top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 1007 DE 08 DE DEZEMBRO DE 2025

  • prcarne
  • há 11 minutos
  • 21 min de leitura
ree

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 1007 | 08 de dezembro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Fundamentos de alta no mercado do boi gordo

Ao longo da 1ª semana de dez/25, o mercado de SP registrou altas de R$ 2/@ para o boi gordo sem padrão-exportação e de R$ 1/@ para o “boi-China”, disse a Scot Consultoria. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de sete dia. Boi China: PARANÁ: R$ 326/@ (à vista) e R$ 330,00/@ (prazo)

 

Ao longo da primeira semana de dezembro/25, o mercado de São Paulo registrou altas de R$ 2/@ para o boi gordo sem padrão-exportação e de R$ 1/@ para o “boi-China”, de acordo com a apuração da Scot. “Essas valorizações foram fundamentadas pela boa demanda por carne bovina no mercado doméstico e pelo bom desempenho das exportações, somados a uma oferta de boiadas que tem atendido à demanda, mas sem excedentes”, ressaltou a Scot Consultoria. Na sexta-feira (5/12), porém, os negócios começaram em ritmo mais lento, movimento comum para o dia da semana, observa a Scot. “Frigoríficos com escalas mais alongadas ofertam valores abaixo da referência, mas a ponta vendedora se mantém firme nos preços pedidos”, relatou a consultoria. Com isso, os preços dos animais terminados fecharam a semana estáveis, com o boi gordo “comum” cotado em R$ 322/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” segue valendo R$ 326/@ (valores brutos, no prazo), conforme os números da Scot. “Para a segunda semana do mês, o viés é de preços firmes e demanda consistente”, antecipam os analistas. Na avaliação da Agrifatto, a combinação de demanda doméstica robusta e embarques firmes, com possível retomada dos envios aos EUA, sustenta um viés positivo para os preços do boi gordo. Em novembro/25, as exportações de carne bovina in natura totalizaram 318,5 mil toneladas, superando pelo terceiro mês consecutivo a marca das 300 mil toneladas, informou a Scot Consultoria. O desempenho colocou o mês como o segundo maior volume da série histórica, ultrapassando setembro/25 e ficando atrás de outubro/25, com uma diferença de 2,1 mil toneladas. Segundo observa a Scot, embora outubro/25 permaneça como o mês com o maior volume total exportado, novembro/25 registrou a maior média diária de embarques da história. “O mês só não assumiu a liderança no acumulado porque teve três dias úteis a menos”, relatam os analistas da Scot. A média diária atingiu 16,7 mil toneladas embarcadas e a cotação média da tonelada ficou em US$ 5,5 mil, 13,1% acima do vigente em novembro do ano passado. De acordo com previsão da Scot, com desempenho de dezembro, o faturamento total deve superar a marca de US$ 15 bilhões em 2025. “Para dezembro, a expectativa é de que o ritmo permaneça firme, sustentado pela demanda aquecida, especialmente devido à redução das tarifas norte-americanas, e pela sazonalidade das compras dos EUA, concentradas entre o fim e o início do ano”, estimou a Scot. Soma-se a isso, diz a consultoria, a demanda da China, que, embora o país mantenha investigações de salvaguarda em curso, teve o anúncio de adiamento da decisão, agora prevista para janeiro de 2026, não prejudicando o Brasil temporariamente. Cotações do boi gordo da sexta-feira (5/12), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$330,00. Média: R$325,00. Vaca: R$305,00. Novilha: R$315,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$295,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$300,00 por arroba. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do “boi-China” na sexta-feira (5/12), de acordo com levantamento diário da Scot Consultoria: SÃO PAULO: R$ 322,50/@ (à vista) e R$ 326,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto região Sul): R$ 316,50/@ (à vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 313,50/@ (à vista) e R$ 317,00/@ (prazo). GOIÁS: R$ 311,50/@ (à vista) e R$ 315,00/@ (prazo). PARÁ/PARAGOMINAS: R$ 306,50/@ (à vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARÁ/REDENÇÃO E MARABÁ: R$ 304,00/@ (à vista) e R$ 307,00/@ (prazo). RONDÔNIA: R$ 277,00/@ (à vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPÍRITO SANTO: R$ 302,00/@ (à vista) e R$ 305,00/@ (prazo). TOCANTINS: R$ 303,00/@ (à vista) e R$ 306,00/@ (prazo).

AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA


Menor oferta de bovinos em 2026 para abate deve encarecer a carne

Economistas e pecuaristas preveem alta do boi gordo com retenção de fêmeas; “Será mais um ano positivo para a carne, beneficiado por fatores domésticos”, afirma Andréa Angelo

 

Após resultados históricos em 2025, mesmo com o tarifaço americano entre agosto e meados de novembro, a indústria exportadora de carne bovina acredita que 2026 será um ano de estabilidade nos negócios, com exportações próximas do recorde de 3,2 milhões de toneladas que deverá ser confirmado neste ano, e nos preços aos consumidores brasileiros. Contudo o cenário mais complexo, com a volta dos Estados Unidos às compras, dúvidas sobre o fluxo comercial com a China e possível mudança na oferta de animais para abate, já alimenta discussões entre analistas sobre o comportamento dos preços da carne ao consumidor em 2026. O possível encarecimento do churrasco brasileiro retornará ao cardápio em um ano eleitoral. O consumo de carne bovina tradicionalmente aumenta com a maior liberação de dinheiro na economia em períodos assim, mas deve haver aperto na oferta no segundo semestre. O endividamento das famílias também pode nublar esse panorama. Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, disse que a projeção para 2026 é de cotação da arroba entre R$ 320 no primeiro semestre até R$ 360 no segundo semestre. Se confirmado esse patamar de valor médio de R$ 340 por arroba, a alta no preço da carne bovina pode ser de 10%. “Será mais um ano positivo para a carne bovina, beneficiado também por fatores domésticos, como ano eleitoral, possível impacto do imposto de renda sobre a renda disponível, Copa do Mundo e melhora esperada no consumo interno”, avaliou. Fábio Romão, economista da 4intelligence, acredita em uma consolidação de alta de 1,7% na carne bovina consumida nos lares dos brasileiros em 2025, sobre uma base já elevada de 2024, quando os preços subiram 20,8%. Em 2026, ele projeta nova aceleração, para 6,9%, influenciada pelas características do ciclo pecuário e a dinâmica de exportações. O ciclo pecuário é um movimento independente de políticas e estímulos de consumo, formado antes e com consequências de longo prazo, lembrou Lygia Pimentel, executiva da consultoria Agrifatto. A pressão na cotação do boi entre 2022 e 2024 levou os pecuaristas brasileiros a mandarem mais fêmeas para o abate no período, até mesmo as matrizes, usadas para dar cria. Esse movimento está no pico em 2025. Até junho, 49,8% dos animais abatidos eram fêmeas. O número maior de abate fez aumentar a oferta de carne e o Brasil ficou ainda mais competitivo no mercado internacional. O produto ficou 22% mais barato que a média ponderada de preços dos principais concorrentes nas exportações, como Estados Unidos, Austrália e Argentina, disse Pimentel. Em outros anos, a diferença dos preços brasileiros era de 15%. Agora, o ciclo começa a se inverter, com maior retenção de fêmeas no pasto. Mas o processo é longo até elas gerarem novas crias e isso se reverter em mais oferta para os frigoríficos novamente, completou a especialista. “Em 2026, devemos começar a reduzir a participação dessas fêmeas no abate por falta de estoque. Apenas isso já faz reduzir a oferta do produto no mercado”, afirmou. “Há um ambiente de inflação oculta e endividamento que não favorece pagar mais para levar carne para casa. O cenário é de menor oferta e disponibilidade, com o Brasil competitivo no mercado internacional”, avaliou. A expectativa da Agrifatto é que o Brasil vai encerrar este ano com 42,07 milhões de cabeças abatidas e produção de 10,8 milhões de toneladas de carne. A projeção é de recuo de 4,7% nos abates e de 5% no volume produzido em 2026. “O pico deve ficar para 2027. Precisamos ver quando será a reversão do movimento. Estamos saindo de período de produção formal de carne bovina que nunca tinha sido vista antes”, afirmou Lygia Pimentel. Do lado dos pecuaristas, há mais otimismo. O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Júnior, vê possibilidade de alta nos abates em 2026, para cerca de 7,2 milhões de cabeças no Estado, maior produtor do país. Em 2025, serão cerca de 7 milhões de animais abatidos. Segundo ele, não faltará carne em 2026, principalmente para o mercado interno, que consome cerca de 70% da proteína.

Com o “pé fincado” na fase de alta do ciclo pecuário agora, o dirigente acredita em aumento mais firme da cotação da arroba, saindo dos atuais R$ 310 para mais perto dos R$ 400, apenas no segundo semestre de 2026, acompanhado de incremento do preço da carne no varejo de 10% a 15%. “Isso não está relacionado à oferta, mas sim à demanda, que aumenta, principalmente em ano eleitoral, quando há um giro maior de dinheiro livre no mercado”, apontou. As exportações de carne bovina in natura chegaram a 3,1 milhões de toneladas no acumulado até novembro e devem encerrar 2025 com 3,2 milhões de toneladas e faturamento acima de US$ 16 bilhões. Em 2024, foram embarcadas 2,8 milhões de toneladas, com receita de US$ 12 bilhões.

GLOBO RURAL

 

Exportações de carne bovina in natura atingem média diária recorde

As exportações de carne bovina in natura de novembro tiveram a maior média diária da história, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). Ao longo do mês, 16.762 toneladas por dia foram enviadas ao exterior.

 

No entanto, por conta do menor número de dias úteis, o total embarcado em novembro não superou outubro, somando com 318,5 mil toneladas, uma queda de 0,65% em relação às 320,6 mil toneladas registradas no mês anterior. Mesmo assim, foi o segundo maior volume mensal da série histórica. Em relação a outubro de 2024, houve crescimento de 39,6%. O preço por tonelada foi de US$ 5.508,8, gerando uma receita de US$ 1,754 bilhão para as exportações de novembro. O montante foi 57,9% maior do que no mesmo mês de 2024, mas ficou 1,18% menor do que outubro. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que o resultado impressiona ainda mais considerando que os envios à China e EUA recuaram no mês. Os dois destinos que tiveram forte incremento foram Rússia e Indonésia. Ambos compraram o maior volume de carne bovina brasileira da série histórica, com 20 mil e 14 mil toneladas, respectivamente. Faltando um mês para o final do ano, o resultado expressivo de novembro elevou as exportações no acumulado de 2025 para 14,9 milhões de toneladas, superando em 10% o total embarcado em 2024 (11,66 milhões de toneladas).

GLOBO RURAL

 

SUÍNOS

 

Embarques de carne suína chegam a 106,5 mil tons no mês

Já as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 106,5 mil toneladas em novembro, volume 12,5% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 121,1 mil toneladas.  

 

A receita do período chegou a US$ 248,2 milhões, saldo 14,9% menor em relação ao ano anterior, com US$ 291,7 milhões. No ano, os embarques de carne suína acumulam alta de 10,4%, com 1,372 milhão de toneladas nos onze primeiros meses de 2025, contra 1,243 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior.  A receita registrada entre janeiro e novembro chegou a US$ 3,294 bilhões, número 18,7% maior em relação ao ano anterior, com US$ 2,774 bilhões. Filipinas foi o principal destino das exportações, com 350,1 mil toneladas (+49,1%), seguido por China, com 149 mil toneladas (-32,6%), Chile, com 109,1 mil toneladas (+5,8%), Japão, com 101,2 mil toneladas (+18,9%) e Hong Kong, com 99,1 mil toneladas (+1,8%). Santa Catarina, principal estado exportador, embarcou 688,4 mil toneladas entre janeiro e novembro (+50,73% em relação ao ano anterior).  Foi seguido pelo Rio Grande do Sul, com 317,3 mil toneladas (+17%), Paraná, com 214,9 mil toneladas (+25,7%), Mato Grosso, com 34,5 mil toneladas (+0,71%) e Minas Gerais, com 33,7 mil toneladas (+29,6%).

ABPA

 

FRANGOS

 

Frango/Cepea: Preço da carne interrompe 3 meses de alta e cai em novembro

Maior disponibilidade de frango vivo para abate acabou elevando a oferta de carne

 

Os preços da carne de frango caíram em novembro, interrompendo três meses seguidos de alta, apontam levantamentos do Cepea. De acordo com agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, a maior disponibilidade de frango vivo para abate ao longo do mês acabou elevando a oferta de carne no mercado atacadista. Além disso, o movimento sazonal de enfraquecimento da demanda na segunda quinzena do mês causou queda nos valores no período – o que pressionou a média mensal. No atacado da Grande São Paulo o frango inteiro congelado teve média de R$ 7,77/kg em novembro, baixa de 2,1% frente à de outubro. Para as próximas semanas, as expectativas de colaboradores do Cepea são divergentes. Uma parte do setor está otimista e à espera de reações nos preços, fundamentados no possível aquecimento na venda de aves neste período de final de ano. Outros agentes, porém, estão atentos à oferta de animal vivo acima da procura, que tenderia a manter o mercado da carne pressionado.

Cepea

 

Exportações de carne de frango totalizam 434,9 mil tons em novembro

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 434,9 mil toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). 

 

O volume foi 6,5% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com 465,1 mil toneladas. No mês, a receita dos embarques chegou a US$ 810,7 milhões, saldo 9,3% menor em relação ao décimo primeiro mês do ano passado, com US$ 893,4 milhões. No ano (janeiro a novembro), as exportações de carne de frango alcançaram 4,813 milhões de toneladas, volume 0,7% menor em relação aos onze primeiros meses de 2024, com 4,845 milhões de toneladas. Em receita, o total do ano até novembro chegou a US$ 8,842 bilhões, número 2,5% menor em relação ao ano passado, com US$ 9,071 bilhões. Emirados Árabes Unidos é o principal destino das exportações do setor em 2025, com 433,8 mil toneladas embarcadas entre janeiro e novembro (+2,1% em relação ao ano anterior).  Em seguida estão Japão, com 367,4 mil toneladas (-10,8%), Arábia Saudita, com 362,6 mil toneladas (+6,3%), África do Sul, com 288,6 mil toneladas (-4,6%) e México, com 238,2 mil toneladas (+16,2%). Principal estado exportador brasileiro, o Paraná embarcou 1,915 milhão de toneladas em 2025 (3,94% menor em relação ao mesmo período do ano anterior), seguido por Santa Catarina, com 1,086 milhão de toneladas (+1,76%), Rio Grande do Sul, com 615 mil toneladas (-3,25%), São Paulo, com 297 mil toneladas (+9,57%) e Goiás, com 246 mil toneladas (+10,69%).

ABPA

 

INTERNACIONAL

 

Como a China pode influenciar o preço da carne bovina no Brasil em 2026

Parceiro comercial deve divulgar decisão sobre a aplicação ou não de salvaguardas no fim de janeiro. Embarques em 2025 somaram mais de 1,5 milhão de toneladas e US$ 8 bilhões em receita

 

O ponto de interrogação no mercado pecuário para 2026 é a China, destino da metade dos embarques brasileiros neste ano, que poderá divulgar a decisão sobre a aplicação ou não de salvaguardas na importação da proteína no fim de janeiro. O cenário de preços internos da carne bovina pode ser impactado com potenciais implicações desse processo e eventual diminuição da demanda pelo produto brasileiro. Em 2024, o Brasil embarcou 1,3 milhão de toneladas aos chineses, principal mercado dos frigoríficos nacionais. Em 2025, o volume será recorde novamente. Até novembro, foram mais de 1,5 milhão de toneladas e US$ 8 bilhões em receita. A investigação ainda gera preocupação no setor, segundo alguns empresários ouvidos reservadamente pela reportagem. O viés de recuo nas compras chinesas, porém, seria para o patamar de 2024 e não um corte mais acentuado, analisam os executivos. A avaliação setorial é de que haverá um freio em novas habilitações de plantas, medida considerada crucial para a virada de chave na rentabilidade de um frigorífico no país. Uma fonte do setor argumentou que poderá haver novas autorizações em 2026, mas apenas para substituir eventuais unidades que poderão ser deslistadas. Ou seja, o número de empresas autorizadas a vender para os chineses continuaria igual, mas haveria troca de uma por outra. A Warren Investimentos aponta quatro possíveis frentes de endurecimento regulatório com a investigação: controles alfandegários mais rigorosos, criação de cotas para produtos importados, suspensão adicional de plantas e crédito mais restrito para importação. O governo chinês argumenta que a carne importada afeta a indústria doméstica, o que exige medidas de proteção. “Essas potenciais mudanças reforçam a necessidade de monitoramento contínuo, tanto pelos impactos no fluxo comercial quanto pelos efeitos indiretos sobre preços e expectativas", afirmou a consultoria em relatório elaborado há poucos dias. Andréa Angelo, economista da Warren, disse que se a China tivesse anunciado salvaguardas no fim de novembro, como estava previsto, poderia haver uma correção de preços no mercado físico, com queda na arroba do boi em dezembro. Com uma base mais baixa nesse fim de ano, a alta da carne no varejo em 2026 poderia ser ainda mais intensa, de 13%. Lygia Pimentel, diretora-presidente da consultoria Agrifatto, acredita que o possível estabelecimento de cotas e a imposição de tarifas em torno de 10% não tiram a competitividade das exportações brasileiras para a China e que o fluxo comercial deverá ser mantido sem grandes alterações.

VALOR ECONÔMICO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Bubalinocultura cresce no Paraná com foco em carne magra e leite nutritivo

Com ações do IDR-Paraná, produção de búfalos deve ter salto de 50% na renda dos criadores

Carnes mais magras e leite mais nutritivo

 

Estamos falando da bubalinocultura (cultura de búfalos) que conta com um rebanho de 35 mil animais no Paraná, concentrados majoritariamente no Vale do Ribeira, que abriga 70% do rebanho de búfalos do estado. Conforme informações do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a bubalinocultura contribuiu com R$ 39,1 milhões para o Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná, em 2024. Desses valores, R$ 27,9 milhões vieram da comercialização de bubalinos de corte, e R$ 11,2 milhões do leite de búfala. Para desenvolver essa cadeia produtiva, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Seab, promoveu em Itaperuçu o III Encontro Regional de Produtores de Búfalo do Vale do Ribeira. O evento reuniu 126 produtores de búfalo da região e teve o apoio da prefeitura do município e da Associação dos Produtores de Leite de Búfala de Campo Largo e Vale do Ribeira (AproleVale). Esse evento faz parte das ações que o IDR-Paraná vem movimentando no sentido de atender à demanda dos produtores e trabalhar quatro eixos essenciais para a bubalinocultura: sanidade, nutrição, genética e comercialização. “Ao trabalharem esses quatro eixos junto ao Instituto, a rentabilidade para os produtores de búfalo deve crescer 50% até o final de 2026”, estima Juliano de Lima Souza, assessor regional de extensão do IDR-Paraná, que coordenou o encontro.  Ele conta que o primeiro eixo começou a ser tratado em novembro, quando veterinários do IDR-Paraná iniciaram os exames de brucelose e tuberculose nos rebanhos, uma exigência do mercado de lacticínios. Para Juliano, a bubalinocultura se destaca pela rusticidade dos animais – que se adaptam bem a diferentes terrenos e são mais resistentes a doenças – e pela produção de carne e leite de alto valor agregado. “A carne de búfalo é considerada uma proteína nobre e com baixo teor de gordura, e o leite de búfala é mais nutritivo e mais digestivo do que o leite de vaca, sendo matéria-prima para queijos de alto valor, como a muçarela de búfala”, explica. O produtor Wellington Vinícius Paris, de Itaperuçu, trocou o gado Nelore por búfalo e se diz satisfeito com a escolha. “Eu não imaginava que um búfalo, pelo seu porte tão avantajado, fosse uma espécie mais dócil do que os bovinos, mas de fato é. Além disso, a produção de leite é maior do que em relação ao leite de vaca, então resolvemos investir nisso”, conta ele. Wellington tem um rebanho de 50 búfalos em Itaperuçu. 

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

Preços de alimentos e bebidas caem em todas as regiões do Paraná em novembro

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) registrou, em novembro, uma queda de 1,33%, resultando na menor variação para o mês desde 2020. Cerca de metade dessa queda está relacionada ao subgrupo leites e derivados, seguidos por tubérculos, raízes e legumes.

 

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas IPR – Alimentos e Bebidas registrou, em novembro, uma queda de 1,33%, resultando na menor variação para o mês desde 2020. Com isso, o IPR acumulado entre janeiro e novembro de 2025 foi de 0,46% e o índice acumulado em 12 meses foi de 1,64%, o menor resultado para essa métrica desde maio de 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Apenas em novembro, cerca de metade dessa queda está relacionada ao subgrupo leites e derivados, que influenciou o resultado mensal com -0,74 pontos percentuais (p.p.), seguidos por tubérculos, raízes e legumes com influência de -0,60 p.p. e cereais -0,09 p.p. Em termos de variação percentual, os preços médios de tubérculos, raízes e legumes apresentaram queda de 14,52% em novembro; enquanto leite e derivados caíram 5,29%. Dentre os produtos pesquisados, a queda mais expressiva ocorreu em tomate (-31,38%), seguido por abobrinha (-24,14%), pepino (-19,50%), leite integral (-8,96%) e melão (-6,61%). A produtividade de tomate, abobrinha e pepino foi impactada pela elevação da temperatura, fator que contribuiu para o amadurecimento desses frutos, resultando em ampliação da disponibilidade ao consumidor e retração dos preços. No mesmo sentido, o preço do leite foi reflexo da expansão da oferta, acarretando maior captação de leite. Em novembro, a queda do IPR espalhou-se por todos os municípios pesquisados. A retração mais expressiva foi registrada em Cascavel (-1,64%), acompanhada por Maringá (-1,62%), Foz do Iguaçu (-1,47%), Curitiba (-1,38%), Guarapuava e Ponta Grossa (-1,28%), Londrina (-1,25%), Umuarama (-1,05%) e Pato Branco (-0,99%). O subgrupo tubérculos, raízes e legumes registrou quedas de 17,18% em Cascavel, de 16,56% em Curitiba, de 16,19% em Maringá, de 15,43% em Foz do Iguaçu, de 14,72% em Pato Branco, de 13,73% em Ponta Grossa, de 13,54% em Guarapuava, de 13,25% em Londrina e de 9,89% em Umuarama. O preço do tomate caiu 37,07% em Cascavel, 35,72% em Maringá, 35,11% em Curitiba, 34,35% em Foz do Iguaçu, 33,17% em Pato Branco, 28,37% em Guarapuava, 28,09% em Londrina, 27,79% em Ponta Grossa e 21,30% em Umuarama. Na contramão da tendência, houve aumento de 5,05% no preço da banana-caturra, de 4,67% em cebola, 4,09% em maçã e de 3,62% em óleo de soja. Esses reajustes se devem a menores volumes ofertados por conta de transição de safras das frutas e do bulbo e pela demanda aquecida por óleo de soja. Regionalmente, a carne suína registrou alta de 2,04% em Maringá e de 1,61% em Cascavel, enquanto óleo e gorduras sofreram reajustes de 2,49% em Foz do Iguaçu, de 1,86% em Guarapuava e de 1,81% em Umuarama. A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,64%. Em termos regionais, ficou em 2,56% em Guarapuava, 2,18% em Pato Branco, 1,96% em Cascavel, 1,94% em Foz do Iguaçu, 1,64% em Umuarama, 1,38% em Maringá, 1,17% em Curitiba, 1,05% em Ponta Grossa e 0,93% em Londrina. 

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

Antecipação do 13º salário dos servidores terá impacto de R$ 148 milhões no PIB do Paraná

Estimativa feita em cima dos R$ 2,4 bilhões da folha de pagamento é do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Além do impacto no PIB, o uso do 13º para as compras de fim de ano deve gerar 441 empregos, aponta o estudo.

 

Na sexta-feira (5), o Governo do Estado paga antecipadamente o 13º salário a cerca de 155 mil servidores da ativa e a quase 131 mil aposentados e pensionistas. Com impacto de R$ 2,4 bilhões na folha de pagamento, o recurso extra trará um acréscimo de R$ 148 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, como mostra o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O cálculo se baseia no levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta que, em média, 35% do valor do benefício é direcionado para o consumo. E além do impacto no PIB, o uso do 13º para as compras de fim de ano deve gerar 441 empregos, aponta o Ipardes, levando em conta os impactos diretos e indiretos e o efeito-renda dos desembolsos. Outro reflexo é na arrecadação tributária. A estimativa do instituto é que o benefício eleve o montante de impostos em R$ 49 milhões, dada a maior movimentação econômica que será gerada pelo consumo em ascensão. “Além de beneficiar nossos servidores, que poderão se programar com os gastos de fim de ano, compras e férias, esse compromisso do Governo do Estado também impacta na economia do Paraná”, salientou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “A antecipação do 13º mostra que estamos com as contas em dia, temos solidez fiscal e estamos comprometidos com os servidores paranaenses”. De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o pagamento do 13º salário de forma integral demonstra a boa condição fiscal paranaense, com equilíbrio das contas públicas. “Ao alcançar, pelo segundo ano consecutivo, a nota máxima na Capacidade de Pagamento (CAPAG), que é um importante indicador da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o Governo do Paraná ressalta ainda mais o seu compromisso com a solidez fiscal, assegurando o pagamento antecipado dos direitos dos seus servidores”, disse. Já o secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, enaltece a qualidade da máquina estadual. “O pagamento antecipado do 13º salário mostra a valorização do Estado e reconhece a dedicação dos servidores estaduais”, ressaltou. Além do pagamento integral do benefício, o Governo do Estado também vai antecipar a folha salarial de dezembro, que será paga no dia 18, antes do Natal. Somada à folha de novembro, paga em 28 de novembro, e ao 13º salário, serão R$ 7,3 bilhões injetados na economia paranaense neste fim de ano.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS

 

ECONOMIA

 

Dólar tem forte alta e atinge R$5,4346 após Flávio Bolsonaro ser apontado pelo pai como candidato

O dólar disparou no Brasil e voltou a fechar acima dos R$5,40 na sexta-feira, com o mercado reagindo negativamente à notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu o filho Flávio como candidato à Presidência em 2026, para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

A visão do mercado é de que o nome de Flávio, senador pelo PL, inviabiliza a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) -- o favorito dos investidores para a disputa com Lula. O dólar à vista fechou aos R$5,4346, com forte alta de 2,34% -- o maior avanço percentual desde 10 de outubro deste ano, quando a moeda disparou 2,39% em meio ao mau humor do mercado com a política fiscal do governo. No ano, porém, a divisa acumula perdas de 12,05%. Às 17h21, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 2,40% na B3, aos R$5,4690. O dólar chegou a oscilar abaixo dos R$5,30 no início do dia no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, mas a indicação de Flávio para a corrida presidencial caiu como uma bomba no mercado. Preso por tentativa de golpe de Estado e inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro escolheu o senador Flávio Bolsonaro (PL) como candidato à Presidência em 2026, informou o Metrópoles no início da tarde. Posteriormente, a Reuters confirmou a informação com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o próprio Flávio disse no X que havia sido escolhido. Em reação, o dólar disparou ante o real, escalando rapidamente para acima dos R$5,40. “O mercado fez a leitura de que a candidatura de Flávio desarticula qualquer possível aliança mais ampla da direita. E com isso as chances de Lula para 2026 sobem substancialmente”, comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria FB Capital, acrescentando que houve um “movimento agudo especulativo”. O forte avanço do dólar ante o real esteve na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, onde investidores seguiam apostando em novo corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. Às 17h21, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,07%, a 99,009.

REUTERS

 

Ibovespa desaba com pré-candidatura de Flávio Bolsonaro revertendo começo de mês positivo

O Ibovespa desabou mais de 4% na sexta-feira, na maior queda em um dia desde fevereiro de 2021, pressionado por anúncio de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi escolhido pelo pai para ser candidato a presidente da República em 2026.

 

A forte correção ocorreu após o índice renovar recorde mais cedo no dia, quando ultrapassou os 165 mil pontos pela primeira vez. A piora na bolsa paulista teve como gatilho o noticiário sobre decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de escolher seu filho mais velho para ser o candidato do bolsonarismo à Presidência no ano que vem, confirmada pelo próprio senador em publicação no X. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 4,25%, a 157.462,94 pontos, de acordo com dados preliminares, após avançar a 165.035,97 na máxima do dia, renovando topo histórico. No pior momento, recuou a 157.006,61 pontos.

Com tal desempenho, a primeira semana de dezembro acabou com queda acumulada de 1,01%, ante acréscimo de mais de 3% até a véspera. No ano, o Ibovespa ainda sobe 30,91%.

O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somava R$40,95 bilhões antes dos ajustes finais.

REUTERS

 

Preços mundiais dos alimentos caem pelo terceiro mês em novembro, diz FAO

Os preços mundiais das commodities alimentares caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, com todos os principais alimentos básicos, exceto os cereais, apresentando declínio, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na sexta-feira.

 

O Índice de Preços de Alimentos da FAO, que acompanha uma cesta de commodities alimentares comercializadas globalmente, atingiu uma média de 125,1 pontos em novembro, abaixo dos 126,6 pontos revisados em outubro e o menor valor desde janeiro. A média de novembro também ficou 2,1% abaixo do nível do ano anterior e 21,9% abaixo do pico em março de 2022, após a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia, disse a FAO. A referência de preço do açúcar caiu 5,9% em relação a outubro, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2020, pressionado por amplas expectativas de oferta global, enquanto o índice de preços dos laticínios caiu 3,1% em um quinto declínio mensal consecutivo, refletindo o aumento da produção de leite e da oferta de exportação. Os preços dos óleos vegetais recuaram 2,6%, atingindo uma mínima de cinco meses, já que as baixas nas cotações da maioria dos produtos, incluindo o óleo de palma, superaram a alta do óleo de soja. Os preços das carnes retraíram 0,8%, com a carne suína e de aves liderando a queda, enquanto as cotações da carne bovina se estabilizaram após a remoção das tarifas dos EUA sobre as importações de carne bovina, disse a FAO. Em contrapartida, o preço de referência dos cereais da FAO aumentou 1,8% em relação ao mês anterior. Os preços do trigo subiram devido à demanda potencial da China e às tensões geopolíticas na região do Mar Negro, enquanto os preços do milho foram sustentados pela demanda por exportações brasileiras e por relatos de interrupções climáticas nos trabalhos de campo na América do Sul. Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO elevou a previsão de produção global de cereais para 2025 para um recorde de 3,003 bilhões de toneladas, em comparação com 2,990 bilhões de toneladas projetadas no mês passado, principalmente devido ao aumento das estimativas de produção de trigo. A previsão de estoques mundiais de cereais no final da temporada 2025/26 também foi revisada para cima, para um recorde de 925,5 milhões de toneladas, refletindo as expectativas de expansão dos estoques de trigo na China e na Índia, bem como estoques mais altos de grãos nos países exportadores, disse a FAO.

FAO

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 99697 8868 (whatsapp)

 

 
 
 

Comentários


bottom of page