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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 869 DE 26 DE MAIO DE 2025

  • prcarne
  • 26 de mai.
  • 17 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 869 | 26 de maio de 2025                              

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Preço do boi gordo encerrou a semana com estabilidade na maior parte do país

Parte dos frigoríficos esteve fora das compras, com escalas de abate compostas para oito dias, em média. O cenário no fechamento da semana foi de poucos negócios realizados e de poucas mudanças na oferta de bovinos. No PARANÁ: Boi R$300,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias.

 

O interesse dos frigoríficos em comprar gado esteve baixo novamente, e as negociações foram lentas em grande parte do país. Com isso, na sexta-feira (23/5) os preços do boi gordo apresentaram estabilidade na maioria das regiões, segundo a Scot Consultoria. Das 32 praças pecuárias analisadas pela Scot, 27 apresentaram estabilidade nos preços. Em apenas cinco houve queda: Belo Horizonte (MG), sul de Goiás, Cuiabá (MT), Santa Catarina e Marabá (PA). Nas praças paulistas de Araçatuba e Barretos, a cotação da arroba do boi gordo permaneceu em R$ 304 para o pagamento a prazo. Segundo a Scot, parte dos frigoríficos esteve fora das compras, com as escalas de abate já compostas, em média, para oito dias. O cenário no encerramento da semana foi de poucos negócios realizados e de poucas mudanças na oferta de bovinos. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também destacou que, durante toda a semana, as escalas seguiram bem abastecidas por animais de contrato e produção própria da indústria. “Poder de negociação dos pecuaristas é baixo. Cotações maiores são alcançadas basicamente por lotes diferenciados que atendem à Cota Hilton ou Europa; o diferencial para ‘boi China’ diminuiu consideravelmente”, informou o Cepea. Em relação ao escoamento da carne bovina, a Scot afirmou que também não houve muitas alterações, e que a lentidão persistiu. Dessa forma, a cotação manteve-se estável para todas as categorias. SÃO PAULO: Boi comum: R$303,00 a arroba. Boi China: R$313,00. Média: R$310,00. Vaca: R$273,00. Novilha: R$288,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China:  R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$295,00. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de nove dias. PARÁ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. Média: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Expectativa no curto prazo ainda é por compras em patamares mais baixos por parte dos frigoríficos

Os preços da arroba do boi gordo fecharam a semana apresentando acomodação na maioria das regiões.

 

As escalas de abate permanecem confortáveis, ainda posicionadas entre oito e nove dias úteis na média nacional. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta de boiadas aumenta à medida que o pasto perde qualidade e o pecuarista acaba se deparando com uma reduzida capacidade de retenção. “A expectativa no curto prazo ainda é pela tentativa de compras em patamares mais baixos. Já como ponto de suporte precisa ser mencionado o forte ritmo de exportação, com o país caminhando a passos largos para um recorde de embarques na atual temporada.” Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 302,17. Goiás: R$ 286,29. Minas Gerais: R$ 289,65. O mercado atacadista voltou a registrar preços estáveis para a carne bovina. No entanto, o ambiente de negócios ainda sugere por recuo das cotações, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. “Ressaltando que proteínas de menor valor agregado são prioridade neste momento”, disse Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,90 por quilo, o dianteiro segue no patamar de R$ 19,00 por quilo e a ponta de agulha é cotada a R$ 17,80, por quilo.

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Movimento do mercado dos suínos pressionou os preços para baixo na 6ª feira

A Scot Consultoria reportou que o mercado apresentou o movimento esperado para o período. Com o passar dos dias da segunda quinzena, as vendas foram perdendo cada vez mais força, pressionando os preços para baixo. 

 

De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial teve baixa de 1,61% e está cotado em R$ 12,20/kg. O preço médio da arroba do suíno CIF está estável e está sendo negociado em R$ 162,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (22), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais está estável e precificado em R$ 8,53/kg. No Paraná, o preço do animal registrou alta de 0,37% e está precificado em R$ 8,22/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal está estável e está precificado em R$ 8,15/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,62/kg e está estável. Em Santa Catarina, o valor do suíno apresentou queda 0,49% e está cotado em R$ 8,09/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Coreia do Sul passa a embargar apenas carne de frango do RS, diz ministro

O governo brasileiro obteve da Coreia do Sul a indicação de que o país asiático vai passar a bloquear apenas a carne de frango gaúcha após um foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul, na semana passada, disse na sexta-feira o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista a jornalistas.

 

A Coreia do Sul foi o décimo principal mercado para a carne de frango do Brasil em 2024, segundo dados do governo. Segundo ele, o governo está "avançando rapidamente" com a segurança sanitária necessária para a regionalização de embargos comerciais. O ministro afirmou que o Brasil está com um sistema "muito ativo de buscas", sem registros de novos casos, "um forte indício que foco de gripe aviária está contido". Sobre casos em granjas comerciais investigados, em Tocantins e Santa Catarina, o ministro disse os indícios são "muito fortes" de resultados negativos. "Estamos esperando as contraprovas", afirmou ele.

Reuters

 

Gripe Aviária: MAPA informa mais três suspensões à carne de frango do Brasil

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que novos países se somaram à lista de nações que adotaram restrições à importação de carne de aves brasileira, em função da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). 

 

Três novos mercados, Albânia, Namíbia e Índia, anunciaram a suspensão das importações de todo o território brasileiro. Já Angola optou por restringir as compras do estado do Rio Grande do Sul. Com a inclusão desses países, a situação atual das exportações está da seguinte forma: 

Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia, Namíbia e Índia. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão, Ucrânia, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão e Angola. Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão. O Mapa permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível. 

MAPA

 

Cotações do frango recuam até 6,2% na semana com gripe aviária

No mercado atacadista, o recuo nos preços foi de 4,9% na semana

 

Desde o comunicado da gripe, os preços nas granjas paulistas apresentaram queda de 6,2%, com a ave terminada cotada, em média, em R$6,10/kg. No mercado atacadista, o recuo no período foi de 4,9%, com o frango médio sendo comercializado, em média, em R$7,70/kg. Em seu levantamento diário, a Scot Consultoria divulgou que o preço da ave no atacado paulista registrou queda de 1,30%¨e está sendo negociada em R$ 7,60/kg. Já a cotação da ave na granja registrou uma baixa de 1,64% e está cotada em R$ 6,00/kg. A analista de mercado da Scot Consultoria, Juliana Pila, destacou que o setor está apreensivo com o que vem pela frente, mas os compradores aproveitam o contexto para segurar pedidos e especular mais. De acordo com a Scot Consultoria, o cenário para o mercado da proteína vinha sendo bastante favorável em 2025, com alta demanda mundial impulsionada pela redução de oferta em países afetados pela gripe aviária. No acumulado do primeiro quadrimestre, o Brasil exportou 9,3% mais em volume que em igual período de 2024 (ano recorde da exportação). “O volume exportado até a terceira semana de maio totalizou 222,8 mil toneladas de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas. A média diária embarcada está 0,2% maior que a média embarcada por dia em maio de 2024”, informou a Scot Consultoria. Com base no levantamento realizado na última quinta-feira (22), o preço do frango congelado apresentou estabilidade e está precificado em R$ 8,56 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também ficou estável e está próximo de R$ 8,63 por quilo. Após a notificação na última sexta-feira sobre o caso no Rio Grande do Sul, as referências para o frango do Cepea registraram baixas frente ao observado na semana passada. O frango congelado teve queda de 1,61%, em que passou de R$ 8,70/kg para R$ 8,56/kg. Já para o frango resfriado, a queda foi de 2,04% e os preços passaram de R$ 8,81/kg para R$ 8,63/kg. A Scot Consultoria ainda reportou que o desfecho da situação dependerá da contenção de novos focos da doença e do sucesso nas negociações para regionalização dos embargos com os principais parceiros comerciais.

Cepea/Esalq/Scot Consultoria

 

Brasil investiga 20 casos suspeitos de gripe aviária, diz Ministério da Agricultura

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, são investigados 20 casos suspeitos de gripe aviária no Brasil. 

 

Os dados foram atualizados na manhã do domingo (25). A investigação é baseada na coleta de amostras, ainda sem resultado laboratorial conclusivo. A informação é atualizada diariamente pelo Serviço Veterinário Oficial no site do ministério. De acordo com o órgão, já foram realizadas 4.006 investigações sobre suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, cujas doenças alvo são Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Até sexta-feira (23), mais de 40 países haviam suspendido a compra e importação de frango do Brasil, entre eles a China, principal parceiro econômico do país. Segundo as investigações do Ministério da Agricultura e Pecuária, a primeira identificação de gripe aviária ocorreu em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. No entanto, o órgão tem emitido alertas com frequência, afirmando que o consumo de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.

Estados com investigação em curso da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves: Rio Grande do Sul – 4. Ceará – 3. Santa Catarina – 3. Pará – 2. Mato Grosso do Sul – 2. Minas Gerais – 2. Tocantins – 1. Bahia – 1. Goiás – 1.

MAPA

 

Bloqueio a frango pode custar US$ 150 milhões

Ao todo, 23 mercados foram fechados para a carne de frango brasileira em função do foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul até a última sexta-feira (25/5)

 

Os 23 mercados fechados até a última sexta-feira (25/5) para a carne de frango de todo o Brasil em função do foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul representara 45% das exportações brasileiras do produto em abril. Esses destinos importaram 212 mil toneladas das 462,9 mil toneladas vendidas no mês passado, segundo dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura. Em faturamento, essas importações representaram US$ 413,9 milhões dos US$ 906,1 milhões exportados pelos frigoríficos brasileiros no período. Mas o impacto sobre as vendas externas a partir de maio, com a detecção do vírus em granja comercial e a suspensão de embarques, não deve ter a mesma magnitude, avaliam fontes do setor e do governo. As medidas adotadas pelas empresas para estocar a produção no período de suspensão das exportações e para redirecionar as vendas a outros países com restrições mais brandas podem amenizar a queda nas vendas externas, segundo pessoas familiarizadas com o tema ouvidas pela reportagem. Ao mesmo tempo, governo e setor esperam a flexibilização gradual das restrições a partir desta semana, o que também pode ajudar a manter o fluxo de vendas aquecido. Em 2024, quando um caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS) também motivou bloqueios nas exportações brasileiras de carne de frango, a redução foi próxima de 18% nas vendas. O impacto teve duração curta. O foco foi descoberto em meados de julho, e mesmo assim os embarques da proteína chegaram a 451,3 mil toneladas, 25 mil toneladas a mais do que em junho. A queda nas exportações veio em agosto, para 369,3 mil toneladas. O faturamento caiu quase US$ 100 milhões. Em setembro, porém, o fluxo foi normalizado: o Brasil exportou 471,9 mil toneladas e faturou mais de US$ 935 milhões. O ritmo continuou perto de 450 mil toneladas ao mês até dezembro de 2024. Como os protocolos sanitários e a adoção de restrições seguem critérios parecidos no caso de gripe aviária, a avaliação é de que cenário pode se repetir. Se isso acontecer, cerca de 83 mil toneladas da proteína deixariam de ser embarcadas ao exterior em um mês, com queda perto de US$ 150 milhões no faturamento. “Estamos pensando em um cenário parecido. Por mais que as restrições neste momento atinjam 45% de todas as exportações, imaginamos que pode ter um impacto menor considerando as medidas empresariais, com a estocagem, a possibilidade de enviar a outros mercados e a evolução das flexibilizações”, afirmou uma fonte do governo. Em Brasília, a avaliação é que o impacto será amenizado de forma geral na cadeia avícola nacional. Isso porque o Brasil destina cerca de 30% da produção para as exportações. Cerca de 70% da carne de frango é consumida internamente, com média per capita de quase 50 quilos por ano. A partir desses cálculos, o governo pondera que o volume impactado pelas suspensões dos mercados (de 210,8 mil toneladas) representa cerca de 14% da produção total brasileira. Para facilitar a logística das empresas produtoras de carne de frango, o Ministério da Agricultura já autorizou o uso de contêineres refrigerados para a estocagem de produtos acabados nos pátios dos estabelecimentos e o transporte dessas mercadorias, entre unidades fiscalizadas pela Pasta ou até entrepostos comerciais, com documento mais simples que o certificado sanitário emitido por servidores federais.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Carne bovina argentina é a mais cara da América Latina em dólares

Custo do quilo do filé mignon no país portenho é de US$ 4,70, ante US$ 3,60 no Brasil e US$ 3,50 no Uruguai, diz entidade representante dos frigoríficos

 

A alta do peso na Argentina pressionou os custos de produção da carne bovina local e derrubou as exportações da proteína, informou Miguel Schiariti, diretor da câmara dos frigoríficos Ciccra, representante do setor no país, em reportagem da agência Reuters. “A carne argentina é hoje a mais cara da América Latina em dólares”, disse ele, citando o custo de produção de um corte de filé mignon em cerca de US$ 4,70, ante US$ 3,60 no Brasil e US$ 3,50 no Uruguai. No mês passado, recorda a Reuters, o presidente da Argentina, Javier Milei, flexibilizou os controles cambiais que duravam anos, como parte de seu esforço para estabilizar a economia argentina — uma medida há muito aguardada pelos investidores. Mas o peso mais forte, ressalta a reportagem, elevou os custos relativos e comprometeu o que por anos foi uma vantagem competitiva para algumas empresas argentinas, afetando exportadores e setores como o turismo, já que o país se tornou mais caro em dólares. “Agora temos mais estabilidade cambial, mas essa estabilidade não beneficiou os exportadores”, disse à Reuters Yahir Auad, gerente de um grupo responsável pela unidade de carnes Villarroel, situada nos arredores de Buenos Aires. Nessa planta, diz o texto, trabalhadores habilidosamente cortam pedaços de carne bovina argentina, popular em restaurantes de Xangai a Nova York. No entanto, reforça a reportagem, as exportações de carne do país estão em queda, à medida que os custos sobem com o fortalecimento do peso local. “Custa-nos US$ 4 ou US$ 4,50 (por quilo) produzir a matéria-prima, e ainda temos que adicionar despesas e impostos”, disse Auad. Nos primeiros quatro meses de 2025, informa a Reuters, as exportações de carne bovina da Argentina caíram quase 20% em relação ao ano anterior, para cerca de 255 mil toneladas. Os embarques para a China — maior compradora e sensível a preços — despencaram para 137 mil toneladas, ante 203 mil toneladas no ano anterior, de acordo com dados da agência governamental Senasa. “Importadores chineses — que consumiram dois terços das exportações de carne da Argentina no ano passado — estão pagando cerca de US$ 5 por quilo, segundo os frigoríficos, pressionando as margens, já que os custos locais aumentaram com a valorização do peso”, destaca o texto. “Não conseguimos competir”, disse Auad. Segundo a Reuters, a situação difícil dos frigoríficos argentinos — que incluem empresas como a Swift, Quickfood (do grupo brasileiro Marfrig) e a Minerva — representa um desafio para Milei, mesmo com a Argentina saindo de anos de turbulência econômica, gastos excessivos e distorções de mercado. “A indústria frigorífica e a cadeia produtiva vão à falência nesse cenário”, afirmou à Reuters Miguel Schiariti, o diretor da Ciccra. Exportadores de carne enfrentam cortes de pessoal. A Argentina — conhecida por seus campos, churrascos e enorme consumo per capita de carne — tem cerca de 53 milhões de cabeças de gado e está entre os cinco maiores exportadores de carne bovina do mundo, normalmente enviando cortes de maior qualidade para a Europa e América do Norte, e cortes mais baratos para a China. No entanto, relata a reportagem da Reuters, os exportadores estão achando cada vez mais difícil colocar seus produtos no mercado internacional. “Todos estão lutando para ser rentáveis”, disse Miguel Jairala, analista da câmara de exportadores de carne ABC. A ABC afirma que alguns frigoríficos já começaram a cortar pessoal, em alguns casos mais de 10% da força de trabalho, relatou a reportagem. “Os negócios não estão sendo fechados, com os custos de produção elevados em relação aos preços pagos na China”, disse Jairala.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Nova plataforma reforçará biosseguridade em granjas de suínos no Paraná

O sistema fornece uma visão ampliada e qualificada das ações realizadas pela Adapar, utilizando um modelo multicritério de apoio à decisão para avaliar os padrões de biosseguridade.

 

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) implementará uma nova plataforma para gestão de biosseguridade em granjas comerciais de suínos no Estado. Desenvolvida em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Aves e Suínos (CNPSA), a ferramenta visa aprimorar o controle sanitário, otimizar o monitoramento e oferecer um feedback técnico personalizado das ações realizadas pela Adapar junto ao setor produtivo. De acordo com a Divisão de Sanidade de Suínos da Adapar, a plataforma estabelece um modelo de gestão para implantação e ranqueamento de itens de biosseguridade nas granjas da suinocultura industrial. O sistema fornece uma visão ampliada e qualificada das ações realizadas pela Adapar, utilizando um modelo multicritério de apoio à decisão para avaliar os padrões de biosseguridade. De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, a biosseguridade em granjas comerciais de suínos é tão importante quanto nas granjas avícolas. “Novamente foi demonstrado, neste episódio de gripe aviária, que temos um sistema de produção robusto e de qualidade no Paraná e é importante que todos os produtores de suínos estejam conscientes da importância da aplicação da biosseguridade”, reforçou. Na prática, conforme explica Rafael Gonçalves dias, chefe do Departamento de saúde Animal (Desa), a plataforma dará suporte direto às ações de campo dos fiscais. “Ela vai auxiliar diretamente os fiscais da Adapar na aplicação das normas de biosseguridade nas granjas”, afirma. Segundo o chefe da Divisão de Sanidade dos Suínos, João Humberto Teotônio de Castro, a ferramenta oferece um controle integrado dos itens exigidos pelas normas sanitárias vigentes. “Ela fornecerá um feedback personalizado de cada granja, indicando quais itens precisam de ajuste ou implementação, além de permitir uma visão individualizada das necessidades específicas de cada estabelecimento”, completa. A inovação está alinhada à Portaria 265/2018, que define os itens mínimos de biosseguridade para mitigação de riscos e fortalecimento da proteção sanitária das granjas no Estado. O tema também foi pauta de evento realizado na quarta-feira (21), em Medianeira, no Oeste do Estado, que discutiu as diretrizes e formas de implementação da plataforma com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), além de representantes do setor privado e pesquisadores da Embrapa.

Agência Estadual de Notícias

 

Governo do Paraná decreta emergência por estiagem

O governo do Paraná anunciou na quinta-feira decreto de situação de emergência por causa da estiagem que atinge o Estado desde dezembro, o que terá reflexos na empresa estadual de água Sanepar.

 

A companhia afirmou na noite de quinta-feira que o decreto estabelece que a empresa poderá "suspender ou restringir outorgas vigentes para usos (da água) diversos do abastecimento público e dessedentação de animais". O decreto estadual valerá por 180 dias. “A situação piorou com a falta de chuva, principalmente nas regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. A Sanepar faz um alerta e pede o uso consciente da água. A orientação é priorizar a água tratada para alimentação e higiene", afirmou o governo paranaense em comunicado à imprensa. A estiagem, segundo o governo paranaense, já afeta o abastecimento de água e a produção agrícola, principalmente no Centro, Sudoeste e Oeste do Estado. "Temos um cenário de poucas chuvas até setembro, outubro e os níveis dos reservatórios de água já estão baixos em grande parte dos rios do Estado, além da seca que já perdura em várias regiões", disse o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, Fernando Schünig, em declaração a jornalistas.

Reuters

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fecha em baixa após governo recuar em medidas do IOF

Após chegar a subir mais de 1% pela manhã, o dólar à vista reverteu os ganhos e fechou a sexta-feira em leve baixa ante o real, em uma sessão marcada por ajustes técnicos após o governo Lula voltar atrás em relação a parte das medidas de aumento de IOF em operações cambiais.

 

O recuo do dólar no Brasil também foi ajudado pelo cenário externo, onde a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas após novas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a União Europeia. O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,24%, aos R$5,6473. Na semana, a divisa acumulou queda de 0,38%. Às 17h10 na B3 o dólar para junho -- atualmente o mais líquido -- cedia 1,93%, aos R$5,6520. As mudanças ligadas às operações cambiais em especial foram mal-recebidas pelo mercado. Em função do impacto negativo, o Ministério da Fazenda voltou atrás já na noite de quinta-feira em parte das medidas anunciadas. Um novo decreto foi publicado na manhã da sexta-feira mantendo em zero a alíquota de IOF sobre aplicações de fundos de investimento no exterior, revertendo a cobrança de 3,5% anunciada na véspera. Além disso, o governo manteve em 1,1% o IOF sobre recursos remetidos para conta de brasileiros no exterior no caso de remessas destinadas a investimentos, também revertendo a alíquota de 3,5% anunciada na véspera. Ao longo do dia, o mercado foi absorvendo o fato de que o Ministério da Fazenda voltou atrás na medida cambial mais sensível -- a cobrança de IOF em aplicações de fundos de investimento no exterior. Além disso, o cenário externo era de queda do dólar ante quase todas as demais divisas, após Trump ameaçar a União Europeia com a cobrança de uma tarifa de importação de 50% e alertar à Apple que os iPhones vendidos nos EUA, mas fabricados fora do país, poderão ser taxados em 25%. Neste cenário, o dólar para junho -- que por ser mais negociado é, na prática, a referência de preços para a moeda à vista -- passou a registrar perdas fortes, de quase 2% à tarde, carregando a divisa à vista para o território negativo antes do fechamento. Às 16h14, na mínima da sessão, o dólar à vista atingiu R$5,6457 (-0,27%). Depois, encerrou pouco acima deste nível. No exterior, em meio às preocupações com a política comercial do governo Trump, às 17h42 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,81%, a 99,098.

Reuters

 

Ibovespa reage e avança em pregão com IOF e novas ameaças de Trump sob holofote

No setor de proteínas, a JBS ON caiu 1,23% mesmo após garantir na sexta-feira apoio de acionistas para prosseguir com a dupla listagem de ações nos EUA e no Brasil, com aprovação do plano em assembleia geral. Analistas avaliam que a operação deve destravar valor das ações da JBS, uma vez que a empresa deve alinhar sua avaliação de mercado com a de pares internacionais com listagem nos EUA, o que permitirá acesso a uma gama mais ampla de investidores.

 

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, revertendo a abertura mais negativa, quando oscilou abaixo dos 135 mil pontos, em meio a novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aumentos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo brasileiro. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,4%, a 137.824,29 pontos, encerrando na máxima do dia, após recuar a 134.997,3 pontos na mínima. Na semana, marcada pela renovação de topos históricos, caiu 0,98%. O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$20,9 bilhões. De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a decisão do governo de voltar atrás, principalmente na pauta do IOF para investimentos, trouxe bastante alívio, assim como a comunicação do governo de que não era intenção em nenhum momento qualquer tipo de controle de capitais. O pregão brasileiro acabou descolando um pouco de Wall Street, onde os principais índices acionários ainda fecharam no território negativo, depois que o presidente Donald Trump disse que está recomendando uma tarifa direta de 50% sobre os produtos da União Europeia a partir de 1º de junho. De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, as ameaças de Trump pesaram na parte da manhã na B3, quando o Ibovespa tocou a mínima da sessão, abaixo de 135 mil pontos, mas o recuo do governo brasileiro na questão do IOF corroborou a recuperação no pregão local. Trump também ameaçou a Apple com uma tarifa de 25% sobre todos os iPhones vendidos nos EUA que não são fabricados no país, afirmando mais tarde que a mesma medida será aplicada à Samsung e a outros fabricantes de smartphones. Para Paletta, da EQI, o fechamento positivo do Ibovespa nesta sessão diante de uma notícia como a do IOF que, mesmo com o recuo do governo, ainda é negativa, mostra que a bolsa está em um momento bastante positivo. No relatório Diário do Grafista, analistas do Itaú BBA também afirmaram que o momento é positivo para a bolsa brasileira e enquanto estiver acima dos 132.800 pontos, há expectativa de o Ibovespa retomar o movimento de alta em direção aos 142.000 e 150.000 pontos.

Reuters

 

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