CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 1011 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 1011 | 12 de dezembro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Preço do boi gordo paulista tem leve queda pontual de R$ 1/@
Embora os frigorĂficos continuem pressionando as cotaçÔes da arroba, o mercado brasileiro segue sem direção clara no curto prazo. No PARANĂ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dias. Boi China: PARANĂ: R$ 324,50/@ (Ă vista) e R$ 328,00/@ (prazo)
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Em Tocantins e no ParĂĄ, diz a Agrifatto, as escalas de abate mais longas dos frigorĂficos locais permitem que compradores testem valores menores, o que por vezes resulta em negĂłcios abaixo da referĂȘncia usual. Por sua vez, nas praças de SP, MG, MS e GO, a disputa pelo boi pronto e a oferta enxuta sustentam as cotaçÔes e limitam a pressĂŁo de baixa dos frigorĂficos, relata a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, os preços do boi gordo em SĂŁo Paulo registraram leve recuo de R$ 1/@ nesta quinta-feira (11/12), e agora o animal direcionado para o mercado interno vale R$ 321/@, enquanto o âboi-Chinaâ Ă© vendido por R$ 325/@ (valores brutos, no prazo). âParte dos compradores de SĂŁo Paulo estĂĄ com as escalas para o começo da segunda semana de janeiro/26, considerando as fĂ©rias coletivasâ, informa a Scot, acrescentando que, atualmente, as programaçÔes de abate entre os frigorĂficos paulistas atendem a 11 dias, em mĂ©dia. Segundo o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot, a queda de preços da quinta-feira em SP sinaliza âmuito mais para um ajuste pontual, do que para uma tendĂȘnciaâ. âApesar do movimento de ontem, hĂĄ muito mais pontos positivos, que indicam um mercado pouco pressionado nos prĂłximos dias, desde que nenhuma novidade pinte pelo radarâ, antecipa ele. Na avaliação dos analistas da Agrifatto, âa demanda interna estĂĄvel e o bom ritmo das exportaçÔes de carne bovina in natura padronizam as compras, mantĂȘm os preços firmes, valorizam lotes homogĂȘneos e, ao mesmo tempo, impĂ”em descontos aos animais fora do padrĂŁoâ. No curto prazo, prevĂȘ a consultoria, a tendĂȘncia em TO e PA Ă© de continuidade da pressĂŁo baixista, enquanto SP, MG, MS e GO tendem a preservar as referĂȘncias atuais. Na bolsa B3, quase todos os contratos futuros do boi gordo registraram leve queda na quarta-feira (10/12) em relação ao pregĂŁo anterior. O papel com vencimento em dezembro/25 encerrou a sessĂŁo cotado a R$ 319,90/@, com baixa de 0,67% em relação ao dia anterior. CotaçÔes do boi gordo da quinta-feira (11/12), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. MĂ©dia: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS e PARĂ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de oito dias. GOIĂS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$320,00. MĂ©dia: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. RONDĂNIA: Boi: R$280,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de onze dias. MARANHĂO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do âboi-Chinaâ nesta quinta-feira (11/12), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SĂO PAULO: R$ 321,50/@ (Ă vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 318,50/@ (Ă vista) e R$ 322,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 313,50/@ (Ă vista) e R$ 317,00/@ (prazo). GOIĂS: R$ 313,50/@ (Ă vista) e R$ 317,00/@ (prazo) PARĂ/PARAGOMINAS: R$ 306,50/@ (Ă vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARĂ/REDENĂĂO E MARABĂ: R$ 304,00/@ (Ă vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDĂNIA: R$ 277,00/@ (Ă vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPĂRITO SANTO: R$ 305,00/@ (Ă vista) e R$ 308,00/@ (prazo) TOCANTINS: R$ 303,00/@ (Ă vista) e R$ 306,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
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Boi/Cepea: Oferta restrita mantém preços firmes
Cålculos do Cepea estimam que, em novembro, a disponibilidade interna de carne bovina tenha ficado próxima de 517 mil toneladas, o menor volume na série histórica desde março/23.
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E as projeçÔes para dezembro indicam manutenção desse cenĂĄrio de oferta restrita. Segundo o Centro de Pesquisas, a quantidade ofertada ao mercado domĂ©stico neste perĂodo de maior consumo tem mantido as cotaçÔes firmes. Os preços da arroba e da carne no atacado atravessaram novembro em alta moderada e iniciam dezembro sustentados, refletindo a necessidade da indĂșstria em complementar suas escalas com animais adquiridos no spot.
CEPEA
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Exportação: troca de bovinos vivos por carne pode gerar valor agregado de até R$ 1,9 bilhão
AudiĂȘncia da ComissĂŁo de Meio Ambiente da CĂąmara dos Deputados debateu proibição da exportação de animais vivos para abate. Projeto em tramitação na CĂąmara pretende extinguir, em dez anos, a exportação de animais vivos.
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Um estudo feito por professores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) analisou o impacto econĂŽmico de uma possĂvel proibição da exportação de bovinos vivos do Brasil. Segundo a pesquisa, a substituição da exportação de gado vivo por carne e subprodutos pode gerar mais valor economicamente.Â
âQuando a gente vai olhar para o primeiro cenĂĄrio, de qual o impacto da exportação de carne e subprodutos no lugar da exportação dos bovinos vivos, a gente consegue obter um ganho em valor agregado entre R$ 1,46 bilhĂŁo, de impactos diretos e indiretos, atĂ© R$ 1,91 bilhĂŁo, quando a gente considera o impacto do efeito do aumento de rendaâ, destacou Maira Spanholi, da Unemat. A avaliação dos cenĂĄrios foi apresentada pela professora durante uma audiĂȘncia pĂșblica da ComissĂŁo de Meio Ambiente da CĂąmara dos Deputados realizada nesta quinta-feira, 11. O encontro discutiu a exportação de animais vivos por via marĂtima.
Ainda conforme o estudo, se os abates dos animais exportados vivos forem feitos no Brasil e a carne for destinada ao exterior, isso poderia gerar entre 5,5 mil a 7,2 mil empregos adicionais na economia brasileira. AlĂ©m disso, o potencial de arrecadação tributĂĄria Ă© de atĂ© R$ 610,7 milhĂ”es. O outro cenĂĄrio analisado foi a destinação dessa carne para o consumo interno. O valor adicional com a comercialização ficaria na faixa de R$ 821,7 milhĂ”es atĂ© R$ 854,6 milhĂ”es, enquanto, no meio logĂstico, poderia gerar um incremento de R$ 69,9 milhĂ”es a R$ 87,5 milhĂ”es. JĂĄ a geração de emprego ficaria entre 7 mil e 8,4 mil novos postos e uma arrecadação que poderia chegar a R$ 109,2 milhĂ”es. Um dos projetos de lei que tramita na CĂąmara dos Deputados e trata da proibição da exportação de animais vivos Ă© a proposta 2.627, de 2025, de autoria da deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). A matĂ©ria propĂ”e um programa para o fim progressivo das exportaçÔes de animais vivos para abate em dez anos. TambĂ©m estabelece critĂ©rios para o transporte terrestre e marĂtimo desses animais atĂ© o encerramento do prazo. AlĂ©m do estudo apresentado pela professora da Unemat, a audiĂȘncia contou com representantes de organizaçÔes da sociedade civil que defendem direitos dos animais e dos governos, atravĂ©s do MinistĂ©rio de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Durante a discussĂŁo, os participantes apontaram problemas que o transporte em alto mar de animais vivos para abate pode causar, como o risco sanitĂĄrio e a falta de bem-estar animal.
ESTADĂO/AGRO
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SUĂNOS
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Suinocultura independente mantém estabilidades nas cotaçÔes
Mercado mantém preços firmes em SP, MG, SC e PR; cenårio é de estabilidade até o fim do ano e de um mercado mais promissor para 2026.
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A suinocultura brasileira entra na reta final de dezembro com estabilidade nos preços em SĂŁo Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e ParanĂĄ. A Associação Paulista de Criadores de SuĂnos (APCS) informou que a Bolsa de SuĂnos de SĂŁo Paulo manteve o preço em R$ 9,33 por arroba.Â
No mercado mineiro, os preços dos animais seguem com estabilidade por mais uma semana e o valor estĂĄ ao redor de R$ 8,50/kg, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informaçÔes da Associação Catarinense de Criadores de SuĂnos (ACCS), os preços dos suĂnos seguiram com estabilidade na semana, na qual estĂŁo precificados em R$ 8,57/kg. No estado do ParanĂĄ, considerando a mĂ©dia semanal (entre os dias 04/12/2025 a 10/12/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do SuĂno LAPESUI/UFPR teve alta de 3,09%, fechando a semana em R$ 8,68. No comparativo mensal das mĂ©dias semanais, o preço do kg/vivo do suĂno no ParanĂĄ apresentou alta de 3,45% em relação Ă semana do dia 12/11/2025.
APCS/Â Asemg/ ACCS/ LAPESUI/UFPR
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SuĂnos/Cepea: ExportaçÔes tĂȘm maior queda mensal desde 2015
Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que as exportaçÔes brasileiras de carne suĂna caĂram 26,3% de outubro para novembro, a maior queda mensal desde dezembro de 2015, quando a retração foi de 28,5%.
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Foram 105,2 mil toneladas da proteĂna embarcadas no mĂȘs passado, o menor volume desde janeiro deste ano, ficando abaixo tambĂ©m da quantidade de novembro/24, de 111,5 mil toneladas. JĂĄ no acumulado de 2025 (atĂ© novembro), o total exportado supera o de 2024 inteiro, somando 1,35 milhĂŁo de toneladas, ante 1,33 milhĂŁo de toneladas do ano passado. Quanto aos abates, dados do IBGE analisados pelo Cepea indicam que o volume de suĂnos abatido no terceiro trimestre deste ano foi o maior da histĂłria, com quase 1,5 bilhĂŁo de quilos produzidos entre julho e setembro em todo o PaĂs. Em comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 5,3%, e, frente a igual intervalo do ano passado, de 6,1%. Analistas do Cepea ressaltam que, historicamente, o terceiro trimestre Ă© o pico de produção do ano, enquanto o quarto, o menor.
CEPEA
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EMPRESAS
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Copacol distribui R$ 221 milhÔes em sobras aos cooperados
Cooperativa também terå uma reserva de R$ 180 milhÔes à avicultura e R$ 20 milhÔes à suinocultura. A Copacol possui mais de 10 mil cooperados, e faturou R$ 10,6 bilhÔes em 2024
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A Copacol, com sede em CafelĂąndia (PR), anunciou pagamento de R$ 221 milhĂ”es em sobras (lucros) a seus cooperados. Segundo o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, o valor serĂĄ pago em duas parcelas. A primeira serĂĄ depositada nesta sexta-feira (12/12) e a segunda em 30 de janeiro de 2026. No ano passado, a cooperativa distribuiu R$ 261 milhĂ”es em sobras. AlĂ©m do total distribuĂdo, a Copacol terĂĄ uma reserva de R$ 180 milhĂ”es Ă avicultura e R$ 20 milhĂ”es Ă suinocultura. âOs resultados foram muito bons apesar do cenĂĄrio desafiador ocasionado pelos mercados nacional e internacional. Mesmo assim, o desempenho da cooperativa foi positivo e atingimos as metas em nossas atividades [...]â, disse Pitol. De acordo com a Copacol, a suinocultura teve o melhor desempenho entre as atividades, onde o produtor receberĂĄ R$ 72 por suĂno entregue. Na avicultura, o pagamento total pode chegar a R$ 2,08 por ave. Na operação agrĂcola, os cooperados receberĂŁo R$ 2,20 por saca de soja fixada na cooperativa; R$ 1 por saca de milho/trigo; 3,6% sobre a participação na retirada de insumos; 2% sobre a participação em supermercado e raçÔes; R$ 15 por saca de cafĂ©; R$ 0,12 por litro de leite. O pagamento desses valores serĂĄ dividido em duas parcelas, 50% na sexta-feira e o restante apĂłs a Assembleia Geral OrdinĂĄria, marcada para o dia 30 de janeiro de 2026. A Copacol possui mais de 10 mil cooperados, e faturou R$ 10,6 bilhĂ”es em 2024.
GLOBO RURAL
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Minerva alerta pecuaristas apĂłs China detectar resĂduo acima do limite na carne bovina do Brasil
DetecçÔes na China e UE elevam preocupaçÔes sobre impactos nas exportaçÔes em meio a processo de salvaguardas no gigante asiĂĄtico e protecionismo global. Lote de carne bovina brasileira foi recolhido em pelo menos 11 paĂses do bloco europeu na Ășltima semana
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A Minerva Foods informou, nesta semana, por meio da rede social do âLaço de Confiançaâ, dedicada ao programa de relacionamento com os pecuaristas, que a China detectou nĂveis acima do permitido do carrapaticida fluazuron em alguns lotes enviados pelo Brasil ao PaĂs.Â
O comunicado da companhia, que Ă© lĂder em exportação de carne bovina e derivados da AmĂ©rica do Sul e uma das maiores do mundo, disse que, a partir de agora, a fiscalização deve ser reforçada, pois qualquer nova ocorrĂȘncia poderĂĄ prejudicar as relaçÔes comerciais entre os dois paĂses. âSeguir corretamente as orientaçÔes de uso â incluindo dose, forma de aplicação e perĂodo de carĂȘncia â Ă© essencial para assegurar a conformidade dos embarques, fortalecer a relação com compradores internacionais e preservar a credibilidade do nosso produtoâ, enfatiza o alerta emitido aos pecuaristas.
ESTADĂO/AGRO
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Valor Bruto da Produção Agropecuåria do Paranå deve ultrapassar R$ 200 bilhÔes em 2025
Segundo projeçÔes do Deral, a marca de R$ 200 bilhĂ”es no VBP em 2025 serĂĄ alavancada pelo salto da produção agrĂcola paranaense, especialmente com a safra recorde de grĂŁos. Ao mesmo tempo, a pecuĂĄria paranaense mantĂ©m desempenho favorĂĄvel.
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Segundo o Boletim Conjuntural desta semana, do Departamento de Economia Rural (Deral), a combinação do excelente resultado da safra de grĂŁos e o crescimento da pecuĂĄria deve fazer o Valor Bruto da Produção (VBP) do Estado ultrapassar os R$ 200 bilhĂ”es. Em 2024, o VBP do ParanĂĄ ficou em R$ 188,4 milhĂ”es. âO VBP representa, de forma simples, todo o faturamento gerado pela produção agropecuĂĄria dentro do Estado. Ou seja, soma quanto vale o que Ă© produzido nas lavouras, na pecuĂĄria e em outras cadeias do campo. Ă um indicador importante porque mostra a potĂȘncia do agro, ajuda a dimensionar o impacto das safras sobre a renda regional e orienta decisĂ”es de polĂticas pĂșblicas, planejamento e investimentosâ, explica a economista do Deral, Larissa Nahirny. De acordo com ela, a expectativa do VBP paranaense superior a R$ 200 bilhĂ”es deve ser confirmada, com nĂșmeros mais detalhados, jĂĄ no prĂłximo semestre. A soja e o milho da segunda safra se destacam com recuperação significativa de volume, e preços relativamente estĂĄveis. No conjunto, apenas essas cadeias jĂĄ garantem incremento de aproximadamente R$ 10 bilhĂ”es ao VBP, ultrapassando R$ 81 bilhĂ”es na agricultura. A soma do valor gerado por frangos, bovinos, suĂnos, leite e ovos alcança cerca de R$ 66 bilhĂ”es, avanço superior a 10% em relação ao ano anterior. Dentro desse quadro, a tilĂĄpia segue ganhando espaço. Embora sua contribuição seja menor que a das grandes proteĂnas animais produzidas no Estado, a piscicultura tem crescido acima da mĂ©dia e, consequentemente, sua participação no VBP foi ampliada. SUĂNOS â Em novembro de 2025, o Chile comprou pela primeira vez um volume significativo de carne suĂna produzida no ParanĂĄ, somando 346,2 toneladas. A negociação foi possĂvel porque o Estado passou a ser reconhecido como ĂĄrea livre de febre aftosa sem vacinação. O Chile jĂĄ Ă© o terceiro principal importador da carne suĂna brasileira e, para 2026, a expectativa Ă© que se consolide entre os principais compradores do ParanĂĄ. BOVINOS â A oferta de carne bovina no mercado interno caiu 5% em novembro, segundo o Centro de Estudos Avançado em Economia Aplicada (Cepea), devido ao aumento das exportaçÔes. Isso sustenta preços elevados, com a arroba em torno de R$ 322,50. No atacado paranaense, os cortes de dianteiro e traseiro subiram 2,7% e 7,5% em novembro, respectivamente. As festas de fim de ano tendem a manter esses preços firmes.
FRANGO â Nos trĂȘs primeiros trimestres de 2025, foram abatidos 4,975 bilhĂ”es de frangos no PaĂs â um crescimento de 2,2%. O ParanĂĄ se manteve como o maior produtor nacional, com 1,711 bilhĂŁo de aves abatidas e 3,707 milhĂ”es de toneladas de carne. O Estado respondeu por 34% de todos os abates do Brasil e por quase 35% da produção nacional. OVOS â A produção brasileira de ovos chegou a 3,045 bilhĂ”es de dĂșzias entre janeiro e setembro de 2025, um aumento de 6,9%. O ParanĂĄ permaneceu em oitavo lugar no ranking nacional, com 154 milhĂ”es de dĂșzias, 1,5% acima do registrado no ano anterior. Na produção de ovos para incubação â usados para gerar pintos de corte e de postura â o ParanĂĄ Ă© lĂder absoluto, respondendo por 31,3% do total nacional. SOJA â O plantio da soja estĂĄ concluĂdo no ParanĂĄ, totalizando 5,77 milhĂ”es de hectares. A maior parte das lavouras segue em condiçÔes propĂcias, mas houve uma pequena queda: 88% estĂŁo classificadas como boas, 10% como medianas e 2% como ruins. O clima menos favorĂĄvel de novembro â com dias mais frios, menos sol e chuvas fortes acompanhadas de granizo â contribuiu para essa mudança. Esse atraso no desenvolvimento das plantas pode estender o ciclo da soja e, assim, atrasar o plantio do milho segunda safra em 2026. Mas a expectativa Ă© de uma boa colheita, desde que o produtor mantenha atenção ao clima.
AGĂNCIA ESTADUAL DE NOTĂCIAS
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Em novembro, IBGE prevĂȘ safra de 345,9 milhĂ”es de toneladas para 2025 e de 335,7 milhĂ”es de toneladas para 2026
Em novembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 345,9 milhÔes de toneladas, 18,2% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhÔes de toneladas), com crescimento de 53,2 milhÔes de toneladas; e 0,1% acima da informada em outubro, com acréscimo de 313,7 mil toneladas.
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A ĂĄrea a ser colhida Ă© de 81,5 milhĂ”es de hectares, crescimento de 3,1% frente Ă ĂĄrea colhida em 2024, com aumento de 2,5 milhĂ”es de hectares, e acrĂ©scimo de 0,1% (66 804 mil hectares) em relação a outubro. O arroz, o milho e a soja sĂŁo os trĂȘs principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da ĂĄrea a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acrĂ©scimos de 5,8% na ĂĄrea a ser colhida do algodĂŁo herbĂĄceo (em caroço); de 10,9% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 4,2% na do milho (declĂnio de 5,7% no milho 1ÂȘ safra e crescimento de 7,0% no milho 2ÂȘ safra); e de 16,0% na do sorgo; ocorrendo declĂnios de 7,0% na do feijĂŁo e de 18,6% na do trigo. Em relação Ă produção, houve acrĂ©scimos de 11,5% para o algodĂŁo herbĂĄceo (em caroço); de 18,8% para o arroz em casca; de 14,5% para a soja; de 23,5% para o milho (crescimento de 12,4% para o milho 1ÂȘ safra e de 26,2% para o milho 2ÂȘ safra); de 35,4% para o sorgo; de 5,1% para o trigo; e para o feijĂŁo, ocorreu decrĂ©scimo de 3,0%. A safra brasileira de grĂŁos (cereais, leguminosas e oleaginosas), em 2025, deve somar 335,7 milhĂ”es de toneladas, declĂnio de 3,0% em relação a 2025 ou 10,2 milhĂ”es de toneladas. O declĂnio da produção em relação Ă safra 2025 deve-se Ă menor estimativa prevista, principalmente, para o milho (-6,8% ou -9,6 milhĂ”es de toneladas, sendo crescimento de 6,4% relativo Ă 1ÂȘ safra e declĂnio de 9,7% em relação Ă 2ÂȘ safra), para o sorgo (-14,6% ou -787,9 mil toneladas), para o arroz (-8,0% ou -1,0 milhĂŁo de toneladas), para o algodĂŁo herbĂĄceo â em caroço (-11,6% ou -1,1 milhĂŁo de toneladas), para o trigo (-4,0% ou -319,2 mil toneladas) e para o feijĂŁo 1ÂȘ safra (-3,5% ou -33,6 mil toneladas). Para a soja, a estimativa de produção foi de 166,0 milhĂ”es de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 141,6 milhĂ”es de toneladas (25,8 milhĂ”es de toneladas de milho na 1ÂȘ safra e 115,9 milhĂ”es de toneladas de milho na 2ÂȘ safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,6 milhĂ”es de toneladas; a do trigo em 7,9 milhĂ”es de toneladas; a do algodĂŁo herbĂĄceo (em caroço) em 9,9 milhĂ”es de toneladas; e a do sorgo em 5,4 milhĂ”es de toneladas. A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para todas as RegiĂ”es GeogrĂĄficas: Centro-Oeste (23,6%), Sul (10,3%), Sudeste (19,5%), Nordeste (7,7%) e Norte (21,9%). Quanto Ă variação mensal, apresentaram crescimentos na produção a Sul (0,3%), a RegiĂŁo Norte (0,4%) e a Sudeste (0,1%). A Centro-Oeste apresentou estabilidade (0,0%) e a Nordeste teve declĂnio (-0,3%). Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grĂŁos, com participação de 32,0%, seguido pelo ParanĂĄ (13,5%), GoiĂĄs (11,2%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,7% do total. Com relação Ă s participaçÔes regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,7%), Sul (25,0%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,0%) e Norte (6,4%).
IBGE
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ECONOMIA
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Dólar cai para perto dos R$5,40 com correção refletindo decisÔes de juros
O dólar fechou a quinta-feira em queda firme contra o real, em um movimento de correção, enquanto os investidores digeriram as decisÔes de juros do Copom e do Federal Reserve e a moeda norte-americana perdia força no exterior.
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O dĂłlar Ă vista fechou em queda de 1,08%, aos R$5,4086 na venda. Ăs 17h18, o contrato de dĂłlar futuro para janeiro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- caĂa 1,27% na B3, aos R$5,4260. Na quarta-feira, o Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, como esperado, e nĂŁo sinalizou quando poderĂĄ iniciar um ciclo de cortes nos juros, reforçando que a manutenção desse nĂvel por perĂodo bastante prolongado Ă© a estratĂ©gia adequada para levar a inflação Ă meta. "O ComitĂȘ avalia que a estratĂ©gia em curso, de manutenção do nĂvel corrente da taxa de juros por perĂodo bastante prolongado, Ă© adequada para assegurar a convergĂȘncia da inflação Ă meta", apontou o ComitĂȘ de PolĂtica MonetĂĄria (Copom) do BC no comunicado, adotando a palavra "adequada" no lugar de "suficiente", usada em novembro." Para a Wagner Investimentos, o comunicado do BC foi mais dovish do que o esperado. "No geral, entendemos a decisĂŁo como benigna para ativos de risco devido projeçÔes e retorno da compra de ativos", disse o relatĂłrio da casa, assinado por JosĂ© Faria JĂșnior. Horas antes do anĂșncio do Copom, o Fed cortou sua taxa bĂĄsica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75%, em uma votação dividida, mas sinalizou que provavelmente farĂĄ uma pausa antes de outra redução. A decisĂŁo da autarquia norte-americana enfraqueceu o dĂłlar, que perdeu terreno ao longo da sessĂŁo para a maioria das principais divisas globais, incluindo pares do real, o que favoreceu a moeda brasileira. Ăs 17h18, o Ăndice do dĂłlar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caĂa 0,22%, a 98,364. "Corte de 0,25 p.p. [do Fed] e manutenção de 15% [do Copom] ao ano aqui favorece o carry trade. O investidor estĂĄ fazendo a conta do diferencial de juros", disse Fernando Bergallo, CEO da FB Capital.
REUTERS
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Ibovespa fecha com alta marginal sustentada por Vale apĂłs BC
O Ibovespa fechou praticamente estĂĄvel nesta quinta-feira, assegurada pelo avanço da Vale, em meio ao forte recuo da Petrobras, um dia apĂłs o Banco Central manter a Selic em 15% ao ano, sem sinalizar o inĂcio de um ciclo de cortes de juros aguardado por investidores para 2026.
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Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa subiu apenas 0,07%, a 159.189,10 pontos, tendo chegado a 159.850,00 na mĂĄxima e 158.097,88 na mĂnima do dia. O volume financeiro somou R$22,5 bilhĂ”es. Ao manter a Selic em uma mĂĄxima em quase 20 anos na vĂ©spera, o BC reforçou que a manutenção desse nĂvel por perĂodo bastante prolongado Ă© a estratĂ©gia adequada para levar a inflação Ă meta, em um comunicado com poucas alteraçÔes, que incluĂram projeçÔes melhores para a inflação Ă frente. Para 2025, o BC mudou sua previsĂŁo para a inflação para 4,4% ante 4,6% em novembro, considerando o cenĂĄrio de referĂȘncia. Para o fechamento de 2026, a projeção caiu de 3,6% para 3,5%. Em relação ao segundo trimestre de 2027, atual horizonte relevante da polĂtica monetĂĄria, passou de 3,3% para 3,2%. Economistas do ItaĂș Unibanco reiteraram a previsĂŁo de um ciclo de afrouxamento de 2,25 pontos percentuais para 2026, com um primeiro corte em janeiro e a Selic encerrando o ano em 12,75%. Mas afirmaram que o comunicado foi mais duro do que esperavam e estabelece uma barra alta para um corte em janeiro. "Saberemos mais sobre a estratĂ©gia do Copom com a divulgação da ata na terça-feira, quando poderemos revisitar nossa projeção de curto prazo", afirmou a equipe chefiada pelo ex-diretor do BC, Mario Mesquita, em relatĂłrio a clientes.
Na curva futura de juros, a taxa do DI para janeiro de 2027 encerrou perto da estabilidade, com os investidores pouco alterando as apostas para a Selic em janeiro do prĂłximo ano, mas as taxas dos vencimentos longos cederam em paralelo ao recuo dos rendimentos dos Treasuries, favorecendo alguns papĂ©is na bolsa. O analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, tambĂ©m nĂŁo descarta fluxo de estrangeiros para o mercado acionĂĄrio brasileiro, uma vez que o dĂłlar tambĂ©m fechou em queda ante o real. Em dezembro atĂ© o dia 8, o saldo de capital externo na bolsa paulista estĂĄ negativo em R$1 bilhĂŁo. Em Wall Street, S&P 500 e Dow Jones registraram recordes de fechamento na esteira de um tom considerado menos "hawkish" do Federal Reserve na vĂ©spera, enquanto o Nasdaq recuou com previsĂ”es da Oracle deixando investidores cautelosos com as apostas em inteligĂȘncia artificial.
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Vendas no varejo do Brasil contrariam expectativas em outubro e tĂȘm maior alta em 7 meses
As vendas no varejo tiveram alta de 0,5% em outubro na comparação com o mĂȘs anterior, contra expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,1%.
Esse foi o resultado mais forte desde março, quando houve aumento de 0,7% nas vendas. Os dados divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE) mostraram ainda crescimento de 1,1% em relação ao mĂȘs do ano anterior, ante expectativa de recuo de 0,2%. A alta mensal "rompe com o padrĂŁo observado de variaçÔes pequenas ou negativas. Foi uma alta espalhada, pois o volume de vendas cresceu em sete dos oito setores investigados pela pesquisa", disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa no IBGE. Os varejistas brasileiros vĂȘm enfrentando um cenĂĄrio de polĂtica monetĂĄria restritiva, que restringe o crĂ©dito e o consumo, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho segue forte com renda elevada. Diante disso, o setor vem apresentando resultados mensais mais prĂłximos de zero ao longo do ano. O Banco Central decidiu na vĂ©spera manter a taxa Selic em 15% ao ano, como esperado, e nĂŁo sinalizou quando poderĂĄ iniciar um ciclo de cortes nos juros, reforçando que a manutenção desse nĂvel por perĂodo bastante prolongado Ă© a estratĂ©gia adequada para levar a inflação Ă meta. "O resultado parece mais uma recomposição de perdas dos Ășltimos meses do que uma mudança de tendĂȘncia. Nos Ășltimos sete meses, o setor varejista contraiu em cinco, sendo um dos setores mais afetados pelas condiçÔes monetĂĄrias adversas e menor confiança do consumidor", avaliou AndrĂ© ValĂ©rio, economista sĂȘnior do Inter. Mostraram resultados positivos em outubro Equipamentos e material para escritĂłrio, informĂĄtica e comunicação (3,2%), CombustĂveis e lubrificantes (1,4%), MĂłveis e eletrodomĂ©sticos (1,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%), Outros artigos de uso pessoal e domĂ©stico (0,4%), Artigos farmacĂȘuticos, mĂ©dicos, ortopĂ©dicos e de perfumaria (0,3%) e Hiper, supermercados, produtos alimentĂcios, bebidas e fumo (0,1%). O Ășnico resultado negativo foi de Tecidos, vestuĂĄrio e calçados, com queda de 0,3% das vendas. "Essa queda se deu, principalmente, pela parte de vestuĂĄrio, de produtos de moda e acessĂłrios", segundo Santos. No comĂ©rcio varejista ampliado, que inclui as atividades de veĂculos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentĂcios, bebidas e fumo, houve alta de 1,1% em relação a setembro.
As vendas de veĂculos e motos, partes e peças aumentaram 3,0% e as de material de construção tiveram expansĂŁo de 0,6% em outubro.
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