artificial para realizar seu trabalho. E com precisão cada vez maior. Até 2020, por exemplo, era possível identificar e gerar alertas para desmatamentos acima de 1 hectare. Desde então, o olho eletrônico foi aprimorado, percebendo a ação nociva em terrenos de pelo menos 0,3 hectare.
A agilidade permitida pelos avanços tecnológicos demandou também maior capacidade de resposta. Para tanto, o IAT contratou mais de 500 servidores desde 2021. Além disso, foram feitas diversas forças-tarefas pelo Grupo de Operações Ambientais e convênio com o Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde. Esse esforço culminou na ampliação da fiscalização em campo e do número de Autos de Infração Ambiental (AIA) no Estado. Em 2019, foram 2.352 autos, que somaram R$ 50 milhões. Cinco anos depois, em 2024, as autuações chegaram a 5.408, gerando multas de R$ 137 milhões. Entre janeiro e outubro deste ano, já se registraram 3.422 AIAs (R$ 92 milhões) por crimes contra a flora. As principais infrações são o desmatamento ilegal do bioma, a movimentação do solo de maneira irregular em áreas de regeneração natural, o transporte de madeiras sem procedência legal e o funcionamento de madeireiras clandestinas.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela em dezembro
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira (28/11), que a bandeira tarifária passou da vermelha patamar 1 em novembro para amarela em dezembro. Isso significa que o consumidor deixa de pagar R$ 4,46 a cada 100 KW/h consumidos e passa a pagar R$ 1,885 a cada 100 KW/h consumidos.
Com a entrada do período chuvoso no país, a previsão de chuvas para dezembro é superior às chuvas que ocorreram em novembro, na maior parte do país. Contudo, essa expectativa de chuvas está, em geral, abaixo da sua média histórica para esse mês do ano. Diante de condições de geração de energia um pouco mais favoráveis, foi possível mudar da bandeira vermelha patamar 1 para amarela. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda. Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.
ANEEL
Dólar fecha em alta ante o real na contramão do exterior
O dólar fechou a segunda-feira em alta ante o real, na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas, com participantes do mercado citando o tradicional fluxo de saída de recursos em dezembro como um dos motivos para o avanço das cotações no Brasil.
O dólar à vista fechou em alta de 0,47%, aos R$5,3606 na venda. No ano, porém, a divisa acumula perdas de 13,24%. Às 17h02, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- subia 0,42% na B3, aos R$5,3930. No exterior o dia foi marcado pela queda do dólar ante boa parte das demais divisas, com destaque para o recuo em relação ao iene, após o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, sinalizar que as condições estão se alinhando para um possível aumento dos juros no país asiático. No Brasil, o dólar tentou se alinhar ao viés negativo vindo do exterior, mas ainda pela manhã migrou para o território positivo. Um operador ouvido pela Reuters citou como motivo para a alta das cotações no Brasil o tradicional fluxo de fim de ano, quando empresas e fundos costumam mandar dólares ao exterior. Investidores também acompanharam pela manhã os comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da XP Investimentos, em São Paulo. Apesar de afirmar, no início de sua fala em um evento da XP Investimentos, que seu discurso não traria novidades, Galípolo fez novas ponderações a respeito da mensagem de política monetária do BC. Ele afirmou que já faz "algum tempo" que a autarquia mantém o termo “bastante” em suas comunicações ao defender uma Selic restritiva por período “bastante prolongado”, enfatizando que essa contagem de prazo não zera a cada reunião de política monetária. “Você está falando assim: o ‘bastante prolongado’, já faz algum tempo que o ‘bastante’ está ali, então você está considerando que faz algum tempo, é isso mesmo", disse ele ao responder a uma pergunta sobre a comunicação do BC. "O ‘bastante’, não é que ele zera a cada nova reunião que a gente escreve, ele não zera a cada reunião." Atualmente a Selic está em 15% ao ano, e o mercado discute quando começará o processo de corte de juros pelo BC. Já a taxa de juros nos Estados Unidos está na faixa de 3,75% a 4,00%, com os investidores apostando em nova redução na próxima semana. Pela manhã, o Banco Central informou no boletim Focus que economistas do mercado mantiveram em 15% a projeção para a Selic no fim deste ano e em 12% a expectativa para o final do próximo ano. Já o dólar projetado para o fim de 2025 seguiu em R$5,40 e para o encerramento de 2026, em R$5,50.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com ajustes após recordes em novembro
MBRF ON fechou em queda de 5,02%, a R$18,36, ampliando a correção negativa das ações desde meados de novembro, quando chegaram a ser negociadas a R$26,83 durante o pregão (no dia 18). No setor, MINERVA ON cedeu 2,89%.
O Ibovespa flertou com o sinal positivo, mas fechou em queda na segunda-feira, abaixo dos 159 mil pontos, com a fraqueza em Wall Street abrindo espaço para ajustes após novembro terminar com recordes na bolsa paulista. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,29%, a 158.611,01 pontos, tendo marcado 158.029,48 pontos na mínima e 159.223,92 pontos na máxima do dia. O volume financeiro nesta segunda-feira somou R$22 bilhões. A queda ocorreu após o Ibovespa registrar em novembro o quarto ganho mensal seguido, o que ampliou a alta no ano para 32% até a sexta-feira, que terminou com recordes de fechamento (159.072,13 pontos) e intradia (159.689,03 pontos). Investidores da B3 começaram dezembro com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmando em evento em São Paulo que dados de emprego e da atividade reforçam necessidade de postura humilde e conservadora da autoridade monetária. No mesmo dia em que a pesquisa Focus mostrou nova melhora nas previsões para a inflação no Brasil, ele também disse que a inflação ainda não está onde demanda o mandato do BC e que expectativas e projeções "caem bem menos" do que o BC gostaria. "O mercado quer entender se os juros começam a cair já em janeiro ou se isso é postergado para março", afirmou o analista Nícolas Merola, da EQI Research. No campo da política monetária, mas dos Estados Unidos, a pauta da segunda-feira ainda reserva a participação do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em evento na Universidade de Stanford, às 22h (de Brasília).
REUTERS
Mercado volta a reduzir projeção no Focus e vê inflação a 4,43% este ano
As expectativas de inflação para este ano e o próximo voltaram a cair na pesquisa Focus que o Banco Central divulgou na segunda-feira, indo ainda mais abaixo do teto da meta
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2025 caiu a 4,43% e para 2026 foi a 4,17%, de 4,45% e 4,18% na semana anterior. A expectativa para a alta do IPCA em 2027 permaneceu em 3,80% e para 2028 segue em 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O IPCA-15 subiu um pouco mais do que o esperado em novembro, a 0,20%, mas ainda assim desacelerou no acumulado em 12 meses e chegou a 4,50%, marcando o teto da meta perseguida pelo Banco Central. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda manutenção das projeções para a taxa básica de juros, com expectativa de que a Selic termine este ano nos atuais 15% e 2026 a 12%. O BC volta a se reunir em 9 e 10 de dezembro para discutir a política monetária, em sua última decisão do ano. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento no Focus também não sofreram alterações e seguem em 2,16% para este ano e 1,78% para o próximo. Veja abaixo as principais projeções do mercado para a economia brasileira, de acordo com a pesquisa semanal do BC com cerca de 100 instituições financeiras:
REUTERS
Tarifas dos EUA pesam e indústria do Brasil tem 7º mês seguido de contração em novembro, mostra PMI
As tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros continuaram pesando sobre a indústria nacional em novembro e afetaram o ritmo de vendas, o que contribuiu para que o setor registrasse contração pelo sétimo mês seguido, ainda que em ritmo mais fraco, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) na segunda-feira.
O PMI, compilado pela S&P Global, avançou a 48,8 em novembro, de 48,2 em outubro, chegando ao nível mais alto desde maio, mas ainda abaixo da marca de 50 que separa contração de crescimento. Em meio a condições difíceis de demanda, a taxa geral de redução das novas encomendas em novembro foi mais forte do que em outubro, com as vendas internacionais diminuindo no ritmo mais forte desde junho. Os participantes da pesquisa citaram as tarifas como fator, especificamente suspensões de pedidos provenientes dos EUA.
A diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima, destacou em nota que a maior parte dos dados foi coletada antes do anúncio pelos EUA em 20 de novembro de remoção da tarifa de 40% sobre produtos alimentícios como carne bovina, café, cacau e frutas. As quedas contínuas dos novos negócios continuaram a afetar os volumes de produção em novembro, que diminuíram pelo sétimo mês consecutivo. Esse cenário, associado a condições competitivas e queda nos custos de insumos, levou a nova redução nos preços cobrados por bens, a mais forte desde agosto de 2023. As empresas indicaram a segunda queda nos preços dos insumos em mais de dois anos, citando movimentos cambiais mais favoráveis e demanda global contida. Houve apenas sinais tímidos de melhora no emprego na indústria brasileira, após queda em outubro, com 7% das empresas contratando pessoal extra, enquanto 86% mantiveram o número de funcionários. O otimismo das empresas, por sua vez, fortaleceu-se em relação a outubro, com expectativas crescentes de resolução para as tarifas impostas pelos EUA e cortes na taxa de juros --a taxa básica Selic está atualmente em 15% e a perspectiva é de que seja mantida nesse nível em dezembro. As empresas também esperam que o investimento em lançamentos de novos produtos apoie o crescimento da produção no próximo ano.
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