CLIPPING DO SINDICARNE Nº 897 DE 04 DE JULHO DE 2025
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 897 | 04 de julho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços do boi gordo estáveis em SP e nas principais regiões pecuárias
O mercado apresentou estabilidade nas principais praças brasileiras, apesar da continuidade da pressão de baixa na arroba imposta pelos frigoríficos nacionais. No PARANÁ: Boi: R$310,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de oito dias.
Na quinta-feira (3/7), a arroba do boi gordo seguiu estável nas principais praças brasileiras, conforme dados apurados pelas consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “Alguns compradores se retiraram do mercado e esperam as vendas do fim de semana para retomarem os negócios”, afirmam os analistas da Scot Consultoria, referindo-se ao comportamento dos negócios em São Paulo. Com isso, diz a Scot, os preços de todas as categorias terminadas permaneceram estáveis nas praças paulistas, embora continue existindo um movimento de pressão negativa por parte das indústrias compradoras. Pelos dados da Scot, o boi gordo “comum” abatido em São Paulo continua valendo R$ 310/@, enquanto a vaca gorda, a novilha e o “boi-China” são negociados por R$ 283/@, R$ 295/@ e R$ 315/@, respectivamente (valores brutos e com prazo). As escalas de abate entre os frigoríficos paulistas estão, em média, para nove dias, de acordo com levantamento da Scot. A Agrifatto também detectou estabilidade nos preços do boi gordo paulista, assim como nas outras 16 regiões acompanhadas diariamente pela consultoria. Dessa maneira, conforme apuração da Agrifatto, o animal “comum” segue cotado em R$ 310/@ em SP, enquanto o bovino com padrão-exportação é vendido por R$ 320/@. Nas demais regiões, a média se manteve em R$ 297,20/@, acrescenta a consultoria. Na quarta-feira (2/7), a Agrifatto identificou um movimento de queda do boi gordo em 11 das 17 praças diariamente (AC, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PR, RJ, RO e TO), com estabilidade nas demais (SP, AL, BA, MT, RS e SC). Esses recuos nas cotações, diz a consultoria, foram motivados sobretudo pela onda de frio intenso registrada nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, o que contribuiu para um aumento de oferta de lotes terminados que, estrategicamente, eram mantidos em áreas de pasto. Segundo a Agrifatto, a quantidade de animais comercializada na quarta-feira superou a dos dias anteriores, permitindo a ampliação das escalas de abate das indústrias brasileiras, que avançaram em um dia – agora, a média nacional atende nove dias úteis. As vendas de carne bovina no varejo seguem sem ganhar tração, ainda impactadas pelo frio persistente com temperaturas entre 10 e 12 °C desde os primeiros dias da semana, além da previsão de chuvas, informou a Agrifatto. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (3/7), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$297,50. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$305,00. Boi China: R$315,00. Média: R$310,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$295,00. Escalas de oito dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$297,50. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias.
RONDÔNIA: Boi: R$280,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de oito dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Boi/Cepea: Início de ofertas de confinamento enfraquece cotações
O movimento de pequenas, mas sucessivas altas de preços da arroba de boi deram espaço a certa estabilidade, com ligeiras quedas, apontam levantamentos do Cepea.
No estado de São Paulo, os negócios têm saído principalmente entre R$ 310 e 315, com alguns em até R$ 305. Segundo o Centro de Pesquisas, esse comportamento é explicado pelo início das ofertas de confinamento que estão tornando as escalas de abate mais longas e permitem que compradores testem valores menores. Pecuaristas, em geral, negociam no mercado spot apenas pequenos lotes, o que tem tornado a liquidez relativamente baixa. As vendas de carne no atacado se enfraqueceram no final do mês, e os preços vêm caindo ligeiramente. A carcaça casada bovina voltou a ser negociada abaixo de 22 Reais, à vista, o que não acontecia desde o final da primeira quinzena de junho.
Cepea
CARNES
Aves e suínos devem se beneficiar com ciclo de baixa dos grãos
Segmentos devem renovar recordes de produção e exportação em 2025, diz Itaú BBA. China deve desbloquear as importações em breve, afirma o Itaú BBA
A produção de aves e suínos deve ser beneficiada pelos preços mais favoráveis do milho e da soja, principais insumos para ração animal. Para o frango, a expectativa é de manutenção do ritmo de produção e exportação em patamares elevados, com potencial para renovação dos recordes históricos do setor. Para a suinocultura, a perspectiva é também de recorde na produção e nas exportações em 2025. As estimativas são do Itaú BBA. Em relação ao mercado de aves, o caso de gripe aviária em uma granja de matrizes em Montenegro (RS) traz preocupação no curto prazo em relação às exportações. Mas a expectativa é que a situação seja resolvida em breve, considerando que não houve detecção de novos casos em granjas comerciais, disse Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA. “O Brasil pode até renovar os recordes de exportação de frango neste ano”, acrescentou. O analista observou que a maior preocupação é com o embargo da China, principal destino de pés e patas de aves. Mas devido à ausência de novos casos de gripe aviária, Alves considera que a China deve desbloquear as importações em breve. Em relação à suinocultura, Alves disse que o setor vive um ciclo de margens altas, sustentadas por uma produção mais disciplinada, por custos sob controle e demanda sólida no mercado externo. “O setor teve habilidade de encontrar outros destinos fora China. E com o cenário de custos menores com oferta equilibrada, os produtores têm mantido margens interessantes, na casa dos 25%”, disse Alves. Entre os países que passaram a importar a carne suína brasileira estão Filipinas, Chile, Hong Kong, Japão, Vietnã e México.
Globo Rural
SUÍNOS
Suinocultura Independente: Mercado de suínos se mantém estável
Lideranças do setor alertam que o mercado atingiu seu limite de preços, apesar de boa demanda e exportações firmes
Com os preços ao consumidor já no limite, as indústrias enfrentam dificuldade para repassar os aumentos no valor pago ao animal, o que tem impedido novos avanços dos preços pagos aos suinocultores. De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo seguiu mantendo os preços pela quarta semana seguida e está precificado em R$ 08,97/kg vivo. “Os preços estão estáveis pela quarta semana consecutiva, mas o mercado continua procurado. No entanto, os frigoríficos pontuaram que com os valores atuais pagos pelos animais não conseguem fechar as contas. Assim, entendendo a situação dos frigoríficos, os produtores aceitaram a manutenção dos preços”, comentou Valdomiro Ferreira, Presidente da APCS. “O mês de julho tende a ser um período tranquilo, mas com firmeza nas cotações”, destacou Ferreira. No mercado mineiro, o valor do animal também apresentou estabilidade na semana e segue sendo negociado próximo de R$ 08,50/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também seguiu com estabilidade e está precificado em R$ 8,25/kg vivo. O Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, apontou que o mercado chegou em um limite de preços e está mantendo a estabilidade. “O mercado tem sinalizado que chegou no teto de preços para a carne ao consumidor, por isso acreditamos que as cotações não vão variar muito do que temos observado. Por outro lado, os custos de produção estão menores diante de uma oferta elevada de milho”, concluiu.
APCS/ Asemg/ ACCS
Suínos/Cepea: Médias de junho têm comportamentos distintos entre regiões
Os preços médios do suíno vivo subiram em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea em junho, mas caíram noutras.
Em algumas, os avanços nas primeiras semanas do mês, decorrentes da oferta ajustada e da demanda um pouco mais aquecida – o clima frio eleva a procura pela carne suína –, foram suficientes para deixar as médias acima das de maio. Já em outras praças, a oferta levemente acima da demanda sobretudo na segunda metade do último mês pressionou as cotações médias, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Levantamentos do Centro de Pesquisas mostram que, em São José do Rio Preto (SP), por exemplo, o animal posto na indústria se valorizou 1,7% de maio para junho, sendo negociado à média de R$ 8,65/kg. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o vivo se manteve em R$ 8,55/kg, estável em igual comparativo. Já em Braço do Norte (SC), houve queda de 2,6% de maio para junho, a R$ 7,92/kg.
Cepea
Preços dos suínos vivos caem na maioria das regiões em junho
Oferta levemente acima da demanda mês pressionou as cotações médias. Em algumas regiões, o clima frio elevou a procura pela carne suína
Os preços médios do suíno vivo caíram na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em junho. Nas médias estaduais, foram registradas quedas em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apenas São Paulo teve ligeira alta no mês passado. Em algumas praças, os avanços nas primeiras semanas do mês, decorrentes da oferta ajustada e da demanda um pouco mais aquecida – o clima frio eleva a procura pela carne suína –, foram suficientes para deixar as médias acima das de maio. No entanto, na maioria, a oferta levemente acima da demanda, sobretudo na segunda metade do último mês, pressionou as cotações médias, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Em São José do Rio Preto (SP), por exemplo, o animal posto na indústria se valorizou 1,7% de maio para junho, sendo negociado à média de R$ 8,65 o quilo. Na região que abrange Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, o vivo se manteve em R$ 8,55 o quilo, estável em igual comparativo. Já em Braço do Norte (SC), houve queda de 2,6% de maio para junho, a R$ 7,92 o quilo. Neste início de julho, os preços seguem em queda na maioria das regiões. Nesta quarta-feira (2/7), a cotação média ficou em R$ 8,17 o quilo, recuo diário de 0,12%. Em Santa Catarina, o preço registrado pelo Cepea foi de R$ 8,08 o quilo, uma queda de 0,25% em relação ao dia anterior.
Globo Rural
FRANGOS
Gripe aviária: mais sete países retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira
Em nota oficial, o Mapa atualizou a situação das restrições às exportações brasileiras de carne de frango
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou na quinta-feira (3) as informações sobre os países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil, em razão da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Mais sete países retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira: Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai. A situação atual das restrições às exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte: Sem restrição de exportação: Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã retiraram as restrições de exportação à carne de frango brasileira. Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia. Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar e Jordânia. Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão. Suspensão limitada à zona: Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Singapura, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC).
MAPA
GOVERNO
Ministro promete novo modelo de seguro rural para setembro
Fávaro critica BC por Selic alta, mas diz que juros do Plano Safra ainda são "viáveis". Fávaro disse que os juros para os financiamentos ainda são 'viáveis' e que o Plano Safra 'quebra paradigmas'
O governo vai apresentar um novo modelo de seguro rural até setembro, antes do início do plantio da próxima safra de verão. A promessa é do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Na quinta-feira (3/7), ele disse que estudos técnicos estão em curso para basear mudanças no programa de subvenção pública das apólices. "Estamos com estudos técnicos sendo desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura. Ficam prontos em 15 a 20 dias, para que possamos, em agosto ou setembro, antes do início da safra de verão, estar ofertando aos produtores um novo modelo de seguro rural brasileiro, que eu espero que seja mais eficiente e tranquilizador", disse Fávaro em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", da EBC. Fávaro tem defendido uma integração do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), mas ainda não apresentou detalhes. Ele mira, principalmente, parte do orçamento. O Proagro, seguro público para pequenos produtores gerido pelo Banco Central, tem R$ 5,7 bilhões para 2025. Já o PSR tinha R$ 1,06 bilhão e sofreu contingenciamento de R$ 455,1 milhões. "O seguro rural precisa de adaptações, de mudança. Se funcionasse direito, não teria endividamento do Rio Grande do Sul, pois ele cobriria o problema climático", disse. Ele defende também a contratação de seguro paramétrico, baseado em índices e customizado para a necessidade de cada produtor, como forma de ampliar a cobertura, inclusive em regiões onde os agricultores ainda não têm esse hábito. Fávaro voltou a defender a universalização do acesso ao seguro rural com a obrigatoriedade de contratação por produtores que buscam financiamentos subsidiados do Plano Safra. Destacou que a medida precisa de alteração em lei pelo Congresso Nacional, para que essa exigência não seja considerada uma venda casada na liberação do crédito. "Quem acessar crédito subsidiado pelo governo tem que fazer seguro. Assim vamos ampliar a massa de contribuição e poder melhorar a cobertura", defende. Ele ponderou que será preciso aumentar a participação do governo federal com mais recursos para subvenção. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a criticar a atuação do Banco Central e a alta da taxa Selic no Brasil. O patamar de juros da economia em 15% dificultou a formulação do Plano Safra 2025/26, segundo ele, e puxou as alíquotas do crédito rural para cima. Mesmo assim, Fávaro disse que os juros para os financiamentos ainda são "viáveis" e que o Plano Safra "quebra paradigmas" ao incentivar e premiar a produção sustentável. Fávaro concordou que os juros para a agricultura empresarial, que variam de 8,5% a 14%, não são baratos. "Gostaria que fosse menos", salientou. Ele ponderou, no entanto, que a taxa para os médios produtores, atendidos via Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) com alíquotas de 10% para custeio, ainda é 50% mais barata que a Selic e quase metade do que é cobrado no mercado. Ele repetiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, na quinta-feira passada (26/6), um gasto de R$ 1,05 bilhão para equalização de juros de julho a dezembro, mas não explicou se haverá dinheiro novo. O Ministério da Fazenda afirma que não há necessidade de suplementação neste momento. "Com a Selic a 15% e a poupança remunerando 6%, o Brasil virou um país de rentista. Falta funding, o juro é caro e o orçamento é enxuto", afirmou. Fávaro rebateu críticas das entidades de produtores e da bancada ruralista de que o crescimento de 1,7% do valor Plano Safra, de R$ 508,5 bilhões para R$ 216,2 bilhões, não compensou a alta de 5,32% acumulada no período. Segundo ele, o montante de recursos equalizados, que contam com subvenção federal, expandiu 22%. "Os recursos equalizáveis, que é o que interessa de fato, onde governo aporta recursos, na safra passada eram R$ 92,8 bilhões e neste ano serão R$ 113,8 bilhões", disse. "Infelizmente, precisamos subir um pouquinho os juros", ponderou.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná registrou crescimento na bovinocultura de corte e de leite em 2024
A bovinocultura de corte se destacou com um aumento de 16% no VBP de 2024 em relação a 2023
Em 2024 a análise dos resultados preliminares do Valor Bruto de Produção (VBP), feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostrou que a bovinocultura paranaense apresentou crescimento, tanto na produção de leite quanto de carne. Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de junho a 2 de julho, que também aborda a exportação de mel e o impacto das geadas no milho, trigo e olerícolas. Thiago de Marchi da Silva, médico veterinário do Deral, explica o aumento do VBP na bovinocultura. “Isso se dá por conta principalmente do aumento nas cotações, tanto a arroba bovina, que em 2024 passou o ano num patamar mais elevado do que em 2023, quanto o leite que, apesar de uma alta menos expressiva do que a carne, ainda assim contribuiu também com esse aumento de aproximadamente três centavos por litro de leite posto na indústria”, destaca. A bovinocultura de corte se destacou com um aumento de 16% no VBP de 2024 em relação a 2023. No ano passado a produção gerou uma receita de R$ 6,9 bilhões, quando em 2023 foram R$ 5,9 bilhões. Na questão da produção de carne, o Paraná apresentou uma recuperação em 2024, abatendo 1,8 milhão de cabeças, quando em 2023 foram 1,6 milhão, alta de 13%. O VBP da bovinocultura de leite subiu de R$ 11,3 bilhões em 2023 para R$ 12 bilhões em 2024, um aumento de 6%. Se tratando de produção, o aumento foi proporcional aos 3% de VBP, saindo de 4,45 bilhões de litros em 2023, para 4,62 bilhões de litros no ano passado.
Agência Estadual de Notícias
Geadas afetam safra de milho no Paraná
Paraná reduz área de milho em boa condição
O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), apontou uma piora nas condições de campo da segunda safra de milho 2024/25. A proporção de lavouras em condição considerada boa caiu de 71% na semana anterior para 68%. As áreas em condição mediana permaneceram em 18%, enquanto as lavouras avaliadas como ruins aumentaram de 11% para 14%. De acordo com os técnicos do Deral, a piora nas condições está relacionada às geadas registradas na semana anterior. Apesar da deterioração, os danos devem ser limitados, uma vez que 76% das lavouras já se encontram em fase de maturação, etapa menos vulnerável a impactos climáticos. Atualmente, 26% da área está na fase de frutificação, ainda suscetível a novas geadas. No entanto, não há previsão de geadas significativas nas próximas 72 horas. As chuvas recorrentes ao longo da semana também dificultaram o avanço da colheita. Até o momento, 16% da área plantada, estimada em 2,76 milhões de hectares, foi colhida, contra 12% na semana anterior.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai ao menor valor em mais de um ano a R$5,4047
O dólar fechou a quinta-feira com leve baixa ante o real, suficiente para atingir a menor cotação em pouco mais de um ano, com a moeda norte-americana sendo influenciada de um lado por dados positivos de emprego nos Estados Unidos e de outro por fluxo de entrada de recursos para investimentos em portfólio no Brasil.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, aos R$5,4047, na menor cotação desde 24 de junho de 2024, quando encerrou aos R$5,3904. No ano, a divisa acumula baixa de 12,53%. Às 17h04, na B3, o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,39%, aos R$5,4410. Pela manhã, o dólar chegou a se aproximar dos R$5,50, impulsionado pelo relatório de emprego payroll nos EUA, divulgado às 9h30. O documento mostrou que a economia dos EUA abriu 147.000 postos de trabalho fora do setor agrícola em junho, após a criação de 144.000 vagas em maio, em dado revisado para cima. O resultado de junho ficou bem acima da projeção mediana dos economistas consultados pela Reuters, de criação de 110.000 vagas. Em reação, os rendimentos dos Treasuries avançaram e o dólar ganhou força ante diversas divisas ao redor do mundo. No Brasil, a divisa à vista marcou a cotação máxima de R$5,4485 (+0,54%) às 9h51, já após o payroll. “Depois disso vimos um fluxo de estrangeiros, principalmente para a bolsa. Então o dólar subiu com o payroll, mas caiu com o fluxo, ficando praticamente no zero a zero”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. No fim do dia, o sinal negativo prevaleceu. Nas sessões mais recentes, ainda que o noticiário externo tenha fornecido motivos para a alta do dólar em alguns momentos, a divisa no Brasil tem se mantido estável em função do diferencial de juros, conforme profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias. Com a taxa básica Selic em 15% e a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos no curto prazo -- ainda que não em julho --, o diferencial de juros é um fator favorável para a atração de dólares ao Brasil. No exterior, o dólar seguia em alta ante seus pares fortes no fim da tarde, na esteira do payroll. Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,45%, a 97,188.
Reuters
Ibovespa renova máximas e testa 141 mil pontos com força de bancos e recordes em NY
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, renovando máximas históricas com apoio dos bancos, em sessão de recordes também em Wall Street, após a divulgação de dados robustos sobre o mercado de trabalho norte-americano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,35%, a 140.927,86 pontos, novo topo de fechamento, tendo marcado 141.303,55 pontos no melhor momento -- nova máxima intradia -- e 139.050,93 pontos na mínima do dia. O volume financeiro, porém, foi reduzido, somando R$16,5 bilhões, contra uma média diária de R$24,76 bilhões no ano. De acordo com o chefe da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, Anderson Silva, o Ibovespa renovou recorde impulsionado por uma combinação de gatilhos externos, incluindo máximas nas bolsas em Nova York e retomada do apetite ao risco. Ele, no entanto, chamou a atenção para o volume de negociação abaixo da média histórica, o que pode indicar certa cautela por parte dos investidores. Nos Estados Unidos, dados mostraram a abertura de 147.000 postos de trabalho fora do setor agrícola em junho, enquanto economistas previam 110.000 vagas. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, contra previsão de alta para 4,3%. A notícia reduziu as apostas em um corte nos juros pelo Federal Reserve neste mês, mas não minou o apetite no mercado de ações, mesmo com o feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos na sexta-feira. Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq, referências do mercado acionário norte-americano, também renovaram máximas, enquanto o rendimento do Treasury de 10 anos avançou a 4,3477%, de 4,293% na véspera. Na visão dos economistas Luiza Paparounis e Francisco Lopes, do BTG Pactual, os números reduzem a probabilidade de corte de juros pelo Federal Reserve em julho, mas mantêm a chance de redução em setembro, conforme relatório enviado a clientes. Paparounis e Lopes reforçaram, contudo, que os dados reforçam a postura cautelosa do Fed, "já que as condições do mercado de trabalho permanecem firmes e os riscos inflacionários ainda não foram totalmente resolvidos".
Reuters
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