CLIPPING DO SINDICARNE Nº 939 DE 02 DE SETEMBRO DE 2025
- prcarne
- 2 de set.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 939 | 02 de setembro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Mercado do boi abre setembro com estabilidade
Em agosto/25, o mercado físico manteve-se firme, encerrando o mês com avanço acumulado de 7% em SP, disse a Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de oito dias.
O mercado do boi gordo abriu a semana com poucos negócios nas praças brasileiras, com os compradores aguardando os primeiros dias de setembro para avaliar o comportamento da demanda pela carne bovina. Os preços da arroba fecharam a segunda-feira (1/9) com estabilidade na maioria das regiões do País. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, o boi gordo sem padrão-exportação negociado em São Paulo segue valendo R$ 312/@, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 317/@ (valores brutos, no prazo). “Pelo terceiro dia consecutivo, não houve alterações nas cotações observadas em nenhuma das regiões acompanhadas”, informou a Agrifatto, sobre o monitoramento realizado em 17 praças. Em agosto/25, o mercado físico do boi gordo manteve-se firme, encerrando o mês com alta acumulada próxima de 7% em São Paulo. O movimento de alta da arroba foi sustentado pela oferta restrita de boiadas gordas e pelo forte avanço das exportações de carne bovina in natura. “Esse cenário deve se estender em setembro/25, com os preços sustentados pela continuidade da demanda externa, especialmente da China, mesmo diante das novas tarifas impostas pelos EUA”, relataram os analistas da Agrifatto. Paralelamente, novos mercados, como Indonésia e Filipinas, começam a demandar a proteína brasileira, diversificando o destino das exportações brasileiras. No entanto, na avaliação dos analistas da consultoria, a tendência de firmeza nos preços do boi gordo pode encontrar limites a partir de novembro/25, quando o volume de animais terminados em confinamento tende a aumentar, coincidindo com o encerramento do prazo para embarques à China visando o abastecimento prévio ao Ano Novo Chinês, que ocorrerá entre 17 de fevereiro e 3 de março de 2026. Na última sexta-feira, a movimentação do mercado foi moderada, em função da transição de mês. Ainda assim, diz a Agrifatto, o volume negociado foi suficiente para manter as escalas de abate entre oito e nove dias na média nacional. Cotações do boi gordo, conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abates de nove dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de dez dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$310,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. PARÁ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de nove dias. GOIÁS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$300,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de nove dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Brasil exporta mais carne após tarifaço; nos EUA, preços disparam
Tarifaço passou a valer no dia 6 de agosto; na média diária até dia 25, Brasil exportou 35% mais carne que no mesmo período de 2024. Apesar da apreensão do setor antes do início do tarifaço dos EUA, as exportações brasileiras de carne bovina têm apresentado aumentos expressivos mesmo após a vigência das novas tarifas.
As vendas para os EUA caíram após a sobretaxa, mas o comércio de carne bovina com outros países mais que compensou essa perda. O ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), informou que os embarques internacionais da proteína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam uma média diária de US$ 74,55 milhões até o dia 25 de agosto. O valor representa alta de 70,1% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram vendidos ao exterior US$ 43,83 milhões por dia. Para se ter uma ideia, o aumento de US$ 30,71 milhões diários é o maior em termos absolutos da pauta de exportações da indústria brasileira. Com isso, a participação da carne bovina no total de vendas externas brasileiras saltou de 3,35% em agosto de 2024 para 5,22% no mesmo mês deste ano, considerando o período até o dia 25. Em termos de volume, o Brasil exportou em média 13.307 toneladas por dia nos primeiros 25 dias do mês. No ano passado, a oferta de proteína bovina brasileira no mercado global foi de 9.882 toneladas diárias, o que significa um aumento de 34,7% neste ano, na comparação anual, e uma alta de 26,3% na cotação do produto por tonelada (US$ 4.435,40 em agosto de 2024 e US$ 5.602 em agosto de 2025). Entre os produtos brasileiros do setor agropecuário mais exportados para os Estados Unidos, a carne bovina é a segunda colocada, atrás apenas do café. O analista de mercado João Otávio Figueiredo, head de pecuária da consultoria Datagro, explica, no entanto, que, embora os Estados Unidos sejam um dos mercados externos mais relevantes para a carne bovina brasileira, o tarifaço ocorre em um momento em que o setor, por um lado, volta seus embarques para a China e, por outro, avança na diversificação dos demais destinos. Entre janeiro e julho deste ano, o Brasil exportou 1,56 milhão de toneladas da proteína bovina globalmente. Desse montante, 790,1 mil toneladas (50,5%) foram para o gigante asiático, enquanto os americanos compraram 169,2 mil toneladas (10,8%), de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Nesse sentido, explica Figueiredo, o mercado norte-americano é mais dependente da importação do produto do Brasil do que a indústria brasileira das exportações para os EUA. O Brasil tem uma cota anual de exportação de 70 mil toneladas de proteína bovina isentas de tarifa – volume alcançado em menos de um mês este ano. Acima disso, incidia sobre a carne uma taxa de importação de 26,4%, que, com o tarifaço, agora chega a 76,4%, inviabilizando qualquer negociação. “À medida que os Estados Unidos aceleram a compra de outros fornecedores, como Austrália e Argentina, reduzem-se as exportações desses países para a China, abrindo mais espaço para o produto brasileiro no mercado chinês”, diz o analista. Com tarifaço sobre carne bovina brasileira, preços disparam nos Estados Unidos. Embora ainda vendam parte de sua produção para outros países, os Estados Unidos, que já foram os principais exportadores de carne bovina do mundo, enfrentam uma crise no setor pecuário, com o menor estoque de rebanho em 70 anos. O quadro não é exclusivo do país. Na União Europeia, o estoque está em sua mínima histórica em quatro décadas. “Hoje o rebanho comercial bovino é de 585 milhões de cabeças, mais cerca de 300 milhões que ficam na Índia que não são considerados comerciais por causa da religião hinduísta, que impede o abate”, conta Figueiredo. “A gente nunca teve tão pouco boi no mundo.” O Brasil é a origem de 26,6% de toda a importação de carne bovina dos EUA, de acordo com dados do Departamento de Agricultura americano (USDA, na sigla em inglês). Segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA (BLS), o preço médio da carne moída ao consumidor chegou a US$ 6,504 por libra (cerca de 453 gramas) – o equivalente a R$ 77,71 por quilo, no câmbio atual. Em janeiro, estava em US$ 5,82/lb (R$ 69,54/kg), o que significa uma alta de 11,75% em seis meses.
Gazeta do Povo
FRANGOS
Média mensal do frango ficou negativa em agosto
Em agosto, a semana e os negócios do mês foram encerrados no dia 29. Não fosse isso, talvez o frango abatido terminasse o período nas mesmas condições observadas no final de julho, quando seus preços (5ª semana) retroagiram ao menor valor em mais de 12 meses.
Os resultados, porém, não foram muito diferentes e comparados os preços registrados em datas, R$7,11/kg em 29 de julho; R$7,22/kg em 29 de agosto, o “ganho” foi de apenas 1,5%, índice que cai para não mais que 0,26% ao compararem-se os preços mensais em média de R$7,307/kg em julho e de R$7,325/kg em agosto. O desempenho da última semana de agosto voltou a ser inferior com redução próxima de 1% ao de um ano antes – como já havia ocorrido no final de julho e, ainda, na 4ª semana de agosto. Em consequência, pela primeira vez desde janeiro de 2024, a média mensal ficou negativa (-0,06%) em relação ao valor registrado no oitavo mês do ano passado. Como é óbvio, tais condições se refletem sobre o mercado do frango vivo produzido por criadores independentes, que permanece pouco demandado. Em São Paulo, como a oferta continua limitada, a cotação máxima, de R$5,60/kg, permaneceu inalterada e completou sete semanas de vigência. Já em Minas Gerais, onde prevalecia uma diferença a mais de R$0,15/kg, os preços perderam a sustentação e, sofrendo duas baixas consecutivas, caíram para R$5,60/kg, voltando a igualar-se aos praticados em São Paulo, fato que não ocorria desde junho passado.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Fim do prazo para negócio entre Marfrig e Minerva no Uruguai pode ser positivo, diz Santander
Empresas discordam sobre a validade do contrato de vende de três plantas industriais. Unidade da Marfrig. Empresa diz que contrato de venda de frigoríficos no Uruguai expirou. Minerva discorda
O fim do prazo para conclusão da venda de três unidades da Marfrig para a Minerva no Uruguai pode trazer efeitos positivos para as duas empresas, avaliam Guilherme Palhares e Laura Hirata, analistas do Santander. A Marfrig anunciou na semana passada que o contrato expirou e perdeu a validade, enquanto a Minerva discorda e segue aguardando a posição da autoridade antitruste uruguaia sobre o negócio. "Vemos isso como um resultado ligeiramente positivo para ambas as empresas. A Minerva evita riscos antitruste, preserva a flexibilidade do balanço e mantém espaço para potenciais dividendos extraordinários", afirmaram os analistas do banco em relatório. "A Marfrig, por sua vez, mantém exposição ao Uruguai, onde o ciclo favorável do gado e o potencial de alta das tarifas americanas sobre a carne bovina brasileira podem sustentar os resultados", acrescentaram. Apesar dos benefícios para as duas companhias, o Santander acredita que o cenário é ainda mais favorável para a Minerva, por conseguir aproveitar por mais tempo o ciclo de alta do gado no Brasil, enquanto continua a reduzir seus níveis de endividamento e alavancagem. As três unidades do Uruguai que fazem parte da negociação estão localizadas em San José, Salto e Colônia, e continuam operando normalmente. Desde que o contrato foi firmado, em agosto de 2023, a decisão está nas mãos da Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec), órgão antitruste do Uruguai, que já negou algumas vezes o fechamento do negócio. Diante da negativa, a Minerva fez uma nova proposta em fevereiro deste ano, de que compraria as plantas e revenderia a de Colônia para a Allana Group, companhia indiana de produção e exportação de itens como carne halal. "A decisão final da Coprodec pode ser tomada em setembro, mas a resistência regulatória sugere baixa probabilidade de aprovação", avalia o Santander. Guilherme Guttilla e Thiago Duarte, analistas do BTG Pactual, comentaram em relatório que, como os termos do contrato nunca foram públicos, é difícil prever quais serão os próximos desdobramentos. No entanto, o fim do contrato pode trazer impactos menores atualmente. "As implicações para ambas as empresas, independentemente de o acordo avançar ou não, são provavelmente menos significativas hoje do que pareciam à primeira vista", afirmaram os especialistas. Para o BTG, como a Marfrig está em processo de fusão com a BRF, a desalavancagem por meio da venda de ativos é muito menos significativa do que inicialmente. Na outra ponta, segundo Guttilla e Duarte, a Minerva ainda teria que pagar R$ 675 milhões - ou R$ 750 milhões, incluindo os juros - pelos ativos no Uruguai e as plantas gerariam cerca de R$ 100 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). "A Minerva já levantou capital para fortalecer seu balanço, enquanto vem entregando (resultados) consistentemente com os ativos que já foram integrados", completou o BTG.
Valor Econômico
GOVERNO
Brasil fecha acordo para exportar farinhas ao México
Brasil conquista 417 aberturas de mercado desde 2023
O governo brasileiro e o governo do México concluíram a negociação sanitária que permitirá ao Brasil exportar farinhas de origem animal, produzidas a partir de bovinos e suínos, para o mercado mexicano. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a abertura consolida um avanço importante para o setor. “Essa nova abertura representa uma oportunidade para produtores e exportadores brasileiros do setor de reciclagem animal, uma vez que o México é um grande importador desses produtos”, destacou a pasta. Com cerca de 130 milhões de habitantes, o México é a segunda maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil. De acordo com o levantamento, entre janeiro de 2023 e julho de 2025, o país importou US$ 7,7 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, com destaque para soja, café e proteína animal. O Mapa informou ainda que, com este anúncio, “o agronegócio brasileiro alcança 417 aberturas de mercado, em 71 destinos, desde o início de 2023”. A pasta ressaltou que esses resultados são fruto da cooperação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
Abertura de mercado para produtos agropecuários do Brasil na Costa Rica, diz Mapa
O governo brasileiro e o governo da Costa Rica concluíram negociações sanitárias e fitossanitárias para que o Brasil exporte subprodutos de origem bovina destinados à alimentação animal e milho de pipoca para aquele país.
Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 272 milhões em produtos agropecuários para a Costa Rica, com destaque para cereais, farinhas e preparações, além de produtos do complexo soja. Com este anúncio, o Brasil alcança 419 aberturas de mercado desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
INTERNACIONAL
Carne bovina atinge preço recorde em julho de 2025 nos EUA
O preço da carne bovina no atacado dos EUA segue subindo e novamente renovou a máxima para o período do ano, em 2025.
O preço da carne bovina nos EUA alcançou o patamar mais alto para um mês de julho, em 2025, muito acima dos valores observados no mesmo período dos anos anteriores e igualmente acumulando o terceiro ano consecutivo de valorização. A produção de carne bovina nos EUA se mantém em queda e, abaixo da demanda doméstica do país, o que reforça a dependência cada vez maior por importação. Aliás, desconsiderando dados de importação e exportação, a diferença entre a produção e o consumo de carne bovina tem aumentado ano a ano nos EUA. Em 2025 a expectativa é que o consumo seja 1,0 milhões de toneladas em equivalente carcaça acima da oferta proveniente do país. Em 2020 essa diferença, ainda que negativa, era de apenas 0,14 milhões de toneladas. O preço da carne bovina no atacado dos EUA em julho de 2025 foi quase 20,0% acima do valor nominal praticado no mesmo período do ano anterior. Além da alta em relação ao mesmo período do ano anterior, a carne bovina no atacado dos EUA também subiu frente ao mês anterior. O preço da carne bovina no atacado dos EUA em julho de 2025 ficou, pelo segundo mês consecutivo, acima de US$380,0 por cwt. Lembrando que a unidade de medida cwt ou hundredweight equivale a 112,0 libras ou 50,8kg.
Scot Consultoria
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná lidera crescimento da atividade econômica entre os estados no 1º semestre de 2025
O desempenho estadual de 6,1% é praticamente o dobro do Brasil no mesmo período, cuja variação foi de apenas 3,2%. Santa Catarina cresceu 6,05%, o Pará, 5,63%, e Goiás, 5,39% completam a lista dos principais avanços.
Com um avanço de 6,1% nas atividades econômicas no primeiro semestre de 2025, o Paraná lidera o crescimento econômico anual os estados. O desempenho estadual também é praticamente o dobro do Brasil no mesmo período, cuja variação foi de apenas 3,2%, segundo dados divulgados pelo Banco Central e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Santa Catarina cresceu 6,05%, o Pará, 5,63%, e Goiás, 5,39% completam a lista dos principais avanços. Dos locais analisados, apenas Pernambuco registrou número negativo, -0,26%. O bom resultado é reflexo do dinamismo em praticamente todos os setores produtivos paranaenses, cujos dados oficiais são usados para traçar o chamado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB) porque acompanha mensalmente a evolução das principais atividades da economia, como agropecuária, indústria, comércio e serviços. Embora não substitua o cálculo oficial do PIB, ele serve como um dos principais indicadores de tendência usados pelo governo e pelo mercado financeiro para medir o ritmo da economia do Brasil e dos estados. Na indústria, por exemplo, o avanço das atividades foi de 5,2% de janeiro e junho deste ano no Paraná, mais de quatro vezes mais do que o 1,2% de alta na média nacional. O comércio varejista estadual também apresentou desempenho superior: alta de 2,4% nos seis primeiros meses do ano, contra 1,8% no Brasil no mesmo período. O agronegócio, que é um dos pilares da economia paranaense, também manteve a tendência de crescimento. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas aumentou 21,8% a partir do Paraná na comparação com o mesmo período do ano passando. No País, a variação foi de 16,3% no mesmo recorte, segundo dados estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta em sessão de baixa liquidez com mercado fechado nos EUA
O dólar fechou em leve alta ante o real na segunda-feira, em um movimento que se seguiu à forte perda da moeda norte-americana no mês anterior, em sessão com poucos catalisadores devido a um feriado nos Estados Unidos e a uma agenda esvaziada no Brasil. O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$5,4391.
Às 17h21, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, a R$5,478 na venda. Os movimentos do real neste pregão tiveram como pano de fundo a baixa volatilidade do dólar nos mercados globais devido ao fechamento do mercado norte-americano por conta do feriado do Dia do Trabalho, o que limitou a influência externa sobre a moeda brasileira e conteve a liquidez local. O noticiário local tampouco trouxe novidades que justificassem apostas acentuadas para qualquer direção, mas o fato de a moeda dos EUA ter acumulado uma queda de 3,18% frente à divisa brasileira em agosto abriu espaço para ajustes de algumas posições na primeira sessão de setembro. A divisa de reserva global variou em faixa estreita durante toda a sessão, oscilando apenas 3 centavos de real entre a maior e a menor cotação do dia. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,17%, a 97,667. O resto da semana, por outro lado, será de agenda movimentada. O destaque doméstico ocorrerá já na terça-feira, quando serão divulgados dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre. Nos EUA, as atenções dos agentes estarão voltadas para sexta-feira, quando o governo norte-americano publicará o relatório de emprego do mês de agosto, com o foco em possíveis sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve. Qualquer novidade sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA também pode impactar o mercado doméstico, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tenta abrir canais de diálogo para negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.
Reuters
Ibovespa começa setembro em queda após recordes em agosto e com giro baixo por feriado nos EUA
O Ibovespa fechou com um declínio discreto na segunda-feira, em meio a feriado nos Estados Unidos, o que reduziu o volume de negócios no primeiro pregão de setembro após agosto terminar com novas máximas históricas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,1%, a 141.283,01 pontos, tendo marcado 141.949,94 pontos na máxima e 140.878,3 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou apenas R$11,98 bilhões, de uma média diária de cerca de R$24 bilhões no ano. A queda ocorreu após o Ibovespa encerrar agosto na máxima histórica de 141.422,26 pontos (considerando fechamento), com ganho de 6,5% no mês. Também na sexta-feira, registrou o topo intradiário de 142.378,69 pontos. De acordo com analistas, tal movimento ocorreu após uma safra de resultados de segundo trimestre acima do esperado das empresas brasileiras combinada com um cenário mais favorável para a queda dos juros nos Estados Unidos e no Brasil. Na segunda-feira, destacou o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a pesquisa Focus mostrou nova revisão para baixo em previsões de mercado para o IPCA em 2025 e 2026, corroborando o quadro cada vez melhor para queda da Selic. Mas, acrescentou, números mais fracos sobre a atividade da indústria no país, embora endossem as apostas de um movimento de recuo dos juros, acabam trazendo preocupações sobre o resultado das empresas e desencadeando uma certa aversão a risco. Na visão de Paletta, diante dessa combinação e um feriado nos EUA, que tira um pouco de liquidez dos mercados, o que se viu nesta sessão foi um mercado "um pouco mais lateralizado, em compasso de espera". Ele chamou a atenção para dados do PIB brasileiro do segundo trimestre, previstos para a terça-feira, que podem referendar apostas sobre o começo de um movimento de corte de juros no Brasil no início de 2026 ou no final deste ano.
Reuters
Focus: Mercado reduz IPCA pela 14ª vez e vê PIB maior para 2025 e 2026
Pesquisa mostrou ainda expectativa de cotação do dólar em R$ 5,56 ao final deste ano, ante R$ 5,59 na semana anterior
Agentes do mercado ajustaram para baixo suas estimativas para a inflação neste ano e no próximo, ao mesmo tempo que também alteraram ligeiramente suas expectativas para o crescimento da economia brasileira também para 2025 e 2026, mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, na segunda-feira (1º). Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referência do Banco Central para a meta de inflação, os agentes ajustaram em 0,01 ponto percentual para baixo a previsão para o final deste ano, a 4,85% ante 4,86%, ao passo que para 2026 o movimento foi de redução em 0,02 ponto, para 4,31% ante 4,33%. A meta de inflação é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O mercado reduziu pela 14ª semana seguida sua estimativa de inflação para este ano e pela sétima semana seguida as expectativas para a alta dos preços no próximo ano. Já para o PIB (Produto Interno Bruto), os agentes ajustaram as expectativas para este ano em 0,01 ponto percentual, a 2,19% ante 2,18% na semana anterior, e realizaram movimento de mesma magnitude ao estimar o crescimento da economia para 2026, agora em 1,87% ante 1,86%. O IBGE divulgará na terça-feira (2) os dados do PIB do segundo trimestre, com expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,3% em relação aos três primeiros meses do ano, com alta de 2,2% na comparação anual. A pesquisa, realizada junto a uma centena de economistas, mostrou ainda expectativa de cotação do dólar em R$ 5,56 ao final deste ano, ante R$ 5,59 na semana anterior, enquanto para 2026 a previsão é de R$ 5,62, ante R$ 5,64. O Focus apontou ainda manutenção das expectativas para a taxa de juros Selic neste ano e no próximo, a 15,00% e 12,50%, respectivamente.
Reuters
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