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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 850 DE 28 DE ABRIL DE 2025

  • prcarne
  • 28 de abr.
  • 16 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 850|28 de abril de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo: potencial fator baixista pela frente

A atual pressão de baixa nas cotações da arroba reflete, sobretudo, o crescimento da oferta de boiadas neste primeiro quadrimestre do ano, diz Felipe Fabbri, da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Após caminhar com preços firmes em todo o Brasil nas primeiras semanas de abril/25, o mercado brasileiro do boi gordo começou a apontar sinais de fragilidade ao longo da semana pós-feriados. Na avaliação do zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, a atual pressão de baixa nas cotações da arroba do boi gordo reflete, sobretudo, o crescimento da oferta de boiadas neste primeiro quadrimestre do ano, além da lentidão no escoamento da carne no mercado doméstico. No entendimento de Fabbri, do ponto de vista técnico, a fase de alta do ciclo pecuário só deve ocorrer, de fato, a partir do segundo semestre deste ano, quando possivelmente o abate de fêmeas gordas sofrerá uma redução mais consistente. O analista da Scot cita dos dados recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos que revisou para cima a estimativa para a produção brasileira de carne bovina, passando para 11,9 milhões de toneladas de equivalente-carcaça (tec), ante a projeção anterior de 11,8 milhões toneladas. A exportação de carne bovina brasileira, ressalta Fabbri, também deverá crescer, de 3,6 milhões de toneladas (estimativa anterior do USDA) para 3,8 milhões de tec. Na volta do feriado de Tiradentes, relata o analista da Scot, o escoamento de carne no mercado interno esteve aquém das expectativas. “Com a maior oferta de boiadas e escalas de abate confortáveis entre os frigoríficos, as cotações do boi gordo recuaram em algumas importantes praças brasileiras”, relata Fabbri, que cita como exemplo o comportamento dos preços no mercado paulista. Ao longo da semana, o boi gordo “comum” sofreu baixa de R$ 5 nas regiões pecuárias de São Paulo, fechando a sexta-feira (25/4) em R$ 325/@, no prazo, de acordo com apuração da Scot, acrescentando que o “boi-China” recebe atualmente ágio de R$ 5/@, e hoje vale R$ 330/@. Segundo Fabbri, para maio/25, sazonalmente, espera-se incremento na oferta de bovinos, principalmente com o avanço do outono no Brasil e, consequentemente, com a menor capacidade de aporte nutricional pelas pastagens. “Ou seja, há um potencial fator baixista pela frente”, destacou o analista. Desde 2010, o preço médio nominal da arroba do boi gordo em maio é menor do que o de abril, observa Fabbri, que, porém, faz uma ressalva: “Não enxergamos, apesar do comportamento histórico, uma curva negativa forte para o período de desova de final de safra como ocorreu em 2024 e 2023”. No mercado futuro, o contrato com vencimento para maio/25 fechou o pregão de quinta-feira (23/4) em R$ 315,55/@, com queda de 3,7% em relação ao indicador do boi gordo da Scot Consultoria e retração de 3% em relação ao indicador da B3 (Datagro). Cotações do boi gordo desta sexta-feira (25/4), conforme levantamento diário da AGRIFATTO: São Paulo — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de oito dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Arroba do boi gordo: maio reserva cotações em baixa

Centro-norte do país tende a sofrer com a desova do fim de safra. Especialista detalha se patamar de R$ 300 será mantido. O mercado brasileiro de boi gordo registrou uma semana de movimentos distintos nos preços, a depender do estado.

 

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, em São Paulo e em Goiás as indústrias passaram a testar patamares mais baixos de preço, argumentando que o escoamento da carne será mais lento no restante do mês. “Em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o mercado esteve mais firme e com negócios acima da referência média. No geral as escalas de abate ainda estão posicionadas entre cinco e sete dias úteis na média nacional”, afirma. No entanto, esse cenário tende a mudar em maio. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 24 de abril: São Paulo (Capital): R$ 325, recuo de 1,52% frente ao fechamento da última semana, de R$ 330. Goiás (Goiânia): R$ 310, queda de 4,62% perante os R$ 325 da semana passada. Minas Gerais (Uberaba): R$ 325, aumento de 1,56% frente aos R$ 320 do fechamento da semana anterior. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 325, estável frente à última semana. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 330, aumento de 3,13% ante à semana passada, de R$ 320. Rondônia (Vilhena): R$ 288, queda de 0,69% frente aos R$ 290 da semana anterior. O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, destaca que tradicionalmente os meses de abril e maio são marcados por maior oferta de animais, o que pressiona o mercado. “No histórico dos últimos 14 anos, de 2010 a 2024, todo mês de maio teve o preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo menor do que a média de preço em abril, o que deve se manter em 2025, independe de ser ano de alta ou de baixa.” O especialista lembra que, neste momento, o contrato com vencimento em maio na B3 segue a R$ 315 a arroba, menor patamar do que o verificado na praça pecuária paulista, de R$ 325 a R$ 330. “Para a primeira quinzena do mês, esse comportamento deve balizar o mercado, mas não enxergamos espaço para cotações abaixo de R$ 300, ou seja, a pressão de baixa não deve interferir no patamar historicamente alto da arroba. No entanto, nas praças do centro-norte do país, a desova do final de safra tem mais peso e pode ter interferência maior na variação da arroba do boi gordo, como Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins, que podem sofrer mais com essa pressão baixista”. O mercado atacadista apresentou volatilidade nos preços, embora o ambiente de negócios ainda aponte para um movimento de queda, considerando o perfil mais discreto na demanda previsto para o restante do mês. Para Iglesias, a população tende a priorizar o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, dos embutidos e ovos. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25 o quilo, queda de 3,85% frente aos R$ 26 da semana passada. Já o quarto do dianteiro foi vendido por R$ 20,50 o quilo, avanço de 7,89% frente aos R$ 19 registrados na semana anterior.

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Preço do suíno vivo caiu timidamente no Paraná e em Minas Gerais na sexta-feira (25)

Segundo análise do Cepea, a carne suína vem ganhando competitividade em relação às concorrentes (bovina e de frango), apontam levantamentos. 

 

Enquanto o preço médio da carcaça especial suína apresenta queda de março para abril, os valores do frango inteiro congelado e da carcaça casada bovina avançam no mesmo intervalo. No mercado doméstico de carne suína, o ritmo de vendas se desacelerou no início de abril, comportamento atípico para o período. Esse cenário levou a indústria a ajustar negativamente os preços, no intuito de evitar o acúmulo de estoques, conforme analisam pesquisadores do Cepea. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável na sexta-feira, com preço médio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial caiu 1,54%, fechando em R$ 12,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (24), houve queda de 0,23% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,53/kg, e de 0,36% no Paraná, com preço de R$ 8,24/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,28/kg), Santa Catarina (R$ 8,14/kg), e São Paulo (R$ 8,62/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango acumula alta de 11% no mês

Segundo análise do Cepea, o preço médio do frango vivo na parcial de abril está no maior patamar desde agosto/22, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/25). No mês, a alta acumulada é de expressivos 11%. Segundo o Centro de Pesquisas, o cenário de demanda (interna e externa) aquecida tem sustentado a valorização do animal. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo na sexta-feira permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto ave no atacado caiu 0,84%, custando, em média, R$ 8,35/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, enquanto no Paraná, houve alta de 0,20%, valendo R$ 5,10/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (24), a ave congelada teve alta de 1,04%, atingindo R$ 8,74/kg, enquanto o frango resfriado subiu 1,15%, fechando em R$ 8,78/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Média do vivo é a maior desde ago/22

Pesquisas do Cepea mostram que o preço médio do frango vivo nesta parcial de abril, de R$ 6,15/kg, está no maior patamar desde agosto/22, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/25).

 

No mês, a alta acumulada é de expressivos 11%. Segundo o Centro de Pesquisas, o cenário de demanda (interna e externa) aquecida tem sustentado a valorização do animal. Além disso, os patamares elevados do milho, mesmo com os recentes recuos, pressionam agentes a repassar parte do aumento nos custos de produção aos preços do vivo. A forte alta nas cotações do frango combinada às desvalorizações dos principais insumos da atividade avícola (milho e farelo de soja) impulsionaram o poder de compra do avicultor paulista frente a esses componentes em abril pelo segundo mês consecutivo, ainda conforme levantamentos do Cepea.

Cepea

 

INTERNACIONAL

 

Restaurantes da China mudam o cardápio após a disparada nos preços de importação da carne bovina dos EUA

Austrália preenche a lacuna deixada pela proteína norte-americana, oferecendo aos estabelecimentos chineses peito bovino até 40% mais barato, relata a Reuters

 

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está afetando os restaurantes em Pequim, informa reportagem da agência Reuters. O Home Plate BBQ, um restaurante de estilo norte-americano em Pequim, trocou a carne bovina norte-americana pela proteína australiana devido às tarifas impostas pelo governo Trump, acrescenta. A equipe do restaurante, diz o texto da Reuters, está reimprimindo os cardápios. “A guerra comercial entre EUA e China significa que a carne bovina norte-americana – antes o ingrediente principal – em breve sairá do cardápio”, destacou a matéria. Outros restaurantes em Pequim também estão fazendo mudanças semelhantes, ressalta a reportagem. A carne do Home Plate, antes totalmente importada dos EUA, agora é, em sua maioria, de origem australiana. O restaurante chinês usa de 7 a 8 toneladas de peito bovino por mês, e quando a carne norte-americana nos congeladores acabar nas próximas semanas, o estabelecimento servirá apenas carne bovina da Austrália. “A carne australiana é mais barata, e os clientes estão satisfeitos com o sabor”, observa a reportagem. Segundo a Reuters, mesmo antes do início do conflito tarifário, a carne bovina norte-americana já estava cara. “As tarifas retaliatórias de 125% impostas por Pequim, somadas aos 22% já existentes, a tornaram inacessível”, diz a reportagem, que conversou com o diretor de operações do Home Plate, Charles de Pellette. “Isso basicamente tornou muito difícil para nós continuarmos usando carne bovina dos EUA”, declara Pellette, que enfatiza: “Assim que esgotarmos nossos estoques, vamos mudar completamente para o Australian M5”. A carne bovina dos EUA já estava ficando cara antes mesmo da guerra comercial começar, em parte devido à escassez causada por anos de seca, que reduziram o rebanho bovino ao menor número desde a década de 1950, recorda a Reuters. “Esses valores mais altos eram difíceis de aceitar na China, onde a economia fraca tornou os consumidores especialmente sensíveis a preços”, observa. Os preços do peito bovino norte-americano subiram quase 50% entre maio de 2024 e março de 2025, antes de dispararem ainda mais após as tarifas – deixando os estoques esgotados ou os custos quase o dobro do que eram um ano antes. A Austrália está tentando preencher essa lacuna, inclusive com peito bovino 40% mais barato, relata a Reuters. No Home Plate, a mudança tem dado certo: em maio próximo, diz a reportagem, “os clientes poderão saborear costelas, peito bovino e linguiças australianas, defumadas lenta e cuidadosamente segundo as tradições do Texas e do sul dos Estados Unidos”.

Portal DBO

 

GOVERNO

 

Juro é a grande dificuldade do novo Plano Safra, diz governo

Após receber propostas da CNA para o novo plano, secretário de Política Agrícola Guilherme Campos afirmou que a principal dificuldade na construção do próximo Plano Safra é o nível dos juros no país. Guilherme Campos diz que escalada da Selic impacta o orçamento destinado à equalização dos juros do crédito rural

 

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, afirmou na quinta-feira (24) que a principal dificuldade na construção do próximo Plano Safra, o 2025/26, é o nível dos juros no país. Ao receber sugestões elaboradas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o crédito rural na temporada 2025/26, ele disse que vai buscar a melhor proposta “possível” para os produtores diante da situação econômica atual. “Precisamos construir juntos o Plano Safra diante das dificuldades que teremos neste ano, principalmente referente às taxas de juros, para que possamos levar ao produtor rural a melhor proposta de Plano Safra possível”, disse após reunião com dirigentes da CNA. “A grande dificuldade é a questão da taxa de juros. Ela tem um impacto direto e que foge do controle de quem está na produção”. Campos afirmou que a escalada da Selic, que saiu de 10,5% em julho de 2024, quando entrou em vigor o Plano Safra 2024/25, para 14,25% atualmente, impacta o orçamento destinado à equalização dos juros do crédito rural. A verba destinada para a subvenção das alíquotas em 2025 é de R$ 14 bilhões, mais o crédito extraordinário de R$ 4,1 bilhões aberto em fevereiro por medida provisória. No documento entregue ao secretário Campos, a CNA pediu que o próximo Plano Safra (2025/26), que entrará em vigor em julho, tenha R$ 594 bilhões em recursos para financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores. O montante é quase 25% maior que os R$ 477 bilhões da temporada 2024/25. A entidade também apontou a necessidade de ampliação do orçamento para a equalização de juros do crédito rural, dos atuais R$ 14 bilhões para R$ 25 bilhões, para possibilitar a expansão do montante total ofertado na próxima safra. A CNA não fez indicação sobre os juros pretendidos.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná exporta mais alimentos que países como Japão, Portugal e Coreia do Sul

Com uma agroindústria diversificada e reconhecida internacionalmente pela qualidade, o Paraná está se destacando no comércio exterior ao exportar mais alimentos e bebidas do que a maioria dos países do mundo

 

Se fosse um país, o estado seria o 290 maior exportador de produtos alimentícios do planeta, à frente de países importantes como Indonésia, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Suíça, Grécia, Portugal, Japão e Egito. As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da plataforma TradeMap, com dados organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Os números, referentes a 2023, são os mais recentes disponíveis sobre o comércio exterior de alimentos no mundo. O levantamento aponta que o Paraná exportou US$ 13,5 bilhões ao longo do ano em alimentos e bebidas. A Indonésia, que tem mais de 280 milhões de habitantes, por exemplo, exportou US$ 13 bilhões. Logo atrás do Paraná ainda estão África do Sul (US$ 12,1 bilhões), Singapura (US$ 11,5 bilhões) e Suécia (US$ 11,4 bilhões). O Paraná ainda tem uma vantagem considerável na venda de alimentos e bebidas em relação a outros países como Grécia (US$ 8,2 bilhões), Portugal (US$ 8,1 bilhões), Japão (US$ 7,7 bilhões), Egito (US$ 7,6 bilhões), Malásia (US$ 7,6 bilhões) e Marrocos (US$ 7,3 bilhões). O Estado ainda comercializa mais do que o dobro do que exportam Paquistão (US$ 6,6 bilhões), Colômbia (US$ 6,5 bilhões), Lituânia (US$ 6,4 bilhões), Bulgária (US$ 6,1 bilhões), Irã (US$ 5,7 bilhões) e Uruguai (US$ 5,4 bilhões), por exemplo. Ao todo, as exportações de alimentos e bebidas movimentaram US$ 1,64 trilhão ao longo do ano de 2023. Os Estados Unidos ficaram na liderança global do ranking, com US$ 149,3 bilhões exportados, seguido pelo Brasil, com US$ 125 bilhões. A exportação de grãos, como milho e soja, representa mais de 44% das vendas de alimentos do Paraná. Ao todo, foram US$ 6 bilhões comercializados entre grãos e sementes com outros países. A força do Paraná nesta área é resultado da vocação do Estado para o agronegócio e do trabalho intenso das cooperativas locais, que figuram entre as maiores do mundo. Várias cooperativas têm investido para industrializar suas produções, visando o aumento de competitividade no mercado global. Resultado disso, o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual de óleos e gorduras, por exemplo, dobrou desde 2019, saltando R$ 14,9 bilhões para R$ 30,5 bilhões. Considerando apenas a exportação de carnes de aves, carne suína, açúcar, soja e milho, que são os principais produtos vendidos pelo Estado, o Paraná seria o terceiro maior exportador do mundo, com US$ 11,4 bilhões, atrás apenas de Brasil (US$ 81,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 50,6 bilhões). Logo atrás do Paraná, estariam Argentina (US$ 8,6 bilhões), Ucrânia (US$ 7,8 bilhões) e Espanha (US$ 7,4 bilhões), por exemplo. 

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar completou sexta sessão de baixa e acumulou queda de 2,01% na semana

O dólar emplacou a sexta sessão consecutiva de queda ante o real, após novos dados de inflação no Brasil reforçarem, na sexta-feira, a perspectiva de elevação maior de juros pelo Banco Central em maio.

 

A queda do dólar ante o real, apesar de contida, contrastou com o avanço da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, em meio aos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,05%, aos R$5,6903. Na semana, a divisa acumulou baixa de 2,01% e, em abril, queda de 0,29%. Às 17h06, na B3, o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil – tinha leve alta de 0,07%, aos R$5,6915. A moeda norte-americana à vista chegou a oscilar no território positivo ante o real no início do dia, em meio a sinais de alívio nas tensões comerciais entre China e EUA. Enquanto o país asiático isentou algumas importações norte-americanas, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que seu governo está conversando com Pequim para fechar um acordo tarifário. No entanto, a pressão de baixa para as cotações retornou ainda pela manhã, dando continuidade ao movimento mais recente e reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 subiu 0,43% em abril, após alta de 0,64% em março, ficando em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters. Em 12 meses, o avanço acumulado do IPCA-15 chegou a 5,49%, ante 5,26% em março e em linha com a expectativa. O IPCA-15 é considerado uma espécie de prévia do IPCA, o indicador oficial de inflação no Brasil. A abertura do indicador também não foi tão favorável. A inflação de alimentação no domicílio em abril, de 1,29%, ficou acima da projeção do banco Bmg, de 1,11%. A inflação de bens industriais, de 0,57%, também ficou acima da expectativa do banco, de 0,54%. Já o índice de difusão -- que reflete o percentual de itens dentro do IPCA-15 que teve alta de preços no mês -- passou de 61,0% em março para 67,8% em abril. O viés negativo para o dólar no Brasil contrastou com o cenário visto no exterior, onde a moeda norte-americana subia ante a maior parte das demais divisas. Às 17h34, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,20%, a 99,620.

Reuters

 

Ibovespa renova máximas e fecha semana com alta de 4%

O Ibovespa encerrou com leve alta na sexta-feira, renovando máximas do ano atingidas na véspera, em um pregão de oscilação tímida, mas que selou ganho de 4% na semana. A sessão teve como pano de fundo dados de inflação no Brasil em abril, além da repercussão do resultado trimestral da Vale. No exterior, sinais de abrandamento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China ofereceram algum alívio aos investidores.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,12%, a 134.739,28 pontos, maior patamar de fechamento desde setembro de 2024, tendo marcado 134.992,22 na máxima -- também um pico desde setembro -- e 134.186,43 na mínima do dia. O volume financeiro somou R$24,6 bilhões. Na semana, encurtada pela ausência de negócios na segunda-feira devido a feriado nacional, o Ibovespa subiu 3,93%. "Depois de uma forte recuperação na semana, durante a qual o Ibovespa rompeu importantes resistências nos níveis de 130 mil e 134 mil pontos, a sexta-feira caminhou para um fechamento mais tímido", disse a analista de renda variável Bruna Sene, da Rico. Segundo ela, apesar do desempenho mais comedido no dia, o índice segue em tendência de alta no curto prazo, com potencial para voltar a testar seu topo histórico nos próximos dias, na região de 137.528 pontos. Para o estrategista de renda variável José Francisco Cataldo Ferreira, da Ágora Investimentos, ainda há no horizonte um cenário de volatilidade envolvendo as relações China-EUA, após um período de idas e vindas entre as duas potências. "As negociações são todas muito incertas ainda", afirmou. Na próxima semana, a temporada de resultados corporativos no Brasil começa a ganhar força, o que também promete movimentar o índice da bolsa paulista.

Reuters

 

Alta do IPCA-15 desacelera a 0,43% em abril, mas alimentos voltam a pesar

A alta do IPCA-15 voltou a desacelerar em abril, mas o índice segue pressionado pelos preços de alimentos e saúde, com a taxa em 12 meses ainda acima de 5% em meio ao ciclo de elevação da taxa de juros pelo Banco Central.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,43% em abril, após alta de 0,64% em março, ficando em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters. Os dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que, em 12 meses, o avanço acumulado do IPCA-15 chegou a 5,49%, de 5,26% em março e em linha com a expectativa. Assim, o índice permanece bem acima do teto da meta oficial, de 3,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os custos dos alimentos seguem como o maior impacto nos bolsos dos consumidores, com alta de 1,14% em abril, acima da taxa de 1,09% de março. A alta dos preços da alimentação no domicílio acelerou a 1,29% em abril, pressionada por tomate (+32,67%), do café moído (+6,73%) e leite longa vida (+2,44%). A inflação da alimentação fora do domicílio também acelerou, a 0,77%, diante das altas de 1,23% do lanche e de 0,50% da refeição. Também pesou o avanço de 0,96% nos custos de Saúde e cuidados pessoais, de 0,35% em março, com a contribuição de itens de higiene pessoal (+1,51%) e produtos farmacêuticos (+1,04%), após a autorização de reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março. Os dois grupos responderam juntos por 88% do índice do mês, segundo o IBGE. A única queda de preços foi registrada pelo grupo Transportes, de 0,44%, diante do recuo de 14,38% das passagens aéreas. Também contribuiu para o resultado a deflação de 0,38% dos combustíveis, com variações negativas nos preços do etanol (-0,95%), do gás veicular (-0,71%), do óleo diesel (-0,64%) e da gasolina (-0,29%). Segundo André Valério, economista sênior do Inter, a inflação de serviços, ponto de atenção do BC, recuou de 0,66% em março para 0,18% em abril, devido principalmente às passagens aéreas. Excluído esse item, a inflação de serviços seria de 0,48%. "O resultado sugere manutenção da tendência observada nos últimos meses. Por um lado, não se observam indícios de piora na inflação, mas a manutenção em patamar elevado, especialmente do núcleo e dos serviços, sugere cautela", explicou Valério, que vê alta de 0,50 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião.

Reuters

 

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