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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 725 DE 11 DE OUTUBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 725 | 11 de outubro de 2024

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo dispara, com alta diária de R$ 10/@, informa a Scot

Cotação do boi gordo "comum" (sem padrão-exportação) bateu R$ 295/@, no prazo, na quinta-feira (10/10); já há negócios esporádicos por R$ 300/@. No Paraná, o boi vale R$290,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias.

 

Na quinta-feira (10/10 os preços físicos dos animais terminados voltaram a registrar aumentos entre as praças brasileiras, repetindo a mesma rotina das últimas semanas. “O mercado segue com preços aquecidos nas praças paulistas, com alta em todas as categorias”, destacou a Scot Consultoria, referindo-se ao Estado onde o boi gordo tem subido fortemente na semana. A escassez de ofertas, com expectativa de melhora apenas para o início do próximo mês – devido à chegada ao mercado de boiadas de cocho –, tem influenciado no cenário atual, acrescenta a Scot. Segundo a consultoria, os frigoríficos que atendem à demanda interna estão funcionando com escalas de abate reduzidas, o suficiente para preencher às necessidades do mercado. Com isso, a quinta-feira abriu com alta expressiva de R$ 10/@ para o boi gordo paulista, agora negociado em R$ 295/@, de acordo com dados da Scot. Para as fêmeas, o acréscimo diário foi de R$ 5/@, estando a vaca apregoada em R$ 265/@ e a novilha em R$ 280/@. A cotação do “boi-China” subiu R$ 5/@ em São Paulo, para R$ 295/@, sem ágio em relação ao boi “comum”. “No Estado de São Paulo há registros de negociações em R$ 300/@, porém com pouca efetivação”, informa a Scot. No Noroeste do Paraná, o mercado se mostra volátil, com elevações diárias. Os preços subiram R$10,00 por arroba em todas as categorias, refletindo o cenário de pouca oferta e escalas curtas, que giram em torno de cinco a seis dias. Muitos pecuaristas seguem segurando o gado na expectativa de melhores preços, e algumas transações ocorrem acima das referências de mercado. Na B3, segundo informa a Agrifatto, a quarta-feira (9/10) registrou mais um pregão de alta generalizada nos contratos futuros. O vencimento para outubro de 2024 foi cotado a R$ 295,15/@, representando um aumento de 1,36% em relação ao dia anterior. “Esse valor apresenta um ágio de apenas 0,29% em comparação aos R$ 294,31/@ no mercado físico”, compara a Agrifatto, referindo ao indicador Cepea (praça paulista, valor à vista). Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (10/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$295,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$280,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$275,00. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de cinco dia. Pará — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$275,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$285,00. Média de R$280,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$255,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

SUÍNOS

 

Carcaça especial suína em SP tem leve alta na quinta-feira

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,76%, fechando em R$ 13,30/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (9), houve tímida alta somente em São Paulo, na ordem de 0,11%, chegando a R$ 8,95/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,52/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,22/kg), e Santa Catarina (R$ 8,42/kg).

Cepea/Esalq

 

Suínos/Cepea: Exportações reagem em setembro

Após caíram em agosto, as exportações brasileiras de carne suína se recuperaram em setembro

 

Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que foram embarcadas 119 mil toneladas da proteína (considerando-se produtos in natura e industrializados) no último mês, 1,7% a mais que em agosto e 7% acima do volume escoado em setembro/23. No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 980,2 mil toneladas de carne suína, aumento de 7,7% frente ao mesmo intervalo do ano passado. Segundo pesquisadores do Cepea, esse crescimento se deve às maiores compras de países asiáticos, sobretudo das Filipinas e do Japão. No mercado doméstico, os preços do suíno vivo apresentam movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea neste início de outubro. 

Cepea

 

Suinocultura independente: reajustes positivos em algumas praças

Em São Paulo, após sete semanas consecutivas do preço estável em R$ 9,07/kg vivo, houve pequeno aumento, chegando a R$ 9,17/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)

 

No mercado mineiro, o preço ficou estável pela nona semana consecutiva, valendo R$ 9,00/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve pequena alta, passando de R$ 8,59/kg vivo para R$ 8,71/kg vivo.

Agrolink

 

Preço da carne suína tem alta de 12% em quatro meses no Paraná

Demanda aquecida impulsiona o aumento das cotações, informa Deral. Preço médio dos cortes lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso ficou em R$ 18,86 em setembro

 

O preço médio da carne suína no mercado paranaense registrou alta pelo quarto mês consecutivo em setembro. Segundo acompanhamento realizado pelo Departamento de Economia Rural do Estado (Deral), o preço médio dos cortes lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso ficou em R$ 18,86, valorização de 12% na comparação com maio. O maior aumento foi registrado no corte paleta suína com osso, que teve um acréscimo de 15%, seguida do pernil com osso, cuja alta foi de 13%. Já o lombo suíno teve alta de 10% no período. “Entre os fatores que podem ter contribuído para esse aumento de preços, destacam-se a demanda aquecida tanto no mercado interno quanto no externo”, explica a instituição em nota.

Globo Rural

 

FRANGOS

 

Altas Tímidas para a ave congelada ou resfriada no mercado do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, da mesma maneira que a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,80/kg.

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, assim como em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (9), a ave congelada teve aumento de 0,95%, chegando a R$ 7,44/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,53%, fechando em R$ 7,57/kg.

Cepea/Esalq

 

GOVERNO

 

Governo espera ultrapassar 300 mercados abertos para o agronegócio brasileiro até o fim do ano

Comércio de produtos que não estão entre as principais commodities cresce 18,5%. Japão, Coreia do Sul e Turquia são mercados-alvo para a carne bovina brasileira, diz Luis Rua

 

O novo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou na quinta-feira (10/10) que dará continuidade ao trabalho de aberturas de mercado para produtos do agronegócio brasileiro e que a meta é alcançar e, eventualmente ultrapassar, a marca de 300 mercados abertos até o fim deste ano. Rua disse que um dos objetivos é mirar em cadeias que ainda não têm “maturidade exportadora”, inclusive segmentos mais regionais e nichos. A intenção, segundo ele, é “caçar oportunidades” para fomentar transformações no interior do país, com mais geração de renda e negócios nos municípios onde as empresas conquistam novos mercados internacionais. “A primeira diretriz que recebi é para dar continuidade ao trabalho e manter a toada de abertura de novos mercados, de oportunização aos produtores rurais, especialmente de cadeias que não tem maturidade exportadora. Continuaremos trabalhando nas cadeias tradicionais, mas queremos caçar oportunidades no exterior para outras cadeias, inclusive regionais”, disse Rua em coletiva de imprensa. Ele assumiu a Pasta em 4/10 no lugar de Roberto Perosa. Até agora, o país abriu 253 mercados desde janeiro do ano passado. Rua disse que vai estreitar relações com as demais secretarias do ministério e outras Pastas da Esplanada, como Itamaraty e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para incrementar as negociações. O secretário apontou que “há sempre mais gente contra do que a favor” nesse mercado. “Quando estamos unidos, somos mais fortes”, completou. Além das aberturas, Rua disse que existe um “trabalho invisível” de manutenção e ampliação de mercados. Ele citou esforços para melhorar as condições sanitárias do país, de expandir habilitações de plantas e de negociar avanços na relação bilateral, como o pré-listing, sistema em que o país importador reconhece as garantias de sanidade e inocuidade dos alimentos exportados pelas empresas brasileiras fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura. As exportações do agronegócio brasileiro já estão mais diversificadas depois dos recordes de aberturas de mercado e do trabalho de promoção comercial desempenhado nos últimos anos. Em setembro, o comércio de produtos que não estão entre as principais commodities embarcadas pelo país (complexo soja, carnes, milho, açúcar, florestais e sucroalcooleiros), tiveram aumento de 18,5% nas vendas, relatou Rua. No acumulado do ano, a expansão desse comércio está em ritmo mais acelerado, com alta de 6% nos embarques. “É fruto dessas aberturas, que começam a ter tração. A efetividade não acontece no primeiro mês, é um processo. Há um espaçamento entre abertura e a concretização de negócios”, disse. “Quando olhamos os 6% de aumento, vemos que muitos são mercados novos abertos. É bastante difuso, mas vemos cadeias produtivas que o Brasil passa a exportar, algumas que só o hemisfério norte produzia, como azeite e vinho”, pontuou. Não foram apresentados dados detalhados sobre volume e valores exportados. Rua também sinalizou que o ano de 2025 deverá ser mais positivo para as exportações dos produtos mais tradicionais da pauta exportadora agrícola, como soja e milho. A aposta está na recuperação da produção, que sofreu com a estiagem neste ano. “As perspectivas indicam safra recorde e isso fará com que essas duas cadeias possam, em tendência, aumentar as exportações”, completou. No acumulado deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro estão "praticamente equilibradas", disse Rua. De janeiro a setembro, os embarques alcançaram US$ 125,9 bilhões, com leve recuo de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2023. Japão, Coreia do Sul e Turquia são três mercados-alvo para a carne bovina brasileira, disse Rua. “Carne bovina é um processo longo, não é uma negociação fácil, mas colocamos bastante prioridade”, afirmou em coletiva de imprensa ao comentar a evolução das negociações com os japoneses. O Japão é, historicamente, o segundo principal importador de frango do Brasil e é o cliente brasileiro que mais tem aumentado, proporcionalmente, as compras de carne suína nos últimos anos, comentou Rua ao analisar as expectativas com uma eventual abertura para a carne bovina. Segundo ele, há perspectiva também de autorizações para exportação de miúdos bovinos e suínos para a China. O novo secretário fará uma missão ao Japão ainda neste ano. Antes, passará pela Sial, uma das principais feiras do setor de alimentos e bebidas no mundo, em Paris, na França, já neste fim de semana. Depois, seguirá para Argentina e Tailândia. Rua também visitará Angola após a visita aos japoneses.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Volume de vendas do comércio do Paraná cresce 5,5% de janeiro a agosto de 2024

Alta no varejo paranaense ficou acima da média nacional para o acumulado do ano, que foi de 4,5%. Pesquisa do IBGE também apontou que receita nominal dos varejistas paranaenses aumentou 7,8% nos oito primeiros meses de 2024

 

O volume de vendas no comércio varejista do Paraná cresceu 5,5% de janeiro a agosto de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento está acima da média nacional registrada para os oito primeiros meses do ano, que foi de 4,5%. Em comparação com outros estados, o Paraná também ficou à frente de São Paulo (2,9%), Minas Gerais (2,1%) e Rio de Janeiro (1,8%), por exemplo. A pesquisa se refere às vendas do varejo ampliado, que leva em conta todos os segmentos comerciais, incluindo venda de materiais de construção, veículos e autopeças. Em relação à receita nominal dos varejistas do comércio ampliado, o crescimento do Paraná no acumulado do ano foi de 7,8%, índice que também é superior à média nacional, que foi de 7,3% no período. Na comparação entre agosto de 2024 e o mesmo mês em 2023, o crescimento nas vendas do varejo foi de 5,2%, e na variação acumulada em 12 meses a alta foi de 3,6%. A pesquisa apontou que oito dos onze segmentos pesquisados pelo IBGE no Paraná tiveram alta nas vendas de janeiro a agosto deste ano. Entre todos os segmentos, a maior alta foi registrada pelos varejistas de veículos, motocicletas, partes e peças automotivas, com crescimento de 17,8% no ano. Também registraram crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (15,2%), materiais de construção (13%), artigos de uso pessoal e doméstico (11,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,2%) e tecidos, vestuário e calçados (2,1%). Registraram queda os segmentos das vendas no atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,3%), combustíveis e lubrificantes (-8,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-11,1%).

Agência Estadual de Notícias

 

Desembolso de crédito caiu 30% no 1º trimestre do Plano Safra

Migração de produtores para modalidades como a CPR e manutenção de taxa de juro motivaram recuo, dizem fontes. Liberação de financiamentos aos produtores de todo o país caiu para R$ 112,5 bilhões nos três primeiros meses da safra

 

O desembolso de crédito rural pelo sistema financeiro encerrou o primeiro trimestre do Plano Safra 2024/25 com desempenho 30% inferior ao apurado na temporada anterior. A liberação de financiamentos aos produtores de todo o país caiu de R$ 163,8 bilhões entre julho e setembro de 2023 para R$ 112,5 bilhões no mesmo período deste ano. Houve queda em todas as modalidades, concentrada na categoria de grandes produtores. No custeio, as liberações passaram de R$ 95 bilhões para R$ 73,7 bilhões, recuo de 22% nos últimos três meses. Nos investimentos, a retração foi de quase 40%, saindo de R$ 33,3 bilhões para R$ 20,2 bilhões. Os desembolsos para comercialização diminuíram 45%, para R$ 10,2 bilhões. Para industrialização, a redução chegou a 51%, para R$ 8,3 bilhões. Os números são parciais. Eles foram extraídos do sistema do Banco Central em 4 de outubro e compilados pelo Valor. Os dados podem mudar ao longo dos dias, à medida que alguns financiamentos já contratados começam a ser liberados pelas instituições financeiras aos produtores rurais — o que pode aumentar o montante final desembolsado nos meses anteriores. Esse descasamento temporal na atualização dos dados, aliás, tem sido um dos motivos indicados por representantes do governo para justificar a queda nos desembolsos nesta safra. Ontem, a consulta mostrou R$ 112,8 bilhões liberados, diferença de R$ 300 milhões em seis dias. Fontes do setor produtivo, representantes da Esplanada e executivos de instituições relataram, sob condição de anonimato, que não há escassez de crédito no mercado nem de orçamento para as linhas equalizadas, mas uma migração de fonte financiadora pelos produtores, principalmente aqueles de grande porte. Esse público teria recorrido mais ao crédito privado, fora das linhas tradicionais do Plano Safra, como as Cédulas de Produto Rural (CPR). A manutenção das taxas de juros para financiamentos de médios e grandes agricultores neste ciclo nos bancos e a “fuga” da maior burocracia das operações bancárias também foram motivos apontados para essa “debandada”, dizem as fontes. Uma das alternativas mais buscadas é a emissão de CPRs. Uma apresentação feita pelo Banco Central a entidades do agronegócio em meados de setembro mostra que boa parte da queda nos desembolsos das linhas de crédito entre julho e agosto havia sido compensada pelo aumento do financiamento por meio do título, inclusive com aplicação do recurso direcionado das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para isso. De acordo com os dados apresentados, a emissão de CPRs saltou de R$ 40,9 bilhões entre julho e agosto de 2023 para quase R$ 79 bilhões no mesmo período deste ano. O salto mais que compensa a retração apurada pelo BC para o período, de R$ 30 bilhões, nas linhas tradicionais de crédito rural. Segundo o boletim de finanças privadas mais recente do Ministério da Agricultura, foram R$ 30,26 bilhões movimentados com o registro do título apenas em julho. “Penso que não seja apenas uma razão [para a diminuição dos desembolsos], mas é certo que houve uma migração muito grande para financiamentos por meio de CPRs, sobretudo para os grandes produtores, onde se observa a maior queda em financiamentos ao amparo de recursos do crédito rural”, disse uma fonte graduada do Ministério da Agricultura. Essa compensação pelas CPRs ameniza, em certa medida, a temperatura do tema nas discussões internas do governo até o momento. Fontes experientes do setor produtivo relataram que não há reclamações mais incisivas sobre a falta de crédito no sistema financeiro. Algumas entidades, como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), porém, criticam restrições socioambientais e impedimentos no acesso a empréstimos. Pequenos e médios produtores mantêm ritmos semelhantes no acesso ao Pronaf e ao Pronamp, respectivamente, mas o aumento das alíquotas do adicional do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) de alguns produtos, espécie de prêmio pago para contratação dessa modalidade de “seguro rural público”, também levou alguns agricultores a buscarem fontes privadas, de acordo com uma analista. Um especialista em finanças do setor agrícola disse que esse movimento de fortalecimento das CPRs e fontes privadas deve servir de alerta para uma melhor alocação de recursos públicos na política agrícola. Com o atendimento do mercado privado à necessidade de recursos de grandes produtores e parte dos agricultores de médio porte, ele defende que o governo pode direcionar mais orçamento para o seguro rural ao invés de insistir na equalização de juros das linhas tradicionais do Plano Safra.

Valor Econômico

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar oscila em margens estreitas e fecha perto da estabilidade no Brasil

O dólar oscilou em margens estreitas até fechar próximo da estabilidade ante o real na quinta-feira, numa sessão marcada pela liquidez reduzida e pela ausência de notícias que movimentassem as cotações de forma mais intensa, com a moeda norte-americana apresentando sinais mistos no exterior

 

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,04%, cotado a 5,5849 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 2,49%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,21%, a 5,5965 reais na venda. Um dos principais pontos de atenção do dia, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,2% em setembro, levemente acima do 0,1% projetado por economistas consultados pela Reuters. Nos 12 meses até setembro, o índice avançou 2,4%, ante os 2,3% projetados. Para alguns profissionais do mercado, o resultado corroborou a expectativa de que o Federal Reserve tende a cortar os juros em apenas 25 pontos-base em novembro -- e não em 50 pontos-base, como fez em setembro. Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,6055 reais (+0,32%) às 9h47, já após a divulgação do CPI, mas logo depois migrou para o território negativo, registrando a mínima de 5,5669 reais (-0,37%) às 10h09. Da máxima para a mínima a oscilação foi de apenas -0,69%, uma indicação do quanto a moeda operou em margens estreitas. Operador ouvido pela Reuters chamou atenção para o baixo fluxo de moeda no dia e para a falta de notícias que pudessem conduzir ajustes maiores de preços. No exterior, o dólar se mantinha perto da estabilidade ante uma cesta de divisas fortes e tinha sinais mistos em relação a moedas de emergentes. Às 17h09, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,03%, a 102,850. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 14.008 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

Reuters


Ibovespa fecha em leve alta apoiado por Petrobras

Os dados de inflação e do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram sinais divergentes, mas que reforçam as apostas de um corte mais contido pelo Fed na próxima reunião 

 

O Ibovespa avançou 0,30%, aos 130.353 pontos, apoiado pela alta da Petrobras, que se beneficia da recuperação do petróleo no mercado internacional. Os dados de inflação e do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram sinais divergentes, mas que reforçam as apostas de um corte mais contido pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião. No cenário doméstico, os investidores permanecem atentos aos riscos fiscais e a dados que reforçam a tese de que o Banco Central precisará elevar ainda mais os juros à frente. O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 12 bilhões no Ibovespa e de R$ 17 bilhões na B3. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,14%; o S&P 500 recuou 0,21% e o Nasdaq cedeu 0,05%. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras avançaram 1,16% e 1,67%, respectivamente, diante da recuperação do petróleo no mercado internacional, enquanto agentes avaliam impactos do furacão Milton e mantêm tensões no Oriente Médio no radar. Fernando Bresciani, analista do Andbank, destaca que a leitura do mercado foi que a China apresentou um pacote de estímulos mais fraco que o esperado e as expectativas aumentam com a possível divulgação de um pacote de estímulos ficais. “Na semana que vem, haverá uma série de dados da China do mês passado, que foi fraco. Se lançar algo mais sólido na sexta, pode ajudar”, afirma. No cenário local, o volume de vendas no varejo restrito caiu 0,3% em agosto ante julho e surpreendeu positivamente, avalia Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. “Acredito que os dados são extremamente positivos e podem até fazer com que o mercado revise um pouco as projeções de PIB para cima”, diz. O profissional afirma que os dados reforçam uma economia aquecida, “o que eleva dos DIs com a expectativa de um Copom subindo mais os juros adiante”.

Valor Econômico

 

Varejo cai 0,3% em agosto, menos que o esperado, aponta IBGE

Resultado foi menos negativo do que a queda de 0,6% esperada pelo mercado; vendas do setor acumulam crescimento de 5,1% no ano, mostra pesquisa

 

Após um início de ano vigoroso, o comércio varejista voltou a vacilar em agosto. O volume vendido recuou 0,3% em relação a julho, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os dados do varejo hoje vão na direção de uma acomodação da economia no terceiro trimestre”, avaliou Marina Garrido, economista do Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco, em relatório. De janeiro a agosto de 2024, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, houve redução no volume vendido em apenas duas ocasiões: janeiro (3,6%), fevereiro (0,7%), março (0,2%), abril (0,8%), maio (0,9%), junho (-0,9%), julho (0,6%) e agosto (-0,3%). Apesar da oscilação nos últimos três meses, o volume vendido pelo comércio varejista permanece “muito próximo” de seu pico histórico, frisou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. “A gente tem que lembrar também que esse crescimento que houve até maio de 2024 foi um crescimento que levou o varejo ao patamar recorde da série de mais de 20 anos”, disse Santos. “Então está muito próximo ainda do patamar de maio. Esse rebatimento que a série teve nos últimos três meses está preservando o patamar (de vendas) bastante elevado. É uma performance muito próxima do máximo da série global”. O varejo operava em agosto em patamar 0,7% abaixo do recorde alcançado em maio de 2024. No varejo ampliado — que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício —, as vendas encolheram 0,8% em agosto ante julho. O volume vendido pelo varejo ampliado está 1,4% aquém do pico de agosto de 2012. “Os últimos dados do varejo ampliado sugerem que o segmento começou a perder fôlego”, opinou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário. “Os números indicam, até agora, que teremos um terceiro trimestre ainda positivo. O resultado de hoje não muda nossa previsão para o PIB (Produto Interno Bruto): crescimento de 3% em 2024 e de 1,2% em 2025″, ponderou. Na passagem de julho para agosto, houve retração generalizada nas vendas das atividades varejistas: outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui lojas de departamento (-3,9%), livros e papelaria (-2,6%), equipamentos de informática e comunicação (-2,0%), móveis e eletrodomésticos (-1,6%), vestuário e calçados (-0,4%), combustíveis (-0,2%) e supermercados (-0,1%). Apenas artigos farmacêuticos e de perfumaria cresceram: 1,3%. No varejo ampliado, as vendas de veículos encolheram 5,2%, atacado alimentício diminuiu 3,9%, e material de construção cresceu 0,3%. Segundo Santos, o varejo foi impactado em agosto por indicadores positivos e negativos. Do lado positivo, a massa de salários em circulação na economia continuou se expandindo e o número de trabalhadores ocupados também avançou, ao mesmo tempo em que os aumentos de preços na economia deram uma trégua. “Tem um fenômeno de ligeira deflação geral em agosto, com bastante força na alimentação do domicílio, que é uma coisa que pesa bastante no indicador de supermercados, em termos de volume”, apontou Santos.

O Estado de São Paulo

 

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