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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 891 DE 26 DE JUNHO DE 2025

  • prcarne
  • 26 de jun.
  • 14 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 891 | 26 de junho de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Preços do boi gordo retomam movimento de altas pontuais

Na quarta-feira (25/6), os preços físicos do boi gordo ficaram estáveis na maioria das regiões brasileiras, com elevações pontuais registradas em algumas praças, informou a Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de nove dias.

 

“Apesar do frio intenso, a oferta de boiadas gordas não aumentou como se esperava, o que levou os frigoríficos a dependerem quase exclusivamente de contratos a termo”, observou a consultoria. Com os frigoríficos operando com escalas de abate curtas — oito dias na média nacional —, o mercado segue sustentado, favorecendo valorizações graduais no curto prazo, ressaltou. Na quarta-feira, pelos dados da Agrifatto, a arroba do boi gordo nas praças de São Paulo permaneceu estável em R$ 320. Nas 16 outras regiões monitoradas pela consultoria, a média subiu para R$ 301,60. “Sete das 17 praças acompanhadas registraram valorização da arroba (AC, AL, ES, MA, RJ, RO e SC); nas demais, as cotações não sofreram alterações: SP, BA, GO, MG, MS, MT, PA, PR, RS e TO”, apontou a consultoria. Já no mercado futuro do boi gordo, os contratos encerraram o pregão de terça-feira (24/5) com ajustes negativos, informou a Agrifatto. O contrato com vencimento em outubro/25 fechou cotado a R$ 339,30/@, uma queda de 1,02% em relação ao pregão anterior. O frio intenso, a garoa persistente e, sobretudo, o bolso vazio do consumidor médio resultaram em vendas fracas no varejo e em distribuições modestas de carne com osso nos últimos dois dias, informa a Agrifatto. “Esse desaquecimento refletiu-se no volume praticamente nulo de pedidos de reposição por parte dos varejistas”, observa a consultoria. Apesar da queda nas temperaturas, que normalmente impulsiona o consumo de “carne de panela”, a demanda pelo dianteiro começa a perder força em volume, embora os preços permaneçam nos mesmos níveis da semana passada, diz a Agrifatto. Para as negociações semanais previstas para quinta-feira, o volume de carne com osso a ser oferecido ao atacado tende a se manter em linha com o da semana anterior. Como o abastecimento contempla a maior parte da primeira semana de julho — período tradicionalmente marcado por aumento na demanda —, a expectativa é de preços estáveis prevê a Agrifatto. Cotações do boi gordo desta quarta-feira (25/6), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00 Média: R$320,00 Vaca: R$295,00 Novilha: R$305,00 Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00 Média: R$300,00 Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00 Boi China: R$320,00 Média: R$320,00 Vaca: R$295,00 Novilha R$305,00 Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

FRANGOS

 

Dezesseis países retiram restrições comerciais ao Brasil relacionadas à gripe aviária

Dezesseis países retiraram restrições para a compra de carne de aves do Brasil, disse o Ministério da Agricultura e Pecuária em comunicado na terça-feira.

O anúncio ocorre após a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) ter considerado o caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul como encerrado. O Brasil, maior exportador global de carne de frango, também havia se autodeclarado livre da doença após registrar um período de 28 dias sem novos surtos em granjas comerciais. "O Mapa permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso", disse a pasta na nota. "As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível." Retiraram restrições Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã, segundo a pasta.

Reuters

 

EMPRESAS

 

JBS projeta investimentos de até US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos

Empresa quer pagar ao menos US$ 1 bilhão em dividendos por ano

 

Os investimentos da JBS (capex, na sigla em inglês) devem alcançar de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos, enquanto o retorno esperado sobre o capital investido é de 17% a 20%. As estimativas foram divulgadas nesta quarta-feira (25/6) durante encontro com investidores realizado na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). Mais cedo, a JBS realizou a toca do sino da Nyse, evento simbólico que marca a listagem da companhia brasileira em uma das principais bolsas de valores dos Estados Unidos. A expectativa da companhia é que esse movimento reduza a diferença entre os seus múltiplos de mercado em relação aos seus principais pares nos EUA, além de atrair mais investidores para acelerar seu plano de crescimento através de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Segundo Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, as prioridades em investimentos incluem ações nas operações da Pilgrim's Pride, subsidiária da JBS que atua no setor de produção e processamento de aves, na JBS USA, JBS Brasil - especialmente Seara - e na Austrália. Assumindo esse capex, dividendos anuais entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão, alavancagem dentro da meta considerada segura pela empresa e aquisições entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão por ano, nos próximos cinco anos, a JBS projeta uma taxa de crescimento anual de 4% a 6% na receita e de 6% a 7% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). Fusões e aquisições O diretor financeiro e de relações com investidores da JBS, Guilherme Cavalcanti, disse pouco que a empresa possui flexibilidade no balanço financeiro para fazer fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), mas no momento "não há nada no radar". “Temos investido mais em crescimento orgânico porque ainda não encontramos a oportunidade certa para gerar valor para os acionistas. Mas oportunidades aparecem e continuaremos olhando”, acrescentou Wesley Batista, acionista controlador da JBS. Nos últimos seis anos, a JBS desembolsou, em média, US$ 549 milhões com essas operações. Para os próximos cinco a seis anos, o orçamento prevê entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão com M&As por ano. Após a conclusão da dupla listagem, no Brasil e Estados Unidos, a JBS pretende manter uma média de US$ 1 bilhão em dividendos aos acionistas por ano, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Guilherme Cavalcanti. No que diz respeito à alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, Cavalcanti destacou que o nível seguro da JBS está entre 1,8 vez e 3 vezes. O indicador encerrou o primeiro trimestre de 2025 em 1,99 vez.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Com 36,9% de participação, Paraná lidera volume industrial no Sul do Brasil

Em 2023, o Valor de Transformação Industrial (VTI) das indústrias paranaenses somou R$ 162 bilhões, com destaque para os segmentos de produtos alimentícios, combustíveis e veículos automotores. No fim daquele ano, mais de 716 mil pessoas estavam empregadas no setor em todo o Estado.

 

O Paraná liderou o ranking de Valor de Transformação Industrial (VTI) no Sul do Brasil em 2023, segundo a mais recente Pesquisa Industrial Anual do IBGE, divulgada na quarta-feira (25). As indústrias instaladas no Estado responderam por 36,9% da participação de toda a região, à frente do Rio Grande do Sul (34,2%) e de Santa Catarina (28,9%), o que também coloca o Paraná com o 3º maior VTI do Brasil na indústria de transformação e o 4º maior empregador do setor. O VTI representa quanto de riqueza é gerado pelas indústrias a partir da matéria-prima utilizada – ou seja, é a diferença entre o Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) e o Custo das Operações Industriais (COI). Trata-se de um dos principais indicadores usados para mensurar o impacto da atividade industrial na economia. O IBGE considera, para fins estatísticos, apenas empresas com cinco ou mais empregados. Em 2023, o Paraná respondeu por 6,89% do VTI nacional, que foi de R$ 2,3 trilhões, marcando o terceiro ano consecutivo de crescimento da participação estadual. Em 2022, a fatia paranaense era de 6,8%, e em 2021, de 6,53%. Entre as indústrias de transformação – que representam quase a totalidade da atividade industrial da região Sul – o Paraná registrou R$ 161,5 bilhões em VTI em 2023. No mesmo período, o Rio Grande do Sul somou R$ 149,4 bilhões e Santa Catarina, R$ 125,3 bilhões. Nacionalmente, apenas São Paulo (R$ 709,5 bilhões) e Minas Gerais (R$ 209 bilhões) apresentaram valores superiores. A fabricação de produtos alimentícios liderou o desempenho industrial paranaense no ano, com R$ 44,9 bilhões em VTI – o equivalente a 24,6% do total estadual. Em seguida, aparecem as indústrias de derivados de petróleo e biocombustíveis, com R$ 21 bilhões (12,9%). Outros destaques são os setores de veículos automotores (R$ 13,4 bilhões; 8,3%), máquinas e equipamentos (R$ 11,5 bilhões; 7,1%), produtos químicos (R$ 10,4 bilhões; 6,4%) e celulose e papel (R$ 10,3 bilhões; 6,3%). O desempenho econômico das indústrias também impulsionou a geração de empregos no setor. De acordo com o IBGE, ao fim de 2023 havia mais de 716 mil pessoas com carteira assinada na indústria paranaense, crescimento de cerca de 3% em relação a 2022 (694 mil empregados). O número coloca o Paraná como o 4º maior empregador no setor industrial no Brasil. O ranking é liderado por São Paulo (2,5 milhões), Minas Gerais (900 mil) e Santa Catarina (748 mil). Na comparação com 2019, quando o número era de pessoas empregadas na indústria paranaense era de 628 mil, o aumento foi de 14%, a maior variação percentual entre os estados da região Sul e a segunda maior entre todos os estados do Sul e Sudeste, atrás apenas do Espírito Santo (25,7%). O setor de produtos alimentícios é o principal empregador da indústria paranaense, com mais de 228 mil trabalhadores. Na sequência estão a confecção de artigos do vestuário (46 mil), veículos automotores (42 mil), móveis (39 mil), produtos de madeira (39 mil), produtos de metal (38 mil) e máquinas e equipamentos (36 mil). Outro dado da Pesquisa Industrial Anual do IBGE é sobre a renda, que vem crescendo de forma consistente ano a ano no Paraná. Em 2019, o rendimento médio anual de um trabalhador da indústria no Estado era de R$ 35,5 mil, chegando a R$ 45,6 mil em 2023, um aumento superior a R$ 10 mil em apenas quatro anos. Os maiores rendimentos médios na indústria paranaense estão nos setores de fabricação de veículos automotores (R$ 79 mil/ano), combustíveis (R$ 74 mil/ano), produtos químicos (R$ 67 mil/ano), máquinas e equipamentos (R$ 64 mil/ano) e equipamentos de informática (R$ 61 mil/ano).

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Congresso impõe derrota ao governo e derruba decreto que aumentava IOF

Em semana que prometia ser esvaziada, Hugo Motta inclui projeto na pauta e determina votação virtual; placar foi de 383 a 98 

 

Em uma manobra surpreendente, o Congresso Nacional aprovou na quarta-feira (25) o projeto de decreto legislativo (PDL) que revogou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado em maio pelo governo. Na Câmara, partidos com ministérios deram 242 votos a favor da derrubada. A votação no Senado foi simbólica. Diante da derrota, integrantes da equipe econômica já avaliam recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a derrubada do texto. A decisão dos deputados foi referendada por contundentes 383 votos contra apenas 98, aprofundando política a crise entre governo e Congresso. Deputados da base governista protestaram contra a condução do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que decidiu colocar a matéria em votação no fim da noite de terça-feira, pegando Brasília de surpresa. Sem a arrecadação do IOF turbinado, restará ao governo a alternativa de promover um novo contingenciamento de recursos, na ordem de R$ 12 bilhões, para fazer frente às obrigações fiscais. Diante desse quadro, está na mesa a possibilidade de recorrer ao Supremo. Fontes da equipe econômica, no entanto, avaliam que o movimento pode agravar a relação com o Legislativo. Uma das linhas de atuação que está na mesa seria apontar ao Supremo um descumprimento, pelo Parlamento, de um dispositivo constitucional que permite ao Congresso “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”. Na avaliação de membros do governo, a derrubada do decreto vai de encontro a esse dispositivo, já que elevar as alíquotas do IOF, embora seja impopular, seria um ato dentro do “poder regulamentar” do Poder Executivo. Paralelamente, vai acontecer a tramitação da medida provisória (MP) já encaminhada ao Congresso para compensar o IOF. O caminho para o avanço da MP, entretanto, é pedregoso. No último dia 15, poucas horas após o anúncio de um suposto acordo, o Ministério da Fazenda foi avisado por líderes partidários da Câmara de que o texto teria muita dificuldade de aprovação. O recado, segundo apurou o Valor, foi repassado ao secretário-executivo da pasta, Dario Durigan. “Eu não estou falando do mérito das medidas, estou falando do aspecto político. Você inclui em uma medida taxação para títulos do agronegócio, do setor imobiliário, de bets que começaram a ser tributadas agora, de fintechs e ainda do lucro dos bancos e acha que vai passar aqui?”, disse um líder partidário influente. Dura, a negociação em torno da MP vai acontecer no momento de maior dificuldade na relação do governo com o parlamento. “Não pode o Congresso Nacional destruir o projeto vitorioso das urnas, porque aí sim é um estelionato eleitoral. Quando colocamos esse IOF é porque não queremos tirar dinheiro do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida”, protestou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). Já o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), se disse surpreso com a decisão de Motta de incluir o PDL na pauta. “Eu não tenho dúvidas em afirmar que toda essa reação que aconteceu aqui foi pela força econômica desses lobbies organizados, porque infelizmente o povo trabalhador, o povo pobre tem dificuldade de chegar aqui”. No seu entorno, a justificativa para a decisão é de que já estava claro que a Câmara “não quer mais impostos” e que a votação da urgência, na semana passada, já tinha deixado isso claro. Para “compensar” o atropelo, Motta também incluiu na pauta duas medidas provisórias de interesse do governo, uma sobre uso de recursos do Fundo Social do pré-sal e outra que regulariza o consignado privado. A cúpula do governo federal também foi pega de surpresa com a decisão de Motta.

Valor Econômico

 

Dólar fecha em alta com saída de capital e expectativa por votação do IOF 

Real destoa de seus pares na América Latina

 

O dólar comercial fechou em firme alta na quarta-feira, dando continuidade à valorização de ontem, com os agentes financeiros se posicionando para um forte fluxo de saída de capital neste fim de mês. Essa saída já ocorreria diante do fechamento de semestre e após a valorização firme do câmbio no ano, mas a especulação de que essa movimentação seja mais expressiva do que o normal tem pressionado o desempenho do real. Além disso, os ruídos em torno da votação do projeto que revoga o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na Câmara também pesaram sobre a moeda no pregão. No fechamento, o dólar à vista subiu 0,63%, a R$ 5,5536, e o euro comercial avançou 1,04%, a R$ 6,4746. No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente uma cesta de outras seis moedas fortes, recuava 0,18%, aos 97,69 pontos, apagando a valorização vista mais cedo. Entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real estava entre as cinco com o pior desempenho em relação à moeda americana, destoando de seus pares na América Latina. "Como é final de semestre, sempre costuma haver ajustes, com muitas empresas pagando dividendos e coisas do tipo, mesmo que o fator da sazonalidade não seja tão forte quanto no fim do ano", afirmou um gestor que preferiu não se identificar. Ele também destacou que a votação do projeto que susta o aumento do IOF pesou sobre o real, visto que, a princípio, não há um plano claro do governo de como essa arrecadação seria compensada. O Barclays, embora otimista com o desempenho do real para este ano, também se mostra preocupado com o cenário fiscal no Brasil. Para o banco, se o projeto for aprovado, seria uma “derrota política significativa”. “Apesar da rejeição a novos impostos, o Congresso dificilmente irá liderar a redução de despesas obrigatórias, por ser politicamente impopular”, afirmam os profissionais do Barclays. “O Executivo também demonstra pouco apetite para enfrentar os maiores desafios das contas públicas, especialmente com a aproximação do ciclo eleitoral de 2026 e os baixos índices de aprovação de Lula.” Apesar disso, o banco se mostra otimista com a moeda brasileira devido ao nível elevado do “carry”. Com isso, o Barclays diminuiu sua projeção para o dólar de R$ 5,95 para R$ 5,40 no terceiro trimestre, e de R$ 6,10 para R$ 5,60 no fim do ano.

Valor Econômico

 

Ibovespa recua mais de 1% com tensão política com IOF e possível ajuste de carteiras

A queda de blue chips potencializou as perdas do índice, principalmente papéis de bancos

 

O aumento dos ruídos políticos após a Câmara rejeitar o adiamento da votação para derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pesou sobre o Ibovespa na sessão da quarta-feira. Ao imbróglio político, somou-se a um possível ajuste de carteiras por parte de estrangeiros, impulsionado pela proximidade do fim do semestre, o que teria intensificado o movimento de realização visto ontem. No fim do dia, o índice registrou queda firme de 1,02%, aos 135.767 pontos, perto da mínima intradiária de 135.565 pontos, depois de alcançar 137.163 pontos na máxima. Os maiores recuos ficaram para papéis de bancos, caso das PN do Itaú, que cederam 1,80% e das units do Santander, que recuaram 1,38%. As ações da Vale também caíram 0,12%. Depois de oscilar entre perdas e ganhos, as ações da Petrobras fecharam em queda: as PN cederam 0,51% e as ON recuaram 0,59%. O volume financeiro negociado no Ibovespa chegou a R$ 13,9 bilhões e a R$ 18,8 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices americanos fecharam mistos: o Nasdaq subiu 0,31%; o Dow Jones recuou 0,25%; e o S&P 500 terminou no zero a zero.

Valor Econômico

 

Fitch reafirma rating do Brasil em ‘BB', com perspectiva estável

Agência de classificação de risco ressalta que "incertezas fiscais continuam a ser uma fonte de risco macroeconômico mais amplo, tendo se manifestado na recente volatilidade do mercado" 

 

A agência de classificação de risco Fitch reafirmou sua classificação da nota de crédito do Brasil em 'BB', com perspectiva estável. Segundo a instituição, o rating do Brasil é sustentado por sua economia grande e diversificada, sólidas finanças externas e por mercados locais profundos, que sustentam a flexibilidade de financiamento soberano, e uma baixa participação da dívida em moeda estrangeira. De outro lado, a agência aponta que a nota de crédito enfrenta desafios oriundos da crescente relação entre dívida pública e PIB, rigidez orçamentária, baixos índices de governança e crescimento potencial relativamente baixo. “As incertezas fiscais continuam a ser uma fonte de risco macroeconômico mais amplo, tendo se manifestado na recente volatilidade do mercado, e as perspectivas de reformas estruturais para lidar com os desequilíbrios subjacentes provavelmente não ficarão mais claras até depois das eleições de 2026", aponta a Fitch, em comunicado divulgado ontem. A agência de classificação de risco também aponta que o governo Lula enfrenta uma crescente resistência do Congresso sobre novos aumentos de impostos, enquanto recentes esforços administrativos fiscais decepcionaram e as pressões sobre os gastos continuam altas. “Um pacote fiscal apresentado no final de 2024 para tratar dessas questões estruturais agravou, em vez de aliviar, as incertezas, provocando a volatilidade do mercado", lembra a instituição. A Fitch ainda nota que, apesar de os mercados terem exibido menor volatilidade em 2025, há novas incertezas fiscais relacionadas a medidas compensatórias para a reversão do aumento no imposto sobre transações financeiras (IOF), que enfrenta uma reação legislativa negativa, e um aumento prometido no limite de isenção do imposto de renda de pessoa física. A agência também se mantém atenta ao processo eleitoral do ano que vem. Na visão da Fitch, as relações entre o Executivo e o Legislativo renderam importantes conquistas recentes, como a reforma do imposto sobre o consumo, mas se tornaram tensas em relação às medidas fiscais e às emendas parlamentares. “As próximas eleições de outubro de 2026 podem aumentar os incentivos para políticas populistas, especialmente à luz de um declínio nos índices de aprovação do governo Lula, como os já anunciados subsídios para serviços públicos e possíveis aumentos nos benefícios sociais, conforme observado no último ciclo eleitoral. Em nossa opinião, as eleições não representam um risco de grandes desvios na política econômica, mas podem moldar o sentimento do mercado e as perspectivas de reformas fiscais cruciais para a perspectiva econômica", concluem.

Valor Econômico

 

Brasil registra déficit em conta corrente de US$2,93 bi em maio, diz BC

O Brasil registrou déficit em transações correntes menor do que o esperado em maio, enquanto o investimento direto no país ficou abaixo da expectativa, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central

 

O déficit em transações correntes ficou em US$2,93 bilhões no mês passado, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$3,1 bilhões em maio. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$2,519 bilhões. No mês, os investimentos diretos no país alcançaram US$3,662 bilhões, contra US$4,5 bilhões projetados na pesquisa e US$3,023 bilhões em maio de 2024. Em maio, a conta de renda primária apresentou déficit de US$5,153 bilhões, ante rombo de US$5,291 bilhões no mesmo período do ano anterior. A balança comercial teve superávit de US$6,622 bilhões em maio, contra US$7,503 bilhões no mesmo mês de 2024. Já o rombo na conta de serviços ficou em US$4,708 bilhões no mês passado, contra déficit de US$4,766 bilhões em maio do ano anterior.

Reuters

 

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