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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 711 DE 23 DE SETEMBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 711|23 de setembro de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo: arroba firme no curto prazo

Oferta restrita de animais para abate, sobretudo de fêmeas, e o aquecimento das exportações de carne bovina ajudam a sustentar cotações entre R$ 250 e 260/@ no mercado paulista. No Paraná, o boi vale R$270,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Mesmo diante da tendência de um consumo de carne bovina mais tímido nas semanas restantes de setembro/24, a expectativa é de que os preços do boi gordo continuem firmes ao longo do mês, ainda com tendência de alta, prevê o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. “Após ‘solavanco’ nos preços entre o fim de agosto e o primeiro decêndio de setembro, o mercado do boi gordo esteve mais contido ao longo desta semana”, resume Fabbri. Porém, continua ele, a oferta de fêmeas gordas e de bovinos terminados segue escassa no País, enquanto os frigoríficos brasileiros têm dificuldade para preencher plenamente as suas escalas de abate, atualmente pouco confortáveis. “Outro ponto importante é a expectativa de retomada das chuvas no Brasil a partir no período final de setembro/24 e de continuidade das precipitações em outubro/24, quadro que poderá promover ao pecuarista maior poder de negociação de boiadas em médio prazo”, destacou Fabbri. O mercado paulista do boi gordo encerrou a semana com preços estáveis para todas as categorias de bovinos para abate, informou a Scot. Com isso, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 255/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 232/@ e R$ 247/@, respectivamente, no prazo, valor bruto. Por sua vez, o “boi- China” está cotado em R$ 261/@ no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 6/@ sobre o animal “comum”, acrescentou a Scot. A sessão de quinta-feira (19) da B3 marcou o terceiro dia consecutivo de valorização nos contratos futurosa do boi gordo. O destaque ficou para o vencimento para dezembro/24, que fechou cotado a R$ 274,35/@, com elevação de 1,2% sobre o dia anterior. As compras da China, o principal destino para as exportações brasileiras de carne bovina, seguiram em ritmo mais lento durante os últimos. Até a segunda semana de setembro, o volume de carne bovina in natura embarcado foi de 139,0 mil toneladas – média diária de 13,9 mil toneladas –, superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 42,7%. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (20/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$265,00. Média de R$262,50. Vaca a R$235,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$265,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$267,50. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$225,00 a arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Paraná — O boi vale R$270,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Estatística da pecuária (Noroeste do Paraná

No Noroeste do Paraná, a semana foi marcada por redução na oferta de bovinos terminados e alta na cotação para todas as categorias, refletindo uma diminuição na participação de fêmeas no abate total e uma chegada de boi confinado moderada frente à demanda

O cenário na semana é de um mercado mais aquecido, mas que pode perder firmeza com a expectativa de mudanças para o próximo mês – período marcado pelo início da semeadura da safra de grãos –, que pode estimular a saída de bovinos das pastagens de inverno. As previsões de chuva (detalhes na página 24) podem fazer com que o mercado se ajuste nos próximos dias, tanto para boiadas terminadas, quanto para a reposição, que apresentou uma reação moderada nos últimos dias para a região. Na comparação semanal o preço do boi gordo apresentou aumento de 1,4%, ou R$3,50/@, estando cotado em R$250,00/@. Para a vaca, a alta foi de 2,3%, ou R$5,00/@, sendo comercializada em R$221,50/@, já para a novilha, o incremento foi de 4,8%, ou R$11,00/@, apregoada em R$241,50/@, segundo levantamento da Scot Consultoria. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Nas praças paulistas, o diferencial de base do boi gordo é de R$1,00/@, ou 0,4% a menos, com o boi cotado em R$251,00/@ em São Paulo. Preço a prazo e livre de impostos.

Scot Consultoria

 

Boi gordo: preços sobem com baixa oferta e tempo seco

Pastagens comprometidas pelo período de inverno

 

Segundo com a análise do Boletim de Conjuntura Agropecuária desenvolvido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o mercado do boi gordo apresenta um cenário de alta, com a cotação atingindo R$ 257,05 a arroba, acumulando um aumento de 7,22% ao longo do mês, segundo dados do Cepea. O tempo seco tem contribuído para a diminuição da oferta de animais terminados, impulsionando os preços. No Paraná, as principais regiões produtoras de gado de corte enfrentam uma situação semelhante, com pastagens comprometidas pelo período de inverno e sem a recuperação esperada devido à baixa incidência de chuvas nas últimas semanas. No atacado paranaense, os preços do dianteiro e traseiro bovinos também estão em ascensão. Após encerrarem agosto com médias de R$ 13,93 e R$ 21,10, respectivamente, representando altas de 1,53% e 2,25% em relação ao mês anterior, a última pesquisa realizada pelo Deral, entre 9 e 13 de setembro, registrou novos aumentos, com o dianteiro alcançando R$ 14,03 e o traseiro R$ 21,27.

Agrolink

 

CARNES

 

Auditores fiscais agropecuários rejeitam proposta de reestruturação dos serviços de defesa sanitária

O receio é que a mudança favoreça interferências políticas no setor. Cerca de 70% da categoria votou contra a iniciativa, que ainda está em fase inicial na Pasta

 

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) rejeitou, em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (19/9), a proposta de reestruturação das Superintendências Federais do Ministério da Agricultura e da retomada da vinculação dos serviços de defesa agropecuária a esses órgãos. Cerca de 70% da categoria votou contra a iniciativa, que ainda está em fase inicial na Pasta. O receio é que a mudança favoreça interferências políticas no setor. Atualmente, o sistema de inspeção federal atua de forma verticalizada, e responde diretamente à Brasília. O modelo foi implementado após a Operação Carne Fraca, em 2017, que revelou esquemas de corrupção em que agentes públicos liberaram carnes adulteradas no mercado nacional. A verticalização foi uma medida adotada para melhorar a gestão desses serviços, a eficiência da defesa sanitária brasileira e a imagem desse setor. Segundo os servidores, essa medida, caso implementada, pode resultar em “mais intervenções políticas a partir dos cargos de chefia, enfraquecendo a imparcialidade nas fiscalizações agropecuárias”. O Anffa Sindical alertou que a reestruturação “pode comprometer o sistema de inspeção federal”. O presidente Janus Pablo Macedo, disse que a mudança pretendida pelo Ministério da Agricultura “pode abrir brechas para ingerências políticas” e prejudicar o sistema. “A imparcialidade nas operações de fiscalização é um princípio que não pode ser comprometido. Nossa preocupação é que a nova estrutura fragilize o sistema de inspeção e fiscalização, colocando em risco a segurança dos alimentos do país”, afirmou Macedo, em nota. Atualmente, o Brasil possui 27 superintendências regionais de defesa agropecuária, uma em cada unidade da federação, cujos cargos são ocupados por indicação política. Serviços essenciais, como a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), responsável pela fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras, e a inspeção de produtos de origem animal (como carnes e leite), respondem diretamente à Secretaria de Defesa Agropecuária em Brasília, sem interferência das superintendências regionais. A proposta em estudo no ministério é subordinar essas fiscalizações novamente às superintendências regionais, o que, segundo o sindicato, pode fragilizar o sistema de controle e inspeção. O Anffa Sindical já encaminhou um ofício ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, solicitando que o tema seja amplamente discutido na Mesa Setorial de Negociação Permanente, instituída pela Portaria Mapa nº 718, de 13 de setembro de 2024. Em resposta ao Valor, o Ministério da Agricultura disse que “frente aos desafios atuais, vem continuamente aprimorando sua governança e adequando suas estruturas de cargos, processos e sistemas, por meio de estudos internos de eventuais propostas de mudanças”. A Pasta acrescentou que “cada unidade é responsável por discutir e apresentar propostas de modernização de suas estruturas e competências”. De acordo com a Pasta de Carlos Fávaro, essas “contribuições ainda se encontram em estágios iniciais e dependem da avaliação e das propostas estratégicas da área competente”.

Valor Econômico

 

SUÍNOS

 

Frigoríficos demonstram cautela diante de possíveis dificuldades no escoamento da carne suína

Os preços dos suínos vivos e dos cortes no atacado se mantiveram estáveis nesta semana. 

 

Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, embora os suinocultores indiquem um equilíbrio na oferta de animais, os frigoríficos estão mais cautelosos, apontando para possíveis dificuldades no escoamento da carne até o final do mês. “A descapitalização da população pode reduzir o consumo nos próximos dias, mas o preço elevado dos cortes bovinos, que é concorrente, pode aumentar a atratividade da carne suína”, explicou. De acordo com Maia, o dólar é um fator relevante, pois afeta tanto o custo de produção quanto a competitividade da carne suína no mercado externo. No entanto, as exportações continuam em bom nível, o que contribui para ajustar a oferta no mercado doméstico. Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no período de 11 e 18 de setembro mostrou uma estabilidade generalizada nas principais praças de comercialização do Brasil. Em São Paulo, o valor CIF frigorífico permaneceu inalterado, a R$ 168,00 por arroba. Situação semelhante foi observada em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tanto em integração quanto no interior, onde os preços ficaram inalterados ou apresentaram variações mínimas. Em algumas praças, no entanto, houve pequenas oscilações. No interior de Santa Catarina, o preço do suíno vivo subiu 0,61%, de R$ 8,25 para R$ 8,30, enquanto no Paraná, nas regiões de Arapoti e Castro, houve uma leve queda de 0,60%, com o valor recuando de R$ 8,30 para R$ 8,25. A análise semanal de preços de Safras & Mercado também destacou que a média do Centro-Sul do Brasil ficou praticamente estável, com uma leve variação negativa de -0,04%, mantendo o valor médio em R$ 7,67. As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 129,239 milhões em setembro (10 dias úteis), com média diária de US$ 12,923 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 52,229 mil toneladas, com média diária de 5,222 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.474,4. Em relação a setembro de 2023, houve alta de 13,1% no valor médio diário, avanço de 6,1% na quantidade média diária e alta de 6,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Safras & Mercado

 

FRANGOS

 

Mercado de frango segue com preços sustentados no Brasil, em meio à demanda aquecida

O mercado brasileiro de frango registrou preços sustentados, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista Fernando Iglesias, a demanda segue bem aquecida, com um bom ritmo de exportação ao longo do ano, somada a melhora dos níveis de emprego na economia nacional

 

Pelo lado dos produtores, o comportamento dos preços do milho e do farelo de soja aparecem como um ponto de atenção nesse momento, dado o movimento recente de alta. Questões envolvendo a biosseguridade permanecem no radar, em meio ao registro recente de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. “Felizmente a situação foi controlada, em meio a um amplo trabalho do setor para solucionar o problema”, pontua. O lado ruim dessa história é que as exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul para a China seguem interrompidas desde julho. A expectativa, por parte do governo, é de que os embarques possam ser retomados pelo estado a partir de outubro. No mercado atacadista, Iglesias sinaliza que houve uma acomodação dos preços durante a semana, com a chegada da segunda metade do mês sugerindo um menor espaço para reajustes. Por outro lado, ele comenta que a carne de frango tende a ganhar competitividade durante o último trimestre, em um momento de altas mais consistentes dos preços da carne bovina no mercado doméstico. Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,75, o quilo da coxa em R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 10,30. Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou estabilidade nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,60, o quilo da em R$ 6,90 e o quilo da asa em R$ 10,10. Na distribuição, o preço se manteve em R$ 9,85, o quilo da coxa em R$ 7,10 e o quilo da asa em R$ 10,40. O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,30 e, em São Paulo, em R$ 5,50. Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00. No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,20, em Goiás em R$ 5,25 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25. Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 6,00, no Ceará em R$ 5,90 e, no Pará, em R$ 6,10. As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 460,182 milhões em setembro (10 dias úteis), com média diária de US$ 46,018 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 241,719 mil toneladas, com média diária de 24,171 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.903,80. Em relação a setembro de 2023, houve avanço de 38,9% no valor médio diário, alta de 29,6% na quantidade média diária e avanço de 7,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Safras & Mercado

 

Frango/Cepea: Dados de abate do IBGE evidenciam impactos de enchentes no RS sobre setor

Entre o encerramento de abril e ao longo de maio, o Rio Grande do Sul (terceiro maior produtor de carne de frango do Brasil) foi assolado por enchentes que afetaram o setor produtivo de algumas regiões, sobretudo as da parte central do estado. Levantamento do Cepea mostrou que, além de danos nas instalações, o sistema logístico foi prejudicado, em decorrência das estradas interditadas e de pontes destruídas. Com a logística limitada, o escoamento da produção e o recebimento de importantes insumos para a cadeia de avicultura de corte foram impossibilitados. E, neste mês, dados de abate divulgados pelo IBGE e analisados pelo Cepea evidenciam os impactos da tragédia. Enquanto em abril o volume de frangos abatidos no Rio Grande do Sul somou 66,4 milhões de cabeças, em maio, caiu para 53,1 milhões cabeças, expressiva queda de 20% frente ao mês anterior e o menor volume em 12 anos.

Cepea

 

CLIMA

 

Simepar prevê primavera quente com chuvas ligeiramente abaixo da média no Paraná

A primavera começou às 09h44 do domingo - 22 de setembro - e termina às 6h20 de 21 de dezembro. Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação foi quente com pouca chuva em todas as regiões. O tempo ficou ensolarado nas regiões Norte, Noroeste, Norte Pioneiro, Sudoeste e Oeste. Permanece nublado na Capital, Litoral, Sudeste e Sul

 

Neste ano, o fenômeno meteorológico La Niña se forma entre a primavera e o verão, com intensidade fraca, influenciando o clima paranaense até o primeiro trimestre de 2025. "Além disso, as águas do Oceano Atlântico Sul e a temperatura média do ar sobre a América do Sul continuarão mais quentes que o normal", afirmou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. A previsão indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade para a estação em todo Paraná. De acordo com os dados históricos, os maiores valores de temperaturas máximas são habitualmente registrados nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral. Em outubro, a chuva deve seguir o padrão de normalidade. Em novembro e dezembro, fica entre próxima e abaixo da média histórica em todas as regiões. "São esperadas ondas de calor e longos períodos sem chuvas", observa o meteorologista. Por ser considerada uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizos, alta incidência de raios e chuvas volumosas. A previsibilidade desses episódios é desafiadora e muito difícil de ser realizada com grande antecedência. Por esse motivo, o monitoramento sistemático das condições meteorológicas e a emissão de alertas de curto prazo são essenciais para prevenir e mitigar os efeitos na sociedade. A previsão do tempo diária está disponível no podcast Simepar Informa e nas redes sociais do órgão. Em www.simepar.br pode ser acessada a previsão horária por município, com indicadores das condições do tempo, temperaturas do ar mínimas e máximas, probabilidade e volume de chuvas, intensidade e direção dos ventos, sensação térmica, umidade relativa, visibilidade e pressão reduzida, além dos dados sobre o nascer e o pôr do sol e da lua. A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Heverly Morais, orienta os produtores a adotarem cuidados com as plantações nesta primavera. "O cenário é preocupante por causa das temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média climatológica, com distribuição irregular e períodos prolongados de estiagem", afirmou. Culturas como soja, milho e feijão podem ser afetadas de diversas maneiras, incluindo atraso na semeadura, germinação desuniforme, crescimento inadequado das plantas e desenvolvimento deficiente dos grãos. Para mitigar os efeitos desses períodos secos e quentes, é recomendável escalonar a semeadura utilizando cultivares de ciclos diferentes. Deve ser evitado o uso de uma população de plantas superior à recomendada. É importante escolher sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região, mantendo o equilíbrio nutricional. As altas temperaturas e ondas de calor podem prejudicar as hortaliças, especialmente as folhosas, que exigem muita água para irrigação. É alto o risco de danos a culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas, bem como às pastagens. Comuns na primavera, eventos meteorológicos extremos, como vendavais e granizo, podem causar danos físicos nas plantas e prejuízos significativos. Chuvas intensas podem provocar erosão do solo e aumentar a incidência de pragas e doenças.

Simepar

 

EMPRESAS

 

Alemã Mele investirá R$ 77,5 milhões em usina de biogás de dejetos de suínos no Paraná

O Paraná sediará uma nova usina de BIOGÁS, que também será a primeira central de saneamento rural do Brasil. O empreendimento da Mele, empresa alemã, será construído em Toledo, no Oeste do Estado, e receberá, em sua primeira etapa, R$ 77,5 milhões de investimento.

 

Com a proposta de potencializar a transformação de dejetos da suinocultura em energia, biocombustível e fertilizantes, a pedra fundamental do empreendimento foi lançada na quinta-feira (19/9), pelo presidente do Conselho Federal Alemão, Manuela Schwesig, em Curitiba. O lançamento foi acompanhado por vídeo por representantes da empresa e agricultores de Toledo. Segundo a Agência Estadual de Notícias do Paraná, os recursos da primeira etapa virão de investidores e financiamento do Banco Mundial, além de ser acompanhado pela Organização das Nações Unidas (ONU), devido às suas características inovadoras e ambientalmente sustentáveis. A planta de Toledo servirá de modelo para outras unidades que serão instaladas na região e ficará em uma área de 43 mil metros quadrados. De acordo com estimativas da empresa, o tratamento correto dos dejetos nas usinas tem o potencial de evitar 2 milhões de toneladas de CO2 por ano, o equivalente a 2,7% às emissões do Paraná e 0,5% de tudo que é emitido pelo Brasil anualmente. Somente a usina de Toledo, que é a primeira de 45 usinas previstas para serem implantadas na região Oeste até 2031, evitará a emissão de 52 mil toneladas de CO2 por ano. A empresa já possui todas as licenças ambientais para a construção da planta e firmou um acordo com a Verra, organização sem fins lucrativos responsável pelo controle da maior carteira de créditos de carbono do mundo. Feita com base em uma tecnologia desenvolvida no estado alemão de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, onde Manuela Schwesig é governadora, a estrutura resolverá um grande passivo ambiental dos produtores da região - uma das principais produtoras de suínos do Estado -, com a redução das emissões de dióxido de carbono. O projeto também garantirá a manutenção dos recursos hídricos pela economia de água e o fim da contaminação do solo e lençóis freáticos por dejetos da suinocultura. “Com esse projeto, conseguimos demonstrar que a agricultura também pode contribuir com a eficiência energética ao trabalhar com um material que ninguém quer, transformando-o em um ativo econômico”, declarou a presidente do Conselho Federal Alemão. “Em Toledo, iniciamos uma experiência que pode ser ampliada para outras regiões do Paraná com o uso de uma tecnologia que foi desenvolvida em nosso estado”, acrescentou Manuela. A Alemanha, e em especial a região de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, é pioneira na implementação de biodigestores em propriedades rurais. Por meio dessa tecnologia, pequenos e médios produtores de suínos e bovinos utilizam instalações de digestão anaeróbica para tratar os dejetos e produzir biogás, convertendo-o em biometano para ser injetado na rede de gás natural ou utilizando-o para gerar energia elétrica e térmica nas próprias fazendas. No caso da planta de Toledo, a parte líquida dos dejetos será transportada por redes de gasodutos até a central única de saneamento, enquanto a parte sólida será coletada por caminhões com o mesmo destino, englobando 52 propriedades rurais. Esse material servirá inicialmente como matéria-prima para a produção de biometano e CO2, mas a empresa já planeja uma futura ampliação para também produzir metanol, que é amplamente usado na produção do biodiesel e de outras cadeias. Atualmente, 100% do metanol consumido no Brasil é importado de outros países, por isso a expectativa é de que esse empreendimento também ajude o Paraná e o país a reduzirem a sua dependência do mercado externo e, por consequência, os custos de uso do biocombustível. A estimativa da Mele é de que, após a conclusão de todo o cronograma do projeto, a região Oeste do Estado consiga produzir o equivalente a 6 mil barris de petróleo por dia na forma de biocombustível. A iniciativa também tem o apoio do BMWK (Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Proteção Climática) alemão. O presidente do Grupo Mele, Dietrich Lehmann, além de outros membros do governo e do consulado alemão, empresários, investidores e outros representantes do setor produtivo do país europeu acompanharam a reunião.

Globo Rural

 

Copel vai emitir R$ 1,6bi em debêntures para refinanciar dívidas 

Papéis serão divididos em três séries, com vencimentos em 2029, 2031 e 2034

 

A Geração e Transmissão vai emitir R$ 1,6 bilhão em debêntures e usar o dinheiro no refinanciamento de dívidas, inclusive no reembolso de pagamentos já feitos ao longo do ano. Os recursos, segundo a companhia, também servirão para recomposição e reforço de caixa. Os papéis serão divididos em três séries, com vencimentos em 2029, 2031 e 2034. A remuneração da primeira série será de, no máximo, CDI mais 0,52% ao ano. Na segunda série, de CDI mais 0,69%. Na última, de, no máximo, CDI mais 0,95%. As taxas serão definidas no dia 10 de outubro. Safra, Inter, Daycoval e Bocom coordenam a operação, que deve ser liquidada no dia 15 de outubro.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Obra busca zerar deslizamentos em rodovia para o porto de Paranaguá

Trecho está entre os pontos críticos da rodovia, que escoa a safra no Paraná. Os trabalhos para recuperar a encosta no km 40 da BR-277 foram finalizados em agosto

 

O km 40 da BR-277, um dos trechos críticos da rodovia, acaba de receber uma obra na encosta, sentido Paranaguá, na Serra do Mar. A obra é apontada como “solução definitiva” para o ponto, pela EPR Litoral Pioneiro, que administra as rodovias entre Curitiba e o Litoral do Paraná. Os trabalhos para recuperar a encosta foram finalizados em agosto. O trecho registrou um deslizamento no começo de 2024, antes do início da assinatura do contrato de concessão - iniciada em fevereiro -, que bloqueou uma das faixas da rodovia. O histórico de interdição do tráfego na região que abrange o km 40 da BR-277 iniciou em outubro de 2022, quando houve deslizamentos no km 42 da rodovia. Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), os prejuízos com as paralisações, entre 2022 e 2023, podem ter atingido R$ 448 milhões. A Faep faz uma avaliação positiva dos primeiros seis meses de concessão do trecho, iniciados em fevereiro deste ano. “O setor está bastante otimista. Sempre cobramos a melhoria da rodovia e hoje já podemos ver reflexos da nova gestão”, afirma Nilson Hanke Camargo, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep. Camargo observa que a expectativa para o escoamento da safra de soja 2024/25 até o Porto de Paranaguá, que tem a BR-277 como única via de acesso, é boa. “Acreditamos que a concessionária está consciente das suas responsabilidades, em diálogo com o setor. Por enquanto, estamos tranquilos”, completa. O diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira, reafirma que o trabalho na BR-277 está focado, neste primeiro ano de concessão, em garantir a segurança dos usuários e a trafegabilidade da rodovia. “A concessionária está atuando na recuperação do pavimento, dos dispositivos de segurança e na sinalização, além de todo o trabalho de conservação da rodovia”, lista. Segundo a EPR, a obra finalizada no km 40 contou com diferentes fases e investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões. Antes de assumir o trecho de concessão, a equipe se deparou com o deslizamento e o foco inicial foi acompanhar os serviços realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. Segundo o presidente da EPR, em um segundo momento, as equipes trabalharam com um projeto que utilizou várias soluções de engenharia, que permitem conferir segurança à superfície exposta contra novas ocorrências: “foi realizada uma junção de estratégias, como o ordenamento das águas superficiais, a estabilização dos blocos de rocha aparentes e o grampeamento de algumas áreas com tela de aço e concreto projetado, para que a solução aplicada seja definitiva”. O fator complicador naquele ponto da rodovia é que a obra precisa ser executada em uma “meia encosta”, com acessibilidade bastante restrita. Devido à inclinação acentuada, beirando os 90 graus, o trabalho exigiu cuidados especiais de segurança, transporte e manuseio de equipamentos e materiais. Durante a obra, 20 profissionais atuaram nos serviços. A obra faz parte da segunda etapa dos trabalhos iniciais realizados pela concessionária, cuja previsão de duração vai até fevereiro de 2025. Estão incluídas ainda a recuperação do pavimento nos 605 quilômetros de rodovias sob concessão, além de ações de roçada, limpeza de vegetação e melhorias na sinalização vertical e horizontal. A EPR também deu início, no fim de agosto, ao atendimento operacional nas avenidas Ayrton Senna e Bento Rocha, em Paranaguá. As duas vias dão acesso ao Porto de Paranaguá. O novo trecho atendido pela concessionária compreende os quilômetros 00 a 2,9 da avenida Bento Rocha, e entre os quilômetros 00 e 8,1 da avenida Ayrton Senna. Os trechos, com alto fluxo de caminhões, passam a fazer parte das rotas de inspeção e terão atendimento médico com ambulâncias, monitoramento de tráfego, além de serviço de guinchos, caminhão pipa e de resgate de animais. Os serviços podem ser solicitados pelo 0800 277 0153.

Globo Rural 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar interrompe rali do real e fecha em forte alta com aversão a risco

Aumenta prêmio de risco por conta da questão fiscal brasileira; na semana, no entanto, a moeda americana recuou 0,83% 

 

O dólar à vista exibiu forte valorização frente ao real na sessão da sexta-feira (20). Operadores mencionaram tanto um ajuste após sete sessões de queda da moeda americana, quanto um mau humor global que levou a uma fuga dos ativos de risco, além de um aumento do prêmio de risco por conta da questão fiscal brasileira. Investidores aguardam a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do governo. Nesse combinado de fatores, o dólar avançou mais de 1,7%, e o real apresentou o pior desempenho da sessão, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Na semana, no entanto, o dólar recuou 0,83%. Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial fechou em alta de 1,78%, cotado a R$ 5,5208. Já o euro comercial exibiu valorização de 1,77%, a R$ 6,1619. No exterior, perto do fechamento, o índice DXY avançava 0,16%, a 100,773 pontos. Depois de sete sessões seguidas de valorização do real, uma depreciação era esperada hoje pelos operadores do mercado. “Passada a euforia com as decisões de juros, o investidor começa a colocar a cabeça no lugar, ajustar posições, e volta a olhar para o ambiente doméstico. E, ao olhar para dentro, o que se tem? Uma situação fiscal dramática, com crédito extraordinário, frustração pelo lado das receitas”, explica o superintendente de câmbio do Banco Rendimento, Jacques Zylbergeld. “O mercado fica frustrado porque quer ver também cortes de gastos e aparentemente virá menor do que o esperado.” Na avaliação de Zylbergeld, o piso do dólar neste ano deve ficar em R$ 5,40. “Não deve cair muito abaixo disso por todas as preocupações que temos no momento por aqui.” É também a preocupação com a seara fiscal que faz o J.P. Morgan manter sua perspectiva para o real na média do mercado e não a elevar, mesmo rolando sua exposição na moeda brasileira via opções. “Reconhecemos que, além da postura agressiva do BC, uma melhor orientação do governo sobre as perspectivas fiscais é uma condição necessária para uma recuperação mais sustentável do real”, apontam os estrategistas do banco Tania Escobedo, Gisela Brant e Santiago Calcano.

Valor Econômico

 

Ibovespa fecha em queda com receios sobre fiscal e Selic

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, marcando uma mínima desde meados de agosto, pressionado pela alta na curva de juros, conforme persistem preocupações com a situação fiscal no país, enquanto agentes seguem avaliando os potenciais efeitos nas ações de potenciais novas altas na Selic

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,55%, a 131.065,44 pontos, acumulando uma perda de 2,83% na semana e de 3,63% no mês. A correção ocorre após o Ibovespa acumular ganhos nos três meses anteriores -- +1,48% em junho, +3,02% em julho e +6,54% em agosto. O volume financeiro na sexta-feira somou 33,35 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento de contratos de opções sobre ações. Na visão do analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, os ativos brasileiros ainda mostram temores sobre anúncio fiscal, tendo no radar a entrega do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas pelo governo ao Congresso, prevista para a sexta-feira que passou. Investidores têm se mostrado preocupados com manobras do governo para contornar regras fiscais, com especialistas já apontando riscos à credibilidade das contas públicas. Alguns estrategistas, como os do BTG Pactual, já citam que a proposta orçamentária para 2025 parece irrealista. Em paralelo, Chinchila destacou que as taxas dos DIs já precificam aceleração do ritmo de aperto monetário pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para 0,50 ponto percentual em novembro, "com chance até de dose maior, de 0,75 ponto". Segundo ele, a curva embute taxa final de 12,75% em meados de 2025. De acordo com os estrategistas do BTG Pactual, investidores locais estão comprando níveis recordes de proteção devido à preocupação de que o Ibovespa possa corrigir.

Reuters

 

Agroindústria tem mais um mês de forte expansão

Em julho deste ano o crescimento foi de quase 4% para as indústrias do agro

 

Em julho, a produção das agroindústrias brasileiras cresceu 3,7% em comparação com julho de 2023, segundo o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Nos sete primeiros meses deste ano, a agroindústria cresceu 3,3%, superando os efeitos negativos das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul entre abril e maio. Quase todos os segmentos manufatureiros se expandiram. Em julho, o principal destaque foi a recuperação da indústria de produtos têxteis, que avançou 11,2% em relação a julho do ano passado. Ainda no segmento de produtos não-alimentícios, outro destaque foi a indústria de insumos agropecuários, que cresceu 8,5%. Mas, apesar do resultado expressivo, o FGV Agro destacou que o setor ainda sofre com os reflexos da tragédia climática no Rio Grande do Sul, que é um dos principais produtores de máquinas e equipamentos agrícolas. A cautela dos produtores na compra de insumos, em um momento de queda dos preços de soja e milho, também pressiona o segmento. Já a produção das indústrias de fumo e biocombustíveis teve retração em julho. O setor de fumo recuou 4,7%, ainda por causa dos impactos das enchentes sobre as fábricas gaúchas, e o de biocombustíveis, 0,3%, pressionado pelos efeitos da seca sobre a colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul. No segmento de produtos alimentícios e bebidas, quase todas as indústrias avançaram. O aumento mais expressivo foi o da produção de bebidas alcoólicas, que cresceu 10,6% em julho, de acordo com o FGV Agro.

Valor Econômico

 

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