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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 770 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 770 | 17 de dezembro de 2024

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


Boi gordo: proximidade das festas de fim de ano tende a mexer com os preços

Escalas de abate avançaram recentemente, o que tende a levar os frigoríficos a atuarem de maneira cadenciada, diz analista

 

O mercado físico do boi gordo registrou preços estáveis na segunda-feira (16). De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate avançaram recentemente, o que tende a levar os frigoríficos a atuarem de maneira cadenciada e tranquila nas compras, diminuindo assim a propensão para altas. “Vale frisar ainda que várias unidades frigoríficas não operarão em breve, com manutenções programadas. Além das escalas, as atenções devem passar para o andamento do atacado no período de festas”, disse o analista da empresa Allan Maia. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: entre R$ 310 e R$ 320. Minas Gerais: negócios entre R$ 315 e R$ 320. Goiás: na faixa de R$ 300 a R$ 305. Mato Grosso: indicação de negócios ao nível de R$ 290 no Xingu. Em Rondonópolis, a R$ 300. O mercado atacadista apresentou preços firmes para a carne bovina no dia. Para Maia, um ponto a se considerar e que pode afetar a dinâmica de preços é a reposição, uma vez que as varejistas já estão posicionadas para atender o consumo de período de festas. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 20,50 por quilo. O quarto traseiro ficou em R$ 27,00 por quilo. A ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 19,50, por quilo.

Agência Safras

 

Carne bovina: Média diária exportada recua 14,3% até a segunda semana de dezembro/24

Volume exportado alcançou 89,3 mil toneladas

 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o embarque de carne bovina in natura alcançou 89,3 mil toneladas na segunda semana de dezembro/24. No ano anterior, o mês de dezembro exportou 208,440 mil toneladas em 20 dias úteis. A média diária exportada na segunda semana de dezembro/24 ficou em 8,9 mil toneladas, queda de 14,3%, quando se comparada com a média observada em dezembro de 2023, com 10,4 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina estão próximos de US$ 4.907 por tonelada o que representa um ganho anual de 7,9%, quando se compara com os valores observados em dezembro de 2023, com US$ 4.547 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina nesta segunda semana de dezembro ficou em US$ 483,3 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 947,8 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 43,8 milhões e registrou um recuo de 7,5%, frente ao observado no mês de dezembro do ano passado, que ficou em US$ 47,3 milhões.

Secex

 

SUÍNOS

 

Preços no mercado de suínos caíram na segunda-feira (16), com baixa liquidez da carne

Segundo análise do Cepea, os preços do suíno caíram fortemente. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais para abate no mercado independente ficou acima da demanda, devido à baixa liquidez da carne

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve queda de 5,71%, com preço médio de R$ 165,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,48%, fechando em R$ 13,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (13), houve queda de 4,30% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,46/kg, baixa de 0,69% no Paraná, com preço de R$ 8,65/kg, desvalorização de 3,85% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 8,73/kg, retração de 0,57% em Santa Catarina, atingindo R$ 8,78/kg, e de 1,06% em São Paulo, fechando em R$ 9,29/kg.

Cepea/Esalq

 

Receita das exportações de carne suína acelera na 2ª semana de dezembro e sobe 18%

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, as exportações de carne suína in natura, até a primeira semana de dezembro (dez dias úteis) chegaram a uma receita equivalente a 58,98% do faturamento de 2023

 

A receita obtida, US$ 126.2 milhões, representa 58,98% do total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 214.1 milhões. No volume embarcado, as 50.110 toneladas representam 52,13% do total registrado em dezembro do ano passado, com 96.119 toneladas.

O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 12.6 milhões, quantia 18,00% maior do que a de dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 12,28% observando os US$ 14.3 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.011 toneladas, houve elevação de 4,3% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, -se recuo de 11,58%, comparado às 5.667 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.520, ele é 13,1% superior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa incremento de 0,78% em relação aos US$ 2.540 anteriores.

Secex

 

FRANGOS

 

Estabilidade no mercado do frango na segunda-feira (16)

Segundo o órgão, as cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, da mesma forma que o frango no atacado, custando, em média, R$ 7,60/kg. No caso do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (16), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram queda de 0,12%, custando, respectivamente, R$ 8,34/kg e R$ 8,30/kg. 

Cepea/Esalq

 

Média diária de carne de frango exportada têm queda na 2ª semana de dezembro

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, (16), as exportações de carne de aves in natura até a primeira semana de dezembro (dez dias úteis), registrou queda em toneladas por média diária embarcadas

 

A receita obtida, US$ 390,3 milhões, representa 52,15% do total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 748,3 milhões. No volume embarcado, as 209.641 toneladas representam 48,16% do volume registrado em dezembro do ano passado, com 435.289 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 39 milhões quantia 4,3% maior do que a registrada em dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 9,44% quando comparado aos US$ 43,1 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.964 toneladas, houve redução de 3,7% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, retração de 8,77% em relação às 22.981 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.861, ele é 8,3% superior ao praticado em novembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda de 0,73% no comparativo ao valor de US$ 1.875 visto na semana passada.

Secex

 

EMPRESAS

 

Aos 100 anos, Frísia cria sua própria solução de inteligência artificial

Cooperativa desenvolveu sistema associado ao ChatGPT para agilizar processos de governança e melhorar atendimento a cooperados. Frísia tem 1.084 cooperados e 1.272 funcionários

 

Prestes a completar 100 anos, a cooperativa Frísia, de Carambeí (PR), está integrando a inteligência artificial aos seus processos. Ela desenvolveu uma ferramenta própria, integrada ao GPT-4, da OpenAI. Por ora, o uso da tecnologia estará restrito às ações internas de gestão, mas já há planos para adotar a solução em outras áreas. A Frísia tem 1.084 cooperados e 1.272 funcionários. Com negócios em segmentos como leite, carne suína, madeira e grãos, ela faturou R$ 6,45 bilhões em 2023. A ideia de utilizar inteligência artificial em seus processos surgiu em 2022. A área de tecnologia da informação da cooperativa percebeu que os funcionários tinham dificuldade de obter documentos e informações. O desenvolvimento da ferramenta teve como objetivo facilitar o acesso. “Fomos buscar soluções prontas e pensamos em uma solução com algoritmo próprio, mas seria inviável. Construímos a interface, e o ChatGPT entra como o motor de comunicação”, explica Ivonel Margraf Junior, analista de Inteligência de Negócios da Frísia. Ao longo de 2024, a ferramenta passou por testes e ajustes, incluindo um “treinamento” para responder corretamente ao usuário. Ela começou a funcionar no ambiente corporativo em novembro. “Além da inclusão dos documentos, há um processo para elaborar a documentação adequada e ensinar ao GPT como ele deve interpretar as informações”, conta Rodrigo Kmiecik, engenheiro de software da Frísia. “Se um documento é muito complexo, é possível adequar as informações ao nível de quem está questionando”. Agora, a ferramenta tem em sua base a documentação sobre normas de trabalho e governança. Já está em fase inicial a inclusão de manuais de campo. Um veterinário que tiver uma dúvida sobre como proceder na vacinação de um plantel, por exemplo, poderá consultar as diretrizes que a cooperativa adota. A área de tecnologia também está capacitando funcionários dos demais departamentos da Frísia sobre a maneira mais eficiente de interagir com a IA. A ideia é que cada setor gerencie suas informações de forma autônoma. Para 2025, o plano é incluir todos os cooperados, integrando a IA aos sistemas de atendimento, como o aplicativo ou o portal da Frísia. A intenção, com isso, é que o associado tenha acesso a informações mais simplificadas sobre relatórios operacionais ou uma análise de suas finanças para facilitar a tomada de decisão, por exemplo. Como a cooperativa precisa manter essas informações em ambiente privado, ela comprou uma licença paga da OpenAI, proprietária do ChatGPT, para desenvolver sua inteligência artificial. O custo será proporcional ao volume de respostas, a um valor médio de R$ 0,01 para cada conjunto de 750 letras, conta Rodrigo Kmiecic. A área de tecnologia ainda vai calcular o valor por usuário. A administração da Frísia receberá os resultados, e caberá a ela definir se cobrará algo do associado. “Para [o custo] não ficar alto, é preciso de um conteúdo bem elaborado, que produza uma resposta que não custe mais processamento”, acrescenta Margraf Junior.

Globo Rural

 

Ramax assume operações do frigorífico Bon-Mart

De olho em exportações para a China, empresas fecham parceria, que não envolve aportes. Operação com a Ramax não envolve aportes financeiros. É uma parceria na qual o Bon-Mart ficará com parte do faturamento

 

O grupo Ramax, que atua na produção e exportação de carne bovina em Mato Grosso, vai assumir as operações do tradicional frigorífico Bon-Mart, de Presidente Prudente (SP). O plano é “virar a chave” da unidade para o mercado externo e aumentar em mais de 70% o faturamento da empresa do interior paulista. A previsão é alcançar receita de R$ 1,2 bilhão já em 2025, principalmente com o embarque de cortes para a China. A operação não envolve aportes, segundo as empresas, e é uma parceria na qual o Bon-Mart ficará com parte do faturamento. O Bon-Mart informou que não vai sair da operação, que continuará no comando do frigorífico e que a parceria se trata de uma operação em conjunto com a Ramax. "Essa parceria é fundamental para o nosso crescimento exponencial e o Bon-Mart desempenha um papel central para que possamos cumprir nossa missão de expansão e visão de liderança no mercado global de produção, processamento e exportação de proteína animal", disse a Ramax, em nota. A planta da Bon-Mart já é habilitada para exportar à China, mas a gestão mantinha o foco na venda de carne com osso ao mercado interno. Apenas 10% do faturamento atual, de R$ 700 milhões em 2024, é oriundo de exportações. A Ramax quer elevar essa fatia para entre 60% e 80%, com abate inicial de 500 cabeças por dia a partir de janeiro. A meta, afirma Magno Gaia, CEO do grupo, é embarcar 2,7 mil toneladas de carne bovina desossada por mês no ano que vem. “O frigorífico tem um modelo de negócio mais tradicional, está há décadas no mercado e é muito respeitado. Vamos mudar a visão dele e levar para um faturamento melhor na carne”, diz Gaia. A Ramax deve investir R$ 20 milhões em melhorias e adaptações operacionais e de performance na planta, principalmente para o congelamento dos produtos e o aproveitamento da capacidade total de abate e de desossa, de 780 e 600 animais por dia, respectivamente. No primeiro trimestre de 2025, o grupo espera habilitar a unidade para exportar aos Estados Unidos, segundo ele. Além da China, o estabelecimento já tem aval para vender ao Chile e a países da União Europeia. Para competir em um ramo dominado por gigantes, como JBS, Minerva e Marfrig, a aposta da Ramax é na conexão direta com os consumidores finais chineses, com o uso, inclusive, de plataformas para “distribuição digital” das carnes a restaurantes e hotéis chineses. A ferramenta funciona como uma “Amazon ou Alibaba das carnes”, compara Gaia. Há planos para adotar o modelo também nos Estados Unidos. Segundo ele, além do reforço financeiro e econômico, a estratégia ajuda a solidificar a marca de pequenas e médias empresas em mercados de alta concorrência. “Vamos conseguir colocar caixas de carnes produzidas no Bon-Mart em lugares que nunca chegaram antes, conectando diretamente com o restaurante, não no porto”, antevê. A produção de carnes da unidade de Presidente Prudente, que tem 270 mil metros quadrados, passará a ter a marca da Ramax. “É uma questão institucional, não só de valor. As marcas serão mais resilientes e com demanda contínua mesmo em períodos de baixa de consumo de algum país”, afirma. O modelo já é adotado nas exportações do frigorífico Redentor, em Guarantã do Norte (MT), que o grupo opera desde 2022. De acordo com Magno Gaia, é “inimaginável” para empresas menores criar estruturas como os grandes frigoríficos fizeram, inclusive com escritórios no exterior. A sociedade com plataforma digital é uma “maneira criativa e inovadora” de substituir esse custo e atender a clientela apenas com um clique, diz. “Essa é a forma que encontramos para sobreviver nessa selva”. O plano de Gaia é buscar mais frigoríficos pequenos e médios para adicionar a essa plataforma e ampliar os embarques a chineses, americanos, europeus e chilenos. A companhia também atua como trading, na compra e exportação de carnes de ao menos 12 empresas em todo o país, além de fazer negócios no Paraguai, Argentina e Uruguai. Ele ainda planeja inserir outras carnes, como aves, peixes e suínos, na operação. Em 2024, a Ramax deve faturar R$ 2 bilhões, dez vezes mais do que em 2018. A previsão é encerrar o ano com exportação de 40 mil toneladas de carne bovina — 85% para a China. A partir da parceria com o Bon-Mart, a receita deve ir a R$ 3,2 bilhões já no próximo ano.

Valor Econômico

 

GOVERNO

 

Rastreabilidade bovina será gradual e obrigatória a partir de 2027

De acordo com o Ministério da Agricultura, o sistema permitirá monitorar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal identificado. Plano deve prever a rastreabilidade individual a partir da primeira movimentação do bovino até o abate nos frigoríficos

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária vai anunciar nesta terça-feira (17/12) o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. O processo de rastreabilidade dos animais será gradual ao longo dos próximos sete anos, feito por categoria e tipo de movimentação do rebanho. A adesão será obrigatória — tema que exigiu intensa articulação entre governo, frigoríficos e o setor produtivo, principalmente com os pecuaristas que defendiam um sistema voluntário. Haverá uma fase de adaptação em 2025 e 2026. O período será usado para o desenvolvimento de banco de dados e a realização de testes técnicos. A adoção obrigatória no campo começará, efetivamente, a partir de 2027. Em 2032, o sistema deverá estar plenamente operacional. O plano deve prever a rastreabilidade individual a partir da primeira movimentação do bovino até o abate nos frigoríficos, sem a necessidade de registro de todos os animais no nascimento. A proposta inicial foi alterada. Ela dividia o país em blocos para indicar a implementação gradual e regionalizada das medidas. Agora, a identificação dos animais deverá ser adotada conjuntamente, em todo o país, mas haverá diferentes prazos para cada tipo de movimentação: com destinação ao abate, para trânsito interestadual, de primeira movimentação na fazenda, entre outros. No primeiro ano de obrigatoriedade, por exemplo, em 2027, aqueles que participam de protocolos privados e os rebanhos que já fazem manejo sanitário, como os animais submetidos obrigatoriamente à vacinação contra brucelose, deverão fazer a identificação individual com brincos. Um dos pontos do plano deve ser o abandono da marca com fogo nesses bovinos. Em 2032, é prevista a identificação de 100% dos animais destinados ao abate, que é a última movimentação no ciclo de vida do animal. Também haverá obrigatoriedade para a primeira movimentação, como na saída de bezerros do sistema de cria para recria ou engorda, por exemplo, ou qualquer outra negociação entre fazendas. Uma fonte que participou do grupo de trabalho que discutiu o plano com o Ministério da Agricultura, porém, disse que o prazo de transição consensuado foi de oito anos. Serão dois anos para que o governo entregue o sistema integrado com os controles estaduais. A partir daí, começará a fase de obrigatoriedades, sendo gradual nos primeiros três anos para a identificação das fêmeas do protocolo de vacinação obrigatória e mais três anos para a movimentação de todo o rebanho nacional. O prazo só passa a contar a partir da entrega do sistema pelo ministério, enfatizou esse integrante do GT. Discutida por vários anos em conjunto com produtores rurais, indústrias e exportadores, a iniciativa pretende alcançar a rastreabilidade animal completa no país, item cada vez mais cobrado nas negociações internacionais para aberturas de mercado. De acordo com o Ministério da Agricultura, o sistema permitirá “monitorar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal identificado”. Os objetivos são fortalecer os programas de saúde animal, aumentar a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçar o compromisso do Brasil com os requisitos sanitários exigidos pelos mercados internacionais, disse a Pasta, em nota. O foco ainda é o controle sanitário, para o acompanhamento individual da vida dos animais e a garantia da sanidade da carne produzida no país. O plano não deve prever a implementação de medidas de rastreabilidade socioambiental, por exemplo. Um executivo da indústria frigorífica, no entanto, pondera que esse é um requisito que será incluído naturalmente nos programas da cadeia bovina nos próximos anos. “O pano de fundo tem a questão ambiental envolvida, mas o plano tratado com o ministério é somente sanitário”, disse a fonte. Nesse fim de semana, durante um dia de campo em Mato Grosso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o Brasil não pode ter medo de dar transparência às boas práticas de produção, sociais e ambientais. “Não precisamos ter medo de abrir a rastreabilidade do nosso rebanho, ninguém no mundo tem a capacidade de cumprimento das legislações tão restritivas como os produtores brasileiros, ninguém no mundo tem reserva legal como os produtores brasileiros, ninguém no mundo tem a competência sanitária que tem os brasileiros”, acrescentou. “Se a gente topar o desafio de fazer a rastreabilidade num processo que não precisa ser açodado, não precisa ser de hoje para amanhã. O programa é em sete anos, começa em 2027, em 2025 e 2026 é de ajuste de sistemas, testes. Começa em 2027 para ficar pronto em 2032. E aí o Brasil avança definitivamente para os melhores mercados do mundo e como o mais competitivo país para fornecer proteína animal”, destacou. Países como Austrália, Argentina, Uruguai, Chile, Canadá já implementaram sistemas de rastreabilidade bovina. À imprensa no local, Fávaro disse que o plano nacional de rastreabilidade terá uma plataforma que vai integrar as informações já existentes e confirmou que a adesão será obrigatória. Em agosto, entidades de pecuaristas enviaram uma carta ao Ministério da Agricultura em que defendiam a adoção do sistema de rastreabilidade não obrigatório. “As instituições são favoráveis à implantação de mecanismos com o objetivo de certificar a origem dos produtos animais brasileiros, de forma voluntária, não obrigatória, com um prazo de implantação mais longo com um mínimo de 8 anos”, diziam Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), entre outras. Uma das principais questões da obrigatoriedade de adesão ao sistema de rastreabilidade individual é o custo, já que os gastos com brincos de identificação são em torno de R$ 8 por cabeça. Havia discussões sobre a divisão desse custo. Um integrante do Grupo de Trabalho criado em maio deste ano pelo Ministério da Agricultura entre governo, setor e indústria para debater o tema disse que essa questão será ajustada pelo “mercado”. “Será determinada a obrigatoriedade por prazo e os agentes econômicos vão ter que se adequar para poderem comercializar”, explicou. O Brasil já tem um sistema de rastreabilidade individual, o Sisbov. O sistema foi criado para atender exigências da União Europeia em 2002, a partir da chamada lista Traces. O bloco passou a exigir o rastreio após a ocorrência de casos do mal da vaca louca na Europa. Por razões sanitárias, a identificação dos animais, com a aplicação de um brinco, é feita 90 dias antes do abate, sem abranger o ciclo completo de vida. Integrantes do GT disseram que o novo sistema deverá ser ainda mais abrangente que o Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Sisbov), que atende à União Europeia. Eles também acreditam que os dados do sistema nacional poderão ser usados para validar os protocolos privados já existentes e servir de base para novos. O novo plano também não tira a autonomia dos Estados de adotarem iniciativas estaduais, mais imediatas e mais abrangentes que essa, ressaltou esse especialista. O Pará, por exemplo, já anunciou um plano para ter 100% do seu rebanho rastreado até o fim de 2025.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Lote 6 das rodovias do Paraná recebe apenas uma proposta

Trecho da BR-277 faz parte do lote 6 das rodovias do Paraná

 

A EPR foi a única empresa a apresentar na segunda-feira (16) proposta para o lote 6 das rodovias do Paraná. Com isso, não haverá disputa na concessão que será leiloada na quinta-feira (19), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O edital prevê R$ 20 bilhões de investimentos nos próximos 30 anos, sendo R$ 12,6 bilhões para obras e R$ 7,4 bilhões para serviços de manutenção. Neste lote estão contemplados 662 quilômetros nas rodovias BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, ligando as regiões Oeste e Sudeste aos Campos Gerais do estado. As principais obras previstas no edital publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) são os 462 quilômetros de duplicações, incluindo toda a extensão da BR-277 entre Matelândia e Prudentópolis e a ligação entre Cascavel e Pato Branco. As entregas de duplicações deverão ser feitas a partir do terceiro ano e se estendem até o nono ano de concessão. Com o lote 6, o Paraná vai completar a concessão de todo o eixo da BR-277, desde a região oeste, na fronteira com Paraguai e Argentina, até o porto de Paranaguá — os trechos entre Prudentópolis e Paranaguá estão divididos entre as concessionárias Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro. Conforme edital, o vencedor do lote 6 das rodovias do Paraná será definido pela proposta com maior desconto sobre a tarifa básica máxima, fixada pela ANTT em R$ 0,17578/km por quilômetro. Como somente a EPR participará do leilão, o desconto contido no envelope será o definitivo. O abatimento máximo sem a necessidade de um depósito adicional é de 18%. Caso o desconto proposto seja maior, a empresa vencedora terá de realizar aportes financeiros progressivos a cada ponto percentual. No lote 3, leiloado na última quinta-feira (12), a CCR venceu ao oferecer 26,6% de desconto — concorreram ainda o Grupo Pátria, a EPR e o consórcio 4UM/Opportunity.

Gazeta do Povo

 

Com alta de 4,11%, PIB do Paraná fica acima da média nacional no 3º trimestre de 2024

Após crescer 0,63% no 1º trimestre e 2,85% no 2º trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) paranaense apresentou expansão de 4,11% no 3º trimestre de 2024, o que representa R$ 177,8 bilhões, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), divulgados nesta segunda-feira (16/12)

 

O desempenho da economia estadual nesse período mais recente ficou acima da média nacional, que variou 4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As comparações são em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados foram puxados pelo setor de serviços, com expansão de 5,08%, devido ao bom resultado do comércio, e indústria, com crescimento de 4,59%. Ambos sustentaram a elevação do PIB estadual, a ponto de suplantar o resultado nacional. No acumulado dos últimos quatro trimestres, encerrado em setembro de 2024, o PIB do Paraná registra expansão de 3,18%, totalizando R$ 705,7 bilhões. Já no acumulado do ano, de janeiro até setembro de 2024, a economia estadual cresceu 2,42%, gerando R$ 542,5 bilhões. O Paraná também registrou resultado positivo de 0,94% na passagem do segundo trimestre para o terceiro de 2024. Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, a aceleração da economia paranaense já era esperada, devido ao acompanhamento dos indicadores conjunturais. “Para o Estado, o aumento da produção, o crescimento do emprego e dos salários traduz o bom momento econômico do Paraná”, afirma o diretor-presidente. "O IBGE também tem divulgado mês a mês a expansão da economia do Estado em serviços, comércio e indústria, o que nos coloca numa posição excelente em relação à economia nacional". O crescimento do 3º trimestre de 2024 se junta a outras análises positivas da economia paranaense. Uma delas é o consolidado dos últimos anos. O PIB paranaense cresceu 8,9% entre 2019 e 2023, segundo dados do Ipardes. O resultado é superior ao crescimento brasileiro no período, de 7,8%. Somente no ano passado, com a recuperação depois da pandemia de Covid-19, a economia do Paraná cresceu 5,8%. Em 2019, o PIB do Estado somou R$ 466,3 bilhões, enquanto em 2023 esse índice fechou em R$ 665,6 bilhões. Já o último relatório do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE apontou que em 2022 (último ano analisado), o Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul e virou a quarta maior economia do Brasil. Esta é a terceira vez que o Paraná alcança a quarta posição entre as maiores economias do Brasil. A primeira vez aconteceu em 2013 e a segunda ocasião foi em 2020. Ao longo de 2022, a economia paranaense cresceu 1,5% e alcançou 6,1% de participação da economia nacional, a mesma de 2021.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe 1,04% e fecha em novo recorde, a R$6,092, a despeito de leilões do BC

O dólar à vista fechou em alta na segunda-feira, renovando a cotação máxima histórica, conforme receios do mercado com o cenário fiscal e os elevados prêmios de risco do país superaram o impulso positivo da venda de mais de 4,6 bilhões de dólares pelo Banco Central em dois leilões realizados durante a manhã

 

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,04%, cotado a 6,092 reais -- o maior valor nominal de fechamento da história. Na B3, às 17h32, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,04%, a 6,111 reais na venda. Por trás do movimento, estava a preocupação de que o governo possa não conseguir a aprovação de suas medidas de contenção de gastos no Congresso tal como foram propostas até o fim deste ano, conforme os parlamentares entram na última semana de trabalho antes do recesso de fim de ano. A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva das negociações corpo a corpo com as lideranças políticas pelo avanço do pacote fiscal, uma vez que ele se encontra em São Paulo se recuperando de uma cirurgia para drenar um hematoma no crânio, parecia ofuscar ainda mais as perspectivas de aprovação das medidas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com Lula na segunda na capital paulista para discutir as medidas fiscais. Ele disse que o presidente fez um apelo para que as propostas do governo não sejam desidratadas. Ainda durante a manhã, houve um período de alívio para o real, com o dólar devolvendo praticamente todos os ganhos após a realização de um leilão à vista pelo BC, em que foram vendidos mais de 1,6 bilhão de dólares. Este foi o maior valor de um único leilão à vista desde 10 de março de 2020. Mais tarde, a autarquia ainda vendeu 3 bilhões de dólares em um leilão de linha (dólares com compromisso de recompra), com o valor total das vendas no dia superando os 4,6 bilhões de dólares, no que foi a terceira sessão consecutiva com intervenção no mercado de câmbio. Na quinta-feira, o BC já havia vendido 4 bilhões de dólares em dois leilões de linha e no dia seguinte vendeu 845 milhões de dólares em um leilão à vista. Segundo Marcio Riauba, head da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio, o mercado também reagiu à críticas feitas pelo presidente Lula à condução da política monetária, sua primeira declaração sobre o tema depois que o Copom elevou a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, na semana passada. Lula afirmou em entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, divulgada no domingo, que "a única coisa errada nesse país é a taxa de juros estar acima de 12%. Essa é a coisa errada. Não há nenhuma explicação". Investidores aguardam pela ata do último encontro do Copom, que será divulgada na terça-feira detalhando a decisão do colegiado de elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25%, e sinalizar outros dois aumentos de um ponto para o início do próximo ano. No cenário externo, os mercados aguardam a decisão do Federal Reserve na quarta-feira, em que se espera uma redução de 0,25 ponto nos juros. As atenções devem se concentrar nas projeções das autoridades do banco central dos EUA para os movimentos dos próximos meses, presente no "gráfico de pontos".

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda sem catalisador para compras

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, sem trégua na alta das taxas dos contratos de DI em meio a preocupações com o cenário fiscal e a política monetária no país. No setor dew proteínas MINERVA ON subiu 5,58%, com o setor de proteínas endossado pela resiliência do dólar ante o real. JBS ON avançou 2,73%, BRF ON valorizou-se 2,02% e MARFRIG ON ganhou 4,93%

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,84%, a 123.560,06 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 123.495,17 pontos na mínima e 124.955,95 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 22,78 bilhões de reais.

Na visão de analistas do BB Investimentos, embora o Ibovespa tenha condições técnicas de apresentar recuperação no curto prazo, "o contexto macroeconômico e as baixas expectativas para catalisadores locais devem impedir uma alta consistente", conforme email enviado a clientes na segunda-feira. "O sentimento de que qualquer movimento de recuperação (do Ibovespa) é uma oportunidade de venda foi evidenciado na última semana", reforçaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista enviado a clientes mais cedo. "O momento é continuar com cautela até sinais mais claros de uma recuperação." No noticiário fiscal, o Tesouro Nacional divulgou na parte da tarde previsão de que a dívida bruta do governo geral atingirá 77,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, acima dos 77,3% estimados em março, e ainda seguirá em alta, com pico de 81,8% do PIB em 2027. Investidores também continuam atentos à tramitação das medidas do pacote de gastos no Congresso, dado que o recesso parlamentar de fim de ano começa oficialmente na próxima semana. Na última quinta-feira, o presidente do Senado afirmou ser possível aprovar as medidas fiscais antes do recesso.

Quanto à política monetária, a ata da última decisão do Banco Central, na semana passada, quando elevou a Selic de 11,25% para 12,25% e sinalizou mais duas altas na mesma magnitude, deve ocupar os holofotes na terça-feira, enquanto economistas seguem ajustando previsões sobre o ciclo de alta. Agentes financeiros veem os ativos sendo afetados pela dúvida se a nova diretoria do BC irá perseguir a meta para a inflação, mas também pela percepção no mercado de que, sem a ajuda da política fiscal, a política monetária não será capaz de levar a economia brasileira de volta ao equilíbrio.

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Tesouro projeta que dívida bruta fechará 2024 em 77,7% do PIB e seguirá em alta até 2027

O Tesouro Nacional projetou na segunda-feira que a dívida bruta do governo geral atingirá 77,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, acima dos 77,3% estimados em março, e ainda seguirá em alta, com pico de 81,8% do PIB em 2027 e redução a partir de 2028

 

Em relatório com projeções fiscais, que não leva em conta o impacto potencial das recentes medidas de contenção de despesas encaminhadas ao Congresso, o Tesouro também estimou que o déficit primário do governo central será de 0,6% do PIB neste ano, com resultados negativos de 0,4% do PIB em 2025 e 0,1% do PIB em 2026. Conforme estabelecido pelo governo, as metas de resultado primário do governo central são de déficit zero em 2024 e 2025, seguidos de superávits de 0,25% do PIB em 2026, 0,5% em 2027 e 1% do em 2028. Em todos os casos, há tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. De acordo com a pasta, as projeções apresentadas presumem o atingimento do centro das metas em todos os anos. A divergência dos valores do relatório em relação aos alvos fiscais diz respeito ao pagamento de precatórios que não serão contabilizados na apuração das metas. O mais recente dado do Banco Central, relativo a outubro, apontou que a dívida bruta do país está em 78,6% do PIB. No documento, o Tesouro alertou para o crescimento das despesas obrigatórias, que incluem benefícios previdenciários e salários do funcionalismo, apontando que segue em curso o processo de compressão do espaço para gastos discricionários --como desembolsos administrativos e de investimentos. "Essa redução do espaço fiscal para as despesas discricionárias sugere que a adoção de novas políticas públicas dependerá de uma revisão de despesas que leve em conta uma avaliação de prioridades e de custos e benefícios das políticas vigentes, a exemplo do pacote de medidas proposto pelo governo federal em novembro de 2024, cujos efeitos não foram considerados nas projeções deste relatório", afirmou. O Tesouro espera que as receitas líquidas, dado que desconta as transferências de recursos a Estados e municípios, fiquem em 18,7% do PIB em 2024, 18,8% em 2025, 18,9% em 2026, 19% em 2027 e se estabilize em 19,1% nos anos seguintes. Pelo lado da despesa, o Tesouro projeta efetivar uma trajetória de queda de gastos em relação ao PIB. Após fechar 2023 em 19,6% do PIB nos gastos totais, a estimativa é que esse indicador caia a 19,3% do PIB em 2024 e 19,1% em 2025 e 2026, chegando a 16,9% do PIB em 2034.

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Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,84% para 4,89%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,84% para 4,89% este ano

 

A estimativa está no Boletim Focus da segunda-feira (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,59% para 4,6%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 4% e 3,66%, respectivamente. A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em novembro, puxada principalmente pelos gastos com alimentos, a inflação no país foi de 0,39%, após o IPCA ter registrado 0,56% em outubro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 12 meses a inflação acumula 4,87%. Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic e a alta consolida um ciclo de contração na política monetária. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano. Após passar um ano em 13,75% ao ano - entre agosto de 2022 e agosto de 2023 - a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 14% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida para 11,25% ao ano e 10% ao ano, respectivamente. A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 3,39% para 3,42%. No terceiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) subiu 0,9% em comparação com o segundo trimestre. De acordo com o IBGE, a alta acumulada no ano, de janeiro a setembro, é de 3,3%. Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 2,01%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos. Em 2023, superando as projeções, a economia brasileira cresceu 3,2%. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,99 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,85.

Agência Brasil

 

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