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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 901 DE 10 DE JULHO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 901 | 10 de julho de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Arroba do boi mantém a queda

Em 09 de julho de 2025, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 305,00, com uma variação diária de -0,20%, segundo dados do Cepea/Esalq.

 

A Scot Consultoria, por sua vez, registrou preços de R$ 305,50 a R$ 309,00 em São Paulo (Barretos e Araçatuba) e R$ 296,50 a R$ 300,00 no Triângulo Mineiro. Em relação ao mercado futuro, contratos para outubro de 2025 na B3 apontam para R$ 329,55, enquanto para novembro de 2025 a cotação é de R$ 334,55, conforme a Scot Consultoria. Cotações do Boi Gordo em 09/07/2025 (Scot Consultoria): São Paulo (Barretos/Araçatuba): R$ 305,50 a R$ 309,00. MG Triângulo: R$ 296,50 a R$ 300,00. MG B. Horizonte: R$ 287,00 a R$ 290,00. Cotações do Boi Gordo (Mercado Futuro - B3): outubro/2025: R$ 329,55. Novembro/2025: R$ 334,55.

Scot Consultoria

 

Preço do boi gordo caiu no mercado de São Paulo

Houve lentidão nas vendas de carne bovina, o que levou a ponta compradora a adotar uma postura mais cautelosa. A semana começou com liquidez bem limitada no mercado pecuário, com muitos compradores e vendedores fora dos negócios

 

O preço do boi gordo caiu na terça-feira (8/7) em Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado pecuário. Segundo a Scot Consultoria, houve lentidão nas vendas de carne bovina, o que levou a ponta compradora a adotar uma postura mais cautelosa. A cotação do boi gordo nas praças paulistas recuou R$ 1, para R$ 309 a arroba no pagamento a prazo. Já os preços do "boi China", da vaca e da novilha se mantiveram estáveis. As escalas de abate estão, em média, para nove dias. Das 32 praças monitoradas pela Scot, 25 permaneceram com estabilidade no preço do boi gordo. Além de Araçatuba e Barretos, as cotações também caíram no sul de Minas Gerais, sul da Bahia, oeste do Maranhão, Marabá (PA) e Redenção (PA). O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que a semana começou com liquidez bem limitada no mercado pecuário, com muitos compradores e vendedores fora dos negócios. “Em São Paulo, as negociações estiveram mais travadas que em outros Estados. Frigoríficos têm oferecido preços menores, mas muitos pecuaristas recusam”, afirmou o Cepea. No mercado atacadista de carne, a Scot destaca que, apesar da expectativa de melhora nas vendas com a virada do mês, o desempenho do início de julho ficou abaixo do esperado para o período. Como resultado, as cotações de todas as categorias registraram queda. Na segunda-feira, no atacado da Grande São Paulo, a cotação da carcaça casada do boi capão caiu 2,8%, ou R$ 0,60 o quilo, enquanto a do boi inteiro recuou 2,8%, ou R$ 0,55 o quilo. Para a carcaça da vaca, o preço caiu 1,8%, ou R$ 0,35 o quilo. Já a da novilha teve recuo de 2,5%, ou R$ 0,50 o quilo.

Globo Rural

 

El Salvador autoriza carne bovina do Brasil

O governo brasileiro confirmou, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a aprovação do modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de carne bovina do Brasil para El Salvador. A decisão, anunciada pelas autoridades salvadorenhas, representa um avanço nas relações comerciais entre os dois países.

 

De acordo com o Mapa, o governo brasileiro recebeu, com satisfação, a decisão do governo de El Salvador de aprovar o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carne bovina do Brasil àquele país. A medida pode impulsionar as vendas do setor, tendo em vista o potencial do mercado importador salvadorenho. Em 2024, as exportações brasileiras de produtos agropecuários para El Salvador somaram mais de US$ 105 milhões. No mesmo período, o país centro-americano importou mais de US$ 283 milhões em carne bovina, o que amplia as perspectivas de participação brasileira nesse mercado. Com a nova autorização, o agronegócio nacional atinge 392 aberturas de mercado desde o início de 2023. O Mapa destacou que o resultado é fruto de esforços conjuntos com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em articulações voltadas à expansão da presença do Brasil no comércio internacional de produtos de origem animal.

MAPA

 

CARNES

 

Aquecida, exportação de carne vai a 4,8 milhões de t no semestre

Gripe aviária reduz em 22% ritmo das vendas de carne de frango em maio e junho

 

A gripe aviária fez a exportação de carne de frango cair 22% nos meses de maio e junho, em relação ao ritmo que ela vinha obtendo de janeiro a abril. Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações atingiram, em média, 453 mil toneladas mensais. Entre maio, mês do anúncio da doença e junho, quando 49 países estavam com algum tipo de restrição às importações brasileiras, a média mensal caiu para 355 mil toneladas. Mesmo com as restrições impostas à carne brasileira, o país terminou o semestre com vendas externas acumuladas de 2,6 milhões de toneladas, 0,5% a mais do que no primeiro semestre de 2024, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), consolidaram os dados de exportações deste primeiro semestre. Considerando os produtos "in natura" e os processados, o país colocou 4,8 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango no mercado externo, com receitas de US$ 13,8 bilhões no período. A demanda externa continuou forte e os preços subiram. Os preços médios da carne bovina neste ano estão 12% superiores aos de janeiro a junho de 2024. O Brasil continua sendo um grande fornecedor de proteína animal para o mundo, e novos mercados estão sendo incorporados à lista de importadores brasileiros. A China mantém a liderança, com a compra de 965 mil toneladas de proteína animal do Brasil neste ano, no valor de US$ 3,98 bilhões. As Filipinas, no entanto, têm-se mostrado um mercado crescente. De janeiro a junho deste ano, as compras das três principais carnes do Brasil pelos filipinos subiram para 320 mil toneladas, 34% a mais do que em igual período do ano passado. O país asiático já deixou US$ 600 milhões no Brasil com esses produtos neste ano. O aumento ocorre principalmente na compra de carne suína. No setor de carne bovina, o grande destaque são os países da América do Norte. As exportações brasileiras de carne bovina para a região subiram para 237 mil toneladas no primeiro semestre, 123% a mais do que em igual período do ano passado. As compras vêm praticamente de Estados Unidos e México. Este último elevou as importações para 52 mil toneladas, 189% a mais do que em igual período de 2024. Os Estados Unidos, principais importadores dessa proteína brasileira na região, adquiriram 182 mil toneladas, 112% a mais, segundo a Secex. Os Emirados Árabes Unidos, com a compra de 231 mil toneladas, lideraram as importações de carne de frango do Brasil no semestre. Vieram a seguir, China, Arábia Saudita e Japão. No setor de carne suína, as Filipinas estão à frente. O país levou 162 mil toneladas de produto brasileiro no primeiro semestre, 92% a mais do que no ano passado. China, Japão, Hong Kong e Chile vieram a seguir. A Ásia continua sendo o principal destino da carne suína brasileira. Os países da região importaram 464 mil toneladas neste ano, no valor de US$ 1,14 bilhão, aponta a Secex.

Folha de São Paulo

 

FRANGOS

 

Gripe aviária: 25 países já voltaram a comprar frango brasileiro 

África do Sul e Cingapura retomaram a compra do frango brasileiro, informou o Ministério da Agricultura em nota. Os países comunicaram ao governo brasileiro o fim das restrições ao frango nacional.

 

Ao todo, após a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) reconhecer o encerramento do caso de gripe aviária de alta patogenicidade registrado em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, 25 países importadores já retomaram a compra do frango brasileiro. As exportações foram retomadas sem qualquer tipo de embargo para África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cingapura, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã. Em contrapartida, as exportações de carne de frango de todo o território brasileiro continuam suspensas para 10 destinos. Estão pausados temporariamente os embarques de produtos avícolas brasileiros para Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste e União Europeia. A lista de mercados para os quais ainda estão suspensas as exportações do frango brasileiro inclui as nações que suspenderam as importações de produtos avícolas do Brasil e para os quais o Brasil interrompeu a certificação das exportações conforme prevê o acordo sanitário estabelecido com cada país. As suspensões temporárias e cautelares de compras de frango brasileiro de todo o território brasileiro, do Estado do Rio Grande do Sul, do município de Montenegro ou do raio de 10 km de onde o foco foi detectado estão previstas no protocolo sanitário acordado com o Brasil e os países importadores. Há ainda 17 mercados para os quais estão impedidas as exportações de frango proveniente do Rio Grande do Sul. É o caso da Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Belarus, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia. Catar e Jordânia suspenderam as compras de carne de frango e derivados do município de Montenegro (RS), onde o foco da doença foi detectado, conforme prevê o protocolo acordado pelos países com o Brasil. Já o Japão interrompeu a importação de frango dos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO), onde foram notificados casos de gripe aviária em produção de subsistência. Outros seis mercados limitaram a suspensão dos embarques para um raio de 10 quilômetros do foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP): Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão. 

Estadão Conteúdo

 

GOVERNO

 

Ministério publica preços mínimos da safra de verão 25/26

Milho foi o produto com o maior reajuste maior; soja foi o único item com o valor reduzido. Preço mínimo do milho teve reajuste de mais de 6%

 

O Ministério da Agricultura publicou, na quarta-feira (9/7), os preços mínimos definidos para os produtos da safra de verão 2025/26 e itens de cultivos regionais em 2026. O preço mínimo do arroz foi reajustado em apenas 0,16% para o cereal produzido no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O índice passará de R$ 63,64 para R$ 63,74, para a saca de 50 quilos do grão longo fino em casca, de fevereiro de 2026 a janeiro de 2027. No restante do país, a saca de 60 quilos ficou em R$ 80. Não houve reajuste nos preços do algodão em caroço (R$ 45,83) e em pluma (R$ 114,58) cotado pela arroba. Os preços mínimos da saca de 60 quilos do feijão preto (R$ 181,23) e do feijão em cores (R$ 152,91) não foram alterados. Para o leite, permanecem os índices de R$ 1,88 por litro no Sul e Sudeste, R$ 1,87 no Centro-Oeste (exceto Mato Grosso), R$ 1,38 na região Norte e em Mato Grosso e de R$ 2,17 no Nordeste. O milho foi o produto com reajuste maior. O preço mínimo evoluiu 6,22% no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, passando para R$ 55,64 a saca de 60 quilos em 2026. Na região Sudeste e no Paraná o incremento foi de 11,35%, para R$ 51,03. No Centro-Oeste e Norte (exceto Tocantins e Pará), houve aumento de 6,6%, para R$ 38,28. No oeste da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, a alta foi de 14,03%, para R$ 46,24. No restante do Nordeste, o reajuste chegou a 14,55%, para R$ 63,08. Nos Estados nordestinos, o preço vale de junho de 2026 a maio de 2027. Os mesmos reajustes percentuais aplicados ao milho valem para o sorgo, cujos preços variam de R$ 28,71, no Centro-Oeste e Norte (exceto Tocantins e Pará) a R$ 47,31 no Nordeste. A soja foi o único produto com preço reajustado para baixo. A queda foi de 6,87% e o índice, que vale para todo o Brasil de janeiro a dezembro de 2026, será de R$ 71,04 a saca de 60 quilos. No caso da mandioca, o preço mínimo da raiz ficou inalterado, em R$ 508,23 a tonelada, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e foi reajustado em 12,5%, para R$ 511,81 no Norte e Nordeste. A medida foi replicada no caso da farinha, que passou para R$ 2,43 o quilo no Norte e Nordeste, e da goma/polvilho, que foi para R$ 3,27 nessas regiões. Os novos preços estão próximos dos praticados no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e que foram mantidos, em R$ 2,45 no caso da farinha e em R$ 3,05 para a fécula de mandioca.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Adapar intensifica ações de educação sanitária contra brucelose e tuberculose

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) ampliou, no primeiro semestre de 2025, suas ações voltadas à educação sanitária para prevenção contra brucelose e tuberculose. Além da atuação na fiscalização e no cumprimento da legislação, a agência tem investido na orientação de produtores, profissionais e estudantes sobre boas práticas em saúde animal.

 

Responsável pela proteção do patrimônio pecuário do Estado, a agência tem como um dos principais focos dessas iniciativas o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (Pecebt). De janeiro a junho, a Adapar participou de três grandes eventos agropecuários voltados a produtores rurais, realizando diversas palestras técnicas e educativas. As ações aconteceram com o apoio de instituições parceiras dos setores público e privado. Os temas abordados foram a certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose; a nova da Adapar, que regulamenta o uso do Teste de Elisa como método complementar no saneamento de focos de tuberculose bovina e bubalina; e as atualizações e diretrizes do Pecebt, com foco na padronização e no fortalecimento das medidas de prevenção e controle. Essas ações impactaram aproximadamente 820 produtores rurais, mais de 200 médicos veterinários que atuam no programa como responsáveis pela vacinação contra a brucelose e realização dos exames de diagnóstico. Para a chefe da Divisão de Brucelose e Tuberculose da Adapar, Marta Freitas, as ações de educação sanitária são fundamentais para fortalecer a defesa agropecuária do Paraná. “Nosso objetivo é esclarecer sobre as ações do programa e reforçar as formas de vigilância, prevenção e controle da brucelose e da tuberculose, protegendo a saúde pública e visando à erradicação dessas doenças”, afirma. O Paraná apresenta baixa prevalência de brucelose e tuberculose, o que reforça a importância da vigilância contínua e da educação sanitária como estratégias para manter os índices sob controle e avançar na erradicação. Com informações claras e atualizadas, a tendência é que produtores, profissionais e a sociedade atuem de forma integrada pela saúde animal e pública.

ADAPAR

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos do Brasil e atribui ao caso Bolsonaro e a suposta 'censura' a redes

O americano ainda ameaçou taxação adicional de mais 50% em caso de retaliação por parte do Brasil 

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. Em carta endereçada ao presidente Lula, Trump atribui a taxação ao Brasil ao processo judicial contra Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe e já está inelegível após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A carte cita “ataques insidiosos” ao processo eleitoral e à liberdade de expressão no Brasil, mencionando medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra plataformas digitais dos EUA. E critica a forma como Bolsonaro é tratado, reforçando as afirmações de Trump em sua rede social. Enviada ao governo brasileiro e publicada no perfil de Trump no Truth Social, a carta foge do modelo padronizado até então adotado pelas correspondências, cujo argumento para as tarifas estava relacionado ao déficit comercial dos EUA com os respectivos parceiros comerciais. O americano ainda ameaçou taxação adicional de mais 50% em caso de retaliação do Brasil. Trump também anunciou que o Escritório do Representante Comercial dos EUA iniciará uma investigação acerca dos “ataques contínuos” do Brasil ao comércio digital de empresas americanas. Anteriormente, Trump havia ameaçado os países membros do Brics com uma tarifa de 10%.

Valor Econômico

 

Dólar sobe mais de 1% após Trump indicar que anunciará tarifa sobre o Brasil

O dólar à vista subiu ante o real na quarta-feira, ultrapassando os R$5,50, conforme os investidores mostraram aversão à moeda brasileira depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que anunciaria uma taxa tarifária sobre o Brasil.

 

O dólar à vista fechou com alta de 1,05%, a R$5,50359. Às 17h13, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,78%, a R$5,528 na venda. Após o fechamento do mercado, Trump anunciou uma tarifa de 50% para produtos brasileiros. Durante toda a sessão, os agentes financeiros globais estiveram com as atenções voltadas mais uma vez para às novidades sobre a política comercial dos EUA, depois que Trump começou na segunda-feira a enviar cartas tarifárias para parceiros comerciais e ameaçou na terça taxar cobre importado, produtos farmacêuticos e semicondutores. Durante a maior parte do dia, o noticiário em relação às tarifas dos EUA foi relativamente fraco e pouco movimentou os mercados. No início da tarde, o presidente havia apenas emitido uma nova bateria de cartas para sete países, incluindo Argélia, Iraque, Líbia, Sri Lanka e Filipinas. No meio da tarde, porém, Trump surpreendeu os investidores ao dizer que anunciaria entre esta quarta e quinta-feira uma taxa tarifária para o Brasil. O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom", disse Trump a repórteres em um evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca. "Vamos divulgar um número para o Brasil, creio eu, no final desta tarde ou amanhã de manhã." O dólar à vista, que vinha rondando a estabilidade no pregão após acumular ganhos mais cedo, acelerou e passou a subir de forma acentuada frente à moeda brasileira após os comentários de Trump. Em outros mercados, a divisa dos EUA permaneceu pouco volátil. Em carta divulgada após as 17h, Trump anunciou tarifas de 50% sobre o Brasil. O anúncio de Trump escalou ainda mais as tensões recentes entre EUA e Brasil, provocadas inicialmente pela defesa que o mandatário norte-americano fez do ex-presidente Jair Bolsonaro no início da semana e pela ameaça de impor taxas a países alinhados ao que chamou de políticas "antiamericanas" do Brics. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se na terça-feira com os presidentes das duas Casas do Congresso para discutir a questão do IOF, mas não houve uma definição para o impasse, segundo informações de fontes.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com tarifa de Trump sob holofotes e realização de lucros

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, com a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas comerciais contra o Brasil sob os holofotes e com as blue chips puxando um movimento de realização de lucros. Pouco após o fechamento da bolsa brasileira, Trump anunciou uma tarifa de 50% para produtos brasileiros.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,31%, a 137.480,79 pontos, chegando a 137.299,04 pontos na mínima e marcando 139.330,7 pontos na máxima do dia. Foi a terceira queda seguida, um ajuste que vem após o Ibovespa renovar máximas históricas no último dia 4, quando fechou acima dos 141 mil pontos pela primeira vez, acumulando uma valorização de 17,4% no ano. O volume financeiro no pregão da quarta-feira somou R$22,2 bilhões, em sessão com feriado no Estado de São Paulo, embora a B3 tenha funcionado normalmente. De acordo com o analista Arthur Barbosa, da Aware Investments, a bolsa brasileira refletiu incertezas externas decorrentes do anúncio de novas tarifas de importação por Trump. Ele explicou que as tarifas têm potencial para pressionar os preços nos EUA, reduzindo as chances de cortes adicionais nas taxas de juros ainda este ano pelo Federal Reserve, o que pode afetar os fluxos de recursos para mercados emergentes. A repórteres em um evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca, Trump afirmou que o Brasil "não tem sido bom" para os EUA. "Vamos divulgar um número sobre o Brasil, creio eu, no final desta tarde ou amanhã de manhã." A ata da última reunião de política monetária do banco central norte-americano também ocupou as atenções. E, na visão de Barbosa, da Aware, reforçou a postura cautelosa do Fed. O documento mostrou que "alguns" membros do Fed achavam que a taxa de juros poderia cair já neste mês, mas que a maioria continua preocupada, até certo ponto, com a pressão inflacionária oriunda das tarifas de Trump. A correção na B3 também tem como pano de fundo eventos domésticos, em particular o clima menos amistoso entre governo e Congresso Nacional, com o Executivo insistindo no aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O analista da Aware também destacou comentário do presidente do BC brasileiro, Gabriel Galípolo, de que a instituição seguirá mantendo a política monetária restritiva pelo tempo necessário para assegurar a convergência da inflação à meta. Galípolo reafirmou que todos os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) estão "bastante incomodados" com a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação e enfatizou que o BC persegue o centro da meta de inflação, de 3%

Reuters

 

Lula responde a Trump e diz que Brasil adotará lei da reciprocidade em caso de aumento de tarifas

Presidente voltou a falar que o Brasil é um país soberano com instituições independentes que “não aceitará ser tutelado por ninguém” 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. Ele voltou a falar que o Brasil é um país soberano com instituições independentes que “não aceitará ser tutelado por ninguém”. Trump anunciou na quarta-feira que vai impor uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros. A declaração consta em nota divulgada pelo Palácio do Planalto na noite da quarta-feira (9). “O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, disse. De acordo com ele, no Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. “Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira”, comentou. “No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática.” Lula negou a informação de que a ideia de tarifar o Brasil esteja relacionada a um déficit americano, na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Segundo o petista, as estatísticas do próprio governo americano comprovam um superávit dos Estados Unidos no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos. “Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”, disse. “A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, finalizou.

Valor Econômico

 

Trump taxa produtos do Brasil em 50% e expõe setores do agronegócio

Anteriormente, presidente americano ameaçou países integrantes do Brics com uma tarifa de 10%, cinco vezes inferior à alíquota anunciada. Donald Trump havia prometido revelar a alíquota sobre bens brasileiros até a manhã desta quinta

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira (9/7), uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. Mais cedo, o presidente americano havia prometido revelar a alíquota sobre bens brasileiros até a manhã desta quarta. Anteriormente, ele havia ameaçado os integrantes do Brics com uma tarifa de 10%, cinco vezes inferior. No agronegócio, Brasil e Estados Unidos são concorrentes no mercado mundial de alguns produtos, como soja e algodão. Em outros, são parceiros comerciais. Os americanos são o segundo maior destino das exportações do setor, mostram as estatísticas do Ministério da Agricultura. Em 2024, foram 9,43 milhões de toneladas de produtos, que geraram uma receita de US$ 12,09 bilhões. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do agro brasileiro, atrás apenas da China. No ano passado, a participação no valor das exportações do setor passou de 5,9% para 7,4%. Mesmo não estando entre os que receberam tarifa mais elevada, o Brasil sentirá os efeitos da política comercial trumpista. E alguins segmentos do agro tendem a ficar mais expostos. Só no primeiro semestre deste ano, os frigoríficos do Brasil exportaram 181,4 mil toneladas aos norte-americanos, em negócios que renderam US$ 1,04 bilhão, a um preço médio de US$ 5,73 mil por tonelada. O setor de suco de laranja, que tem os Estados Unidos como principal cliente para suas exportações, disse ter sido foi pego de surpresa com o anúncio das tarifas. “Ainda vamos analisar os impactos, mas é péssimo. Essa medida afeta não apenas o Brasil, mas toda a indústria de suco dos Estados Unidos, que emprega milhares de pessoas e tem o Brasil como principal fornecedor externo há décadas”, afirmou Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Em abril, quando Trump anunciou uma tarifa adicional de 10%, a CitrusBR já estimava perdas de R$ 1,1 bilhão por ano em exportações. À época, a associação previu custos adicionais de R$ 585 milhões por ano, ao considerar a projeção de exportação anualizada de 235,5 mil toneladas aos Estados Unidos e o câmbio do momento. A indústria de açúcar do Nordeste do Brasil, que também tem nos Estados Unidos um importante destino, manifestou preocupação. Para o setor, a tarifa pode inviabilizar exportações e gerar desemprego. Atualmente, as empresas têm cota de 150 mil toneladas por safra, que rendem até R$ 600 milhões. Ainda não há clareza no setor produtivo nordestino se a taxação vai afetar as cotas estabelecidas pelos Estados Unidos.

Globo Rural

 

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$4,003 bi em junho, diz BC

O Brasil fechou o mês de junho com fluxo cambial total negativo de US$4,003 bilhões, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central.

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Em junho de 2024, o fluxo havia sido positivo em US$5,603 bilhões. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$7,562 bilhões no mês passado. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de junho foi positivo em US$3,559 bilhões. Na semana passada, de 30 de junho a 4 de julho, o fluxo cambial total foi negativo em US$2,148 bilhões. No acumulado do ano até 4 de julho, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$16,199 bilhões.

Reuters

 

Inflação segue disseminada e mercado de trabalho continua surpreendendo, aponta Galípolo

A inflação no Brasil segue acima da meta e persiste disseminada em diversos itens, em um cenário de mercado de trabalho aquecido e que continua surpreendendo, apontou nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

 

Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Galípolo reafirmou que todos os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) estão "bastante incomodados" com a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação, enfatizando que o BC persegue o centro da meta de inflação, de 3%. "Tenho visto que a maior parte das críticas à elevada taxa de juros, de 15%, muitas vezes está associada a uma sugestão, vamos dizer assim, de que não se deveria cumprir a meta", disse. "Não é uma sugestão, a meta decorre de um decreto, a meta é 3%. A meta não é 3% com 1,5 ponto (de tolerância) para cima e 1,5 ponto para baixo no sentido de que eu posso perseguir a meta de maneira leniente." O BC elevou a Selic em 0,25 ponto percentual em junho, para 15% ao ano, já sinalizando que o ciclo de alta será interrompido no próximo encontro de política monetária, no fim deste mês, e prescrevendo a manutenção da taxa nesse patamar por período bastante prolongado. Galípolo argumentou que a inflação do país não é pontual, com 72,5% dos itens que compõem o IPCA permanecendo acima da meta, o que é considerado bastante disseminado. O presidente do BC ressaltou que a economia vem crescendo de maneira robusta, mesmo retirando da conta o agronegócio, que deve apresentar neste ano mais uma safra recorde. Na apresentação, Galípolo ainda afirmou que dados de inflação corroboram a ideia de que a taxa básica de juros não estava em patamar suficientemente contracionista ao longo de 2024 para se alcançar a meta, o que demandou novas altas de juros. O ciclo de alta da Selic foi retomado pelo BC em setembro do ano passado, levando a taxa de 10,50% a 15%, maior nível em duas décadas. As projeções mais recentes do mercado apontam para uma inflação de 5,18% este ano e de 4,50% em 2026, segundo o relatório Focus do BC. O presidente do BC ainda afirmou que o aumento da taxa Selic elevou o carry do real --rentabilidade de investidor estrangeiro por carregar a moeda--, ressaltando que a moeda brasileira valorizou mais do que seus pares em 2025.

Reuters

 

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