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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 788 DE 24 DE JANEIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 788 | 24 de janeiro de 2025

                                         

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo: mercado doméstico freia novas altas

Por outro lado, exportações de carne bovina permanecem em ótimos níveis

 

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços acomodados em grande parte do país na quinta-feira (23), de estáveis a mais baixos. Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, no geral as escalas de abate seguem encurtadas. “Mesmo assim, há dificuldade na continuidade do movimento de alta. O cenário do consumo interno de carne ainda é a variável chave para justificar esse ambiente, com frigoríficos de mercado doméstico incapazes de absorver novos reajustes do boi gordo. As exportações permanecem em alto nível, com perspectiva de ótimo desempenho para a temporada”, comenta. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 333,58 a prazo (R$ 333,75 anteriormente). Minas Gerais: R$ 323,53, estável. Goiás: R$ 323,21, sem mudanças. Mato Grosso do Sul: R$ 326,59 (R$ 327,05 ontem). Mato Grosso: R$ 318,91, inalterado. O mercado atacadista ainda se depara com preços acomodados no decorrer da semana. No entanto, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda das indicações, em especial do traseiro bovino. “O perfil de consumo ainda aponta para a preferência por proteínas de menor valor agregado, a exemplo da carne de frango, embutidos e ovo”, avalia. O quarto traseiro foi precificado a R$ 26,00, por quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50, por quilo. Já a ponta de agulha ainda é precificada a R$ 18,70, por quilo.

Agência Safras 


Pecuária de corte de registra avanço no custo de produção em 2024

O custo operacional efetivo (COE) do ciclo completo teve a menor variação dentre os sistemas, com +1,6% no comparativo anual, informa o Imea

 

No ano passado, o sistema de recria/engorda foi o que registrou o maior aumento anual nos custos de produção (safra 24/25) em MT, segundo relatório divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O COE da atividade de recria/engorda apresentou acréscimo de 12,67% no custo operacional efetivo (COE), passando de R$ 197,34/@ em 2023 para R$ 222,34/@ em 2024. “Essa alta é reflexo da redução na oferta de gado de reposição, que aumentou o custo com aquisição de animais”, justifica o Imea. Para o sistema de cria, o COE atingiu R$ 147,58/@, avanço de 12,65% sobre o resultado de 2023, que era de R$ 131,01/@. “Tal cenário foi reflexo da elevação com gastos como suplementação e pastagem, além dos demais custos, que totalizaram aumento de R$ 16,57/@ no indicador”, relata o Imea. Por fim, o custo operacional efetivo do ciclo completo registrou a menor variação dentre os sistemas, com +1,6% no comparativo anual, com a média de R$ 161,40/@ em 2024.

Portal DBO 

 

Carne bovina: Ano Novo Chinês coloca as negociações com o Brasil em compasso de espera

Período de comemorações no país asiático pode pressionar para baixo os preços da proteína brasileira exportada, hoje ao redor de US$ 4.800/tonelada, relata a Agrifatto

 

Com a aproximação do Ano Novo Chinês, as negociações entre exportadores de carne bovina do Brasil e importadores do país asiático entraram em compasso de espera, relata a Agrifatto. “O mercado no gigante asiático está mais ‘adormecido’, com queda expressiva no volume de negócios realizados”, ressaltou a consultoria. A data do Ano Novo Chinês varia a cada ano, pois é baseada no calendário lunar, que geralmente cai entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro no calendário gregoriano. Neste ano, será festejado em 29 de janeiro, marcando o início do Ano da Serpente. Disparado o maior cliente do Brasil, a China importou 1,32 milhão de toneladas de carne bovina in natura do Brasil em 2024, 10,59% a mais que o registrado em 2023. Em dezembro/24, os chineses adquiriram 113,94 mil toneladas da proteína bovina, 7,37% a menos que o resultado obtido em novembro/24 e o menor volume dos últimos quatro meses, de acordo com a Agrifatto. Apesar da redução no comparativo mensal (dezembro/24 versus novembro/24), a receita obtida em reais com a venda de proteína bovina para os chineses atingiu R$ 3,44 bilhões no último mês de 2024, faturamento 1,7% acima do registrado em novembro/24. “Este resultado só foi conquistado por conta da elevação de 5,31% do dólar”, justifica a Agrifatto. Com a China em período de comemoração, o dianteiro bovino brasileiro destinado ao país asiático segue cotado a US$ 4.800/tonelada. “Este patamar de preço deixa de ser atrativo para alguns exportadores brasileiros”, observa a Agrifatto. No entanto, diz a consultoria, com os estoques bem abastecidos, o consumo lento e a desvalorização do yuan, os importadores chineses devem esperar o fim do Ano Novo para estabelecer como será a nova diretriz de compras de carne bovina do Brasil. A Agrifatto relembra que, após atingir um preço médio nas exportações brasileiras de US$ 4,40 mil/toneladas em agosto/24, os valores da carne bovina in natura (considerando todos os países compradores) subiram quase 15% de lá para cá, ultrapassando US$ 5,00 mil/toneladas nas últimas semanas. No entanto, diz a Agrifatto, a recuperação no preço da proteína exportada demonstra sinais de desaceleração. “Essa mudança acompanha a moderação dos preços dos negócios fechados desde o final de novembro/24”, diz a consultoria. Segundo os analistas da Agrifatto, os dados recentes sugerem que esse avanço está perdendo força, indicando que os importadores mundiais da carne brasileira estão começando a “refugar” diante da tonelada exportada de US$ 5.000/toneladas. Nos primeiros dias de janeiro/25, o Brasil exportou 112,73 mil toneladas de carne bovina para o mundo, gerando uma receita de US$ 568,2 milhões, com o preço médio de US$ 5,04 mil/tonelada, informou a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Preços dos suínos seguiram com estabilidade na 5ª feira

Segundo a Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial está cotado em R$ 11,60/kg. Já o preço médio da arroba do suíno CIF permaneceu estável e está sendo negociado em R$ 151,00/@

 

De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última quarta-feira (22), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou estabilidade e segue em R$ 7,96/kg. No Paraná, o preço do animal teve ganho de 0,79% está precificado em R$ 7,63/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu estável e está precificado em R$ 7,91/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 7,93/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o valor do suíno seguiu estável e está cotado em R$ 7,69/kg.

Cepea/Esalq 

 

Suinocultura independente: Preços dos suínos seguem com estabilidade

Na quinta-feira (23), a comercialização dos suínos no mercado independente apresentou estabilidade em todas as regiões. A expectativa do setor é que os preços possam registrar novos patamares de referências no curto prazo.   

 

Em São Paulo, os preços dos suínos apresentaram estabilidade frente pela quarta semana consecutiva e está precificado em R$ 08,11/kg vivo, de acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor do animal seguiu com estabilidade nesta semana e está sendo negociado próximo de R$ 08,00/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal seguiu estável e está precificado em R$ 7,80/kg vivo.

APCS/ Asemg/ ACCS 

 

Suínos/Cepea: Competitividade cresce frente às carnes substitutas

Levantamentos do Cepea mostram que a competitividade da carne suína tem aumentado frente às substitutas neste início de 2025

 

Isso porque, enquanto os preços da proteína suína vêm caindo com força, em relação a dezembro/24, os da de frango estão em alta e os da bovina registram leve baixa – todas no atacado da Grande São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta maior que a demanda tem pressionado as cotações da carne suína, cenário que vem sendo observado desde dezembro do ano passado. Quanto à proteína avícola, a procura aquecida na primeira quinzena sustentou o avanço da média parcial deste mês, ainda conforme pesquisas do Cepea.

Cepea


FRANGOS

 

Cotação frango na granja paulista apresenta queda de até 1,82% nesta 5ª feira

Na quinta-feira (23), os preços do frango no atacado paulista apresentaram queda em algumas praças. De acordo com as Informações da Scot Consultoria, a cotação da ave na granja registrou queda de 1,82% e está cotada em R$ 5,40/kg

 

Ainda segundo a Scot Consultoria, a referência para o frango no atacado paulista apresentou recuo de 1,28% e está cotado em R$ 7,70/kg. Com base no levantamento realizado na última quarta-feira (22), o preço do frango congelado apresentou recuo de 0,71% e está precificado em R$ 8,35 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve queda de 0,24% e está próximo de R$ 8,41 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,67/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Cepea/Esalq 

 

Decreto prorroga emergência zoossanitária para gripe aviária no Paraná, diz Adapar

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou na quinta-feira (23) o Decreto 8721 , que amplia por mais 180 dias o decreto de emergência zoossanitária no Paraná, mantendo em alta a vigilância com o objetivo de evitar casos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Estado

 

Esta é a terceira prorrogação do decreto assinado primeiramente em 23 de julho de 2023. “É importante registrar que essa é uma medida preventiva, precisamos nos manter alertas”, afirmou o chefe do Departamento de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias. A influenza aviária é uma doença com distribuição global e ciclos pandêmicos ao longo dos anos, com sérias consequências para o comércio internacional de produtos avícolas. Em 15 de maio de 2023 foi detectada pela primeira vez em território brasileiro, em aves silvestres. Em dezembro do ano passado, uma pessoa que sofria de doença respiratória grave morreu na Louisiana, nos Estados Unidos, infectado por uma mutação do vírus. Recentemente foram observados casos da gripe aviária em produção comercial no Chile e na Colômbia. Com o inverno nos países do Hemisfério Norte, aves tendem a migrar para o Sul, podendo trazer com elas o vírus. O Paraná não registrou nenhum caso em produção comercial, ficando restrito a aves silvestres, o que não interferiu na exportação de aves. “Precisamos continuar fazendo todos os esforços para que não adentre granjas comerciais”, reforçou Gonçalves Dias. Em 2023 a avicultura paranaense alcançou Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 38,8 bilhões, representando 19,61% dos R$ 198 bilhões do agronegócio no Estado. No ano passado a carne de frango, da qual o Paraná é o maior produtor e maior exportador, continuou no topo. Foram enviados pouco mais de 2,171 milhões de toneladas aos países parceiros comerciais, resultado 4% superior às 2,087 milhões de toneladas de 2023. Em arrecadação passou de cerca de US$ 3,7 bilhões para US$ 4 bilhões (7% a mais). Nessa proteína, alguns países fizeram suas primeiras compras do Paraná. A entrada mais expressiva como parceira do Estado foi da República da Lituânia, com compra de 476 toneladas por US$ 555,6 mil.

Governo do Paraná 

 

INTERNACIONAL

 

Argentina: Abate bovino caiu 4,1% em 2024, com 110.000 toneladas menos carne produzida

O Consórcio de Exportadores de Carnes da Argentina (ABC) revelou os dados finais do abate bovino em 2024

 

Segundo o relatório, ao longo do ano passado foram abatidos 13,92 milhões de bovinos, o que representa uma queda de 4,1% em relação aos 14,51 milhões abatidos entre janeiro e dezembro de 2023. “As maiores diferenças interanuais no abate vêm dos machos de dois dentes, com uma redução de 114,8 mil cabeças no acumulado dos primeiros 12 meses do ano passado; dos machos de seis dentes, que apresentaram uma queda interanual de cerca de 93,6 mil cabeças; e das fêmeas de oito ou mais dentes, cujo abate caiu em cerca de 284,8 mil cabeças em relação ao registrado entre janeiro e dezembro de 2023,” detalhou o Consórcio. Menor abate bovino significa menos carne. Em termos de produção de carne, a entidade calculou que os frigoríficos entregaram 3,77 milhões de toneladas equivalentes a carcaça, representando uma queda interanual de 3,3% em comparação às 3,28 milhões de toneladas produzidas em 2023. Na prática, isso significa que foram produzidas 109.600 toneladas a menos de carne entre um ano e outro, com a oferta reduzida principalmente no mercado interno, já que as exportações cresceram. Redução no abate de fêmeas. Por outro lado, o Consórcio destacou que, embora o abate de fêmeas tenha permanecido em um nível elevado em 2024, foi menor em relação a 2023. “O abate de fêmeas representou 47,7% do total, ficando levemente abaixo dos 48,2% registrados entre janeiro e dezembro de 2023. Em termos absolutos, cerca de 344,4 mil fêmeas a menos foram enviadas para abate em 2024 em comparação ao ano anterior,” informou o Consórcio. Peso médio das carcaças aumentou. Um dado positivo apontado no relatório foi o aumento no peso médio das carcaças. Em 2024, o peso médio foi de 228,1 quilos, um aumento de 0,7% em relação aos 226,4 quilos registrados em 2023.

Infocampo 

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

BNDES anuncia mais R$4,8 bi para crédito pelo Plano Safra

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará mais 4,8 bilhões de reais para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2024-2025, informou o banco nesta quinta-feira em comunicado. Do valor total, 2,1 bilhões de reais vai para agricultura familiar e o restante para linhas voltadas para agricultura empresarial 

 

Segundo o banco, os recursos poderão ser utilizados por produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares para custeio e investimento em produção, compra de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação. O banco ainda tem disponível a 11 bilhões de reais nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), pontuou o BNDES. "Nosso objetivo é garantir que pequenos e médios produtores tenham acesso ao crédito necessário para investir em inovação, modernização e práticas sustentáveis, fortalecendo a cadeia produtiva e contribuindo para a transição a uma economia mais verde", disse no comunicado o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. No Plano Safra 2024-2025, o BNDES já aprovou 27,9 bilhões de reais em recursos e atendeu a solicitações de mais de 126 mil operações indiretas, cujos recursos são repassados por agentes financeiros parceiros do banco de fomento.

Reuters 

 

Paraná é o 2º que mais contrata no País

Estado registrou 159.913 novos contratos de trabalho ao longo do ano, ficando atrás de São Paulo. Relatório leva em conta vínculos celetistas, estatutários, temporários e avulsos.

 

O Paraná foi o segundo Estado do Brasil que mais gerou novos empregos em 2023, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 159.913 novos contratos de trabalho ao longo do ano, ficando atrás de São Paulo, que tem uma população total quase quatro vezes maior. A RAIS é um levantamento que, além dos vínculos celetistas, considera também os contratos de trabalho estatutários, temporários e avulsos, com metodologia distinta do Caged e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como os dados da pesquisa são coletados anualmente, a divulgação dos números acontece, em geral, somente no ano-base seguinte. Logo atrás do Paraná, ficaram a Bahia (155.294), Pernambuco (121.850), Mato Grosso (119.758) e Minas Gerais (109.881). Em todo o Brasil, a variação absoluta de novos contratos de trabalho ao longo do ano foi de 1.915.521 novas contratações. Com o crescimento, o Paraná chegou a 3.621.254 pessoas empregadas ao final do ano de 2023, mantendo a quarta colocação entre os estados com maior estoque de trabalhadores com vínculo formal no Brasil, atrás apenas de São Paulo (15.318.750), Minas Gerais (5.633.160) e Rio de Janeiro (4.339.847). A maior alta ficou por conta da construção civil, que registrou aumento de 14,39% no total de contratados, chegando a 157.422 vínculos de trabalho. Na sequência ficaram os setores de serviços (7,88%), administração pública (7,45%), comércio (1,5%), indústria de transformação (1,07%) e agropecuária (0,57%).

Agência Estadual de Notícias  

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar volta a cair com mercado retirando prêmios de risco e fecha a R$5,9255

O mercado de câmbio brasileiro deu continuidade nesta quinta-feira ao movimento recente de retirada de prêmios de risco das cotações, o que fez o dólar fechar em queda e se reaproximar dos 5,90 reais, ajudado ainda pela perda de força da moeda norte-americana no exterior

 

O dólar à vista fechou em queda de 0,35%, aos 5,9255 reais -- a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais. Em janeiro, o dólar acumula baixa de 4,10%. Às 17h09, o dólar para fevereiro na B3 -- atualmente o mais líquido -- caía 0,29%, aos 5,9350 reais. Ao longo da manhã o dólar foi perdendo força ante o real, com parte dos investidores dando continuidade à retirada de prêmios de risco vista na véspera. “O que tem acontecido mais recentemente é um pouco de alívio dos prêmios que vêm desde a eleição (de Trump), principalmente por conta da questão de tarifas”, comentou durante a tarde o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. “Trump sugere que vai fazer mudanças, mas ainda não explicitou. A gente sabe que vai ter (mais tarifas), a questão é saber o quanto e quando”, acrescentou. No início da tarde, comentários de Trump em evento do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, contribuíram para suavizar as taxas de juros no mercado norte-americano de títulos e fizeram o dólar perder força ante outras divisas, incluindo o real. Trump afirmou que as empresas globais devem fabricar produtos nos EUA, caso queiram evitar tarifas, mas não anunciou medidas concretas ou fez novas ameaças específicas. Na prática, o discurso manteve a avaliação de que, por enquanto, nada muda em matéria de tarifas. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, sem medidas tarifárias concretas, o mercado, que estava pronto para comprar moeda com o discurso de Trump, demonstrou certo alívio com o discurso considerado “ameno”. Em reação, a moeda norte-americana perdeu força ante várias divisas no exterior e o dólar chegou a oscilar abaixo dos 5,90 reais no Brasil. Às 14h50, já após a fala de Trump, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,8736 reais (-1,22%).

Reuters 

 

Ibovespa perde força com ruídos políticos e pressão de Trump sobre o petróleo

Com a alta dos juros futuros e sem o apoio de Vale e de Petrobras, o Ibovespa não obteve suporte para terminar no campo positivo e fechou com queda de 0,40% 

 

Medidas em estudo pelo governo para fornecer alimentos com custo reduzido, ventiladas inicialmente pela “Bloomberg”, voltaram a assombrar o mercado e levaram a uma piora dos ativos domésticos na sessão de ontem. Com a subida dos juros futuros e sem o apoio de Vale e de Petrobras, o Ibovespa não obteve suporte para terminar no campo positivo e fechou com queda de 0,40%, aos 122.483 pontos, oscilando entre os 122.159 pontos e os 123.958 pontos, em mais um dia de liquidez baixa. Depois de iniciar a sessão em estabilidade, o primeiro gatilho negativo para o índice veio no começo da tarde com a declaração do presidente americano, Donald Trump, de que irá pedir à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para que ambas reduzam os preços de petróleo. A fala impulsionou perdas nas cotações da commodity. O movimento negativo foi acentuado horas depois com a notícia da agência “Bloomberg”. Segundo a reportagem, o governo avalia medidas para fornecer alimentos com custo reduzido por meio de uma rede popular de abastecimento, numa tentativa de combater a inflação e aumentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das ideias em consideração, de acordo com a Bloomberg, tornaria mais baratos os produtos disponíveis em periferias de grandes cidades. Tal solução poderia exigir subsídios. Perto do fim do pregão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há “espaço fiscal” para uma política de subsídio para diminuir o preço de alimentos e enfatizou que a medida é “uma boataria que interessa a algumas pessoas”. O dia também foi de alta para algumas ações de bancos, como Banco do Brasil, que subiu 2,26% e BTG Pactual, que avançou 0,10%. A sessão também foi de subida de 4,06% das ações da Marfrig, ampliando a leve alta da véspera. O volume financeiro do índice foi de R$ 14,5 bilhões e de R$ 18,9 bilhões na B3. Já em NY, as bolsas americanas terminaram o dia em alta: o Dow Jones subiu 0,92%, o S&P 500 avançou 0,53% e o Nasdaq teve alta de 0,22%.

Valor Econômico  

 

CEPEA: Após dois trimestres em queda, PIB do agro reage no 3º tri, e recuo esperado para 2024 diminui para 2,49%

Depois de recuar por dois trimestres consecutivos, o PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), reagiu no terceiro trimestre de 2024, registrando avanço de 1,26%.

 

Diante disso, a taxa de queda no acumulado de 2024 diminuiu para 2,49%. Agora, considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo até o momento, o PIB do agronegócio pode corresponder por 22% do PIB do Brasil em 2024, abaixo dos 23,5% registrados em 2023. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, a reação observada no terceiro trimestre de 2024 se deve aos resultados positivos verificados tanto para o ramo agrícola (com alta de 1,27%) quanto para o pecuário (elevação de 1,31%). Ressalta-se que todos os segmentos apresentavam avanços no terceiro trimestre de 2024, devido ao aumento do valor bruto da produção, o que, por sua vez, foi influenciado sobretudo pelos preços reais mais altos no período. Já o desempenho negativo no acumulado do ano (até setembro) está atrelado à pressão vinda do ramo agrícola, que registra baixa de pouco mais de 4%, enquanto o pecuário apresenta alta, de 1,6%. Pesquisadores do Cepea indicam que o resultado negativo do agronegócio no acumulado de 2024 foi impactado principalmente pela queda nos preços e pela redução da produção de importantes produtos do setor, com destaque para a agricultura "dentro da porteira". Por outro lado, o ramo pecuário conseguiu atenuar parte desse impacto negativo, impulsionado pelo bom desempenho dos segmentos agroindustriais, de agrosserviços e de insumos.

Cepea 

 

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