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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 647 DE 25 DE JUNHO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 647 | 25 de junho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Preços do boi gordo seguem estáveis

Pela terceira semana consecutiva, as escalas de abates das indústrias brasileiras sofreram redução. O mercado físico do boi gordo apresentou sustentação ao longo da última semana, refletindo sobretudo a redução na oferta de boiadas gordas, relatam os analistas. No Paraná o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias

 

Em São Paulo, o Indicador Cepea do boi gordo encerrou a semana (21/6) valendo, em média, R$ 222,59/@, um avanço de 1,84% sobre a cotação média da sexta-feira anterior. O indicador Agrifatto, baseado na apuração dos preços da arroba em 17 praças brasileiras, registrou alta semanal de 0,47%, na segunda semana consecutiva de valorização. Pela terceira semana consecutiva, as escalas de abates das indústrias brasileiras sofreram redução – as programações giram hoje em 11 dias úteis, na média nacional, segundo apuração da Agrifatto.

“Trata-se de um patamar considerado ainda confortável, mas que já não está apresentando mais crescimento, o que já é uma boa notícia para que os preços do boi gordo tenham fôlego para reagir”, afirmaram os analistas da Agrifatto. Com a sustentação no patamar de R$ 220/@ no Cepea (referência do mercado físico), todos os contratos futuros responderam positivamente na última semana. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$207,50. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias; Paraná — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Volume exportado de carne bovina avança na terceira semana de junho/24, mas preços seguem em queda e perdem 11,6%

Média diária exportada registra avanço de 6,30% no comparativo anual

 

O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 146,2 mil toneladas na terceira semana de junho/24, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês de junho do ano anterior, o volume exportado alcançou 192,6 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada na terceira semana de junho/24 ficou em 9,7 mil toneladas, incremento de 6,30%, frente ao volume total exportado em junho/23 que ficou em 9,1 mil toneladas. O preço médio na terceira semana de junho/24 ficou com US$ 4.469 por tonelada, queda de 11,6% frente aos dados divulgados em junho de 2023, com preços médios de US$ 5.054 por tonelada. O valor negociado para o produto na terceira semana de junho/24 ficou em US$ 653,8 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de junho do ano anterior foi de US$ 973,9 milhões. A média diária ficou em US$ 43,5 milhões, queda de 6%, frente ao observado no mês de junho do ano passado, que ficou em US$ 46,3 milhões. 

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Suíno vivo fecha a segunda-feira (24) com cotações estáveis

Esta segunda-feira (24) foi de preços estáveis ou com leves altas para o mercado de suínos vivos

 

De acordo com análise do Cepea, os preços médios das carnes suína e de frango têm subido em junho, em relação ao mês anterior, com avanços mais intensos para a proteína suinícola. A carne bovina, por sua vez, vem se desvalorizando, também conforme pesquisas do órgão.

Como resultado, a competitividade da carne suína caiu frente às concorrentes, com a diferença entre o preço da carcaça especial suína e o da carcaça casada bovina sendo a menor desde novembro/20. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (21), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), e no Paraná (R$ 6,85/kg). Houve alta de 1,72% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 6,49/kg, alta de 0,47% em Santa Catarina, com preço de R$ 6,48/kg, e de 0,56% em São Paulo, fechando em R$ 7,14/kg. 

Cepea/Esalq

 

Volume de carne suína exportada chega 72,37% do total embarcado em junho/23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de junho (15 dias úteis), chega a 72,37% do volume total alcançado em junho de 2023, mas com receita ainda em patamares baixos

 

A receita obtida com as exportações de carne suína até este momento do mês, US$ 164,8 milhões representa 66,47% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 247,9 milhões. No volume embarcado, as 70.215 toneladas representam 72,37% do total registrado em maio do ano passado, com 97.021 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 10,9 milhões, valor 6,9% a menor do que junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 1,80% observando os US$ 11,1 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.681 toneladas leve aumento de 1,3% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 1,88%, comparado às 4.770 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.347, ele é 8,2% inferior ao praticado em junho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda sutil de 0,07% em relação aos US$ 2.345 anteriores.

Agência Safras

 

FRANGOS

 

Cotações do frango vivo estáveis no Paraná e Santa Catarina na segunda-feira (24)

Cotações estáveis ou em queda marcaram o final da segunda-feira (24) para o mercado do frango

 

De acordo com análise do Cepea, os preços médios do frango vivo estão praticamente estáveis nesta parcial de junho, ao passo que os do farelo de soja, importante insumo da avicultura de corte, estão em alta. Por outro lado, as cotações do milho, outro insumo de alimentação da cadeia, registram baixa no período. Diante disso, pesquisas do Cepea apontam que o poder de compra do avicultor frente ao derivado de soja se mantém em queda pelo terceiro mês consecutivo, ao passo que, em relação ao milho, apresenta recuperação. No caso do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,32/kg; assim como em Santa Catarina, cotado a R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (21), a ave congelada caiu 0,56%, valendo R$ 7,09/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,68%, fechando em R$ 7,32/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportações de frango chegam à metade de junho/24 com 66,48% da receita de junho/23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura até a segunda semana de junho (15 dias úteis), atingiu 66,48% em relação à receita de junho de 2023

 

A receita obtida com as exportações de carne de frango, US$ 553,1 milhões, representa 66,48% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 831,9 milhões. No volume embarcado, as 313.419 toneladas representam 74,80% do total registrado em junho do ano passado, com 418.979 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 36,8 milhões, valor 6,9% menor do que o registrado em junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 1,46% quando comparado aos US$ 37,4 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.894 toneladas, aumento de 4,7% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se redução de 0,75% em relação às 21.053 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.764, ele é 11,1% inferior ao praticado em junho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 0,71% no comparativo ao valor de US$ 1.777 da semana passada.

Agência Safras

 

EMPRESAS

 

Marfrig e BRF destacam avanços socioambientais na cadeia de valor

Com metas de redução de gases de efeito estufa, empresas atingem 100% de rastreabilidade de fornecedores diretos na Amazônia e no Cerrado

 

A preocupação com as mudanças climáticas é urgente e global, e vem levando duas das maiores produtoras mundiais de proteína animal, Marfrig e BRF, a reafirmarem suas estratégias ESG. Trabalhando nos escopos 1 e 2, mas mirando no escopo 3, que abrange as emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelas quais as empresas são indiretamente responsáveis, as companhias criaram planos de ação que têm como principal meta a redução dessas emissões na cadeia de produção. Em 2023, a BRF avançou no mapeamento de sua cadeia de valor, que abrange produtores e fornecedores — são mais de 30 mil parceiros de negócio e 9,5 mil integrados, que oferecem desde a matéria-prima a serviços de logística. Para acompanhar os fornecedores e incluí-los na agenda sustentável, a BRF desenvolveu o Programa Monitoramento de Cadeia, que incentiva boas práticas de produção, combate ao desmatamento e respeito às comunidades. Periodicamente, são feitas auditorias, reforço do Código de Conduta de Parceiros de Negócio, consultas a dados públicos e a requisitos de cláusulas contratuais. Também são acessadas listas públicas para identificar fornecedores em desacordo com padrões legais e da companhia. A principal meta em relação ao escopo 3 é reduzir 12,3% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, tendo como referência o ano de 2020. Já a Marfrig, que é considerada referência em sustentabilidade no setor de proteína animal, utiliza o sistema de geomonitoramento via satélite e um mapa de mitigação de riscos socioambientais para verificar se os animais vêm de áreas desmatadas, embargadas, terras indígenas, territórios quilombolas, além de analisar condições análogas à escravidão dos trabalhadores, situações que bloqueiam a compra. Desde 2020, a empresa alcança 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos de todos os biomas, e 85% dos indiretos na Amazônia e 71% no Cerrado. E tem como meta a redução de 33% nas emissões de gases de efeito estufa no escopo 3 até 2035, com foco na diminuição do metano gerado pelos animais. Além disso, manteve-se como a melhor companhia brasileira no ranking no Coller FAIRR Protein Producer Index 2023/2024, um relatório que avalia riscos e oportunidades em ESG das 102 principais empresas globais de proteína animal e laticínios. E segue como a única fabricante de proteína bovina de baixo risco em critérios de sustentabilidade. Uma das ações de grande repercussão da Marfrig é o Programa Verde+, com quase quatro anos de vigência. A proposta é acelerar a sustentabilidade da pecuária, minimizando impactos sobre os biomas que têm risco de desmatamento. Desde o ano passado, a empresa antecipou em cinco anos (de 2030 para 2025) o cumprimento da meta de rastreabilidade total na compra de animais para abate em todos os biomas. E, recentemente, anunciou um investimento de R$ 100 milhões para um novo ciclo do Programa Verde+, que serão alocados em recuperação e transformação florestais; restauração ecológica; agropecuária regenerativa; e melhoria genética do rebanho. Há 3 anos, a BRF firmou um convênio com o Banco do Brasil para viabilizar o financiamento para a instalação de painéis para produção de energia solar nas granjas, oferecendo também suporte comercial, técnico e jurídico. Como resultado, em 2023 o índice de aves produzidas com energia limpa chegou a 57%. Dispondo de um sistema de integração vertical, que contempla parcerias com os produtores de criação, a BRF fornece os animais, insumos e assistência técnica, ao passo que os parceiros participam com instalações, equipamentos, água, energia e mão de obra, em conformidade com as diretrizes do Programa Bem-Estar Animal feito na BRF. Outra ação de destaque é a Política de Compra Sustentável de Grãos, pela qual os fornecedores, diretos e indiretos, são avaliados sob critérios socioambientais, para cumprir o compromisso de atingir uma cadeia de suprimentos livre de desmatamento até 2025, bem como rastrear 100% da aquisição de grãos em todos os biomas no período. A empresa investe nessa frente e utiliza tecnologia geoespacial e ciência de dados para gerenciar esse monitoramento. Em 2023, a BRF conquistou 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos de grãos e 77% dos indiretos na Amazônia e no Cerrado, que correspondem a 62% do volume adquirido. Considerando todos os biomas, alcançou 99,9% de rastreabilidade dos fornecedores diretos e 79% dos indiretos. As empresas reforçam que ambas têm suas metas baseadas na ciência, alinhadas com as diretrizes da Science Based Target initiative (SBTi), que fomenta padrões de redução de emissões de CO2 em conformidade com o Acordo de Paris e recomendações de cientistas.

MARFRIG/BRF

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Produtores paranaenses têm mais uma semana para atualizar cadastro de rebanho, diz Adapar

Esta é a última semana para que os produtores de animais façam de forma espontânea a atualização de seus rebanhos

 

A campanha, obrigatória para todos os detentores de animais de produção de qualquer espécie, começou em 1º de maio e encerra no próximo domingo (30). Segundo relatório parcial divulgado na segunda-feira (24) pela Adapar, 71,3% das explorações pecuárias já foram atualizadas. A partir da próxima segunda-feira (01) o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. Além disso, aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. A Adapar passará a fazer busca ativa de rebanho com cadastro não atualizado podendo gerar multa. A atualização precisa ser feita para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda). Os produtores podem utilizar o aplicativo Paraná Agro, o site da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) ou cumprir a obrigação presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007. Conforme divulgado na segunda-feira (24) pelo Departamento de Saúde Animal (Desa) da Adapar, mais de 136 mil explorações pecuárias foram comprovadas. Ainda estão pendentes atualizações de 54.923. Estes dados demonstram percentual de 71,3% de comprovações de explorações em todo o Paraná. Até agora 11 municípios completaram 100% de suas atualizações, mas alguns ainda estão muito abaixo da média estadual. É o caso de Paranacity que, na última colocação, tem apenas 26% de atualização. Mandirituba, com 33,3%; Flórida, com 34,9%; Bocaiúva do Sul, com 35,6%; e Quatro Barras, com 35,8%, também estão com números baixos. Segundo o Departamento de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e pouco mais de 191 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam aproximadamente 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.

Governo do Paraná

 

Compagas anuncia investimentos de R$ 505 milhões e entra na cadeia do biometano

Plano é válido até 2029 e contempla expansão para as regiões Norte e Sul do Estado, além de ações ligadas à inserção do biometano na matriz de suprimento. Investimentos fazem parte do novo contrato de concessão da Companhia, que passa a valer a partir do mês de julho

 

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) vai investir de R$ 505 milhões nos próximos cinco anos, entre 2024 a 2029. O plano de investimentos foi anunciado na segunda-feira (24) e contempla ações e projetos para expansão da atuação da companhia para outras regiões do Estado, em especial para os municípios de Londrina, Maringá e Lapa, a inserção do biometano na rede de gás canalizado e o desenvolvimento de corredores sustentáveis com abastecimento via gás natural e biometano. Os investimentos fazem parte do novo contrato de concessão da Compagas, que passa a valer a partir do mês de julho e que define metas para o aumento da oferta de gás natural e biometano e o atendimento de novas regiões no Paraná para os próximos 30 anos. Maior produtor de proteína animal do Brasil, o Paraná também sai na frente na geração de biogás e biometano. Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Estado tem 426 plantas instaladas, 67% de todas as usinas da região Sul. Um dos planos da Compagas, explicou o CEO Rafael Lamastra Junior, é chegar a 15% da participação do biometano no volume de distribuição da companhia até 2026. “Estamos muito entusiasmados com o anúncio que fizemos hoje. Acreditamos que este novo investimento fará com que o Paraná avance ainda mais no segmento de energia e infraestrutura”, afirmou. O primeiro contrato para fornecimento de biometano para inserção na rede de distribuição de gás no Paraná foi assinado com a empresa H2A, que fornecerá à Compagas 20 mil metros cúbicos/dia a partir de julho de 2025. A parceria viabiliza a construção de uma usina em Carambeí, nos Campos Gerais, para a produção do gás renovável em uma cadeia circular, a partir de dejetos do polo leiteiro. A parceria com a H2A faz parte do plano de expansão da Compagas, que prevê novos contratos de biometano nos próximos meses. Os 15% previstos para a distribuição até 2026 correspondem a cerca de 100 mil metros cúbicos/dia de gás renovável. “O objetivo é integrar a rede de distribuição às principais áreas produtoras de biometano, para viabilizar o escoamento do combustível renovável por meio de dutos, ampliando a capacidade de expansão do uso do gás renovável”, destacou Lamastra. A Compagas vem trabalhando nos últimos meses para o desenvolvimento de fornecedores de biometano para injeção do gás renovável em suas redes de distribuição. Desde 2023, a empresa já abriu duas chamadas públicas para a aquisição do combustível. O diretor de Administração da H2A, Carlos Alberto da Silva Souza, destacou que a empresa vem buscando novas tecnologias para a produção de biometano, com a planta de Carambeí utilizando dejetos suínos e bovinos para a produção do insumo. “Vamos aproveitar esse resíduo, que hoje já é tratado de forma sustentável, para dar uma viabilidade econômica aos produtores, que são sócios e parceiros do nosso projeto”, disse. Dentro do investimento de R$ 505 milhões até 2029, a Compagas vai destinar R$ 100 milhões para a expansão da rede de gás canalizado, visando ao atendimento das cidades de Londrina e Maringá. Serão construídos, ao todo, 60 quilômetros de rede para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular no Norte do Paraná, sendo que o fornecimento na região ocorrerá 100% com biometano. Oito quilômetros de rede serão construídos em Maringá para atender o segmento industrial da região. O projeto também contempla a instalação de um trecho de cerca de 19 quilômetros conectando os municípios de Londrina, Cambé e Rolândia para o fornecimento das indústrias instaladas no percurso. Outros trechos, que totalizam 34 quilômetros, atenderão o bairro Gleba Palhano, localizado na zona Sul de Londrina e considerado uma das regiões mais valorizadas no setor imobiliário e de intenso comércio. A Compagas também anunciou a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre os municípios de Araucária e Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba. O investimento de R$ 108 milhões vai atender um importante eixo agroindustrial do Estado e, em especial, a fábrica do Grupo Potencial Biodiesel, na cidade da Lapa. Além da primeira rota em operação anunciada hoje, o projeto conta com outros percursos a serem implantados, contemplando outras regiões do Paraná. A Compagas também está engajada em debater e articular com outros estados a ampliação dos corredores para interligar o sistema desde o Rio de Janeiro, passando por São Paulo, Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, consolidando um importante eixo sustentável para o transporte rodoviário no país.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai abaixo dos R$5,40 em dia positivo para ativos brasileiros

Após os avanços recentes, o dólar emplacou na segunda-feira a segunda sessão consecutiva de queda no Brasil, retornando para abaixo dos 5,40 reais, em movimento favorecido pela busca por moedas de maior risco em todo o mundo e com investidores à espera de divulgações importantes ao longo da semana

 

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,3904 reais na venda, em baixa de 0,94%. Nos dois últimos dias úteis, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,31%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,83%, a 5,3935 reais na venda. A moeda norte-americana oscilou no território negativo ante o real durante toda a sessão. Um dos fatores para a queda era a realização de lucros por parte de alguns agentes, após os fortes avanços do dólar. Até o início da sessão desta segunda-feira o dólar havia acumulado elevação próxima de 12% em 2024, com altas semanais nas últimas cinco semanas, o que abria espaço para ajustes. Além do movimento de realização, a baixa do dólar na segunda-feira era justificada pelo exterior, onde o dia foi de valorização quase generalizada das divisas de exportadores de commodities ou emergentes. O dólar tinha baixas firmes ante o peso colombiano e o peso mexicano. A queda do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta firme do Ibovespa e da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral positivo para os ativos brasileiros. A sessão transcorreu sem a divulgação de indicadores importantes e sem declarações de autoridades em Brasília que gerassem ruídos. Investidores também aguardavam a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada na terça-feira. O documento trará mais detalhes sobre a manutenção da taxa Selic em 10,50% na semana passada, em decisão unânime. Além disso, há expectativa pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior ao longo da semana, como o IPCA-15 brasileiro na quarta-feira e o índice de inflação PCE norte-americano na sexta-feira.

Reuters


Ibovespa tem quinta alta seguida em dia com Magalu em destaque

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, confirmando a quinta alta consecutiva, em pregão que teve Magazine Luiza disparando 12% com acordo da varejista com o AliExpress, enquanto Sabesp avançou 4% após o lançamento de oferta de ações que privatizará a companhia de saneamento básico paulista

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 1,07%, a 122.636,96 pontos, tendo marcado 121.307,01 pontos na mínima e 122.839,73 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 18,08 bilhões de reais. "Nós estamos quase no zero a zero no mês e com uma queda de cerca 9% ainda no ano. Não me parece uma vitória", disse o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, ressaltando, contudo, que a decisão unânime do Banco Central de manter a Selic em 10,50% na semana passada foi um grande alívio. Ele destacou que a maioria dos indicadores macroeconômicos mostra um cenário benigno, com inflação corrente em um nível razoavelmente bom, desemprego baixo, massa salarial crescendo, contas externas muito boas, assim como a previsão de crescimento para o PIB em torno de 2% parece bem razoável também. "O que permanece realmente é o problema fiscal", ponderou. Na terça-feira, o BC divulga a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada e agentes financeiros devem buscar no documento mais explicações sobre a decisão anunciada na quarta-feira, além de eventuais sinalizações sobre os próximos passos da autoridade monetária. A bolsa paulista descolou nesta sessão de Wall Street, que teve um fechamento misto, com o Nasdaq e o S&P 500 em queda, enquanto o Dow Jones avançou. Entre os Treasuries, o rendimento do título de 10 anos marcava 4,2302% no final da tarde, de 4,257% na última sexta-feira.

Reuters

 

Fluxo cambial está positivo em US$ 4,878 bilhões em junho até dia 20

Neste período, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 5,396 bilhões e o fluxo financeiro, negativo em US$ 518 milhões 

 

O fluxo cambial está positivo em US$ 4,878 bilhões em junho, nos dados parciais até o dia 20, de acordo com o Banco Central (BC). A posição de câmbio vendida dos bancos, por sua vez, estava em US$ 5,182 bilhões também no dia 20. Já o fluxo comercial ficou positivo em US$ 5,396 bilhões no saldo parcial de junho, resultado de importações de US$ 12,044 bilhões e exportações de US$ 17,440 bilhões. Por fim, o fluxo financeiro ficou negativo em US$ 518 milhões no saldo parcial de junho.

Valor Econômico

 

Commodities ditam rumos de balanços de empresas do agronegócio

Queda nas cotações aliviou custo de frigoríficos, mas apertou companhias de grãos. “Quando fechamos a temporada, o que fica evidente é a descompressão de margens pela queda nos custos de grãos, diz analista da XP

 

Os preços das commodities agrícolas influenciaram as empresas do agronegócio de diferentes formas na última temporada de balanços. Se para os frigoríficos a queda da soja e do milho reduziu os custos da ração e melhorou as margens, para as companhias produtoras de grãos o efeito foi inverso. Nas usinas, o melhor momento decorrente da alta do açúcar pode ter ficado para trás. Uma surpresa para os analistas que acompanham o setor foi a resiliência da demanda interna, que se mostrou forte e pode continuar nessa toada ao longo do ano. “Quando fechamos a temporada, o que fica evidente é a descompressão de margens pela queda nos custos de grãos, o que era esperado, mas pode continuar mais para frente. A demanda no mercado doméstico não era esperada, isso surpreendeu”, disse Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas e sócio da XP. Levantamento realizado pelo Valor Data compilou os balanços de 23 companhias do agronegócio, nas áreas de grãos, insumos, carnes, bioenergia, saúde animal, armazenagem, e propriedades rurais. O resultado líquido ficou positivo em 14 delas e as demais tiveram prejuízo. Resguardadas as particularidades de cada companhia, no geral, os setores de grãos e insumos foram os que mais amargaram prejuízos ou queda no lucro. As usinas tiveram desempenhos mistos, enquanto os frigoríficos registraram os melhores resultados. Na avaliação de Gustavo Troyano, analista do Itaú BBA, o destaque da temporada de balanços ficou para JBS e BRF, “principalmente derivado da forte melhoria de rentabilidade na indústria de frango do Brasil e dos Estados Unidos”. A JBS encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão — havia registrado prejuízo de R$ 1,45 bilhão no mesmo período de 2023. Além do frango, a recuperação em quase todas as operações da empresa colocou em segundo plano a oferta ainda baixa de gado bovino no mercado americano. Na Seara, negócio de aves e suínos da JBS, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu expressivos 711% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. A BRF registrou um lucro líquido de R$ 594 milhões no primeiro trimestre deste ano. Apoiada por margens melhores e pela diversificação nas exportações, em meio a novas habilitações para vender seus produtos ao exterior, a empresa teve o melhor primeiro trimestre de sua história. No mesmo período do ano passado, registrara prejuízo de R$ 1,024 bilhão. Para os próximos trimestres, Troyano ressaltou que a recuperação de preços de exportação da carne de frango também deve ajudar na continuidade da expansão de margens. Já para os frigoríficos de bovinos, apesar de a cotação da arroba estar controlada, o preço de exportação da carne para a China segue sem brilho, levando a cadeia a buscar o acesso a mercados mais rentáveis. Assim como no primeiro trimestre, “preços de grãos mais baixos na comparação anual devem continuar impactando negativamente nomes como SLC, 3tentos e Vittia, por exemplo, ainda que de maneira mais ou menos direta, dependendo da empresa”, disse o analista. O lucro da SLC caiu 60,2% no intervalo de janeiro a março, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 228,9 milhões. Na visão de Aurélio Pavinato, CEO da SLC, os números do primeiro trimestre refletem a situação do agronegócio brasileiro neste ano. “É um ano de maior pressão sobre as margens em função da quebra de safra e de preços mais baixos. Mas está dentro da evolução do negócio”, afirmou na divulgação do balanço. Alencar, da XP, ressaltou que a cotação dos grãos para a safra 2024/25 teve um recente avanço e a alta do dólar ajuda nas exportações, mas os fundamentos continuam baixistas para o setor, com grande oferta global. “As empresas de grãos vão continuar com margens apertadas, e consequentemente as de insumos também. A gente torce para que o produtor tenha vendido [no mercado futuro], aproveitando essa alta recente de grãos e câmbio”, comentou. O segmento de insumos foi o mais prejudicado pelas margens menores dos agricultores. Todas as empresas do setor analisadas pelo Valor Data tiveram prejuízo ou queda de lucro nos balanços.

Valor Econômico

 

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