Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 330 |10 de março de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços da arroba do boi gordo se sustentam
Na quinta-feira, 9 de março, os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas praças brasileiras
Segundo a S&P Global, nos últimos dias, as escalas de abate dos frigoríficos encurtaram na maior parte das regiões pecuárias. “Há uma certa dificuldade em avançar as programações operacionais para além da próxima semana”, relatam os analistas. Dois fundamentos sugerem esse cenário. O primeiro deles é a falta de oferta de animais terminados, sobretudo os lotes que atendem padrões de comercialização para o mercado externo, ressalta a S&P Global. O segundo fator, como já mencionado acima, refere-se à estratégia dos pecuaristas de retenção da boiada gorda nas fazendas. No mercado atacadista da carne bovina, os preços dos principais cortes reagiram nesta quinta-feira, refletindo a paralisação da produção em algumas unidades frigoríficas, principalmente as indústrias que atuam no mercado externo. Na avaliação da Scot Consultoria, nas praças paulistas, o mercado do boi gordo continua frio, com diversas unidades frigoríficas ainda aguardando a resolução do embargo da exportação para a China. Com isso, as cotações seguem estáveis. O boi gordo continua valendo R$277/@, enquanto a vaca e a novinha gordas são negociadas por R$260/@ e R$270/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista) SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 258/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 221/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 216/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 231/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 219/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).
PORTAL DBO
Onde estão os 38 frigoríficos habilitados pelo México
No Paraná, o Frigorífico Astra Do Paraná, em Cruzeiro Do Oeste, que já exporta para os Estados Unidos, está entre os habilitados
O México habilitou 38 frigoríficos brasileiros para a exportação de carne bovina ao país, após a publicação dos requisitos zoosanitários pelo governo mexicano na segunda-feira (6). Ao contrário do informado, na terça-feira (7), pelo Ministério da Agricultura do Brasil, no total são 38 plantas habilitadas pelos mexicanos e não 34 como havia sido informado. São 15 unidades da JBS, 8 da Marfrig, 6 da Minerva, e 9 outros frigoríficos de empresas do setor. De acordo com fontes a par do assunto, as empresas brasileiras que estão aprovadas para exportar carne bovina aos Estados Unidos também foram habilitadas para exportar ao México. O governo brasileiro informou que poderão ser exportadas a carne bovina proveniente de Santa Catarina, que tem reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de zona livre de febre aftosa, e também a carne maturada e desossada de outros 14 Estados brasileiros. O Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México (Senasica) informou que, entre as plantas brasileiras habilitadas, estão 15 unidades da JBS, localizadas em Andradina (SP), Lins (SP), Confresa (MT), Nova Mutum (MT), Pontes e Lacerda (MT), Nova Andradina (MS), Naviraí (MS), 2 plantas em Campo Grande (MS), São Miguel do Guaporé (RO), Vilhena (RO), Ituiutaba (MG), Anastácio (MS), Senador Canedo (GO) e Mozarlândia (GO). Já entre as unidades da Minerva aptas a enviar carne bovina ao país norte-americano, estão Barretos (SP), São Paulo, Palmeiras de Goiás (GO), Araguaína (TO), Janaúba (MG) e Paranatinga (MT). Da Marfrig são as indústrias localizadas em Promissão (SP), Bataguassu (SP), Bagé (RS), São Gabriel (RS), Alegrete (RS), Pampeano Alimentos, em Hulha Negra (RS), Mineiros (GO) e Chupinguaia (RO). As outras dez são unidades habilitadas pelos mexicanos são: Meat Snack, em Santo Antônio da Posse (SP), Barra Mansa Comércio de Carnes, em Sertãozinho (SP), Naturafrig Alimentos, em Pirapozinho (SP), Frisa Frigorífico Rio Doce, em Nanuque (MG), Frigorífico Astra do Paraná, em Cruzeiro Do Oeste (PR), Frigorífico Silva Indústria e Comércio, em Santa Maria (RS), Vale Grande Industria, em Matupá (MT), Vale Grande Indústria, em Paraná (RO) e Irmãos Gonçalves Comércio E Indústria, em Jaru (RO).
BROADCAST AGRO
SUÍNOS
Suínos: Estabilidade nas cotações
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 138,00/R$ 143,00, e assim como a carcaça especial, custando R$ 10,40/kg/R$ 10,90/kg.
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (8), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,44%, chegando a R$ 6,86/kg. Foi registrada leve alta de 0,13% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,95/kg, e de 0,43% no Paraná, valendo R$ 7,08/kg. Ficaram estáveis os valores no Rio Grande do Sul (R$ 7,04/kg), e em São Paulo (R$ 7,59/kg). As bolsas de comercialização da suinocultura independente no Brasil que foram realizadas nesta quinta-feira (9) demonstraram que o andamento dos preços foi em diferentes direções. O que houve em comum entre elas foi o acordo entre frigoríficos e suinocultores.
Cepea/Esalq
Suinocultura Independente: preços em queda no PR e MG
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/03/2023 a 08/03/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,57%, fechando a semana em R$ 7,08/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo se mantenha, podendo ser cotado a R$ 7,26/kg vivo", informou o Lapesui. Em São Paulo o mercado registrou leve alta, saindo de R$ 7,92/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, houve recuo, saindo de R$ 8,40/kg vivo na semana passada, quando não houve acordo, para R$ 7,70/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve leve aumento, saindo de R$ 7,30/kg vivo para R$ 7,35/kg vivo nesta semana.
AGROLINK
Suínos/Cepea: Embarques apresentam bom desempenho em fevereiro
As exportações brasileiras de carne suína (incluindo produtos in natura e processados) registraram bom desempenho em fevereiro, influenciadas sobretudo pelos maiores envios a países asiáticos e da América do Sul
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Cepea, foram exportadas 77,8 mil toneladas de carne suína no mês passado, recuo de 11,5% frente ao resultado de janeiro (devido ao menor número de dias úteis no mês), mas incremento de 11,4% na comparação com fevereiro de 2022. Quanto ao mercado interno, levantamento do Cepea mostra que os preços do suíno vivo recuaram na maioria das regiões, pressionados pela menor demanda de frigoríficos por novos lotes para abate.
Cepea
FRANGOS
Cotações estáveis no mercado do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,65/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,92/kg, da mesma maneira que Santa Catarina, valendo R$ 4,79/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (8), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com valores estáveis, precificados, respectivamente, em R$ 7,14/kg e R$ 7,26/kg.
Cepea/Esalq
Secretários da Agricultura pedem criação de comitê de crise da gripe aviária
Os secretários da Agricultura de sete estados brasileiros protocolaram solicitação no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta semana solicitando a criação de um comitê de crise da gripe aviária, segundo nota divulgada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag)
O Comitê de Crise da Influenza Aviária seria focado no estabelecimento de estratégias conjuntas contra a doença, garantindo recursos financeiros para detecção precoce e resposta rápida em caso de ocorrência de foco de gripe aviária. O grupo contaria com a participação do Mapa e dos representantes dos Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária nos Estados (Oesa's). A reunião entre os secretários de Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais ocorreu entre os dias 1º e 3 de março, no Rio de Janeiro. “Devido à gravidade e virulência dessa doença, temos que estar unidos, governos dos Estados e a União, para tomar todos os cuidados possíveis na prevenção do ingresso da influenza aviária na avicultura nacional, um arranjo produtivo responsável por fornecimento de proteína animal de baixo custo não somente para os brasileiros, mas também para vários países que são beneficiários da nossa produção avícola”, disse o secretário da Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli. Os sete estados que assinaram o documento concentram mais de 90% das aves comerciais do país.
CARNETEC
EMPRESAS
Agroceres PIC abre nova unidade no PR
Sociedade entre grupos brasileiro e britânico terá maior núcleo de genética suína da América Latina
A Agroceres PIC, joint venture entre a brasileira Agroceres e a britânica Pig Improvement Company (PIC), vai inaugurar hoje um novo núcleo genético, em Paranavaí (PR). A estrutura é a maior da América Latina, com 70 mil metros quadrados e capacidade para alojar 3,6 mil fêmeas de elite. O investimento foi de R$ 332,4 milhões. O elevado nível de biosseguridade das granjas brasileiras torna o negócio bastante estratégico para a PIC. No Hemisfério Norte, doenças virais - como a peste suína africana - ameaçam os plantéis e, consequentemente, as vendas de genética. “O risco lá fora é muito maior do que aqui, por mais que as empresas do Hemisfério Norte também tenham um grande cuidado com as granjas”, afirma o Diretor Superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa. “Além disso, se o Brasil precisar fechar a fronteira [para a genética estrangeira] para se proteger, a tecnologia tem uma sobrevida de pelo menos dez anos”. Essa lógica explica por que a companhia escolheu o Paraná para levantar a nova estrutura: como o Estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como área livre de febre aftosa sem vacinação, não haverá restrição para os embarques. Já o município foi selecionado por não ter grande presença de suínos, o que reduz o risco de contágio. “Também avaliamos a infraestrutura e a qualificação da mão de obra. Temos equipamentos importados que, se tiverem problema, exigem que o funcionário entre em contato com o atendimento na Holanda”, diz Rosa. Paranavaí tem fácil acesso aos clientes da Agroceres PIC - Aurora, BRF, Frimesa e Seara - e ao mercado paulista, onde a carne dos animais descartados na seleção genética poderá ser vendida mais facilmente. Segundo o executivo, a Gênesis tem os mesmos níveis de excelência das plantas da PIC no Hemisfério Norte. Assim, a empresa estaria apta a exportar até para o mercado americano. “Isso nunca aconteceu antes. As exportações sempre foram de lá para cá”, relata. A unidade paranaense vai abastecer o mercado com bisavós, avôs e avós - animais que dão origem aos reprodutores, que, por sua vez, geram os suínos que serão abatidos. Ela também venderá machos reprodutores a centrais de sêmen ou diretamente aos criadores. Segundo o Diretor Superintendente, a empresa decidiu seguir com o projeto mesmo quando as turbulências da suinocultura começaram a se intensificar no ano passado, já que as apostas em genética consideram cenários de médio e longo prazos. “Fizemos um planejamento bastante detalhado, e o que vemos para os próximos anos é um quadro muito mais favorável”, afirmou. O executivo conta que poucos países têm condições de ampliar a produção de suínos como o Brasil. A atividade pode, inclusive, se beneficiar da expansão internacional da avicultura, que é um exemplo de sucesso. Cerca de 85% da receita da Agroceres PIC vem do Brasil - a empresa é a líder do segmento de genética suína no país, com mais de 50% de participação de mercado. A companhia exporta para Argentina, Paraguai e Uruguai. As vendas ao exterior respondem por 15% do faturamento. A companhia espera vender também ao Chile e à Colômbia, mercados que se abriram para genética suína brasileira recentemente. Também há tratativas em andamento para a abertura de Equador e Peru. “São países que tradicionalmente importam de Estados Unidos, Canadá e de alguns fornecedores da Europa”, afirma Rosa. Segundo ele, com o aumento da lista de compradores no exterior, a participação das exportações na receita da Agroceres PIC pode até dobrar em cinco anos.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná criou 6.369 empregos com carteira assinada em janeiro, aponta Caged
O saldo de vagas no acumulado dos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, é de 103.977 no Paraná, o melhor resultado da região Sul no período. Com isso, o estoque de empregos formais do Estado é atualmente de 2.929.486 postos
O Paraná abriu o ano com 6.369 novas vagas de emprego com carteira assinada. Os dados de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados na quinta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O saldo do mês é resultado da diferença entre as 145.339 admissões e 138.970 demissões no período. No Brasil, o saldo foi de 83.297 postos de trabalho formais, sendo que 16 das 27 unidades da federação fecharam o mês com resultados positivos. O saldo de vagas no acumulado dos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, é de 103.977 no Paraná, o melhor resultado da região Sul no período. Com isso, o estoque de empregos formais do Estado é atualmente de 2.929.486 postos. O setor de serviços respondeu por sete em cada 10 vagas abertas em janeiro, com saldo de 4.427 novos empregos no período. A construção civil vem na sequência, com 3.502 vagas, seguido pela indústria (1.894) e agropecuária (624). O comércio teve saldo negativo no mês de -4.078 vagas. Dos 399 municípios paranaenses, 198 fecharam o mês com saldo positivo nas contratações. Em outros 16, o número de admissões e desligamento foi o mesmo, e em 185 cidades o saldo de empregos foi negativo em janeiro. O município que mais gerou empregos no primeiro mês do ano foi Londrina, no Norte do Estado, com 842 novas vagas. Outros destaques foram para as cidades de Pinhais (776), Toledo (591), Cascavel (556), Curitiba (497), São José dos Pinhais (390), Foz do Iguaçu (310), Maringá (297), Pato Branco (287) e Palmas (264).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista perto da estabilidade com espera do arcabouço fiscal
Depois de recuar mais de 1% na quarta-feira, o dólar fechou a quinta-feira praticamente estável, com investidores em compasso de espera para a apresentação do novo arcabouço fiscal do governo, aguardada para este mês
Profissionais do mercado afirmaram que a falta de ruídos mais recentes entre o governo Lula e o Banco Central, além dos avanços na proposta de arcabouço fiscal, trouxe um viés de baixa para a moeda norte-americana. No cenário externo, permanecia a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode acelerar a alta de juros nos Estados Unidos, o que mantém a pressão sobre moedas de países emergentes, como o Brasil. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1404 reais, em leve alta de 0,03%. Na B3, às 17:50 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,35%, a 5,1870 reais. De acordo com o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, dois fatores seguiram atuando no mercado de câmbio. “Temos o (presidente do Fed) Jerome Powell indicando esta semana no Congresso que a inflação parece não estar sob controle ainda, o que acaba atraindo capital para os EUA. E temos a provável apresentação, pelo governo brasileiro, do novo arcabouço fiscal, o que ajudou o mercado, principalmente na quarta-feira”, disse. Para Felipe Novaes, chefe da mesa de operações do C6 Bank, o fluxo de moeda estrangeira está positivo para o Brasil nesta semana, muito em função da ausência de ruídos no governo. “Aparentemente, o Ministério da Fazenda está chegando a um formato do novo arcabouço fiscal, que foi apresentado ao BC e, na quinta-feira, ao Ministério do Planejamento”, pontuou Novaes. De fato, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com o Presidente do BC, Roberto Campos Neto, na terça-feira e com a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, nesta quinta. Após almoço com Haddad, Tebet chegou a afirmar que o novo arcabouço fiscal “vai agradar a todos, inclusive o mercado”. “Parece haver sintonia entre Fazenda, Planejamento e BC, para apresentar um arcabouço fiscal que seja crível. As sinalizações são boas, então o mercado desconta prêmios dos ativos”, avaliou Novaes. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap ofertados em operação de rolagem dos vencimentos de abril.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com novo tombo de Hapvida
O Ibovespa fechou em queda de mais de 1% nesta quinta-feira, em meio a noticiário corporativo intenso, com Hapvida despencando mais de 30% por receios sobre a solvência da empresa, que avalia opções para fortalecer sua estrutura financeira, incluindo emissão de ações
A piora em Wall Street, em dia de forte queda de bancos e antes de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos na sexta-feira, acelerou a trajetória negativa na bolsa paulista no final do pregão, onde investidores também continuam no aguardo de nova regra fiscal para o país. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,18%, a 105.287,23 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 23,4 bilhões de reais.
REUTERS
Brasil abre 83.297 vagas formais de trabalho em janeiro, mostra Caged
O Brasil abriu 83.297 vagas formais de trabalho em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
O resultado foi melhor que o de dezembro, quando haviam sido fechadas 440.669 vagas formais de trabalho, segundo número atualizado, mas veio abaixo do saldo de janeiro de 2022, de 167.269 vagas formais (número atualizado). Conforme o Caged, o saldo de novas vagas em janeiro foi resultado de 1.874.226 admissões e de 1.790.929 desligamentos. O mês de janeiro foi o primeiro do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do resultado positivo no Caged, ele foi inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, o que corrobora algumas avaliações de que o mercado de trabalho está em desaceleração. Na ata de seu último encontro de política monetária, realizado no início de fevereiro, o Banco Central já havia alertado para o enfraquecimento do mercado de trabalho. "O mercado de trabalho, que surpreendeu positivamente ao longo de 2022, continua mostrando sinais de desaceleração, com queda nas admissões líquidas do Novo Caged e relativa estabilidade na taxa de desemprego, proveniente de recuos na população ocupada e na força de trabalho", pontuou o BC na ocasião. No governo Lula, um dos diagnósticos é de que a Selic (taxa básica de juros), mantida pelo BC em patamares mais elevados para segurar a inflação, tem prejudicado a atividade econômica, o que se reflete nas admissões e demissões de trabalhadores. Atualmente em 13,75% ao ano, a Selic está acima de dois dígitos desde fevereiro de 2022.
REUTERS
IBGE reduz em 1,3% previsão de safra para este ano
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (9) uma nova previsão para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em fevereiro deste ano, estimou produção de 298 milhões de toneladas este ano.
A previsão é 1,3% menor (ou 3,9 milhões de toneladas a menos) do que aquela estimada na pesquisa anterior, de janeiro. A redução deve-se principalmente à estiagem provocada pela La Niña, no Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de grãos do país, de acordo com o IBGE. Apesar disso, a safra deste ano deve ser 13,3% superior (34,9 milhões de toneladas a mais) à observada no ano passado. O recuo de janeiro para fevereiro deve-se principalmente à redução das previsões nas safras de soja (-1,7% em relação a janeiro), arroz (-2,5%), milho 1ª safra (-2,5%) e milho 2ª safra (-0,4%). Mesmo com os ajustes na previsão, esperam-se aumentos, em relação a 2022, nas safras de soja (21,3%), milho (10,2%) e algodão herbáceo (1,4%). “A safra [de 298 milhões de toneladas] é recorde na série histórica do IBGE. As produções de soja e de milho também são recorde na série histórica”, afirma o pesquisador do instituto, Carlos Barradas. Por outro lado, são esperadas quedas nas safras de lavouras como o arroz (-6%) e o trigo (-13,8%). Em relação à área colhida, o IBGE estima crescimentos, em relação ao ano passado, nos cultivos de soja (4,8%), milho (4,1%) e algodão herbáceo (1,2%). São esperadas quedas nas áreas a serem colhidas nas lavouras de arroz (-5,8%) e de trigo (-2,8%).
Agência Brasil
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