CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 869 DE 26 DE MAIO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5 | nÂș 869 | 26 de maio de 2025                            Â
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASIL
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Preço do boi gordo encerrou a semana com estabilidade na maior parte do paĂs
Parte dos frigorĂficos esteve fora das compras, com escalas de abate compostas para oito dias, em mĂ©dia. O cenĂĄrio no fechamento da semana foi de poucos negĂłcios realizados e de poucas mudanças na oferta de bovinos. No PARANĂ: Boi R$300,00 por arroba. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias.
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O interesse dos frigorĂficos em comprar gado esteve baixo novamente, e as negociaçÔes foram lentas em grande parte do paĂs. Com isso, na sexta-feira (23/5) os preços do boi gordo apresentaram estabilidade na maioria das regiĂ”es, segundo a Scot Consultoria. Das 32 praças pecuĂĄrias analisadas pela Scot, 27 apresentaram estabilidade nos preços. Em apenas cinco houve queda: Belo Horizonte (MG), sul de GoiĂĄs, CuiabĂĄ (MT), Santa Catarina e MarabĂĄ (PA). Nas praças paulistas de Araçatuba e Barretos, a cotação da arroba do boi gordo permaneceu em R$ 304 para o pagamento a prazo. Segundo a Scot, parte dos frigorĂficos esteve fora das compras, com as escalas de abate jĂĄ compostas, em mĂ©dia, para oito dias. O cenĂĄrio no encerramento da semana foi de poucos negĂłcios realizados e de poucas mudanças na oferta de bovinos. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) tambĂ©m destacou que, durante toda a semana, as escalas seguiram bem abastecidas por animais de contrato e produção prĂłpria da indĂșstria. âPoder de negociação dos pecuaristas Ă© baixo. CotaçÔes maiores sĂŁo alcançadas basicamente por lotes diferenciados que atendem Ă Cota Hilton ou Europa; o diferencial para âboi Chinaâ diminuiu consideravelmenteâ, informou o Cepea. Em relação ao escoamento da carne bovina, a Scot afirmou que tambĂ©m nĂŁo houve muitas alteraçÔes, e que a lentidĂŁo persistiu. Dessa forma, a cotação manteve-se estĂĄvel para todas as categorias. SĂO PAULO: Boi comum: R$303,00 a arroba. Boi China: R$313,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$273,00. Novilha: R$288,00. Escalas de abates de dez dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$295,00. Boi China: R$305,00. MĂ©dia: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha R$290,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. MĂ©dia: R$285,00. Vaca: R$250,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de nove dias. PARĂ: Boi comum: R$280,00 a arroba. Boi China: R$290,00. MĂ©dia: R$285,00. Vaca: R$255,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIĂS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China/Europa: R$295,00. MĂ©dia: R$290,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. RONDĂNIA: Boi: R$265,00 a arroba. Vaca: R$245,00. Novilha: R$250,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHĂO: Boi: R$280,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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Expectativa no curto prazo ainda Ă© por compras em patamares mais baixos por parte dos frigorĂficos
Os preços da arroba do boi gordo fecharam a semana apresentando acomodação na maioria das regiÔes.
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As escalas de abate permanecem confortĂĄveis, ainda posicionadas entre oito e nove dias Ășteis na mĂ©dia nacional. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta de boiadas aumenta Ă medida que o pasto perde qualidade e o pecuarista acaba se deparando com uma reduzida capacidade de retenção. âA expectativa no curto prazo ainda Ă© pela tentativa de compras em patamares mais baixos. JĂĄ como ponto de suporte precisa ser mencionado o forte ritmo de exportação, com o paĂs caminhando a passos largos para um recorde de embarques na atual temporada.â Preços da arroba do boi: SĂŁo Paulo: R$ 302,17. GoiĂĄs: R$ 286,29. Minas Gerais: R$ 289,65. O mercado atacadista voltou a registrar preços estĂĄveis para a carne bovina. No entanto, o ambiente de negĂłcios ainda sugere por recuo das cotaçÔes, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mĂȘs, perĂodo pautado por menor apelo ao consumo. âRessaltando que proteĂnas de menor valor agregado sĂŁo prioridade neste momentoâ, disse Iglesias. O quarto traseiro ainda Ă© precificado a R$ 23,90 por quilo, o dianteiro segue no patamar de R$ 19,00 por quilo e a ponta de agulha Ă© cotada a R$ 17,80, por quilo.
AgĂȘncia Safras
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SUĂNOS
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Movimento do mercado dos suĂnos pressionou os preços para baixo na 6ÂȘ feira
A Scot Consultoria reportou que o mercado apresentou o movimento esperado para o perĂodo. Com o passar dos dias da segunda quinzena, as vendas foram perdendo cada vez mais força, pressionando os preços para baixo.Â
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De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suĂna especial teve baixa de 1,61% e estĂĄ cotado em R$ 12,20/kg. O preço mĂ©dio da arroba do suĂno CIF estĂĄ estĂĄvel e estĂĄ sendo negociado em R$ 162,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na Ășltima quinta-feira (22), o Indicador do SuĂno Vivo em Minas Gerais estĂĄ estĂĄvel e precificado em R$ 8,53/kg. No ParanĂĄ, o preço do animal registrou alta de 0,37% e estĂĄ precificado em R$ 8,22/kg. JĂĄ na regiĂŁo do Rio Grande do Sul, o animal estĂĄ estĂĄvel e estĂĄ precificado em R$ 8,15/kg. Em SĂŁo Paulo, o valor ficou prĂłximo de R$ 8,62/kg e estĂĄ estĂĄvel. Em Santa Catarina, o valor do suĂno apresentou queda 0,49% e estĂĄ cotado em R$ 8,09/kg.
Cepea/Esalq
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FRANGOS
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Coreia do Sul passa a embargar apenas carne de frango do RS, diz ministro
O governo brasileiro obteve da Coreia do Sul a indicação de que o paĂs asiĂĄtico vai passar a bloquear apenas a carne de frango gaĂșcha apĂłs um foco de gripe aviĂĄria em granja comercial no Rio Grande do Sul, na semana passada, disse na sexta-feira o ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, em entrevista a jornalistas.
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A Coreia do Sul foi o dĂ©cimo principal mercado para a carne de frango do Brasil em 2024, segundo dados do governo. Segundo ele, o governo estĂĄ "avançando rapidamente" com a segurança sanitĂĄria necessĂĄria para a regionalização de embargos comerciais. O ministro afirmou que o Brasil estĂĄ com um sistema "muito ativo de buscas", sem registros de novos casos, "um forte indĂcio que foco de gripe aviĂĄria estĂĄ contido". Sobre casos em granjas comerciais investigados, em Tocantins e Santa Catarina, o ministro disse os indĂcios sĂŁo "muito fortes" de resultados negativos. "Estamos esperando as contraprovas", afirmou ele.
Reuters
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Gripe AviĂĄria: MAPA informa mais trĂȘs suspensĂ”es Ă carne de frango do Brasil
MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa) informou que novos paĂses se somaram Ă lista de naçÔes que adotaram restriçÔes Ă importação de carne de aves brasileira, em função da detecção de um foco de Influenza AviĂĄria de Alta Patogenicidade (IAAP) no municĂpio de Montenegro (RS).Â
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TrĂȘs novos mercados, AlbĂąnia, NamĂbia e Ăndia, anunciaram a suspensĂŁo das importaçÔes de todo o territĂłrio brasileiro. JĂĄ Angola optou por restringir as compras do estado do Rio Grande do Sul. Com a inclusĂŁo desses paĂses, a situação atual das exportaçÔes estĂĄ da seguinte forma:Â
SuspensĂŁo total das exportaçÔes de carne de aves do Brasil: China, UniĂŁo Europeia, MĂ©xico, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, Ăfrica do Sul, JordĂąnia, Peru, CanadĂĄ, RepĂșblica Dominicana, Uruguai, MalĂĄsia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, BolĂvia, Sri Lanka, PaquistĂŁo, AlbĂąnia, NamĂbia e Ăndia. SuspensĂŁo restrita ao estado do Rio Grande do Sul: ArĂĄbia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, MacedĂŽnia, Montenegro, CazaquistĂŁo, BĂłsnia e Herzegovina, TajiquistĂŁo, UcrĂąnia, RĂșssia, BielorrĂșssia, ArmĂȘnia, QuirguistĂŁo e Angola. SuspensĂŁo limitada ao municĂpio de Montenegro (RS): Emirados Ărabes Unidos e JapĂŁo. O Mapa permanece em articulação com as autoridades sanitĂĄrias dos paĂses importadores, prestando, de forma ĂĄgil e transparente, todas as informaçÔes tĂ©cnicas necessĂĄrias sobre o caso. As açÔes adotadas visam garantir a segurança sanitĂĄria e a retomada segura das exportaçÔes o mais breve possĂvel.Â
MAPA
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CotaçÔes do frango recuam até 6,2% na semana com gripe aviåria
No mercado atacadista, o recuo nos preços foi de 4,9% na semana
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Desde o comunicado da gripe, os preços nas granjas paulistas apresentaram queda de 6,2%, com a ave terminada cotada, em mĂ©dia, em R$6,10/kg. No mercado atacadista, o recuo no perĂodo foi de 4,9%, com o frango mĂ©dio sendo comercializado, em mĂ©dia, em R$7,70/kg. Em seu levantamento diĂĄrio, a Scot Consultoria divulgou que o preço da ave no atacado paulista registrou queda de 1,30%še estĂĄ sendo negociada em R$ 7,60/kg. JĂĄ a cotação da ave na granja registrou uma baixa de 1,64% e estĂĄ cotada em R$ 6,00/kg. A analista de mercado da Scot Consultoria, Juliana Pila, destacou que o setor estĂĄ apreensivo com o que vem pela frente, mas os compradores aproveitam o contexto para segurar pedidos e especular mais. De acordo com a Scot Consultoria, o cenĂĄrio para o mercado da proteĂna vinha sendo bastante favorĂĄvel em 2025, com alta demanda mundial impulsionada pela redução de oferta em paĂses afetados pela gripe aviĂĄria. No acumulado do primeiro quadrimestre, o Brasil exportou 9,3% mais em volume que em igual perĂodo de 2024 (ano recorde da exportação). âO volume exportado atĂ© a terceira semana de maio totalizou 222,8 mil toneladas de carnes de aves e suas miudezas comestĂveis, frescas, refrigeradas ou congeladas. A mĂ©dia diĂĄria embarcada estĂĄ 0,2% maior que a mĂ©dia embarcada por dia em maio de 2024â, informou a Scot Consultoria. Com base no levantamento realizado na Ășltima quinta-feira (22), o preço do frango congelado apresentou estabilidade e estĂĄ precificado em R$ 8,56 por quilo. JĂĄ o valor para o frango resfriado, a cotação tambĂ©m ficou estĂĄvel e estĂĄ prĂłximo de R$ 8,63 por quilo. ApĂłs a notificação na Ășltima sexta-feira sobre o caso no Rio Grande do Sul, as referĂȘncias para o frango do Cepea registraram baixas frente ao observado na semana passada. O frango congelado teve queda de 1,61%, em que passou de R$ 8,70/kg para R$ 8,56/kg. JĂĄ para o frango resfriado, a queda foi de 2,04% e os preços passaram de R$ 8,81/kg para R$ 8,63/kg. A Scot Consultoria ainda reportou que o desfecho da situação dependerĂĄ da contenção de novos focos da doença e do sucesso nas negociaçÔes para regionalização dos embargos com os principais parceiros comerciais.
Cepea/Esalq/Scot Consultoria
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Brasil investiga 20 casos suspeitos de gripe aviåria, diz Ministério da Agricultura
Segundo o MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria, sĂŁo investigados 20 casos suspeitos de gripe aviĂĄria no Brasil.Â
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Os dados foram atualizados na manhĂŁ do domingo (25). A investigação Ă© baseada na coleta de amostras, ainda sem resultado laboratorial conclusivo. A informação Ă© atualizada diariamente pelo Serviço VeterinĂĄrio Oficial no site do ministĂ©rio. De acordo com o ĂłrgĂŁo, jĂĄ foram realizadas 4.006 investigaçÔes sobre suspeitas de SĂndrome RespiratĂłria e Nervosa das Aves, cujas doenças alvo sĂŁo Influenza AviĂĄria e Doença de Newcastle. AtĂ© sexta-feira (23), mais de 40 paĂses haviam suspendido a compra e importação de frango do Brasil, entre eles a China, principal parceiro econĂŽmico do paĂs. Segundo as investigaçÔes do MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria, a primeira identificação de gripe aviĂĄria ocorreu em uma granja comercial no municĂpio de Montenegro, no Rio Grande do Sul. No entanto, o ĂłrgĂŁo tem emitido alertas com frequĂȘncia, afirmando que o consumo de aves e de ovos nĂŁo apresenta risco para a saĂșde.
Estados com investigação em curso da SĂndrome RespiratĂłria e Nervosa das Aves: Rio Grande do Sul â 4. CearĂĄ â 3. Santa Catarina â 3. ParĂĄ â 2. Mato Grosso do Sul â 2. Minas Gerais â 2. Tocantins â 1. Bahia â 1. GoiĂĄs â 1.
MAPA
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Bloqueio a frango pode custar US$ 150 milhÔes
Ao todo, 23 mercados foram fechados para a carne de frango brasileira em função do foco de gripe aviĂĄria no Rio Grande do Sul atĂ© a Ășltima sexta-feira (25/5)
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Os 23 mercados fechados atĂ© a Ășltima sexta-feira (25/5) para a carne de frango de todo o Brasil em função do foco de gripe aviĂĄria no Rio Grande do Sul representara 45% das exportaçÔes brasileiras do produto em abril. Esses destinos importaram 212 mil toneladas das 462,9 mil toneladas vendidas no mĂȘs passado, segundo dados do Agrostat, plataforma do MinistĂ©rio da Agricultura. Em faturamento, essas importaçÔes representaram US$ 413,9 milhĂ”es dos US$ 906,1 milhĂ”es exportados pelos frigorĂficos brasileiros no perĂodo. Mas o impacto sobre as vendas externas a partir de maio, com a detecção do vĂrus em granja comercial e a suspensĂŁo de embarques, nĂŁo deve ter a mesma magnitude, avaliam fontes do setor e do governo. As medidas adotadas pelas empresas para estocar a produção no perĂodo de suspensĂŁo das exportaçÔes e para redirecionar as vendas a outros paĂses com restriçÔes mais brandas podem amenizar a queda nas vendas externas, segundo pessoas familiarizadas com o tema ouvidas pela reportagem. Ao mesmo tempo, governo e setor esperam a flexibilização gradual das restriçÔes a partir desta semana, o que tambĂ©m pode ajudar a manter o fluxo de vendas aquecido. Em 2024, quando um caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS) tambĂ©m motivou bloqueios nas exportaçÔes brasileiras de carne de frango, a redução foi prĂłxima de 18% nas vendas. O impacto teve duração curta. O foco foi descoberto em meados de julho, e mesmo assim os embarques da proteĂna chegaram a 451,3 mil toneladas, 25 mil toneladas a mais do que em junho. A queda nas exportaçÔes veio em agosto, para 369,3 mil toneladas. O faturamento caiu quase US$ 100 milhĂ”es. Em setembro, porĂ©m, o fluxo foi normalizado: o Brasil exportou 471,9 mil toneladas e faturou mais de US$ 935 milhĂ”es. O ritmo continuou perto de 450 mil toneladas ao mĂȘs atĂ© dezembro de 2024. Como os protocolos sanitĂĄrios e a adoção de restriçÔes seguem critĂ©rios parecidos no caso de gripe aviĂĄria, a avaliação Ă© de que cenĂĄrio pode se repetir. Se isso acontecer, cerca de 83 mil toneladas da proteĂna deixariam de ser embarcadas ao exterior em um mĂȘs, com queda perto de US$ 150 milhĂ”es no faturamento. âEstamos pensando em um cenĂĄrio parecido. Por mais que as restriçÔes neste momento atinjam 45% de todas as exportaçÔes, imaginamos que pode ter um impacto menor considerando as medidas empresariais, com a estocagem, a possibilidade de enviar a outros mercados e a evolução das flexibilizaçÔesâ, afirmou uma fonte do governo. Em BrasĂlia, a avaliação Ă© que o impacto serĂĄ amenizado de forma geral na cadeia avĂcola nacional. Isso porque o Brasil destina cerca de 30% da produção para as exportaçÔes. Cerca de 70% da carne de frango é consumida internamente, com mĂ©dia per capita de quase 50 quilos por ano. A partir desses cĂĄlculos, o governo pondera que o volume impactado pelas suspensĂ”es dos mercados (de 210,8 mil toneladas) representa cerca de 14% da produção total brasileira. Para facilitar a logĂstica das empresas produtoras de carne de frango, o MinistĂ©rio da Agricultura jĂĄ autorizou o uso de contĂȘineres refrigerados para a estocagem de produtos acabados nos pĂĄtios dos estabelecimentos e o transporte dessas mercadorias, entre unidades fiscalizadas pela Pasta ou atĂ© entrepostos comerciais, com documento mais simples que o certificado sanitĂĄrio emitido por servidores federais.
Globo Rural
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INTERNACIONAL
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Carne bovina argentina é a mais cara da América Latina em dólares
Custo do quilo do filĂ© mignon no paĂs portenho Ă© de US$ 4,70, ante US$ 3,60 no Brasil e US$ 3,50 no Uruguai, diz entidade representante dos frigorĂficos
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A alta do peso na Argentina pressionou os custos de produção da carne bovina local e derrubou as exportaçÔes da proteĂna, informou Miguel Schiariti, diretor da cĂąmara dos frigorĂficos Ciccra, representante do setor no paĂs, em reportagem da agĂȘncia Reuters. âA carne argentina Ă© hoje a mais cara da AmĂ©rica Latina em dĂłlaresâ, disse ele, citando o custo de produção de um corte de filĂ© mignon em cerca de US$ 4,70, ante US$ 3,60 no Brasil e US$ 3,50 no Uruguai. No mĂȘs passado, recorda a Reuters, o presidente da Argentina, Javier Milei, flexibilizou os controles cambiais que duravam anos, como parte de seu esforço para estabilizar a economia argentina â uma medida hĂĄ muito aguardada pelos investidores. Mas o peso mais forte, ressalta a reportagem, elevou os custos relativos e comprometeu o que por anos foi uma vantagem competitiva para algumas empresas argentinas, afetando exportadores e setores como o turismo, jĂĄ que o paĂs se tornou mais caro em dĂłlares. âAgora temos mais estabilidade cambial, mas essa estabilidade nĂŁo beneficiou os exportadoresâ, disse Ă Â Reuters Yahir Auad, gerente de um grupo responsĂĄvel pela unidade de carnes Villarroel, situada nos arredores de Buenos Aires. Nessa planta, diz o texto, trabalhadores habilidosamente cortam pedaços de carne bovina argentina, popular em restaurantes de Xangai a Nova York. No entanto, reforça a reportagem, as exportaçÔes de carne do paĂs estĂŁo em queda, Ă medida que os custos sobem com o fortalecimento do peso local. âCusta-nos US$ 4 ou US$ 4,50 (por quilo) produzir a matĂ©ria-prima, e ainda temos que adicionar despesas e impostosâ, disse Auad. Nos primeiros quatro meses de 2025, informa a Reuters, as exportaçÔes de carne bovina da Argentina caĂram quase 20% em relação ao ano anterior, para cerca de 255 mil toneladas. Os embarques para a China â maior compradora e sensĂvel a preços â despencaram para 137 mil toneladas, ante 203 mil toneladas no ano anterior, de acordo com dados da agĂȘncia governamental Senasa. âImportadores chineses â que consumiram dois terços das exportaçÔes de carne da Argentina no ano passado â estĂŁo pagando cerca de US$ 5 por quilo, segundo os frigorĂficos, pressionando as margens, jĂĄ que os custos locais aumentaram com a valorização do pesoâ, destaca o texto. âNĂŁo conseguimos competirâ, disse Auad. Segundo a Reuters, a situação difĂcil dos frigorĂficos argentinos â que incluem empresas como a Swift, Quickfood (do grupo brasileiro Marfrig) e a Minerva â representa um desafio para Milei, mesmo com a Argentina saindo de anos de turbulĂȘncia econĂŽmica, gastos excessivos e distorçÔes de mercado. âA indĂșstria frigorĂfica e a cadeia produtiva vĂŁo Ă falĂȘncia nesse cenĂĄrioâ, afirmou Ă Reuters Miguel Schiariti, o diretor da Ciccra. Exportadores de carne enfrentam cortes de pessoal. A Argentina â conhecida por seus campos, churrascos e enorme consumo per capita de carne â tem cerca de 53 milhĂ”es de cabeças de gado e estĂĄ entre os cinco maiores exportadores de carne bovina do mundo, normalmente enviando cortes de maior qualidade para a Europa e AmĂ©rica do Norte, e cortes mais baratos para a China. No entanto, relata a reportagem da Reuters, os exportadores estĂŁo achando cada vez mais difĂcil colocar seus produtos no mercado internacional. âTodos estĂŁo lutando para ser rentĂĄveisâ, disse Miguel Jairala, analista da cĂąmara de exportadores de carne ABC. A ABC afirma que alguns frigorĂficos jĂĄ começaram a cortar pessoal, em alguns casos mais de 10% da força de trabalho, relatou a reportagem. âOs negĂłcios nĂŁo estĂŁo sendo fechados, com os custos de produção elevados em relação aos preços pagos na Chinaâ, disse Jairala.
Reuters
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Nova plataforma reforçarĂĄ biosseguridade em granjas de suĂnos no ParanĂĄ
O sistema fornece uma visão ampliada e qualificada das açÔes realizadas pela Adapar, utilizando um modelo multicritério de apoio à decisão para avaliar os padrÔes de biosseguridade.
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A AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do ParanĂĄ (Adapar) implementarĂĄ uma nova plataforma para gestĂŁo de biosseguridade em granjas comerciais de suĂnos no Estado. Desenvolvida em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuĂĄria Aves e SuĂnos (CNPSA), a ferramenta visa aprimorar o controle sanitĂĄrio, otimizar o monitoramento e oferecer um feedback tĂ©cnico personalizado das açÔes realizadas pela Adapar junto ao setor produtivo. De acordo com a DivisĂŁo de Sanidade de SuĂnos da Adapar, a plataforma estabelece um modelo de gestĂŁo para implantação e ranqueamento de itens de biosseguridade nas granjas da suinocultura industrial. O sistema fornece uma visĂŁo ampliada e qualificada das açÔes realizadas pela Adapar, utilizando um modelo multicritĂ©rio de apoio Ă decisĂŁo para avaliar os padrĂ”es de biosseguridade. De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, a biosseguridade em granjas comerciais de suĂnos Ă© tĂŁo importante quanto nas granjas avĂcolas. âNovamente foi demonstrado, neste episĂłdio de gripe aviĂĄria, que temos um sistema de produção robusto e de qualidade no ParanĂĄ e Ă© importante que todos os produtores de suĂnos estejam conscientes da importĂąncia da aplicação da biosseguridadeâ, reforçou. Na prĂĄtica, conforme explica Rafael Gonçalves dias, chefe do Departamento de saĂșde Animal (Desa), a plataforma darĂĄ suporte direto Ă s açÔes de campo dos fiscais. âEla vai auxiliar diretamente os fiscais da Adapar na aplicação das normas de biosseguridade nas granjasâ, afirma. Segundo o chefe da DivisĂŁo de Sanidade dos SuĂnos, JoĂŁo Humberto TeotĂŽnio de Castro, a ferramenta oferece um controle integrado dos itens exigidos pelas normas sanitĂĄrias vigentes. âEla fornecerĂĄ um feedback personalizado de cada granja, indicando quais itens precisam de ajuste ou implementação, alĂ©m de permitir uma visĂŁo individualizada das necessidades especĂficas de cada estabelecimentoâ, completa. A inovação estĂĄ alinhada Ă Portaria 265/2018, que define os itens mĂnimos de biosseguridade para mitigação de riscos e fortalecimento da proteção sanitĂĄria das granjas no Estado. O tema tambĂ©m foi pauta de evento realizado na quarta-feira (21), em Medianeira, no Oeste do Estado, que discutiu as diretrizes e formas de implementação da plataforma com representantes do MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa) e da Organização das Cooperativas do Estado do ParanĂĄ (Ocepar), alĂ©m de representantes do setor privado e pesquisadores da Embrapa.
AgĂȘncia Estadual de NotĂcias
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Governo do ParanĂĄ decreta emergĂȘncia por estiagem
O governo do ParanĂĄ anunciou na quinta-feira decreto de situação de emergĂȘncia por causa da estiagem que atinge o Estado desde dezembro, o que terĂĄ reflexos na empresa estadual de ĂĄgua Sanepar.
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A companhia afirmou na noite de quinta-feira que o decreto estabelece que a empresa poderĂĄ "suspender ou restringir outorgas vigentes para usos (da ĂĄgua) diversos do abastecimento pĂșblico e dessedentação de animais". O decreto estadual valerĂĄ por 180 dias. âA situação piorou com a falta de chuva, principalmente nas regiĂ”es de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco BeltrĂŁo. A Sanepar faz um alerta e pede o uso consciente da ĂĄgua. A orientação Ă© priorizar a ĂĄgua tratada para alimentação e higiene", afirmou o governo paranaense em comunicado Ă imprensa. A estiagem, segundo o governo paranaense, jĂĄ afeta o abastecimento de ĂĄgua e a produção agrĂcola, principalmente no Centro, Sudoeste e Oeste do Estado. "Temos um cenĂĄrio de poucas chuvas atĂ© setembro, outubro e os nĂveis dos reservatĂłrios de ĂĄgua jĂĄ estĂŁo baixos em grande parte dos rios do Estado, alĂ©m da seca que jĂĄ perdura em vĂĄrias regiĂ”es", disse o coordenador estadual da Defesa Civil do ParanĂĄ, Fernando SchĂŒnig, em declaração a jornalistas.
Reuters
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar fecha em baixa apĂłs governo recuar em medidas do IOF
Após chegar a subir mais de 1% pela manhã, o dólar à vista reverteu os ganhos e fechou a sexta-feira em leve baixa ante o real, em uma sessão marcada por ajustes técnicos após o governo Lula voltar atrås em relação a parte das medidas de aumento de IOF em operaçÔes cambiais.
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O recuo do dĂłlar no Brasil tambĂ©m foi ajudado pelo cenĂĄrio externo, onde a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas apĂłs novas ameaças tarifĂĄrias do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a UniĂŁo Europeia. O dĂłlar Ă vista fechou em leve baixa de 0,24%, aos R$5,6473. Na semana, a divisa acumulou queda de 0,38%. Ăs 17h10 na B3 o dĂłlar para junho -- atualmente o mais lĂquido -- cedia 1,93%, aos R$5,6520. As mudanças ligadas Ă s operaçÔes cambiais em especial foram mal-recebidas pelo mercado. Em função do impacto negativo, o MinistĂ©rio da Fazenda voltou atrĂĄs jĂĄ na noite de quinta-feira em parte das medidas anunciadas. Um novo decreto foi publicado na manhĂŁ da sexta-feira mantendo em zero a alĂquota de IOF sobre aplicaçÔes de fundos de investimento no exterior, revertendo a cobrança de 3,5% anunciada na vĂ©spera. AlĂ©m disso, o governo manteve em 1,1% o IOF sobre recursos remetidos para conta de brasileiros no exterior no caso de remessas destinadas a investimentos, tambĂ©m revertendo a alĂquota de 3,5% anunciada na vĂ©spera. Ao longo do dia, o mercado foi absorvendo o fato de que o MinistĂ©rio da Fazenda voltou atrĂĄs na medida cambial mais sensĂvel -- a cobrança de IOF em aplicaçÔes de fundos de investimento no exterior. AlĂ©m disso, o cenĂĄrio externo era de queda do dĂłlar ante quase todas as demais divisas, apĂłs Trump ameaçar a UniĂŁo Europeia com a cobrança de uma tarifa de importação de 50% e alertar Ă Apple que os iPhones vendidos nos EUA, mas fabricados fora do paĂs, poderĂŁo ser taxados em 25%. Neste cenĂĄrio, o dĂłlar para junho -- que por ser mais negociado Ă©, na prĂĄtica, a referĂȘncia de preços para a moeda Ă vista -- passou a registrar perdas fortes, de quase 2% Ă tarde, carregando a divisa Ă vista para o territĂłrio negativo antes do fechamento. Ăs 16h14, na mĂnima da sessĂŁo, o dĂłlar Ă vista atingiu R$5,6457 (-0,27%). Depois, encerrou pouco acima deste nĂvel. No exterior, em meio Ă s preocupaçÔes com a polĂtica comercial do governo Trump, Ă s 17h42 o Ăndice do dĂłlar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caĂa 0,81%, a 99,098.
Reuters
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Ibovespa reage e avança em pregão com IOF e novas ameaças de Trump sob holofote
No setor de proteĂnas, a JBS ON caiu 1,23% mesmo apĂłs garantir na sexta-feira apoio de acionistas para prosseguir com a dupla listagem de açÔes nos EUA e no Brasil, com aprovação do plano em assembleia geral. Analistas avaliam que a operação deve destravar valor das açÔes da JBS, uma vez que a empresa deve alinhar sua avaliação de mercado com a de pares internacionais com listagem nos EUA, o que permitirĂĄ acesso a uma gama mais ampla de investidores.
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O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, revertendo a abertura mais negativa, quando oscilou abaixo dos 135 mil pontos, em meio a novas ameaças tarifĂĄrias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aumentos do Imposto sobre OperaçÔes Financeiras (IOF) pelo governo brasileiro. Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa subiu 0,4%, a 137.824,29 pontos, encerrando na mĂĄxima do dia, apĂłs recuar a 134.997,3 pontos na mĂnima. Na semana, marcada pela renovação de topos histĂłricos, caiu 0,98%. O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$20,9 bilhĂ”es. De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a decisĂŁo do governo de voltar atrĂĄs, principalmente na pauta do IOF para investimentos, trouxe bastante alĂvio, assim como a comunicação do governo de que nĂŁo era intenção em nenhum momento qualquer tipo de controle de capitais. O pregĂŁo brasileiro acabou descolando um pouco de Wall Street, onde os principais Ăndices acionĂĄrios ainda fecharam no territĂłrio negativo, depois que o presidente Donald Trump disse que estĂĄ recomendando uma tarifa direta de 50% sobre os produtos da UniĂŁo Europeia a partir de 1Âș de junho. De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, as ameaças de Trump pesaram na parte da manhĂŁ na B3, quando o Ibovespa tocou a mĂnima da sessĂŁo, abaixo de 135 mil pontos, mas o recuo do governo brasileiro na questĂŁo do IOF corroborou a recuperação no pregĂŁo local. Trump tambĂ©m ameaçou a Apple com uma tarifa de 25% sobre todos os iPhones vendidos nos EUA que nĂŁo sĂŁo fabricados no paĂs, afirmando mais tarde que a mesma medida serĂĄ aplicada Ă Samsung e a outros fabricantes de smartphones. Para Paletta, da EQI, o fechamento positivo do Ibovespa nesta sessĂŁo diante de uma notĂcia como a do IOF que, mesmo com o recuo do governo, ainda Ă© negativa, mostra que a bolsa estĂĄ em um momento bastante positivo. No relatĂłrio DiĂĄrio do Grafista, analistas do ItaĂș BBA tambĂ©m afirmaram que o momento Ă© positivo para a bolsa brasileira e enquanto estiver acima dos 132.800 pontos, hĂĄ expectativa de o Ibovespa retomar o movimento de alta em direção aos 142.000 e 150.000 pontos.
Reuters
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