CLIPPING DO SINDICARNE Nº 822 DE 17 DE MARÇO DE 2025
- prcarne
- 17 de mar.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 822|17 de março de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Enquanto negócios com boi gordo patinam, cortes como coxão mole, CONTRAFILÉ e maminha encalham no atacado/varejo
O fraco escoamento da carne bovina no mercado doméstico mantém cortes como coxão mole, coxão duro, contrafilé, alcatra e maminha encalhados nos frigoríficos, distribuidores atacadistas e redes varejistas, relatou a Agrifatto. A baixa demanda interna pela carne bovina explica, em parte, a falta de negócios entre pecuaristas e frigoríficos. No Paraná, o boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.
“Com o mercado estagnado e sem perspectivas de recuperação no médio prazo, as vendas para o setor atacadista de carne desossada seguiram em queda nesta semana, atingindo níveis extremamente baixos”, ressaltou a consultoria. Os preços do boi gordo ficaram inalterados na sexta-feira (14/3) nas principais praças pecuárias brasileiras. Porém, o viés ainda é de baixa, diante de uma oferta mais expressiva de lotes de fêmeas descartadas no final da estação de monta. Pelos dados da Agrifatto, o preço do boi gordo “comum” segue valendo R$ 300/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 310/@. Nas outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, o preço médio do animal terminado também andou de lado, ficando em R$ 286,90/@. “As 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações estáveis”, ressalta a consultoria. A baixa liquidez no mercado brasileiro do boi gordo resultou no encurtamento das programações de abate dos frigoríficos do País, informa a Agrifatto. Dessa forma, nesta sexta-feira, a média brasileira das programações de abate atingiu 7 dias, um dia útil a menos do que o observado na sexta-feira da semana anterior, compara a consultoria. Minas Gerais foi a praça com a maior diminuição de dias, com o total de 2 dias a menos (na comparação com a sexta-feira de 7/3), com as programações atendendo em média 7 dias úteis. Na região Norte do País, Pará e Tocantins tiveram suas escalas de abate encurtadas em 1 dia útil (na comparação semanal), e ficaram na média de 5 e 6 dias, respectivamente. Paraná e Mato Grosso do Sul também acompanharam o mesmo movimento de encurtamento e tiveram suas programações alteradas em 1 dia útil, encerrando com 7 dias totais, de acordo com o levantamento da Agrifatto. Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rondônia se mantiveram nos parâmetros da semana passada. cotações do boi gordo desta sexta-feira (14/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha R$280,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$260,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Em viagem de Lula ao Japão, Brasil quer garantir missão para abrir mercado de carne bovina
O governo brasileiro vai aproveitar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, no final do mês, para pressionar por uma missão sanitária ao país que possa encaminhar a abertura do mercado japonês de carne bovina ao Brasil, disse nesta sexta-feira o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty
Um dos maiores mercados de importação de carne do mundo, o Japão é hoje fechado ao Brasil, por limitações sanitárias. Com o avanço da declaração do país como zona livre de febre aftosa sem vacinação, a expectativa do governo e dos produtores brasileiros é de mudar esse quadro. "O Brasil vem melhorando sua condição sanitária há muitos anos. Hoje já tem a condição de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que já deveria nos habilitar a ter acesso ao mercado japonês, mas depende de vários procedimentos, incluindo uma missão sanitária de avaliação de risco", afirmou o embaixador Eduardo Sabóia. Não há expectativa de que o presidente saia do Japão com a abertura do mercado, mas a avaliação é que garantir uma missão sanitária já seria um belo resultado. "É o que se busca nesse momento para que haja avanço", disse. De acordo com dados passados pelo Itamaraty, o mercado de importação de carne bovina no Japão hoje é de 4 bilhões de dólares anuais, a maioria vindo dos Estados Unidos e Austrália. O Brasil, que tem hoje 20% do rebanho do mundo e 25% do mercado mundial, tem zero acesso ao Japão na carne bovina. Na viagem de Lula, o governo brasileiro pretende também conseguir uma maior abertura para o mercado de carne suína. Hoje apenas o Estado de Santa Catarina tem autorização sanitária para exportar para o país. O governo brasileiro pretende conseguir também uma missão sanitária para ampliar os Estados e o número de frigoríficos habilitados. O Japão é hoje o segundo parceiro comercial do Brasil na Ásia e o sétimo no mundo, com importações concentradas basicamente em milho, carne de frango in natura, café verde, soja em grãos e farelo de soja, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
Reuters
CARNES
Embrapa: custo de produção de frangos de corte e de suínos aumenta em fevereiro
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte foi de R$ 4,87, alta de 1,25% em relação a janeiro/25
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos subiram em fevereiro no Paraná e em Santa Catarina, principais Estados produtores e exportadores, puxados pela alta dos preços da ração, conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves. No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte foi de R$ 4,87, alta de 1,25% em relação a janeiro. “O aumento acumulado nos últimos 12 meses é de 11,32%, com o ICPFrango alcançando 377,13 pontos. A ração se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 1,71% no mês e de 12,27% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 68,10% no custo total de produção”, informou. Em Santa Catarina, o custo de produzir um quilo de suíno vivo foi de R$ 6,37, aumento de 0,37% em relação a janeiro. “O aumento acumulado nos últimos 12 meses é de 11,82%, com o ICPSuíno alcançando 364,26 pontos. A ração dos animais se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,10% no mês e 10,86% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 72,62% no custo total de produção”, disse a Embrapa.
Estadão Conteúdo
SUÍNOS
Suínos: sexta-feira (14) fechOU com a maior parte das cotações em queda
De acordo com levantamentos do Cepea, após atingirem as máximas nominais para um mês de fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne têm acumulado queda nesta primeira quinzena de março
Pesquisadores da entidade explicam que a pressão vem do fato de compradores terem reduzido a aquisição de novos lotes de animais, devido à baixa liquidez nas vendas da carne. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 165,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,79%, fechando em R$ 12,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (13), houve alta tímida somente no Paraná, na ordem de 0,12%, chegando a R$ 8,31/kg, e estável apenas no Rio Grande do Sul (R$ 8,35/kg). Houve queda de 0,12% em Minas Gerais, atingindo R$ 8,64/kg, queda de 0,85% em Santa Catarina, alcançando R$ 8,20/kg, e de 1,13% em São Paulo, fechando em R$ 8,77/kg.
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: fevereiro foi mês de recuperação para o setor
Após caírem em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne registraram forte recuperação em fevereiro, com as médias atingindo recorde nominal para o período de toda série histórica do Cepea, iniciada em 2002. O impulso veio da baixa disponibilidade doméstica de animais, especialmente daqueles com peso ideal para abate
As exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) registraram leve retração em janeiro, mas voltaram a se recuperar em fevereiro. Inclusive, o volume escoado ao mercado externo e a receita auferida atingiram recordes para um mês de fevereiro, de acordo com a série histórica da Secretaria de Comercio Exterior (Secex), iniciada em 1997. A intensificação dos embarques esteve atrelada aos maiores envios às Filipinas, México e Hong Kong. O poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) se recuperou em fevereiro. Esse cenário esteve atrelado às fortes valorizações do suíno vivo, às quedas nas cotações do farelo e aos avanços menos intensos nos preços do milho. A competitividade da carne suína caiu em fevereiro frente às principais concorrentes (bovina e de frango). No atacado da Grande São Paulo, os preços das carnes suína e de frango registraram altas em fevereiro, mas o avanço das cotações da proteína suinícola foi mais intenso. No sentido oposto, a carcaça bovina se desvalorizou em fevereiro.
Cepea
FRANGOS
Preços para o mercado do frango sobem no PR
Segundo análise do Cepea, os preços da carne de frango encerram esta primeira quinzena de março em alta na maioria das regiões acompanhadas
A análise do Cepea aponta que a tradicional aumento da demanda no início do mês, impulsionado pelo maior poder de compra de parte da população devido ao recebimento dos salários, elevou os valores da proteína. Ainda conforme agentes do setor consultados pelo Cepea, as vendas vêm apresentando gradativa melhora após o recesso de carnaval. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,62%, custando, em média, R$ 8,00/kg. No caso do animal vivo, o valor subiu 13,33% no Paraná, custando R$ 4,76/kg, mas ficou estável em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (13), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,51/kg e R$ 8,59/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Carne encerra quinzena com preços em alta
Os preços da carne de frango encerram esta primeira quinzena de março em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo o Centro de Pesquisas, o tradicional aumento da demanda no início do mês, impulsionado pelo maior poder de compra de parte da população devido ao recebimento dos salários, elevou os valores da proteína. Ainda conforme agentes do setor consultados pelo Cepea, as vendas vêm apresentando gradativa melhora após o recesso de carnaval.
Cepea
EMPRESAS
BRF poderá pagar até US$ 13,6 milhões a mais pela Gelprime
Valor vai depender da performance da Gelprime durante os próximos três anos. Em dezembro do ano passado, a BRF anunciou o investimento de R$ 312,5 milhões para adquirir 50% da Gelprime
A companhia de alimentos BRF informou na sexta-feira (14/3) que o preço que será pago por uma fatia na empresa de gelatina e colágeno Gelprime poderá ter um incremento de até US$ 13,6 milhões, a depender da performance da Gelprime durante os próximos três anos, conforme comunicado. O pagamento, se necessário, será feito no valor equivalente em reais. Em dezembro do ano passado, a BRF anunciou o investimento de R$ 312,5 milhões para adquirir 50% da Gelprime. Além disso, o contrato de compra poderá passar por ajustes para mais ou para menos, em função do patamar de capital de giro e da dívida líquida da Gelprime na data de fechamento da operação. Hoje, um acordo de investimentos foi firmado citando que as ações da Gelprime que estão sendo adquiridas pela BRF ficarão com sua controlada MBR. "O acordo de investimento também estabelece que, na data de fechamento, a MBR e as vendedoras celebrarão, entre outros instrumentos, acordo de acionistas para regular seus direitos e obrigações enquanto acionistas da Gelprime, incluindo aspectos relacionados à administração, governança e transferência de ações de emissão de tal sociedade", ressaltou a BRF no comunicado. O negócio ainda está sujeito à aprovações, dentre elas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A BRF reforçou que a compra da participação na Gelprime está alinhada com sua estratégia de apostar em produtos de valor agregado, para expandir a rentabilidade e diversificar os negócios. A expectativa é que a Gelprime passe a deter 5% de participação da produção global de gelatina e colágeno, por meio do suporte internacional da BRF. Hoje, o grupo tem pouco menos de 2% do market share do setor no mundo.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Acesso à China para centenas de exportadores de carne dos EUA está ameaçado com fim do acordo Trump 1.0
Centenas de frigoríficos dos EUA que receberam acesso à China em um acordo comercial da "Fase 1" de 2020 com o presidente Donald Trump devem perder a elegibilidade para exportação no domingo, ameaçando cerca de US$5 bilhões em comércio com o maior mercado de carnes do mundo em meio a uma nova guerra comercial
Perder o acesso à China seria um novo golpe para os produtores americanos depois que Pequim impôs, no início deste mês, tarifas retaliatórias sobre cerca de US$21 bilhões em produtos agrícolas americanos, incluindo tarifas de 10% sobre as importações de carne suína, bovina e láctea dos EUA. Pequim exige que os exportadores de alimentos se registrem na alfândega para vender na China. Os registros de quase 1.000 fábricas de carne bovina, suína e de aves, incluindo algumas de propriedade da Tyson Foods e da Cargill Inc, devem expirar no domingo, de acordo com os registros do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e dados da alfândega chinesa. Isso representa cerca de dois terços de todos os registrados. As empresas não quiseram comentar ou não responderam às perguntas da Reuters. A China não respondeu às repetidas solicitações das agências norte-americanas para renovar os registros das plantas, disse o USDA em um relatório na semana passada, o que pode violar uma obrigação prevista no acordo da Fase 1. Os registros de cerca de 84 fábricas expiraram em fevereiro e, embora as remessas das fábricas afetadas continuem a ser liberadas pela alfândega, o setor não sabe por quanto tempo a China permitirá as importações. "O risco envolvido no envio de produtos com uma data de validade iminente é alto", disse Joe Schuele, porta-voz da Federação de Exportação de Carnes dos EUA, à Reuters. "A situação é certamente terrível (para registros) se essas plantas não forem renovadas. A situação chama a atenção de todos os exportadores." O USDA fez dos vencimentos uma questão prioritária nas discussões com Pequim, acrescentou Schuele. O porto de Xangai também impôs inspeções e documentação mais rigorosas para as cargas de carne dos EUA, informou a Federação aos membros em um boletim visto pela Reuters, com alguns contêineres sujeitos a desembalagem e inspeção completas, aumentando o tempo de processamento e as taxas adicionais. Para ter certeza, não há sinais que sugiram que Pequim esteja impondo uma proibição geral. Várias centenas de fábricas tiveram seus registros renovados até 2028 ou 2029, de acordo com um diplomata sênior baseado em Pequim. Os EUA foram o terceiro maior fornecedor de carne da China no ano passado, depois do Brasil e da Argentina, respondendo por 590.000 toneladas ou 9% do total das importações. O USDA e o Escritório do Representante Comercial dos EUA não responderam às perguntas da Reuters na quinta-feira. O Ministério do Comércio e o departamento de alfândega da China não responderam às perguntas enviadas por fax. O impacto potencial das licenças vencidas poderia totalizar até US$ 4,13 bilhões para o setor de carne bovina e US$ 1,3 bilhão para a carne suína, informou a Federação de Exportação de Carnes dos EUA em um boletim diário.
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com alta de 4,3%, comércio do Paraná tem o maior crescimento da região Sul em janeiro
Resultado é em relação a dezembro de 2024. Índice é quase o dobro da média nacional (2,3%) e o quinto melhor resultado do País, segundo o IBGE. Estado registra alta na comparação com janeiro de 2024 e no acumulado em 12 meses
O comércio varejista paranaense cresceu 4,3% em janeiro de 2025 em comparação com o mês de dezembro de 2024. É a maior alta entre os estados do Sul do Brasil e o quinto melhor resultado do País. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento paranaense no período também é quase o dobro da média nacional no período, que foi de 2,3%. Na comparação com os estados da mesma região, a alta paranaense foi maior que os crescimentos de Rio Grande do Sul (3,9%) e Santa Catarina (2,2%). Em relação ao restante do País, somente Amapá (13,5%), Tocantins (10,2%), Mato Grosso (5,5%) e Pará (4,8%) tiveram crescimentos maiores do que o Paraná. Estados como São Paulo (4,2%), Rio de Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (1%) tiveram variação menor. O índice leva em conta o comércio varejista ampliado, categoria que engloba todos os segmentos do varejo tradicional, além da construção civil, setor automobilístico e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. O comércio paranaense registra crescimento também em outros recortes da pesquisa, atestando a solidez do setor no Estado. Na comparação com janeiro de 2024, o Paraná teve crescimento de 4,2%, enquanto o Brasil teve alta de 2,2%. Já na variação acumulada em 12 meses, o volume de vendas do Estado teve alta de 5,2%, enquanto o crescimento médio nacional foi de 3,8%. A pesquisa também apontou que a receita das vendas do comércio no Paraná cresceu 2,5% em janeiro de 2025 em comparação com o mês imediatamente anterior. A média nacional foi de 1,7% de aumento. Na comparação com janeiro de 2024, o crescimento paranaense foi de 7,9%, acima da média brasileira de 6,8%. No acumulado em 12 meses, a alta na receita nominal dos varejistas do Paraná foi de 8,1%, enquanto o Brasil registrou aumento de 7,4%. O levantamento ainda mostra os resultados por segmentos comerciais nas comparações entre janeiro de 2025 e janeiro de 2024 e o desempenho acumulado deles ao longo dos últimos 12 meses. No crescimento comparado entre janeiro de 2025 com o mesmo mês em 2024, a atividade com maior crescimento no Paraná foi a de móveis e eletrodomésticos, com alta de 19,4%, seguido pelas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, com 10,2%. Também apresentaram alta no volume de vendas os segmentos de materiais de construção (7,2%), tecidos, vestuário e calçados (7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,2%) e combustíveis e lubrificantes (3,8%). No crescimento acumulado em 12 meses, os maiores crescimentos foram nos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças (17,7%), móveis e eletrodomésticos (16,1%), materiais de construção (13,7%) e artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai e fecha semana abaixo de R$5,75
O apetite dos investidores globais por ativos de maior risco fez o dólar cair ao redor do mundo na sexta-feira, encerrando a sessão no Brasil com queda de quase 1% e abaixo de R$5,75
O dólar à vista fechou o dia com baixa de 0,90%, aos R$5,7451, menor cotação desde 26 de fevereiro, quando encerrou em R$5,7450. Na semana o dólar acumulou baixa de 0,76%. Às 17h05 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 1,01%, aos R$5,7640. A moeda norte-americana oscilou em baixa ante o real durante todo o dia, puxada pela queda do dólar também no exterior, em sessão marcada pela busca dos investidores por ativos de maior risco, como ações e divisas de países emergentes. Por trás do movimento de busca por risco estavam fatores como o avanço das negociações para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, o acordo fechado para uma reforma fiscal na Alemanha e a percepção de que há espaço para recuperação das ações nos EUA, após o movimento recente de liquidação de papéis. Durante a tarde o dólar retomou um pouco de fôlego no Brasil, com investidores ajustando posições antes do fim de semana. Na próxima semana as atenções dos investidores se voltam para as decisões sobre juros dos EUA e do Brasil, ambas na quarta-feira. No mercado a expectativa é de elevação de 100 pontos-base da Selic, hoje em 13,25% ao ano, o que em tese reforça o diferencial de juros do Brasil e sua capacidade em atrair recursos. Mais do que a decisão em si, os agentes estarão atentos às pistas do Banco Central para a reunião seguinte de política monetária, em maio.
Reuters
Ibovespa fecha em alta e flerta com 129 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, recuperando os 129 mil pontos no melhor momento, com as blue chips Vale, Petrobras e Itaú registrando ganhos expressivos, enquanto Natura&Co foi destaque negativo após divulgação de resultado, com um tombo de 30%, perdendo R$5,6 bi em valor, após resultado trimestral
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 2,64%, a 128.957,09 pontos, máxima de fechamento desde 11 de dezembro do ano passado. Na semana, acumulou uma valorização de 3,14%, somando ganho de 5,01% no mês. O volume financeiro na sexta-feira totalizou R$27,3 bilhões. Na visão do gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, o desempenho positivo das ações brasileiras encontrou suporte em uma combinação de eventos, sendo um deles o alinhamento entre EUA e G7 para pedir à Rússia que aceite um cessar-fogo na Ucrânia. Mas ele também apontou o acordo histórico na Alemanha para uma reforma fiscal a fim de reforçar a defesa e impulsionar o crescimento da maior economia da Europa, bem como um certo ceticismo com as ameaças tarifárias mais agressivas do presidente norte-americano, Donald Trump, após tantas mudanças de opinião. Cunha também chamou a atenção, no Brasil, para mais uma pesquisa mostrando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdendo popularidade, embora o governo tenha confirmado que apresentará na próxima semana proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. De acordo com o gestor, há uma parcela de capital externo também favorecendo, conforme a recente fraqueza em Wall Street, mercados emergentes, como é o caso do Brasil. Dados da B3 sobre a movimentação de estrangeiros mostram entrada líquida de R$899,1 milhões em março até o dia 12. No ano, o saldo está positivo em quase R$9,6 bilhões. Wall Street endossou a performance positiva no pregão brasileiro, com o S&P 500 subindo mais de 2%, em dia de ajustes após quedas fortes na semana, que foram desencadeadas por temores de desaceleração do crescimento devido às políticas comerciais erráticas do governo Trump.
Reuters
Dívida bruta do Brasil tem queda a 75,3% do PIB em janeiro com superávit recorde e câmbio
A dívida bruta do Brasil registrou uma queda inesperada em janeiro, quando o setor público consolidado brasileiro teve superávit primário recorde e a valorização do real reduziu a despesa com juros, de acordo com dados divulgados na sexta-feira pelo Banco Central
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou janeiro em 75,3%, menor patamar desde abril de 2024. O resultado ficou bem abaixo dos 76,1% do mês anterior e da expectativa de 76,2% apontada por economistas em pesquisa da Reuters. Já a dívida líquida foi a 60,8% em janeiro, de 61,2% em dezembro e projeção de 61,3%. Os dados mais positivos do endividamento tiveram ajuda do superávit primário de R$104,096 bilhões registrado em janeiro no setor público consolidado, acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de R$102,135 bilhões. O resultado primário de janeiro foi o melhor já registrado na série histórica do Banco Central para todos os meses. O desempenho foi puxado pelo saldo do governo central, que teve resultado positivo recorde de R$83,150 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$21,952 bilhões e as estatais tiveram déficit de R$1,006 bilhão, mostraram os dados do BC. O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que o saldo fiscal de janeiro tem uma sazonalidade que normalmente gera resultados positivos, ponderando que mesmo assim o dado do início de 2025 foi bastante elevado em relação a outros anos. Segundo ele, além do resultado primário, a apreciação cambial observada no período contribuiu significativamente para a melhora na dívida bruta. O movimento é explicado pelo ganho de R$36 bilhões no mês gerado pela valorização do real nas operações de swap --contratos usados por investidores como mecanismo de proteção nos quais o BC se compromete a pagar a variação do dólar e recebe em troca o pagamento de juros básicos. Esse ganho reduz o gasto com juros da dívida pública. Rocha explicou que o crescimento do PIB nominal do país também gerou um efeito positivo para o resultado da dívida bruta sobre o PIB.
Reuters
Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de 0,13% em janeiro
Em janeiro de 2025, os preços da indústria variaram 0,13% frente a dezembro de 2024, décimo segundo resultado positivo seguido. Nessa comparação, 14 das 24 atividades industriais tiveram aumento de preços. O acumulado em 12 meses ficou em 9,69%. Em janeiro de 2024, o IPP havia sido de -0,24%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas. Em janeiro de 2025, os preços da indústria variaram 0,13% frente a dezembro de 2024. Catorze das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações positivas de preço ante o mês imediatamente anterior. Em comparação, 22 atividades haviam apresentado menores preços médios em dezembro em relação ao mês anterior. As quatro maiores variações foram em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,85%), outros produtos químicos (1,72%), refino de petróleo e biocombustíveis (1,49%) e indústrias extrativas (-1,49%). Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação com dezembro. A atividade foi responsável por -0,22 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de 0,13% da indústria geral. Ainda nesse quesito, outras atividades que também sobressaíram foram refino de petróleo e biocombustíveis, com 0,15 p.p. de influência, outros produtos químicos (0,14 p.p.) e indústrias extrativas (-0,07 p.p.). O acumulado em 12 meses foi de 9,69% em janeiro. No mês anterior, esse mesmo indicador havia registrado taxa de 9,28%. Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano anterior foram: metalurgia (26,77%), fumo (17,47%), outros equipamentos de transporte (17,32%) e madeira (15,69%). Os setores com maior influência no resultado agregado foram: alimentos (3,36 p.p.), metalurgia (1,59 p.p.), outros produtos químicos (1,10 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,83 p.p.). Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de janeiro repercutiu assim: 0,53% de variação em bens de capital (BK), -0,19% em bens intermediários (BI) e 0,53% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 1,24%, enquanto nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de 0,39%. A principal influência veio de bens de consumo, cujo peso na composição do índice geral foi de 37,34% e respondeu por 0,20 p.p. da variação de 0,13% nas indústrias extrativas e de transformação. Completam a lista, bens intermediários, com influência de -0,11 p.p., e bens de capital com 0,04 p.p. No caso de bens de consumo, a influência observada em janeiro se divide em 0,07 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,12 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis. No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 6,99% em janeiro/2025. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram 8,93% nesse intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 11,40%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 4,90% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 12,73%. Com peso de 55,06% no cálculo do índice geral, bens intermediários foi responsável por 4,95 p.p. dos 9,69% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de janeiro de 2025, houve, ainda, influência de 4,19 p.p. de bens de consumo e de 0,54 p.p. de bens de capital. O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,31 p.p. por bens de consumo duráveis e em 3,89 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, esse último com peso de 84,02% no cômputo do índice daquela grande categoria.
IBGE
Vendas no varejo do Brasil iniciam ano com recuo pelo 3º mês seguido em janeiro
As vendas varejistas no Brasil apresentaram recuo em janeiro pelo terceiro mês consecutivo, ainda que tenham ficado um pouco acima do esperado, iniciando um ano marcado por taxa de juros elevada, aperto das condições de crédito e expectativa de desaceleração econômica.
Em janeiro, as vendas no varejo registraram queda de 0,1% sobre o mês anterior, em resultado que foi um pouco melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de retração de 0,2%. Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que o setor teve avanço de 3,1% na comparação com mesmo mês do ano anterior, contra projeção de ganho de 1,9%. "O comércio mudou sua trajetória após atingir o pico em outubro. Massa de rendimento e emprego começaram o ano caindo, e a inflação mais alta é outro fator para frear o comércio ao longo dos últimos três meses", destacou Cristiano dos Santos, gerente da pesquisa no IBGE. Após um ano positivo com forte crescimento em 2024, analistas preveem um cenário mais desafiador agora para os varejistas nacionais, citando principalmente a perspectiva de aperto nas condições de crédito. Embora um mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial ainda devam sustentar o consumo das famílias, juros e inflação elevados tendem a pesar. Em 2024, os dados do PIB mostraram que o consumo das famílias teve crescimento de 4,8%. O Banco Central elevou a Selic a 13,25% e já apontou novo aumento de 1 ponto percentual na próxima semana. Os efeitos defasados do aperto monetário e a perspectiva de que os juros básicos se mantenham em patamar elevado já começam a se refletir na economia, impactando segmentos mais dependentes de crédito. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, quatro tiveram redução nas vendas em janeiro: Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%); Móveis e eletrodomésticos (-0,2%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,4%). Por outro lado, registraram altas Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%); Combustíveis e lubrificantes (1,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve alta de 2,3% nas vendas, com destaque para o aumento de 4,8% em veículos.
Reuters
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