Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 688 | 21 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Subida geral nos preços do boi gordo no mercado paulista
A Scot Consultoria voltou a detectar elevação nos preços do boi gordo no mercado paulista na terça-feira (20/8), depois da alta de R$ 2/@ registrada no primeiro dia da semana. No Paraná, o boi vale R$240,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias.
Desta vez, o animal terminado “comum” (destinado ao mercado doméstico) teve avanço diário de R$ 3/@, agora cotado em R$ 235/@, no prazo, de acordo com a consultoria. A vaca gorda também subiu R$ 3/@ em São Paulo, chegando em R$ 210/@, enquanto a novilha gorda teve reajuste de R$ 50/@, fechando o dia apregoada em R$ 225/@. Por sua vez, a cotação do boi-China sofreu valorização de R$ 2/@, para R$ 237/@ (base SP), com ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”, acrescentou. Segundo apurou a Agrifatto, a pressão para aumentar os preços da arroba, que havia diminuído desde meados da semana passada, voltou a se intensificar na segunda-feira (19/8). “Isso se deve ao fato de que os contratos a termo e a entrada limitada de animais confinados não foram suficientes para provocar a queda nos preços desejada pelos frigoríficos”, observam os analistas. Pelos dados da Agrifatto, na terça-feira, o preço da arroba em São Paulo subiu para R$ 240 (valor médio entre o boi gordo “comum” e o “boi-China). Nas 16 outras regiões brasileiras monitoradas pela Agrifatto, a média foi para R$ 222/@. “Cinco das 17 praças acompanhadas valorizaram a arroba (SP, MA, MS, PR e TO); as outras 12 permaneceram com suas cotações laterais”, informa a Agrifatto. No mercado futuro, os contratos do boi gordo registraram mais uma onda de valorização, aponta a consultoria. O destaque ficou para o contrato com vencimento em outubro/24, que encerrou cotado a R$ 243,55/@, um avanço de 1,14% em relação ao dia anterior. Até mesmo dianteiro e ponta de agulha, que tinham uma demanda razoável, perderam completamente a liquidez devido ao clima quente, que desestimula o consumo de carne de panela, observa a Agrifatto. De maneira geral, continua a consultoria, as carcaças apresentam um comportamento fraco, indicando que o mercado de carne, com e sem ossos, perdeu força e deve continuar assim até o final do mês. “Não se descartam leves ajustes negativos nos preços de vários produtos destinados ao consumo direto ou à produção de carne desossada”, antecipou a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (20/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Exportações de carne bovina in natura perdem fôlego na 2ª semana de ago/24
No período semanal, foram embarcadas 38,35 mil toneladas da proteína, queda de 46,27% em comparação com a semana anterior, aponta a Agrifatto, com base em dados da Secex
Surpreendentemente, as exportações brasileiras de carne bovina in natura, que vinham em ritmo acelerado, perderam força na segundo semana de agosto/24, informa a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Foram embarcadas 38,35 mil toneladas na segunda semana deste mês, uma queda de 46,27% em comparação com a semana anterior, e 8,8% abaixo do resultado de igual período do ano passado, de 42,08 mil toneladas. Com base nestes resultados, a média diária na segunda semana do mês ficou em 7,67 mil toneladas exportadas, 24,8% inferior ao dado computado na semana anterior. Com o resultado abaixo do esperado, a Agrifatto revisou a sua estimativa de embarque para agosto/24, agora projetado em 199 mil toneladas de carne bovina in natura, o que ainda seria 7,36% acima do resultado de agosto/23, de 185,4 mil toneladas. O preço médio carne brasileira exportada manteve-se estável entre as semanas, se estabelecendo em US$ 4,42 mil/toneladas, informa a Agrifatto. Na comparação com o valor da segunda semana de agosto/23 (de US$ 4,51 mil/t), porém, o preço atual da proteína aponta recuo de quase 2%.
Agrifatto
Boi gordo: cresce o diferencial de base entre MT e SP
O avanço no indicador foi resultado da maior valorização da arroba paulista nesta segunda quinzena de agosto/24, aponta Imea
Na primeira quinzena de agosto/24, o diferencial de base entre as cotações do boi gordo em Mato Grosso e em São Paulo atingiu -12,22%, o que representou um alongamento de 0,92 ponto percentual em relação ao resultado de julho/24, informa a Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço no indicador foi resultado da maior valorização da arroba em SP em relação ao preço de MT. Desse modo, o valor do animal terminado em MT ficou cotado em média a R$ 206,71/@ (dados Imea) na parcial de agosto/24, com alta de 0,74% em relação ao último mês. Por sua vez, em São Paulo, a valorização foi mais intensa, e ficou na média de R$ 235,49/@ (indicador Cepea), com alta de 1,79% para o mesmo comparativo (ambas cotações a prazo e livre de impostos). Na visão dos analistas do Imea, é preciso ficar atento ao maior volume de ofertas de gado confinado ao longo dos próximos meses, o que pode limitar o processo de alta nos preços do boi gordo em Mato Grosso ao longo destes últimos meses de entressafra de boiadas alimentadas a pasto. Com a diminuição da oferta de fêmeas em Mato Grosso, a cotação da vaca gorda (à vista) teve alta no comparativo semanal de 0,30% e ficou precificada a R$ 188,55/@, segundo o Imea. A cotação do bezerro de 12 meses de MT registrou valorização semanal de 1,17% e ficou cotado a R$ 9,05/kg – o maior valor precificado desde julho/23. Em Mato Grosso, a maior oferta de machos durante a última semana incentivou o alongamento das escalas de abate no Estado, ficando na média de 10,94 dias úteis, de acordo com o Imea.
Portal DBO
SUÍNOS
Suíno vivo e carcaça do animal abatido continuam com altas consistentes
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 1,21%, com preço médio de R$ 167,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,54%, fechando em R$ 13,20/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (19), houve alta de 1,96% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,83/kg, tímido aumento de 0,37% no Paraná, alcançando R$ 8,19/kg, crescimento de 2,10% no Rio Grande do Sul, com valor de R$ 7,77/kg, ampliação de 0,74% em Santa Catarina, atingindo R$ 8,13/kg, e de 2,12% em São Paulo, fechando em R$ 8,68/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frangos: preços estáveis fecham na terça-feira
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o preço da ave no atacado cedeu 0,79%, fechando, em média, R$ 6,25/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (19), a ave congelada ficou estável em R$ 7,20/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,13%, fechando em R$ 7,40/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Primeiros bois da Unidade de Engorda de Bovinos Frísia são comercializados
Investimento estratégico da Frísia para atender uma demanda dos cooperados, a Unidade de Engorda de Bovinos (UEB), localizada em Carambeí (PR), teve sua primeira carga de bois embarcada na segunda-feira (19/08). Os 60 animais foram levados para um frigorífico em Cruzeiro do Oeste (PR) e são resultados do projeto da cooperativa de engorda dos machos da raça holandesa
A responsável técnica da UEB Frísia, Monique Niens, explica que os animais eram anteriormente engordados nas propriedades dos cooperados. Entretanto, já que as propriedades são voltadas para a pecuária leiteira, não havia espaço e alimentação para atender a demanda de gado de corte. “A criação da Unidade de Engorda de Bovinos surgiu da necessidade em fazer esse trabalho. A Frísia, então, pensou nesse empreendimento para atender os cooperados”, conta. A UEB iniciou as atividades no dia 25 de março deste ano, com 210 animais. Agora, está com 469 bois formados por machos holandeses, mas também por cruzamento de angus com holandês. Recentemente, foram abertos mais dois piquetes, que podem receber mais 200 animais. Os bois são 100% confinados e entram na unidade a partir de 135 quilos, castrados e com exames negativos de PI (que detecta a Diarreia Viral Bovina) e tuberculose. “O animal chega com três ou quatro meses e fica entre 11 e 12 meses. A ideia é que seja abatido com 15 ou 16 meses, saindo da unidade com 575 quilos, mas o cooperado tem autonomia se quiser retirar o animal antes de alcançar esse peso”, conta a responsável técnica da Frísia. Quando o animal chega na UEB é aplicado todo o protocolo sanitário para evitar qualquer tipo de doença. Também são realizadas duas vezes ao dia rondas sanitárias que promovem o monitoramento de eventuais sintomas. Monique Niens destaca que os animais têm acesso livre à sombra e água, cobertura nos cochos (bebedouros) e o piso é raspado frequentemente. A alimentação fica à disposição o tempo todo e é reposta três vezes ao dia. A dieta é basicamente silagem de milho, snaplage (silagem somente da espiga do milho) e ração para engorda. Os bois da UEB vão para exportação e no atendimento ao mercado nacional, sendo comercializados para frigoríficos no Paraná, um localizado em Cruzeiro do Oeste e outro em Guarapuava. “A unidade é justamente para resolver o desafio na criação desses machos. Estamos proporcionando ao cooperado uma opção e uma oportunidade financeira”, conclui Niens. A iniciativa atende um anseio da Frísia para a engorda do gado macho holandês, projeto que otimiza os recursos da propriedade do cooperado e gera maior sustentabilidade na cadeia. Os animais, tradicionalmente, são comercializados com baixo valor agregado ou até mesmo doados. Mas o holandês é um animal que, dependendo do sistema de produção, é capaz de gerar cortes cárneos de alta qualidade, com bom índice de marmoreio na criação de forma intensiva.
OCEPAR
INTERNACIONAL
Gado da Austrália já começa a receber ágio com foco na nova lei europeia
Nova regulamentação da União Europeia, prevista para entrar em vigor a partir de 30 de dezembro, vai vetar a exportação de seis produtos, incluindo a carne bovina, produzidos em áreas de floresta que foram desmatadas
Os pecuaristas da Austrália, segundo maior exportador mundial de carne bovina, atrás do Brasil, começaram a receber premiação pela venda de novilhos já padronizados para atender as novas exigências de importações do bloco europeu, batizada oficialmente de European Union Deforestation Regulation (EUDR) segundo o portal Beef Central. A nova lei da União Europeia (UE) vai banir a importação de produtos provenientes de áreas de desmatamento, atingindo grandes países que exportam commodities, como o Brasil. A nova regulamentação, prevista para entrar em vigor a partir de 30 de dezembro/24, veta a exportação de seis produtos (cacau, café, soja, óleo de palma, madeira, carne bovina), além de derivados (como o couro) produzidos em áreas de floresta que foram desmatadas após dezembro de 2020. Na semana passada, segundo texto da Beef Central, as interrupções no fornecimento de animais causadas pelas chuvas da semana ajudaram a elevar os preços do gado para engorda em 10-20 centavos/kg nas regiões de Queensland e Nova Gales do Sul, mas outro fator também contribui para o avanço das cotações: os prêmios pagos aos novilhos elegíveis para o mercado da UE. Compradores de gado para confinamento disseram à Beef Central que novilhos de 400 kg ou mais estão sendo negociados atualmente por cerca de 370-375 centavos/kg (na moeda australiana) em Darling Downs, sul de Queensland, na Austrália. “Alguns confinamentos têm pagado mais do que isso pelo mesmo produto”, relata a reportagem, citando um valor de 394 centavos/kg para bezerros negociados em currais situados no município de Dalby. Um criador de gado de NSW (abreviação para New South Wales), na costa leste da Austrália, disse que o gado padronizado para UE estava sendo negociado com um prêmio de 10 centavos/kg em relação ao preço de mercado de animais Angus, “devido às iminentes regulamentações de desmatamento que entrarão em vigor no final deste ano”. O confinamento em questão está cotando novilhos Angus acima de 350 kg entre US$ 4,10 e US$ 4,20 kg e novilhos em conformidade com a UE entre US$ 4,20 e US$ 4,30.
Beef Central
Consumo de carne bovina na Argentina é o menor em 26 anos
A demanda per capita da proteína atingiu 45,6 kg no período de janeiro-julho/24, uma queda de 17,1 kg/pessoa em relação ao pico das últimas décadas
No período de janeiro a julho de 2024, a demanda doméstica pela carne bovina atingiu 1,248 milhão de toneladas, o que representou queda de 14,1% sobre o resultado obtido em igual período do ano passado – o patamar mais baixo dos últimos 26 anos, informou relatório recente da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (CICCRA). Cada argentino consumiu o equivalente a 45,6 quilos de carne vermelha no período de janeiro-julho/24, em média, ficando 15,1% abaixo da média alcançada no mesmo intervalo de 2023 e 4,4% abaixo da média dos últimos 12 meses, de 47,7 kg/habitante/ano. Em relação ao pico de consumo das últimas décadas, de 62,7 kg/habitante/ano (média dos primeiros sete meses de 2013), o consumo atual significa forte retração de 27,3%, ou de 17,1 kg/pessoa/ano. Nos primeiros sete meses de 2024, a Argentina produziu 1,779 milhões de toneladas da proteína bovina, uma retração de 8,8% sobre o resultado obtido de janeiro a julho do ano passado, de 1,949 milhão de toneladas. Por sua vez, relata a CICCRA, as exportações argentinas de carne bovina teriam totalizaram 530,6 mil toneladas até julho/24 (média mensal de 76 mil toneladas), 7% superior (ou acréscimo de 35 mil toneladas) em relação ao volume computado em igual período de 2023.
CICCRA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
BNDES totaliza R$ 6 bilhões em créditos para empresas do Paraná
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou as aprovações de crédito para empresas do Paraná no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 6 bilhões, valor 50% superior ao mesmo período de 2023
Nos seis primeiros meses do ano, o banco também ampliou os desembolsos para R$ 5,2 bilhões, crescimento de 52% em relação a 2023. As aprovações beneficiaram setores importantes na economia do estado, como R$ 2,08 bilhões para a agropecuária (R$ 1,44 bilhão em 2023), R$ 1,4 bilhão para infraestrutura (R$ 730 milhões em 2023), R$ 1,46 bilhão para a indústria (R$ 1,12 bilhão em 2023) e R$ 1,03 bilhão para o setor de comércio e serviços (R$ 730 milhões no mesmo período do ano passado). As aprovações de crédito para micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 3,62 bilhões, aumento de 51,5% em relação a 2023. Em toda a região Sul, o BNDES ampliou as aprovações de crédito no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 16,8 bilhões, valor superior ao ano 2023, quando o montante foi de R$ 10,6 bilhões. As aprovações cresceram em todos os setores, alcançando R$ 5,2 bilhões para a agropecuária (R$ 3,8 bilhões em 2023), R$ 3,1 bilhões no setor de comércio e serviços (R$ 2,1 bilhões em 2023), R$ 4,7 bilhões para a indústria (R$ 2,7 bilhão em 2023) e R$ 3,8 bilhões para infraestrutura (R$ 2,2 bilhões em 2023). Na região, as aprovações para as micro, pequenas e grandes empresas somaram R$ 10,5 bilhões, crescimento de 59% em relação a 2023.
Gazeta do Povo
Deral aponta colheita da safrinha quase encerrada no Paraná e geadas atrapalhando o milho verão 24/25
Técnicos do Departamento relatam que as geadas tardias impediram o início do plantio do milho verão, que deverá começar no mês de setembro
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, 98% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado, avançando dos 96% da semana passada. O restante está totalmente em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 32% das áreas como em boas condições, 44% como em médias e 24% em ruins. Esses índices ficaram superiores aos 29%, 45% e 26%, respectivamente, da semana anterior. Detalhando a situação do milho paranaense, o Deral indica que, “restam apenas algumas áreas de milho segunda safra a serem colhidas. Considerando a intensidade da estiagem, alguns rendimentos têm surpreendido positivamente, apesar das perdas consolidadas”. Já pensando na próxima safra de verão 2024/25, os técnicos do Departamento destacam que as geadas tardias causaram preocupação entre os produtores que planejavam iniciar o cultivo do milho nesta semana. “Muitos deles alteraram seus planos para começar o plantio apenas na segunda semana de setembro”. O boletim também ressalta que as cotações do milho estão em baixa e a comercialização da safra está se tornando ainda mais lenta, o que pode ter impacto também na safra de verão. “O preço da saca do milho deve gerar redução na área dedicada à cultura. No entanto, alguns produtores comentam a intenção de manter as áreas de milho, que são importantes para a rotação e manutenção das boas condições do solo, ajudando a reduzir custos”, diz o Deral.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe mais de 1% e se reaproxima de R$5,50 sob influência de exterior e Campos Neto
O dólar à vista subiu mais de 1% na terça-feira e se reaproximou dos 5,50 reais, em um dia marcado pela busca global por ativos mais seguros, por ajustes técnicos no Brasil e por declarações consideradas mais brandas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a política monetária
A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,34%, cotada a 5,4862 reais. Em agosto, no entanto, a divisa acumula queda de 3%. Às 17h12, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,28%, a 5,4865 reais na venda. O dólar avançou ante o real durante toda a sessão, influenciado por um conjunto de fatores. “É o voo para a qualidade”, resumiu o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, pontuando que os investidores se mostraram mais cautelosos antes da agenda do restante da semana, que tem a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve, na quarta-feira, e o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira. De acordo com Diego Costa, head de câmbio da B&T Câmbio, o mercado estará atento em especial às palavras de Powell, em busca de pistas sobre o futuro dos juros nos EUA. “O dólar se recuperou ontem, voltando a se aproximar dos 5,50 reais, em um movimento que não se restringiu ao real, mas se estendeu a outras moedas de mercados emergentes”, disse Costa em comentário enviado a clientes. “Esse fortalecimento da moeda norte-americana reflete um movimento mais amplo de aversão ao risco, e é parcialmente impulsionado pelas incertezas em torno das próximas decisões de política monetária nos Estados Unidos.” Além disso, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo cederam, com investidores reduzindo as apostas de que o Banco Central elevará a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, em setembro. “Se o BC não aumentar a Selic, ainda existe um diferencial bom de juros para o Brasil, mas não tão bom quanto se aumentar. Isso também pegou no câmbio hoje”, disse Rugik. Por trás do movimento no mercado de DIs esteve a percepção de que Campos Neto foi mais brando ao tratar de política monetária em uma entrevista ao jornal O Globo. Nela, Campos Neto repetiu uma mensagem recente de autoridades do BC, de que a autarquia subirá a Selic se for necessário, mas ponderou que o cenário internacional melhorou.
Reuters
Ibovespa resiste a ajuste e fecha acima de 136 mil pontos pela 1ª vez
O Ibovespa renovou máximas históricas na terça-feira, fechando acima dos 136 mil pontos pela primeira vez na sua história, com Braskem e Weg entre os destaques positivos, mas o volume ficou bem abaixo da média diária do mês
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,23%, para 136.087,41 pontos, chegando a 136.329,79 pontos no melhor momento -- recordes de fechamento e intradia, respectivamente. O volume financeiro no pregão somou apenas 21,23 bilhões de reais, de uma média diária de 29,55 bilhões de reais em agosto. Na mínima, o Ibovespa recuou a 135.311,68 pontos, reflexo de movimentos de realização de lucros e ajustes, uma vez que no mês já contabiliza um ganho de 6,61%. Parte relevante desse avanço reflete o fluxo positivo de capital externo para as ações brasileiras diante da perspectiva de que o Federal Reserve começará a cortar os juros nos Estados Unidos em setembro, em um ambiente econômico saudável. Dados da B3 mostram uma entrada líquida de 6,4 bilhões de reais em agosto até o dia 16. Na expectativa da decisão do Fed que será conhecida em 18 de setembro, agentes financeiros devem buscar em discurso do chair Jerome Powell na sexta-feira novos sinais sobre os planos da autoridade monetária norte-americana. Investidores também acompanharam declarações do presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, em um momento no qual crescem as análises de que a autoridade monetária pode precisar elevar a Selic neste ano. Campos Neto afirmou que a mensagem transmitida pelo BC não mudou desde a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) e a autarquia atuará com cautela após análise de dados, podendo subir os juros básicos se necessário. Mas ponderou que o cenário externo está em situação melhor após período de forte volatilidade. No setor de energia, a MINERVA ON encerrou em alta de 1,69%, tendo no radar acordo para comprar 98% das ações ordinárias da Irapuru II Energia, uma sociedade de propósito específico (SPE) da Elera Energia, por 20 milhões de reais.
Reuters
IGP-M sobe 0,45% na segunda prévia de agosto
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,45% na segunda prévia de agosto, vindo de 0,40% na mesma leitura de julho e de 0,61% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre)
Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) subiu 0,52% na segunda medição do mês (de 0,45% na de julho). No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que representa 30% do IGP-M, teve alta de 0,15% (vindo de 0,18%). Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) ficou em 0,50% nessa leitura (de 0,53%).
Valor Econômico
Senado aprova desoneração de 17 setores e municípios
Votação simbólica, fruto do acordo do governo com a oposição, encerra meses de impasse sobre medida que beneficia milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas; projeto segue para a Câmara
O Senado aprovou na terça-feira, 20, o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos pequenos e médios municípios. A votação foi simbólica, ou seja, sem que o voto dos congressistas fosse computado, fruto do acordo do governo com a oposição. A negociação em torno da proposta levou meses e causou uma série de desgastes ao Palácio do Planalto, até o texto final ser formulado em acordo entre o governo, setores econômicos, prefeitos e parlamentares. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados. O novo relatório da proposta foi apresentado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) na terça-feira, 20, e seguiu o acordo firmado com os setores produtivos e os prefeitos ao propor uma reoneração gradual para as empresas e para os municípios até 2027. Na terça-feira, para viabilizar a votação do projeto, Wagner decidiu retirar um dispositivo que aumentava a cobrança do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20% como compensação da perda de receitas pela desoneração. A implementação da medida exigiria um período de noventena e só valeria a partir do ano que vem. Por isso, era encarada pelo governo como uma “garantia”, mesmo assim a oposição criticou o aumento de imposto, o que levou o relator a renunciar ao dispositivo. Na reta final das negociações, Wagner também renunciou ao dispositivo que delegava o julgamento do Imposto Territorial Rural (ITR) para os municípios que optarem por essa medida. A proposta, com o programa de cadastro de benefícios fiscais, havia sido incluída na medida provisória do PIS/Cofins, que teve sua parte principal devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e deve caducar. Além do JCP, o parlamentar incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano. Ele não detalhou, no entanto, o potencial de arrecadação de receitas de cada proposta. Segundo o relator, as medidas devem gerar mais R$ 25 bilhões a R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolvem especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitas dessas propostas são limitadas e não trarão efeitos nos exercícios seguintes. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, o senador reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso no dia 31 de agosto. Wagner reduziu mais uma vez o quantitativo de trabalhadores que as empresas teriam de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha. Em vez de se comprometerem a manter o mesmo quantitativo ou aumentar o número de funcionários, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas. Na primeira versão do parecer, Wagner havia determinado que o porcentual seria de 100%. Depois, reduziu para 90%, mas ainda assim enfrentou resistência por parte dos senadores. O relator incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano, dentre elas: atualização de bens no Imposto de Renda; repatriação de ativos mantidos no exterior; renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras; pente-fino no INSS e programas sociais; uso de depósitos judiciais esquecidos; uso de recursos esquecidos; e o programa de cadastro dos benefícios fiscais concedidos pelo governo. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, Wagner reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso na sexta-feira, 30. O texto da desoneração da folha de pagamentos segue o acordo já firmado com os setores produtivos, que prevê uma reoneração gradual a partir do ano que vem e até 2027. A desoneração em 2024 substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A partir do ano que vem, os empresários passarão por uma cobrança híbrida, que misturará uma parte da contribuição sobre a folha de salários com a taxação sobre a receita bruta. Em 2025, as empresas pagarão 80% da alíquota sobre a receita bruta e 25% da alíquota sobre a folha. Em 2026, as empresas pagarão 60% da alíquota sobre a receita bruta e 50% da alíquota sobre a folha. Em 2027, as empresas pagarão 40% da alíquota sobre a receita bruta e 75% da alíquota sobre a folha. A partir de 2028, as empresas retomarão integralmente o pagamento da alíquota sobre a folha, sem o pagamento sobre a receita bruta. No novo parecer, o relator reduziu o quantitativo de trabalhadores que as empresas terão de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha. As empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas.
O Estado de São Paulo
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