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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 156 DE 24 DE JUNHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 156 |24 de junho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Oferta enxuta segue sustentando preços da arroba

Segundo a IHS Markit, apesar dos avanços nas escalas dos frigoríficos brasileiros observados nesta semana, os baixos volumes de animais terminados a pasto em todo o País limitam a formação de programações de abate mais longas


“A oferta de boiada gorda segue se exaurindo em boa parte do País”, reforça. Em regiões onde a chuva ainda favorece a preservação de massa verde nas pastagens, sobretudo no norte do País, já há sinais de redução nos volumes disponíveis. Na quinta-feira, diz a IHS Markit, as indústrias situadas nas regiões Norte e Nordeste relataram dificuldade em encontrar boas ofertas de lotes de animais terminados, apesar das elevações nas cotações da arroba registradas nos últimos dias. “O período de estiagem avança nas praças do Norte e Nordeste, agravando o quatro de escassez de animais terminados a pasto”, observa a IHS. Na Bahia, informa a IHS, os preços da arroba do boi gordo evoluíram de R$ 275 para R$ 285 nesta quinta-feira, efeito da menor oferta de animais disponíveis. Em Paragominas, no Pará, o preço da arroba do boi gordo também registrou variação positiva, subindo de R$ 285 para R$ 292.

“Indústrias instaladas no Norte do Pará buscam originar animais nas praças pecuárias mais ao sul do Estado, contribuindo para um efeito maior de demanda”, relata a IHS. As cotações do boi gordo subiram mais R$ 2/@ nas praças de SP, para R$ 310/@, a prazo; preços da vaca e da novilha gordas permaneceram estáveis, a R$ 280/@ e R$ 300/@, informa a Scot Consultoria. Em contrapartida, o mercado pecuário do Rio Grande do Sul segue em sentido aposto, registrando um baixo volume de negócios nesta semana, informa. Segundo a Scot, as condições climáticas desfavoráveis esfriaram os negócios com boiada gorda no Rio Grande do Sul. “O excesso de chuva e a ocorrência de geadas em algumas regiões colocam os produtores gaúchos em alerta”, informa a consultoria, acrescentando que, de acordo com o levantamento diário, “os preços trabalharam estáveis nas duas praças monitoradas pela Scot Consultoria, mas um movimento de baixa está no radar e começa a dar seus primeiros sinais”. Na região Oeste do RS, os valores de referência para o boi, vaca e novilha gordos estão R$ 11/kg, R$ 10,35/kg e R$ 10,85/kg, respectivamente (preços brutos e a prazo). Em Pelotas, os negócios para o boi, vaca e novilha gordos ocorrem, respectivamente, em R$ 11/kg, R$ 10,50/kg e R$ 10,90/ kg (preços brutos e a prazo). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 263/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca R$ 280/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).

PORTAL DBO


Projeto do autocontrole da produção agropecuária avança no Senado

Caso não haja recursos para análise da proposta em plenário, ela seguirá para sanção presidencial


A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou ontem (23/6) o projeto de lei proposto pelo governo federal que estabelece um modelo em que também os produtores rurais e a agroindústria farão o controle de sua própria produção. A votação da proposta do chamado autocontrole agropecuário ocorreu em caráter terminativo. Isso significa que, se não houver recurso nos próximos dias para que o texto seja discutido em Plenário, ele seguirá direto para sanção presidencial. O novo modelo transforma o sistema de defesa agropecuária, que hoje é exclusivamente estatal, em híbrido, compartilhado com os produtores, informou a Agência Senado. Defensores do projeto afirmam que essa divisão de tarefas entre os setores público e privado é similar a sistemas adotados na Europa e nos Estados Unidos e garantiria a fluidez dos processos, prejudicada pelas limitações de orçamento da União. Mas entidades de defesa do consumidor, de defesa dos animais, parlamentares da oposição e representantes dos servidores que atuam na fiscalização criticam o projeto e pedem que haja ao menos discussões mais amplas antes de uma mudança definitiva. Segundo o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), membro da bancada ruralista e relator do projeto, com a proposta, a indústria criará seus próprios programas de controle, que serão auditados pelo poder público e terão informações sistematizadas e auditáveis de todo o processo produtivo. Em caso de descumprimento das normas, haverá multas de R$ 100 a R$ 150 mil e até a cassação do registro do estabelecimento ou do profissional responsável pelo serviço de defesa agropecuária. No entanto, para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o projeto contribui para uma precarização ainda maior da carreira dos fiscais agropecuários, que lutam por reajustes salariais e realização de concurso público para ampliação do quadro de servidores. Na semana passada, a Anffa organizou uma greve de dois dias contra o projeto. Ontem, às vésperas da votação, um grupo de 14 entidades enviou uma carta aos senadores dizendo que o projeto pode ampliar o sofrimento dos animais e trazer graves riscos à saúde da população brasileira. “A indústria de produção de alimentos de origem animal frequentemente não cumpre sua responsabilidade na preservação do meio ambiente e na proteção dos animais", diz o documento.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Suínos: mercado segue sustentado

A quinta-feira (23) foi marcada por leves altas ou preços estáveis para o mercado de suínos, incluindo a modalidade independente


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 128,00/R$ 137,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 10,00 o quilo/R$ 10,30 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (22), ficaram inalterados os preços em Minas Gerais, valendo R$ 7,26/kg, e no Rio Grande do Sul, com R$ 6,17/kg. Houve aumento de 0,31% no Paraná, chegando a R$ 6,45/kg, 0,16% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,26/kg, e de 0,14% em São Paulo, fechando em R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq


Suinocultura independente: preços em curva ascendente

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 16/06/2022 a 22/06/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 7,25%, fechando a semana em R$ 6,67/kg


Em São Paulo, de acordo com dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o valor subiu de R$ 7,31/kg vivo registrado na semana passada para R$ 7,47/kg vivo nesta quinta-feira. No mercado mineiro, o valor de R$ 7,30/kg vivo foi obtido com acordo entre suinocultores e frigoríficos, sendo esta a terceira semana em que esse valor é praticado, conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Santa Catarina observou alta, saindo de R$ 6,42/kg vivo para R$ 6,71/kg vivo, conforme o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Mesmo com entrada de 2ª quinzena, preços sobem

Apesar da chegada da segunda quinzena do mês, típico período de enfraquecimento das vendas de carne suína e, consequentemente, de queda nos preços, as cotações no mercado suinícola estão em alta


Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do animal vivo, esse movimento de reação é influenciado pela baixa disponibilidade de suíno em peso ideal para abate, pelo clima ameno e por eventos festivos que favorecem o consumo. No mercado de carnes, também foram verificadas valorizações intensas nestes últimos dias.

Cepea


Criação de suínos em cama sobreposta diminui custos, protege meio ambiente e gera renda na agricultura familiar

Sistema implantado com ajuda da Emater-MG é de Sacramento, no Triângulo mineiro


Uma experiência em Sacramento, no Triângulo mineiro, está provando como é possível tornar mais viável a suinocultura, cumprindo a legislação ambiental, sem aumentar demais os custos da atividade para a agricultura familiar. A conclusão está amparada num exemplo do sistema de cama sobreposta para suínos, que um produtor local implantou em sua propriedade. A iniciativa contou com a orientação técnica do escritório da Emater-MG, no município. O abandono da atividade, pelos pequenos criadores da região, chamou a atenção do corpo técnico da empresa pública de extensão rural por ser uma prática considerada tradicional nas redondezas. O sistema, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é considerado uma alternativa prática, simples e barata para tratar o esterco e urina dos animais. Na operação, os líquidos gerados pelos dejetos são absorvidos, o que evita mau cheiro, moscas e a poluição do ambiente. E de quebra ainda produz adubo para as plantações. “Nada mais é que uma cama, dentro de um ambiente coberto, de pé direito com medidas padrões para o sistema. Ela pode ser composta de casca de arroz, palha de café ou serragem e funciona muito bem. Desde que a cobertura seja feita de maneira adequada para evitar chuva”, explica o técnico da Emater-MG local, Alison Rodrigues. Segundo Alison é preciso também, prestar atenção na altura da cama que deve ter aproximadamente, 50 centímetros de espessura do substrato para que o processo tenha sucesso. De acordo com o extensionista, a criação de suínos se destaca como uma das atividades de maior potencial poluidor e são grandes as dificuldades de pequenos produtores se adequarem à legislação ambiental. “É alto o índice de exigência e a implantação é onerosa, além de cada dia a fiscalização ser mais severa”, justificou. Alison conta que a ideia da cama sobreposta para suíno, no município de Sacramento surgiu a partir de demanda do agricultor Reginaldo Rosa Gomes, que cria porcos como fonte complementar de renda e precisava se adequar à legislação ambiental para se manter na atividade. “Foi a solução encontrada para atender esse agricultor familiar com o menor custo possível”, disse. O técnico da Emater-MG salienta que, se comparado com o sistema tradicional de fossa, ideia inicial do produtor, para destinar os dejetos dos animais até o descarte, os custos são de 20 a 50% menores. Isso é possível, na avaliação do extensionista, porque o sistema reduz o uso de mão de obra para o manejo diário dos animais e da cama, que pode durar até um ano pra ser trocada, enquanto a fossa precisa de ser limpa, o que encarece sua manutenção. Rodrigues destaca também a economia com a compra de adubos, já que o composto gerado pela cama é aproveitado. Ele também chama a atenção pelo fato de o sistema tornar os animais mais calmos, evitando estresse, canibalismo e mortalidade entre eles.

Emater-MG


FRANGOS


BOLETIM DO DERAL

O custo de produção de frango no Paraná, em maio de 2022, foi 0,7% superior ao de abril, subindo de R$ 5,58 para R$ 5,62 o quilo, de acordo com a Embrapa Suínos e Aves


O boletim do Deral aponta que, em maio, o preço médio do frango vivo, ao produtor paranaense, foi de R$ 5,58 o quilo, valor 6,16% inferior ao do mês anterior, quando estava em R$ 5,69. No entanto, há alta de 10,93% se o comparativo for com maio de 2021, quando se pagava R$ 5,03 pelo quilo.

SEAB


Frango: altas para a ave congelada ou resfriada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,52/kg, assim como o frango na granja, custando R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, assim como no Paraná, custando R$ 5,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (22), o frango congelado teve alta de 1,05%, chegando em R$ 7,72/kg, enquanto a ave resfriada subiu 1,96%, fechando em R$ 7,79/kg.

Cepea/Esalq


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


BOLETIM DO DERAL

Milho: O boletim também registra que 44% da área total de 2,7 milhões de hectares de milho está em maturação, reduzindo os riscos de perdas em decorrência do clima. Do restante, 52% estão em frutificação e 2% em floração. De outro lado, a colheita atingiu 3% da área, ou 71 mil hectares.

SEAB


Ponte da Integração Brasil-Paraguai chega a 86% de execução; faltam 76 metros

Nova obra de ligação entre os dois países já recebeu investimento de R$ 205 milhões, resultado da parceria entre Governo do Paraná, governo federal e Itaipu Binacional


A obra da nova Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu, na região Oeste do Estado, e Presidente Franco, atingiu 86% de execução em junho – o investimento até o momento é de R$ 205 milhões. A nova ligação entre os países é resultado da parceria entre Governo do Paraná, governo federal e a Itaipu Binacional, com a hidrelétrica responsável pelos recursos empregados. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) executa a obra, em ambas as margens. No lado brasileiro estão em pré-montagem as aduelas 6.17, 6.18 e a aduela de fechamento, que fará a união do vão central da ponte. No tabuleiro foram posicionadas e concretadas as lajes sobre a aduela 6.15 e lançada a aduela 6.16, além de ser realizado o tensionamento do 15º par de estais em direção ao Rio Paraná. As aduelas são estruturas que compõem parte do tabuleiro da ponte (pista de rolamento), onde são concretadas lajes pré-moldadas. No lado paraguaio acontece a colocação das lajes e concretagem sobre a aduela 5.13, lançamento da aduela 5.14 no vão central da ponte, e tensionamento do 13º par de estais na direção do rio. No canteiro da obra estão em pré-montagem as aduelas 5.15 e 5.16. Em ambos os lados estão em construção os guarda-rodas e bases do guarda-corpo na lateral da obra. Faltam 76,80 metros para unir os dois lados do tabuleiro da ponte. A ponte terá 760 metros de comprimento e um vão-livre de 470 metros – o maior da América Latina. Serão duas pistas simples com 3,6 metros de largura, acostamento de três metros e calçada de 1,7 metro nas laterais. Nas obras da futura rodovia de acesso à ponte, o viaduto que leva a Porto Iguaçu chegou a 28,36% de conclusão, enquanto o viaduto no acesso à Ponte Tancredo Neves está 94,7% pronto. No terceiro viaduto em andamento, no entroncamento com a BR-469, foi concluída a mesoestrutura e iniciada a execução da superestrutura. O trânsito neste ponto passa por desvios, para permitir a continuidade da obra. Continua em execução a terraplenagem nos terrenos das novas aduanas e nos acessos dos viadutos da Tancredo Neves e da BR-469. Até o momento foram investidos R$ 12,7 milhões na obra, que está 12,21% concluída.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar salta ao maior nível em mais de 4 meses com temores de recessão e incerteza fiscal doméstica

O dólar fechou no maior patamar em mais de quatro meses na quinta-feira, impulsionado por piora no sentimento global conforme a perspectiva de uma política monetária apertada nos Estados Unidos alimenta temores de recessão, em meio ainda a receios fiscais domésticos


A divisa norte-americana à vista fechou em alta de 0,97%, a 5,2291 reais, máxima para encerramento desde 11 de fevereiro deste ano (5,2428). Com essa valorização, a 11ª em 13 pregões, o dólar --que já está acima de suas médias móveis lineares de 50 e 100 dias-- se aproxima do importante nível técnico de 200 dias, atualmente em 5,2520 reais. Eventual rompimento dessa média móvel diária pode ser o prenúncio de mais altas para a moeda. Na B3, às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 5,2435 reais. "Esta semana está sendo caracterizada por uma mudança importante na postura dos bancos centrais dos países desenvolvidos, que começam a dar prioridade ao combate à inflação em detrimento do crescimento da economia e do desemprego", avaliou a Genial Investimentos em relatório a clientes. "Este cenário de aperto nas políticas monetárias nos países desenvolvidos... aumentou a probabilidade de que a economia global entre em recessão, o que já pressiona negativamente os preços dos ativos financeiros e das commodities", disse a Genial, citando ainda preocupações com sinais de desaceleração na China, que tem adotado rígidos lockdowns de combate à Covid-19. Riscos fiscais brasileiros colaboraram para a valorização do dólar, disseram participantes do mercado, citando discussões em torno de possíveis medidas do governo para compensar a alta dos preços dos combustíveis no ano eleitoral, como elevação do Auxílio Brasil, aumento no valor do vale-gás a famílias e criação de uma espécie de voucher para caminhoneiros. "Enquanto não tiver uma resolução sobre pacotes de auxílio, mercado segue mais pesado com questão fiscal", comentou em postagem no Twitter Jerson Zanlorenzi Jr., responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual. Com a alta da quinta-feira, o dólar reduziu as perdas acumuladas contra o real em 2022 para 6%, ficando mais de 13% acima da cotação mínima para encerramento do ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

Reuters


Ibovespa fecha em queda com apreensão sobre recessão global

A BRF ON fechou com elevação de 7,8%, em mais uma sessão majoritariamente positiva para empresas de proteínas. JBS ON foi exceção e caiu 0,46%, mas MARFRIG ON ganhou 3% e MINERVA ON avançou 2,88%


O Ibovespa recuou na quinta-feira, chegando a ir abaixo dos 98 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020, pressionado sobretudo pela ação da Vale, que caiu mais de 3%. Apesar da reação dos preços do minério de ferro, temores de recessão global seguiram minando perspectivas para commodities e a bolsa paulista, também enfraquecida por riscos domésticos. Índice de referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,45%, a 98.080,34 pontos. O giro financeiro somou 24,8 bilhões de reais. Os negócios na B3 voltaram a se descolar de Wall Street, com o S&P 500 subindo 0,95%, em sessão com dados mostrando queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, mas forte desaceleração na atividade empresarial dos EUA em junho. "O que continuará mandando na nossa bolsa será o movimento das commodities, que continuam muito voláteis", disse o sócio e diretor da mesa proprietária Axia Investing, Caio Kanaan Eboli. Um dia após atingirem mínima em 16 semanas, os futuros de minério de ferro fecharam em alta na China, com promessa do presidente chinês de tomar medidas mais eficazes para alcançar as metas de desenvolvimento econômico do país. Os preços do petróleo, por sua vez, fecharam em queda, com o Brent caindo 1,5%, a 110,05 dólares o barril. Movimentações em Brasília também continuaram repercutindo, com o governo estudando elevar o Auxílio Brasil em 200 reais, além de aumento no valor do vale-gás e criação de uma espécie de voucher de mil reais para caminhoneiros. "O cenário para a bolsa brasileira está complicado", afirmou o gestor de uma empresa ligada a previdência complementar, citando que a miríade de fatores desfavoráveis passa por riscos fiscais e políticos, além das discussões sobre CPIs. "E ainda há o risco de recessão global, que acaba batendo em commodities como o minério de ferro e pressionado Vale". Para o gestor de portfólio da Kilima Asset Luiz Adriano Martinez, a grande dúvida é se a desaceleração global resultará em recessão e se isso vai acontecer antes do previsto. "Se acontecer, isso tende a ser negativo para ativos mais relacionados ao ciclo global." A análise gráfica da equipe do Safra avalia que o Ibovespa segue em tendência de baixa no curto prazo e encontra suporte na faixa de 93.500, conforme relatório. Do lado da alta, encontra resistência em 100.700 pontos.

REUTERS


Arrecadação federal tem alta real de 4,13% em maio, a R$165,3 bi, recorde para o mês

A arrecadação do governo federal teve alta real de 4,13% em maio sobre igual mês do ano passado, a 165,333 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal na quinta-feira


O resultado foi o maior para o mês da série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995. De janeiro a maio, o crescimento real da arrecadação foi de 9,75%, a 908,551 bilhões de reais, desempenho mais forte para o período na série.

REUTERS


IPPA/Cepea: Índice de Preços ao Produtor volta a avançar em maio

Em maio, o IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) avançou 0,6%, em termos nominais, frente a abril


O resultado esteve atrelado ao aumento de 2,6% observado para o IPPA-Grãos, tendo em vista que os demais grupos registraram quedas, sendo de 0,4% para o IPPA-Cana-Café; de 1% para o IPPA-Pecuária; e de fortes 8,5% para o IPPA-Hortifrutícolas. No caso do IPPA-Grãos, a alta se deveu às valorizações do algodão em pluma, do trigo em grão e da soja. Inclusive, os preços médios mensais do algodão em pluma e do trigo em grão renovaram as máximas das respectivas séries históricas do Cepea, em termos nominais. No caso do trigo, a baixa oferta doméstica e a preocupação com a oferta internacional influenciaram a alta dos preços. Quanto à soja, a valorização do dólar frente ao Real estimulou os aumentos, tendo em vista que atraiu importadores ao Brasil. O movimento altista só não foi maior devido ao início da colheita 2021/22. O desempenho do IPPA-Pecuária foi conduzido pelas quedas dos preços nominais do boi gordo, dos ovos e do frango vivo. O aumento da oferta de boi gordo para abate – movimento típico neste período do ano, tendo em vista a deterioração das pastagens – explica a queda dos preços da arroba. No caso do frango vivo, a retração do Índice adveio da redução dos preços de negociação por vendedores frente ao desaquecimento da demanda por frango, haja vista a recente valorização da carne avícola e a deterioração do poder de compra da população. No caso do IPPA-Hortifrutícolas, a queda de preços nominais foi generalizada – com destaque para os recuos expressivos do tomate e da batata, pressionados pela intensificação das safras. E, finalmente, observou-se a recuo do preço nominal da cana-de-açúcar, que implicou o resultado do IPPA-Cana-Café. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, subiu 0,5% – logo, de abril para maio, os preços agropecuários avançaram frente aos industriais da economia.

Cepea


BC eleva projeção de alta do PIB em 2022 de 1,0% para 1,7%, mas cita incerteza

O Banco Central elevou na quinta-feira sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 para 1,7%, ante estimativa de 1,0% apresentada há três meses, mas citou incertezas sobre as previsões


“A incerteza na projeção permanece maior do que a usual, em cenário de continuidade da guerra na Ucrânia e de riscos crescentes de desaceleração global em cenário de inflação pressionada”, afirmou a autarquia em apresentação divulgada à imprensa. O BC disse que houve surpresa positiva no PIB do primeiro trimestre, ponderando que efeitos do aperto monetário em curso contribuem para projeção de arrefecimento da atividade no segundo semestre. A autoridade monetária também revisou a projeção de alta no saldo de crédito em 2022 para 11,9%, ante 8,9% na divulgação anterior. No caso das transações correntes, a previsão de superávit em 2022 foi para 4 bilhões de dólares, ante 5 bilhões de dólares antes.

REUTERS


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