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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 806 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 806 | 19 de fevereiro de 2025

                         

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


Novas quedas em SP: animal “comum” agora vale R$ 317/@ e “boi-China” é negociado por R$ 322/@

O mercado brasileiro de carne (com ou sem ossos) segue operando com altos estoques, bem acima da capacidade de escoamento do consumo, informa a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Na terça-feira (18/2), o mercado do boi gordo seguiu em ritmo lento, um reflexo de um conforto maior nas escalas de abate dos frigoríficos e de uma demanda doméstica pela carne bovina bastante enfraquecida. Com isso, pelos dados da Scot Consultoria, todas as categorias de bovinos terminados registraram desvalorização no segundo dia desta semana, na comparação com os preços de segunda-feira (17/2). O animal “comum” caiu para R$ 317/@ e animal padrão-exportação (“boi-China” ) recuou para R$ 322/@ no mercado paulista, o que significou retração de R$ 3/@ sobre os preços do dia anterior, de acordo com a Scot. A vaca gorda paulista também teve baixa de R$ 3/@, chegando em R$ 287/@ e a novilha sofreu queda R$ 2/@ @, fechando o dia valendo R$ 308/@, acrescenta a Scot. Segundo os analistas da Agrifatto, o mercado brasileiro de carne (com ou sem ossos) segue operando com altos estoques, bem acima da capacidade de escoamento do consumo. “O mercado não tem respondido como esperado, sendo urgente encontrar uma solução para melhorar a rotatividade”, alerta a Agrifatto, que ressalta: “Há lentidão nas vendas, tanto no setor atacadista quanto na ponta consumidora”. Cotações do boi gordo desta terça-feira (18/2), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$ 305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha R$285,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Goiás — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Butão abre mercado para carne bovina brasileira

O agronegócio brasileiro alcança, assim, a 26ª abertura de mercado em 2025, totalizando 326 aberturas desde o início de 2023, informa o Mapa

 

O governo brasileiro informou a aceitação, pelas autoridades sanitárias do Butão, do modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de carne bovina congelada do Brasil. Essa abertura de mercado fortalece as relações comerciais bilaterais e representa oportunidade para a diversificação da oferta de proteínas no Butão, em benefício da segurança alimentar no país. Além disso, amplia a presença da carne bovina brasileira na Ásia e contribui para o aumento das exportações do agronegócio, impulsionando a economia nacional e gerando novos empregos no setor. O agronegócio brasileiro alcança, assim, a 26ª abertura de mercado em 2025, totalizando 326 aberturas desde o início de 2023.

MAPA

 

CARNES

 

Abates de bovinos, frangos e suínos têm alta anual no 4º tri de 2024

Os abates de bovinos, frangos e suínos no Brasil tiveram alta no quatro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, mas caíram quando comparados ao terceiro trimestre do ano passado, segundo os primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na semana passada

 

Os abates de bovinos somaram 9,48 milhões de cabeças, alta de 3,5% em relação ao quarto trimestre de 2023 e queda de 8,6% ante o terceiro trimestre de 2024. Em peso de carcaça, 2,48 milhões de toneladas foram abatidas, alta de 1,8% em relação ao mesmo trimestre de 2023 e queda de 9,9% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Os abates de suínos somaram 14,23 milhões de cabeças, alta de 0,6% na comparação anual e redução de 4,8% ante o trimestre imediatamente anterior. O peso acumulado das carcaças abatidas foi de 1,31 milhão de toneladas, aumento de 0,6% na comparação anual e queda de 6,8% ante o terceiro trimestre de 2024. Os abates de frangos ficaram em 1,61 bilhão de cabeças no quarto trimestre do ano passado, alta de 5,3% em relação a um ano antes e queda de 0,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024. O peso acumulado das carcaças de frangos foi de 3,35 milhões de toneladas, 5,1% acima do registrado no mesmo período de 2023 e declínio de 3,4% ante o terceiro trimestre de 2024. A próxima divulgação do IBGE sobre os abates será no dia 18 de março.

Carnetec

 

SUÍNOS

 

Preço do suíno vivo em São Paulo subiu 5,68% na terça-feira

A terça-feira (18) foi de altas substanciais para as cotações no mercado de suínos, especialmente para o animal vivo.

 

O destaque ficou para São Paulo, que registrou incremento de 5,68%. De acordo com análise divulgada pelo Cepea, as cotações do suíno vivo e da carne estão em tendência de alta em fevereiro em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, o impulso vem das aquecidas demandas interna e internacional.  Conforme dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 1,72%, com preço médio de R$ 177,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,71%, fechando em R$ 14,20/kg, em média. Com informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (17), houve alta de 2,75% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,35/kg, elevação de 3,42% no Paraná, com valor de R$ 8,78/kg, incremento de 2,86% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,62/kg, avanço de 3,31% em Santa Catarina, custando R$ 8,75/kg, e de 5,68% em São Paulo, fechando em R$ 9,12/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Preço do Frango recuou no atacado paulista na terça-feira

Os preços no mercado do frango nesta terça-feira (18) se mantiveram, na maioria, estáveis. As exceções foram as quedas no valor da ave no atacado paulista e no preço do frango congelado. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,00%, custando, em média, R$ 7,92/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (17), o preço da ave congelada caiu 0,12%, chegando a R$ 8,40/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 8,40/kg. 

Cepea/Esalq

 

MEIO AMBIENTE

 

Paraná registra queda de 73% no desmatamento da Mata Atlântica em 2024

O Paraná reduziu em 73% a supressão da Mata Atlântica em 2024. Um relatório divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto Água e Terra (IAT) apontou que a área desmatada no Estado foi de 329 hectares no ano passado, contra 1.229 hectares em 2023

 

O levantamento é do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do órgão ambiental, setor desenvolvido para colaborar com a vigilância do patrimônio natural paranaense, com base nos alertas publicados pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima. Esse é o terceiro ano consecutivo em que o Estado apresentou uma redução substancial no desmatamento. Em 2021, a área desmatada foi de 6.939 hectares, passando para 4.002 em 2022 (redução de 42%), e 1.229 em 2023 (redução de 69%). É justamente a melhora do serviço de fiscalização um dos pilares da redução do desflorestamento. De acordo com a pesquisa, o valor aplicado em multas por danos à flora foi de R$ 134 milhões em 2024, um incremento de 8% no comparativo com o ano anterior (R$ 123,2 milhões). O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) também subiu, passando de 3.784 para 5.225 no período. Desde 2019, as multas lavradas totalizam R$ 566,7 milhões. O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000. Em número de infrações, as regionais de Guarapuava (745), Curitiba (633), Francisco Beltrão (584), Irati (529) e Ponta Grossa (420) foram as que mais advertiram. Somados, esses escritórios do IAT aplicaram R$ 84,9 milhões (63%) em multas ambientais relacionadas à supressão vegetal. O órgão ambiental participou de ações de fiscalização importantes no período. No final do mês de abril, o Instituto realizou a primeira operação remota de combate ao desmatamento, terminando com a lavratura de 218 Autos de Infração Ambiental (AIA) em 46 municípios do Paraná e R$ 5,9 milhões em multas. Já em maio, uma operação vistoriou 19 municípios no Sudoeste do Estado, com R$ 2,8 milhões em multas. No mês de junho, seis municípios da região central foram vistoriados, com a emissão de emissão de 237 AIA e aplicação de R$ 6,9 milhões em multas. Por fim, em julho, a segunda operação remota do IAT passou por 43 municípios e foi concluída com 252 AIAs e R$ 16,4 milhões em multas. Em 2024, o Paraná atingiu a marca de 10 milhões de mudas distribuídas desde 2019 pelo Governo do Estado, todas cultivadas dentro dos 21 viveiros do IAT, por meio do programa Paraná Mais Verde.

Agência Estadual de Notícias

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Plantio do milho chega em 56% no Paraná e Deral destaca boa germinação até aqui

Segundo O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná para a safra de milho verão, 30% das áreas já foram colhidas.

 

Das lavouras ainda em campo, 25% estão em frutificação e 75% em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 91% das áreas como em boas condições e 9% como em médias. “O milho primeira safra encontra-se em maturação. A colheita segue com produtividade dentro do esperado, mas variando bastante”, destacam os técnicos do Deral.  Já para a segunda safra paranaense, as atividades de plantio seguem avançando e chegaram em 56% do total estimado, com as áreas de campo divididas entre 27% em germinação e 73% em desenvolvimento vegetativo. Até o momento, 100% das lavouras de safrinha são avaliadas como em boas condições. “O milho safrinha está sendo plantado imediatamente após a colheita da soja. Sua germinação está sendo boa devido à umidade do solo, bem como à ocorrência de pancadas de chuva e altas temperaturas”, acrescenta a publicação.

SEAB PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar à vista fecha em baixa de 0,42%, a R$5,6887 na venda

Numa sessão de agenda esvaziada no Brasil, o dólar voltou a ceder ante o real nesta terça-feira e fechou no menor valor do ano, novamente abaixo dos R$5,70, após leilão de venda de moeda com compromisso de recompra promovido pelo Banco Central, enquanto investidores monitoravam as negociações no exterior para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, aos R$5,6887 -- menor cotação de fechamento desde 7 de novembro de 2024, quando encerrou em R$5,6759. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,93%. Às 17h06 na B3 o dólar para março -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,45%, aos R$5,6980.

Reuters

 

Ibovespa fecha estável após 3 sessões seguidas de alta

Subida das ações da Petrobras e da Vale ajudou a limitar um pouco as perdas do índice

 

Após três sessões seguidas de alta e de maior descompressão dos prêmios de risco, o Ibovespa fechou estável nesta terça-feira, com leve queda de 0,02%, aos 128.532 pontos. A subida das ações da e da ajudou a limitar um pouco as perdas. Em uma sessão volátil, o índice chegou a subir até os 129.294 pontos, mas perdeu força ao longo da tarde após a negativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre uma eventual candidatura à Presidência em 2026, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Na mínima intradiária, o índice tocou os 128.012 pontos. O movimento visto na curva futura local, que começou o pregão com os juros em queda, mas encerrou a sessão com as taxas operando de lado, também impediu um desempenho mais positivo do índice. Depois de um pregão de menor liquidez na véspera, o volume financeiro do índice voltou a subir e chegou a R$ 17,9 bilhões. Já na B3, o giro financeiro bateu R$ 22,8 bilhões. O movimento local foi na contramão dos principais índices americanos. Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,24%, o Nasdaq subiu 0,07% e o Dow Jones teve alta de 0,02%. Um dia antes da apresentação do balanço, as ações da Vale registraram alta de 0,67% na sessão de ontem. A companhia deve apresentar resultados mais tímidos referentes ao período de outubro a dezembro de 2024, segundo especialistas ouvidos pelo Valor. Já os papéis PN da Petrobras ampliaram os ganhos e subiram 1,83%, acompanhando a alta do petróleo, com o acordo entre Rússia e Ucrânia no radar. Embora o movimento registrado ontem pelo Ibovespa tenha sido ligeiramente mais negativo, o chefe de research da Eleven Financial, Fernando Siqueira, destaca que um conjunto de fatores internos e externos ajudou a explicar o movimento positivo do principal índice da bolsa brasileira neste ano, com um avanço de 6,86%. “O mercado caiu demais no fim do ano passado, então houve espaço para ‘repique técnico’. O cenário internacional proporcionou uma dinâmica favorável para Brasil e vimos empresas de tecnologia perdendo ‘momentum’, com a ameaça da DeepSeek. Quando deu uma chacoalhada, uma pequena fração dos investidores dos Estados Unidos acabou vindo para cá, o que foi positivo”, detalha Siqueira. “A impressão é que o fluxo estrangeiro aumentou um pouco mais e houve uma diminuição interna de posições vendidas”, completa. Dados recentes também mostram que aumentou a visão mais positiva para o Ibovespa neste ano. Uma pesquisa feita pelo Bank of America (BofA) com gestores da América Latina divulgada hoje mostrou que 53% dos participantes esperam que o principal índice da bolsa brasileira encerre este ano acima dos 130 mil pontos, contra 31% registrados no levantamento feito no mês anterior. O estudo também trouxe que cresceu o percentual de casas que acreditam que o Brasil poderá superar o México neste ano, com o número chegando a quase 45% neste mês, acima dos cerca de 30% vistos em janeiro. O levantamento contou com 32 casas que possuem cerca de US$ 106 bilhões sob gestão.

Valor Econômico

 

Tesouro capta US$ 2,5bilhões em bonds de dez anos com taxa de 6,75%, dizem fontes

Plano inicial era emitir US$ 2 bilhões, mas, diante da demanda de mais de US$ 6,5 bilhões, o volume foi elevado; taxa fica abaixo do previsto inicialmente 

 

O Tesouro captou US$ 2,5 bilhões com títulos de dívida em dólar (bonds) em uma operação marcada pelo forte interesse dos investidores. O plano inicial era emitir US$ 2 bilhões, mas, diante da demanda de mais de US$ 6,5 bilhões, o volume foi elevado, segundo fontes. Também graças à demanda, a taxa ficou abaixo do que era previsto inicialmente. Nos papéis que vencem em dez anos, o Tesouro irá pagar 6,75% ao ano. A taxa inicial sinalizada era de 7,05%. J.P. Morgan e Morgan Stanley coordenam a oferta, que deve ser liquidada no dia 25 de fevereiro. O Tesouro costuma puxar a fila das emissões de janeiro, mas, desta vez, optou por uma captação na segunda “janela” do ano. Algumas companhias fizeram o mesmo, diante do aumento da volatilidade tanto no ambiente interno, com a alta do dólar, quanto no externo, com a posse de Donald Trump na presidência dos EUA e o avanço dos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano). Se historicamente, as captações de nomes brasileiros representam cerca de um terço das ofertas da América Latina, em janeiro ano essa participação caiu a 13%, conforme noticiou o Valor no início de fevereiro. No total, foram quatro operações em janeiro, que somaram US$ 3,4 bilhões. No ano passado, o volume captado chegou a US$ 6,85 bilhões no mesmo período.

Valor Econômico

 

Movimentação em portos no país bate recorde em 2024

Dados da Antaq mostram que 1,32 bilhão de toneladas foram transportadas, com destaque para cargas de contêineres. Portos tiveram recorde de movimentação em 2024 e expectativa é continuidade do crescimento

 

Os portos brasileiros registraram recorde de movimentação em 2024. Ao todo, 1,32 bilhão de toneladas foram movimentadas, um aumento de 1,18% na comparação com o ano anterior, que já havia atingido o melhor resultado até então. Os dados são do balanço anual da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Os dados mostram crescimento estruturado, porque repetiram o bom desempenho do ano anterior. Houve uma ligeira queda no fluxo de granéis sólidos, mas os contêineres tiveram expansão bem representativa e foram os grandes responsáveis pelo novo recorde”, afirma Eduardo Nery, diretor-geral da agência, que encerra seu mandato no órgão nesta terça-feira (18). No ano passado, as cargas de contêineres somaram 153,33 milhões de toneladas, um aumento de 20% na comparação anual. Nery destaca que o avanço está ligado em parte à migração cada vez maior das commodities aos contêineres, como algodão, açúcar, café e proteína animal. Porém, ele destaca que o aumento de 2024 também teve contribuição de cargas ligadas à indústria. “Vimos a importação crescendo, com aumento em bens que são insumos para a indústria”, afirma. Das cargas movimentadas em contêineres, o maior fluxo veio dos segmentos de plásticos, produtos químicos orgânicos e ferro e aço, segundo os dados. Entre os portos públicos, o que teve a maior movimentação foi o de Santos, com total de 138,69 milhões de toneladas, volume 2,05% maior do que em 2023. Em termos percentuais, o porto que teve maior crescimento foi o de Salvador, com avanço de 41,18% de fluxo, alcançando o total de 6,6 milhões de toneladas. A alta foi impulsionada pelos fertilizantes, que somaram 788,5 mil toneladas, expansão de 210,22%, e por contêineres, que avançaram 36,81%, alcançando 5,2 milhões de toneladas. “Este avanço tem a ver com os gargalos nos terminais de contêineres em Santos e em Santa Catarina do ano passado. Praticamente todos os terminais de contêineres do país tiveram crescimento, aqueles que tinham capacidade ociosa tiveram um aumento maior”, diz Nery. O único tipo de operação de navegação que teve queda em 2024 foi a fluvial no interior do país, que caiu 9,58%, para 75,93 milhões de toneladas, enquanto o longo curso e a cabotagem (pela costa) tiveram aumentos. Segundo o diretor-geral, o motivo foram as secas que impactaram as hidrovias do Paraguai e do Amazonas. No caso do rio Paraguai, a situação foi a mais grave: a hidrovia movimentou 3,3 milhões de toneladas, 58,24% a menos do que no ano anterior. “Na região Norte, a seca também foi severa, até pior do que em 2023. Mas, no ano passado, houve menos problemas porque as empresas se prepararam, adiantaram pedidos, além da infraestrutura provisória que foi montada”, diz. “Por isso as concessões de hidrovias são tão importantes: se houvesse investimentos em dragagem, não teríamos os mesmos impactos que tivemos”, afirma. Hoje, a Antaq tem aberta a consulta pública do que poderá ser a primeira concessão hidroviária, justamente no rio Paraguai. Para 2025, a projeção do órgão regulador é um novo crescimento no volume de cargas, mesmo com o cenário macroeconômico desafiador. A Antaq prevê fluxo de 1,34 bilhão de toneladas neste ano e de 1,39 bilhão em 2026. “A demanda deve continuar aquecida. O contêiner deve permanecer crescendo. A não ser que tenha algum fato novo de guerras comerciais, algum ‘efeito Trump’, a expectativa é que as commodities sigam crescendo”, afirma Nery.

Valor Econômico

 

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