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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 516 DE 07 DE DEZEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 516 | 07 de dezembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Demanda pela carne bovina se mantém firme e cotações estáveis

Apenas uma das 17 praças monitoradas pela consultoria Agrifatto registrou valorização na arroba – Maranhão. No Paraná, o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias.

Na quarta-feira (6/12), o preço médio da arroba se manteve em R$ 245 no mercado paulista, segundo acompanhamento diário da Agrifatto. Apenas uma das 17 praças monitoradas pela consultoria registrou valorização na arroba – Maranhão. As demais regiões sustentaram cotações laterais. No mercado futuro (B3), todos os futuros apresentaram ajustes positivos na terça-feira (5/12), informou a Agrifatto. O contrato com vencimento para dezembro de 2023 encerrou cotado em R$ 250,50/@, com valorização de 0,58% no comparativo diário. Pelos dados da Scot Consultoria, os preços dos animais terminados ficaram estáveis na quarta-feira. “Apesar de negócios pontuais acima da referência sendo reportados, as cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate andaram de lado”, reforça a Scot. Com isso, o “boi comum” vale R$ 240/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 235/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ (bruto, a prazo, base SP), com ágio de R$ 5/@ em relação ao valor do animal “comum”. Na opinião da S&P Global Commodity Insights, as relações de compra e venda no mercado físico do boi gordo deverão perder intensidade ao longo de dezembro/23, já que “a maior parte da produção da carne bovina já está parcialmente operacionalizada para atender uma procura mais ativa dos consumidores brasileiros neste período final de ano”. “Neste sentido, espera-se ambiente de preços firmes para a arroba bovina, porém sem fôlego suficiente para registrar maiores avanços”, disse a S&P Global. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 209/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global)


Fávaro pede apoio a Lula para habilitar novos frigoríficos à China

Ao todo, 78 plantas brasileiras já atendem aos critérios chineses para exportação de carnes. Missão técnica da China vai auditar 18 frigoríficos brasileiros


O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na quarta-feira (6/12) que pediu a intervenção do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar ampliar o número de plantas frigoríficas brasileiras habilitadas a exportar para a China. Segundo ele, após o pedido, Lula fará uma ligação ao presidente chinês, Xi Jinping, nos próximos dias para tratar do assunto. Fávaro explicou que o pedido é para habilitar o máximo de estabelecimentos possível, sem privilegiar empresas, mas com respeito à ordem cronológica de frigoríficos que atenderam exigências e se credenciaram a acessar aquele mercado. Ao todo, 78 frigoríficos brasileiros já atendem aos critérios chineses para exportação de carnes bovina, suína e de aves para a China e aguardam o aval de Pequim. Neste ano, quatro estabelecimentos receberam a autorização. Foram as primeiras habilitações desde 2019. "Não sabemos quem serão os habilitados, mas pedi para que o presidente Lula faça ligação para presidente da China, disse que é um momento importante para que faça essa intervenção", afirmou Fávaro em audiência pública na Câmara dos Deputados. "Ele já se comprometeu, pediu ao embaixador para que providencie a ligação ao presidente chinês para fazer essa atuação", completou o Ministro. A expectativa com as habilitações cresceu com a vinda de uma missão técnica da China para auditar 18 plantas brasileiras. A visita estava programa para ocorrer a partir desta semana, mas a viagem foi adiada em alguns dias, apurou a reportagem. Os técnicos da Administração-Geral de Alfândegas do país asiático (GACC, na sigla em inglês) chegarão ao país no sábado, dia 9, e iniciarão as auditorias na segunda-feira, dia 11 de dezembro. O Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, disse que existe muita especulação sobre as novas habilitações, pois a China é o maior comprador de proteínas animais do Brasil e o melhor pagador. Ele ressaltou, porém, que a decisão é exclusiva do país importador. "É a China que escolhe quem vai visitar, quantas plantas vão habilitar. Isso foge em absoluto da capacidade do governo brasileiro de controlar", disse na audiência. Segundo Goulart, a lista de 18 frigoríficos foi definida pelos chineses. Ela inclui três plantas já habilitadas, e que servirão de base para o reconhecimento e revalidação do sistema sanitário brasileiro, e outros 15 unidades que estão na fila dos 78 estabelecimentos que aguardam para serem habilitados. Desses, 11 são de carne bovina e quatro de aves. Os chineses não visitarão produtores de carne suína. Goulart disse que essa lista de 18 frigoríficos contém empresas que estão da 6ª a 78ª posição na lista cronológica para habilitação. O pedido de Fávaro para que Lula ajude diretamente na habilitação de novas plantas vem a reboque de outra intervenção do presidente que solucionou um problema do agronegócio exportador. Segundo o Ministro, o México decidiu prorrogar por mais um ano, até 31/12/2024, a desoneração para importação de carnes do Brasil. A medida tinha validade até o fim deste ano. Após alerta de representantes do setor de proteína animal, que foram até o país da América Central, Lula telefonou ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. "Havia essa questão fiscal, que vencia neste mês, e a tarifa passaria a ser de 40% [para importação de carnes brasileiras]. Isso tirava a competição, nossa equipe trabalhou muito e conseguimos a prorrogação. É mais um ano de oportunidade para trabalhar por uma desoneração definitiva", disse Fávaro na Câmara.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Preços no mercado de suínos sobem em SC e SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 129,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,20/kg, em média


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (5), houve queda somente no Paraná, na ordem de 0,15%, chegando a R$ 6,48/kg. Foram registradas altas de 0,31% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,38/kg, e de 0,15% em São Paulo, cotado em R$ 6,84/kg. Os preços não mudaram em Minas Gerais (R$ 6,97/kg) e no Rio Grande do Sul (R$ 6,37/kg).

Cepea/Esalq


Exportações de carne suína crescem 13,2% em novembro

Vendas mensais voltam a superar o patamar de 100 mil toneladas


As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 105,7 mil toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 13,2% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com 93,4 mil toneladas. Em receita, as vendas do setor alcançaram em novembro US$ 225,8 milhões, saldo 2,3% menor que o resultado registrado no décimo primeiro mês de 2022, com US$ 230,5 milhões. Considerando o acumulado do ano (janeiro a novembro), as exportações do setor registram alta de 10%, com 1,118 milhão de toneladas exportadas em 2023, contra 1,017 milhão de toneladas no ano passado. No mesmo período, a receita acumulada chega a US$ 2,586 bilhões, saldo 11,5% superior ao total registrado em 2022, com US$ 2,319 bilhões. “As exportações neste mês voltaram a superar o patamar de 100 mil toneladas. As exportações acumuladas até novembro já igualam em volume e superam em receita o total registrado ao longo de todo o ano de 2022. Os números confirmam as projeções iniciais nas exportações para este ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Principal destino das exportações de carne suína do Brasil neste ano, a China importou entre janeiro e novembro o total de 362,1 mil toneladas, volume 11% menor que o total importado no mesmo período de 2022. No segundo posto está Hong Kong, com 114,2 mil toneladas, volume 27,3% superior ao registrado em 2022. Também em movimento positivo estão Filipinas, com 113,1 mil toneladas (+46,9%), Chile, com 76,4 mil toneladas (+39,3%), Singapura, com 57,9 mil toneladas (+13,7%), Vietnã, com 45,3 mil toneladas (+3,7%), Uruguai, com 43,8 mil toneladas (+11,2%) e Japão, com 35,3 mil toneladas (+47,7), entre outros. “Salvo as vendas para a China, todos os outros países importadores registraram alta nas importações da carne suína do Brasil neste ano, confirmando uma tendência já prevista pelo setor de ampliação da capilaridade das exportações, fortalecendo a presença do produto em destinos de mercados de alto valor agregado, como o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. Principal estado exportador, Santa Catarina embarcou 599,9 mil toneladas de carne suína entre janeiro e novembro deste ano, número 9,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul exportou 258,5 mil toneladas (-3,1%), seguido por Paraná, com 155,3 mil toneladas (+20,3%), Mato Grosso, com 27,9 mil toneladas (+83,7%) e Mato Grosso do Sul, com 23,1 mil toneladas (-24,9%).

ABPA


FRANGOS


Preços estáveis no mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado teve tímida alta de 0,14%, valendo R$ 7,08/kg


Na cotação do animal vivo, no Paraná o preço ficou estável em R$ 4,54/kg, assim como em Santa Catarina, cotado em R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (5), a ave congelada teve leve recuo de 0,13%, cotada em R$ 7,43/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,50/kg.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


Tirol vai investir R$ 40 milhões para ampliar produção de leite e derivados no PR

Capacidade de produção da fábrica em Ipiranga passará de 600 mil para 800 mil litros de leite por dia


A Lacticínios Tirol vai investir R$ 40 milhões para ampliar a capacidade produtiva da sua unidade industrial de Ipiranga, no Paraná. O investimento vai ampliar a capacidade de produção da fábrica de 600 mil para 800 mil litros de leite por dia. A unidade também será capacitada para fabricar creme de leite. Em entrevista à reportagem, o gerente de Marketing da Tirol, Rodnei Guariza, afirmou que os novos investimentos garantirão à empresa um ganho de participação de mercado de 1 a 1,5 ponto percentual, tanto para leite quanto para creme de leite. “É muito ganho de share em dois setores com penetração e consumo já massivo. Consideramos que são dois mercados com crescimento orgânico, por isso estamos falando de um ganho bastante expressivo”, reforçou. De acordo com Rodnei, o valor anunciado será investido em equipamentos para viabilizar a capacidade de ampliação, no caso do leite, e de produção do novo produto - o creme de leite. Não há ampliações físicas previstas. A planta paranaense da Tirol foi inaugurada em 2021, fruto de um investimento de mais de R$ 150 milhões, com foco na produção de leite UHT longa vida integral, desnatado e semidesnatado.

GLOBO RURAL


MEIO AMBIENTE


COP28: JBS apresenta estudo com aditivo que reduz em 17% a emissão de GEE na pecuária

Companhia elencou suas iniciativas e parcerias globais para contribuir com a redução das emissões de metano entérico pelo gado


Em painel realizado na quarta-feira (6/12) na COP28, em Dubai, a líder de Ações Climáticas da JBS Brasil, Sheila Guebara, apontou como a companhia vem atuando por meio de investimentos e parcerias com a academia para contribuir para o avanço de uma pecuária de baixo carbono, em particular para enfrentar o desafio de reduzir as emissões do metano entérico, gás liberado pelo processo digestivo do gado. “Mais recentemente, no Brasil, a JBS fez acordo com o Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo para explorar o potencial de aditivos alimentares para reduzir as emissões dos bovinos”, afirmou a executiva, em nota. De acordo com a empresa, o estudo concluiu que o uso do aditivo alimentar à base de mistura de taninos e saponinas SilvaFeed BX reduz as emissões em até 17% para o gado de corte confinado. Entre 2019 e 2022, essa dieta evitou a emissão de mais de 30,2 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) equivalente nos confinamentos da JBS. “Esse volume equivale a retirar de circulação cerca de 24 mil carros a gasolina ou plantar mais de 2 mil árvores no período”, disse. “É importante ressaltar que a metodologia de medição desenvolvida no estudo permitirá que a JBS e outras empresas do setor registrem a redução de emissões em seus balanços de Gases de Efeito Estufa (GEE) no futuro”, afirmou Sheila. O estudo, informa a empresa, foi realizado por pesquisadores do novo Centro de Neutralidade Climática em Gado de Corte em Regiões Tropicais do Instituto de Zootecnia. Eles monitoraram os animais no confinamento da JBS em Guaiçara, no interior de São Paulo. Outros projetos de pesquisa em escala comercial no Brasil incluem a investigação da eficácia do capim-limão e de outros aditivos alimentares disponíveis no mercado para redução do metano entérico. Além de pesquisas relacionadas à dieta dos animais, a JBS Brasil também tem trabalhado com sua cadeia de fornecimento para melhorar a produtividade e reduzir o tempo de criação do gado, aumentando a produção de alimentos e diminuindo a intensidade das emissões ao mesmo tempo. A JBS USA firmou parceria com a Greener Cattle Initiative, uma organização multissetorial. A iniciativa serve como uma plataforma para a cadeia de valor compartilhar conhecimento e acelerar o desenvolvimento de tecnologias escaláveis e comercialmente viáveis que reduzam as emissões de metano entérico, permitindo a produção sustentável de carne bovina e leite. No mesmo país, a JBS apoia o Programa AgNext da Colorado State University para identificar melhores práticas e lacunas de conhecimento em estratégias de redução de metano. A companhia também investiu em um confinamento na Universidade de Nebraska para testar novas tecnologias de precisão, enfrentar os desafios ambientais enfrentados pela indústria alimentícia, melhorar o desempenho e o bem-estar do gado, ao mesmo tempo em que compara diferentes ambientes e sistemas de alojamento, informou a assessoria de comunicação da empresa.

PORTAL DBO


GOVERNO


Governo cria programa para conversão de pastagens degradadas

Plano é a principal aposta do Ministério da Agricultura para atrair investimentos internacionais. Existe potencial de, em 10 anos, converter 40 milhões de hectares de pastos degradados em terras produtivas


O governo federal publicou na quarta-feira (06/12) o decreto que cria o Programa Nacional para Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Gestado desde a campanha eleitoral do ano passado, o plano é a principal aposta do Ministério da Agricultura para atrair investimentos internacionais para o setor e para impulsionar a produção no campo a partir da adoção de boas práticas, sem abertura de novas áreas e com maior sequestro de carbono. Os detalhes do programa ainda serão definidos pelo comitê gestor interministerial, também criado pelo decreto. O documento não aborda, por exemplo, a extensão de área que se pretende converter, apesar de o governo falar reiteradamente no potencial de conversão de 40 milhões de hectares em dez anos. O texto também não cita valores nem condições de financiamento - regras que serão detalhadas posteriormente. Entre os objetivos do programa, além de converter pastagens degradadas em áreas aptas à produção de alimentos em geral (grãos, carnes, frutas, hortaliças, proteína animal) e de florestas, está o cumprimento de metas nacionais para a redução do desmatamento e para a recuperação de vegetação nativa no país. Segundo o decreto, o programa vai viabilizar o acesso a financiamentos, com recursos externos sem subvenção ou com recursos de programas já existentes, para a conversão das pastagens. Os investimentos poderão ser feitos para melhorar o pasto e intensificar a produção pecuária, para o cultivo de grãos em lavouras temporárias ou em sistemas integrados, como ILPF, para o plantio de florestas ou para a implantação de agroflorestas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai auxiliar o Ministério da Agricultura na captação de recursos externos, diz o decreto. Na prática, a equipe do ministro Carlos Fávaro e da instituição de fomento já divulgaram o programa ao redor do mundo, mas o PNCPD ainda não existia no papel. O programa de conversão de pastagens vai apoiar exclusivamente empreendimentos que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que cumpram as regras previstas no Código Florestal Brasileiro. Será dada preferência aos imóveis rurais com excedente de reserva legal - porcentagem da propriedade em que é obrigatória a manutenção da vegetação nativa - e que preencham os requisitos para a obtenção da Cota de Reserva Ambiental (CRA), diz o decreto. Para continuar a ser apoiado pelo programa, após dez anos de ingresso, o empreendimento precisa apresentar redução das emissões ou aumento da absorção de gases de efeito estudo por meio do uso de práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e de governança. As boas práticas agropecuárias consideradas no programa são o uso de bioinsumos, o plantio direto, o sistema sempre verde, a rastreabilidade agropecuária, as certificações trabalhistas no campo, as certificações produtivas, a agricultura digital e a avaliação da descarbonização.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Frigoríficos do Paraná serão habilitados para venda de carnes de frango à China

Mais três frigoríficos brasileiros com plantas no Paraná serão habilitados para vender carne de frango à China. As três novas plantas, já avaliadas pelo Ministério da Agricultura, passam por vistoria de técnicos do governo chinês, na próxima semana


Além de maior consumidor do produto brasileiro, entre derivados de suínos, bovinos e aves de corte, o país asiático absorve, aproximadamente, dois terços da exportação do produto brasileiro. Com a carne de frango, o Paraná acessa mais de 140 mercados e contribui com mais de 40% do que é exportado do Brasil. Os frigoríficos paranaenses que constam da nova lista do governo federal para habilitação às exportações com a China são Dip Frangos S/A, de Capanema, o Jaguafrangos Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., de Jaguapitã, e Gonçalves & Tortola S/A, que fica em Maringá. Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep/Senar, ressalta que do ano passado para cá as exportações de carne de frango do Paraná para a China tiveram aumento de 21%. Com as novas habilitações, a tendência é de valorização do produto. "Comparando entre janeiro e outro dos dois anos, o aumento é significativo. A China ser um dos maiores mercados compradores, junto com Japão e Emirados Árabes. As habilitações valorizam o produto sobremaneira: quanto mais sai para o mercado externo que vende em dólar, mais o produto valoriza internamente". Dos mais de 40% do que o Paraná exporta para outros países, 17% é só para a China, segundo Mezzadri. Por não existir uma sazonalidade e por se tratarem de três plantas frigoríficas de grande porte, a expectativa é que os números cresçam. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) detalha que, quando um frigorífico brasileiro manifesta interesse em vender produtos à China, passa por algumas etapas técnicas obrigatórias. São elas: o preenchimento e envio ao Mapa de formulários com informações requisitadas pela China; verificação de conformidade pelo Mapa; auditoria por vídeo na planta exportadora; cadastramento de dados e documentos no sistema chinês digital, conhecido como “janela única”; validação das informações pelo Mapa; e por fim, o envio para checagem da autoridade aduaneira, a General Administration of Customs China (GACC). Mesmo passando por todo o processo, os chineses ainda podem requisitar mais informações ou mesmo uma auditoria presencial. Desde 2019, nenhum novo frigorífico havia sido habilitado a exportar para a China. Entretanto, em março deste ano, o governo chinês confirmou a habilitação de quatro novas unidades de carne bovina e a reabilitação de uma de carne bovina e outra de frango. Somam-se a essas os três novos frigoríficos paranaenses.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cede ante real após dados reforçarem apostas de corte de juros nos EUA em março

O dólar à vista fechou em baixa ante o real na quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva, após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o Federal Reserve poderá cortar seus juros já em março de 2024


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9022 reais na venda, em queda de 0,47%. Em dezembro, o dólar acumula baixa de 0,27%. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,62%, a 4,9120 reais. O Relatório Nacional de Emprego da ADP informou que foram abertos 103.000 postos de trabalho em novembro nos EUA, bem abaixo dos 130.000 postos projetados em pesquisa da Reuters com economistas. Já os dados de outubro foram revisados para baixo, mostrando 106.000 vagas criadas, em vez dos 113.000 postos informados anteriormente. Os números reforçaram a percepção de que o Federal Reserve manterá seus juros básicos na faixa de 5,25% a 5,50% este mês e poderá começar a cortá-los já em março do próximo ano. “Estamos em um ponto do ciclo econômico norte-americano em que a inflação deixou de ser uma preocupação, porque ela já cedeu bastante. Para o Fed, a questão mais importante agora é o mercado de trabalho”, pontuou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura. “O ADP confirma a visão de que o processo de normalização do mercado de trabalho continua. Os dados demonstram que a discussão é sobre quando o Fed cortará os juros, daí a perda de ímpeto global do dólar”, acrescentou Borsoi. Ainda assim, no Brasil a queda é contida, com o dólar encontrando dificuldades para atingir níveis mais próximos dos 4,80 reais. Para Borsoi e outros profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias, a resistência a quedas maiores do dólar no Brasil é dada pelo fator sazonal: em dezembro, multinacionais e fundos costumam enviar recursos ao exterior, o que eleva a demanda por moeda e sustenta as cotações.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com Petrobras entre maiores baixas

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, com Petrobras respondendo pela maior pressão negativa, em meio ao forte declínio do petróleo no exterior, enquanto a fraqueza em Wall Street endossou movimentos de realização de lucros na bolsa paulista, apesar de nova queda nos rendimentos dos Treasuries


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,95%, a 125.702,18 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.537,55 pontos. Na mínima, a 125.614,35 pontos. O volume financeiro somava 20,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

REUTERS


PIB do agronegócio do Brasil pode ter queda em 2024, prevê CNA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil poderá ter queda em 2024, com o setor enfrentando redução de preços de commodities agrícolas e de insumos para a produção, estimou nesta quarta-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

O indicador, que considera as atividades "dentro e fora da porteira" da fazenda, pode cair até 2% em 2024, segundo projeção da CNA elaborada em parceria com o centro de estudos Cepea, da Esalq/USP. Na melhor das hipóteses, o PIB do agronegócio do país em 2024 ficaria estável ante 2023. O resultado do PIB do setor dependerá dos efeitos do fenômeno climático El Niño para a safra de grãos que está sendo plantada, que enfrenta até o momento chuvas insatisfatórias no centro-norte e precipitações excessivas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, disse a CNA. "O resultado do PIB no ano que vem vai depender, sobretudo: da relação entre preços de produtos e custos de produção nos diferentes segmentos (para ambos, são esperadas quedas frente a 2023); da magnitude da retomada da agroindústria... e dos efeitos do El Niño sobre as produtividades no Brasil", afirmou em relatório. Em 2023, a CNA projeta que o PIB do agronegócio do Brasil cairá quase 1%, para 2,6 trilhões de reais, ante 2,62 trilhões de reais em 2022. "A principal razão para o resultado negativo é o comportamento desfavorável dos preços do agronegócio, os quais foram registrados em todos os seus segmentos, mas especialmente no campo e quanto aos insumos", disse a confederação em relatório. Segundo a principal entidade do setor agropecuário do Brasil, a queda em 2023 "não será maior devido aos excelentes resultados da produção dentro da porteira e na agroindústria pecuária, em termos de volume de produção". O Brasil colheu safras recordes de soja, milho e cana neste ano.

REUTERS


Dívida pública bruta fica em 74,7% do PIB em outubro, mostra BC

A dívida bruta do Brasil registrou alta em outubro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central


A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou outubro em 74,7%, contra 74,4% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 60,0%, mantendo o mesmo nível do mês anterior. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 74,5% para a dívida bruta e de 59,9% para a líquida. Em outubro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de 14,798 bilhões de reais, abaixo da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de 17,6 bilhões de reais. Nos 12 meses encerrados em outubro, o setor público consolidado registrou déficit de 114,2 bilhões de reais, equivalente a 1,08% do PIB. O desempenho mostra que o governo central teve saldo positivo de 19,456 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de 3,852 bilhões de reais e as estatais tiveram saldo negativo de 805 milhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.

REUTERS


IGP-DI tem alta de 0,50% em novembro com pressão no atacado e alívio ao consumidor--FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) moderou ligeiramente a alta para 0,50% em novembro, ante 0,51% no mês anterior, com arrefecimento da inflação ao consumidor, mas manutenção das pressões no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira


O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,58%, e levou o índice a reduzir a mostrar queda acumulada em 12 meses de 3,62%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,63% em novembro, contra alta de 0,57% no mês anterior. "A inflação ao produtor avançou em resposta ao comportamento dos preços de commodities importantes, com destaque para o minério de ferro (de 2,81% para 3,07%), óleo diesel (de 2,33% para 4,14%) e farelo de soja (de 1,72% para 5,60%)", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, desacelerou a alta para 0,27% em novembro, de 0,45% em outubro. As principais contribuições para este movimento partiram dos itens passagem aérea (24,87% para 6,56%), gasolina (-0,61% para -2,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para -1,19%), roupas (0,12% para -0,27%) e tarifa de telefone residencial (-0,30% para -0,50%). Na ponta oposta, as maiores influências inflacionárias partiram dos itens hortaliças e legumes (0,88% para 6,01%), serviços bancários (0,12% para 2,19%) e aluguel residencial (-0,83% para 0,62%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,07% em novembro, ante ganho de 0,20% no mês anterior.

REUTERS


Brasil quita dívidas de R$ 3,8 bilhões com organismos internacionais

O governo brasileiro anunciou que quitou R$ 3,8 bilhões em dívidas com organismos internacionais ao longo de 2023. Desse total, R$ 2,4 bilhões são referentes a anos anteriores, e R$ 1,4 bilhão são relativos ao exercício de 2023. Na quarta-feira (6) foi feito o pagamento de R$ 14,6 milhões ao Instituto Social do Mercosul (ISM)


A regularização dos débitos foi um dos assuntos da 63ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O encontro reúne autoridades dos países membros do bloco econômico. Ao fazer um balanço da presidência pro tempore (rotatividade semestral entre os países) do Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a quitação, em abril, de quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) ao Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O Focem é o primeiro mecanismo solidário de financiamento próprio dos países do bloco e tem por objetivo reduzir as assimetrias entre os países integrantes. “Buscamos, com isso, contribuir para que esses órgãos possam ter suas capacidades renovadas para o bom desempenho de suas atividades e possam, assim, seguir apoiando nossos países. Valorizamos o trabalho desses órgãos na troca de experiências e na cooperação em programas para melhoria de políticas públicas e da qualidade de vida das nossas populações”, discursou o chanceler. Outras dívidas quitadas este ano foram de R$ 17,6 milhões com o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e de R$ 4,2 milhões com a Secretaria do Mercosul. “O esforço para quitar dívidas atrasadas reflete a compreensão e o compromisso do governo do presidente Lula com soluções negociadas e maior integração com nossos vizinhos", disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o Brasil chegou a acumular uma dívida de cerca de R$ 5 bilhões com aproximadamente 120 organismos e fundos internacionais. A maior parte dos atrasos se concentrou nos últimos seis anos. Ainda resta pagar até o final do ano cerca de R$ 1,2 bilhão. Apesar de envolver relações exteriores, a responsabilidade para pagamentos de contribuições dos organismos internacionais é do Ministério do Planejamento e Orçamento. A reunião de cúpula com autoridades do Mercosul começou nesta quarta-feira e terminará na quinta-feira (7), quando estarão presentes os presidentes dos países-membros. Neste primeiro dia, que concentra ministros das Relações Exteriores e de áreas econômicas, foram discutidos assuntos como acordos de livre comércio e integração regional.

AGÊNCIA BRASIL


Pobreza cai no Brasil em 2022 e atinge 31,6% da população

Brasil tinha 67,8 milhões de pobres e 12,7 milhões de extremamente pobres, dizem dados atualizados pelo IBGE. Sob impacto da retomada do mercado de trabalho e da ampliação do Auxílio Brasil, a taxa de pobreza no país caiu do patamar recorde de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022


É o que indicam dados divulgados na quarta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em termos absolutos, o número de pessoas consideradas pobres baixou de 78 milhões em 2021 para 67,8 milhões em 2022. Isso significa que 10,2 milhões de pessoas deixaram a situação de pobreza no ano passado. O contingente se aproxima da população total do Rio Grande do Sul, que foi de 10,9 milhões em 2022, conforme o Censo Demográfico. A taxa de 31,6%, registrada no ano passado, é a menor desde 2020 (31%), ano inicial da pandemia. A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, ocorreu em 2014 (30,8%). Os dados integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa estatísticas de fontes como a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também produzida pelo IBGE. Nesta edição da síntese, o instituto atualizou as linhas de pobreza e extrema pobreza, seguindo critérios recomendados pelo Banco Mundial. Com a revisão na série histórica, a linha de pobreza passou de US$ 5,50 para US$ 6,85 em PPC (paridade do poder de compra). A de extrema pobreza, por sua vez, pulou de US$ 1,90 para US$ 2,15, também em PPC. Na prática, pessoas que viviam com quantias inferiores a essas por dia foram consideradas pobres ou extremamente pobres. De acordo com o IBGE, a taxa de extrema pobreza também recuou na passagem de 2021 para 2022. Saiu do recorde de 9% para 5,9%, o menor patamar desde 2015 (5,6%). O número de pessoas extremamente pobres caiu de 19,1 milhões em 2021 para 12,7 milhões em 2022. A redução foi estimada em 6,5 milhões. André Simões, um dos analistas da síntese do IBGE, avaliou que a queda da extrema pobreza refletiu em grande parte as transferências de programas sociais. No caso da pobreza, a baixa também esteve associada a esse fator, além de contar com o impacto da retomada do mercado de trabalho, segundo o pesquisador. "Na questão [da queda] da pobreza, o peso do mercado de trabalho é maior. Na extrema pobreza, são os benefícios que atuam para fazer a redução", disse Simões. "Na pobreza, há uma conjunção dos dois, com participação significativa do mercado de trabalho", completou. Segundo o IBGE, a parcela dos programas sociais no rendimento domiciliar das pessoas em situação de extrema pobreza chegou a 67% em 2022. Já a renda do trabalho foi responsável por 27,4% do rendimento desse grupo. Entre os domicílios considerados pobres, os benefícios de programas sociais representavam 20,5% dos ganhos. A renda do trabalho respondia por 63,1%. Conforme o IBGE, a população 10% mais pobre teve alta de 59,2% no rendimento domiciliar médio mensal per capita (por pessoa) na passagem de 2021 para 2022. Foi o maior aumento entre os grupos analisados na síntese, em termos relativos. Apesar disso, a renda por pessoa dessa camada ainda ficou abaixo de R$ 200 –passou de cerca de R$ 103 em 2021 para R$ 163 em 2022. Na média geral, o rendimento aumentou 6,9%, de R$ 1.484 para R$ 1.586 por mês. Com a reação do mercado de trabalho e o incremento do Auxílio Brasil, a desigualdade de renda medida pelo índice de Gini caiu para 0,518 em 2022. É o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE.

FOLHA DE SP


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