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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 928 DE 18 DE AGOSTO DE 2025

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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 928 | 18 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

“Alta na arroba do “boi-China” negociado em SP

O último dia da semana abriu com alta de R$ 2/@ para a novilha gorda e para o “boi-China” negociados no Estado de São Paulo, informou a Scot Consultoria. No PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

 

O fechamento desta semana foi marcado pelo acréscimo de R$ 2/@ na tabela de preços da novilha gorda e do “boi-China” negociados no Estado de São Paulo, que agora valem R$ 302/@ e R$ 315/@, no prazo (valores brutos), apurou a Scot Consultoria, que acompanha diariamente o setor pecuário. A vaca gorda também subiu R$ 2/@ no mercado paulista, para R$ 282/@, enquanto o animal terminado “comum” segue valendo R$ 308/@, acrescenta a Scot. Pelos números da consultoria, o ágio do bovino com padrão-exportação subiu para R$ 7/@ em São Paulo. As escalas de abate dos frigoríficos paulistas atendem, em média, a sete dias, contabiliza a Scot. Pelos dados levantados pela Agrifatto, na sexta-feira (15), apenas uma das 17 praças acompanhadas pela consultoria teve valorização no preço do boi gordo: Mato Grosso. Nas 16 outras regiões monitoradas pela Agrifatto, as cotações fecharam a semana com estabilidade. Os recentes avanços nas cotações do boi gordo, destaca a Agrifatto, são sustentados pela oferta curta de animais prontos, especialmente de fêmeas, além das exportações de carne bovina fresca, congelada e resfriada. O varejo doméstico da carne bovina mantém um giro regular, mesmo entrando na segunda quinzena, período em que o consumo costuma esfriar devido ao menor poder aquisitivo da população. No acumulado de janeiro a julho deste ano, foram embarcados na exportação um volume recorde para o período de 1,87 milhão de toneladas da proteína brasileira, 14,11% acima do resultado de igual período de 2024. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (15/8), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$315,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$317,50. Vaca: R$285,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$315,00. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$285,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$285,00 a arroba. Boi China: R$295,00. Média: R$290,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$265,00. Escalas de abate de cinco dias. GOIÁS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China/Europa: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$270,00 a arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$270,00 por arroba. Vaca: R$250,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

CARNES

 

BRF prevê queda de 2% no custo de ração no segundo semestre

O CFO da BRF, Fabio Mariano, afirmou que a retração nos preços dos grãos, especialmente do milho, deve causar impacto positivo nos custos da companhia ainda em 2025. “Nossa estratégia foi manter uma posição menos alongada justamente para, na ocasião da safrinha, intensificar as originações de milho – e isso aconteceu dentro do planejado”, disse, em teleconferência para apresentação dos resultados do segundo trimestre, na sexta-feira.

 

Segundo ele, a compra ocorreu na transição do segundo para o terceiro trimestre, e o reflexo nos resultados virá nos próximos meses. “Estimamos uma retração de aproximadamente 2% no custo da ração no segundo semestre”, afirmou. Mariano também destacou que a empresa estendeu os contratos de farelo de soja, visando benefícios de custo além de 2025. “Tomamos decisões de alongar os pedidos não apenas para a segunda metade deste ano, mas também já pensando no primeiro trimestre de 2026. Entendemos que poderemos levar certo benefício no custo de consumo também para o início do próximo ano”, completou. A BRF projeta um cenário estável para o mercado global de frango e suíno, sustentado por um equilíbrio entre oferta e demanda e pelo avanço de produtos de maior valor agregado. “Vemos um perfeito equilíbrio entre oferta e demanda. Nesse contexto, dificilmente há alteração que mude os fundamentos do negócio”, afirmou o CEO, Miguel Gularte, em teleconferência com analistas. O executivo destacou que a demanda tende a seguir superando a oferta, ainda que de forma equilibrada, e que mesmo episódios como a gripe aviária reforçam a posição estratégica do Brasil. “O tratamento de reabertura mais rápido de mercados que se fecham demonstra essa importância, algo que talvez não ocorresse no passado se o Brasil tivesse menos relevância como fornecedor”, disse. O CFO, Fabio Mariano, afirmou que, no caso de aves, não há perspectiva de desequilíbrio de oferta no curto prazo. “Apesar de uma alta de aproximadamente 3% no alojamento no semestre, não prevemos crescimento de produção que supere 1,5% no Brasil. Nos Estados Unidos, o avanço também não deve ultrapassar 2%, e na Europa, talvez nem chegue a 1%. A única exceção pode ser a China, com crescimento maior, mas lembrando que 2024 foi um ano de retração por lá”, disse. Quanto ao segmento de suínos, Mariano destacou que o cenário é semelhante, com expectativa de crescimento global em torno de 2%, insuficiente para gerar desequilíbrio de oferta ou pressionar preços. Sobre margens, o CFO ponderou que a indústria é cíclica, mas que a empresa está preparada para diferentes cenários. “Não conseguimos garantir o nível atual, mas podemos garantir que a BRF hoje é muito mais forte, resiliente e competitiva para navegar tanto cenários favoráveis quanto desafiadores. Isso, sim, afirmamos com bastante tranquilidade.”

Estadão

 

China: produção recorde de carnes anima bovinos e suínos, mas pressiona setor avícola

A produção total de carnes da China atingiu um novo recorde no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Ministério da Agricultura e de Assuntos Rurais do país compilados pela consultoria Datagro. O avanço foi sustentado por resultados históricos na oferta de carne bovina, que chegou a 3,42 milhões de toneladas, e principalmente de aves, que somaram 12,7 milhões de toneladas no período.

 

Apesar da queda na produção de ovinos, a proteína suína retomou trajetória de alta e, por ser a mais consumida no país, também contribuiu para o crescimento. Mais de 60% do aumento na produção foi puxado pela carne de aves, cerca de 30% pela carne suína e 10% pela carne bovina. O excesso de oferta, problema recorrente no mercado chinês, voltou a afetar a suinocultura, pressionando preços pagos ao produtor. As autoridades já anunciaram medidas para restringir ainda mais a produção e tentar reequilibrar o mercado. Na avicultura, o desafio é ainda maior devido à fragmentação do setor. Com preços em queda e produção recorde, a sobre oferta pode se prolongar. Essa conjuntura pode explicar a demora na retomada das importações de frango brasileiro, suspensas mesmo após o país recuperar o status de livre de gripe aviária — decisão que também considera o foco registrado no Rio Grande do Sul meses atrás. A carne bovina seguiu em trajetória distinta. Foi a única proteína com alta nos preços ao produtor no semestre e, somando-se as importações à produção interna, a oferta total ficou estável em relação ao mesmo período de 2024. O cenário indica que o consumo segue em crescimento. Parte do aumento da produção está ligada à redução do ritmo do setor leiteiro, que tem descartado matrizes e reforçado a oferta de carne bovina. Com a primeira alta nas importações de carne bovina do ano registrada em junho, a pressão pela adoção de salvaguardas mais severas nas compras externas parece ter diminuído. Segundo a consultoria, é possível que a investigação em andamento resulte em medidas menos restritivas, como tarifas baixas ou cotas elevadas não exclusivas, o que manteria a competitividade da carne bovina brasileira e poderia abrir espaço para recuperação das exportações ao mercado chinês no segundo semestre. Carne bovina: Cenário positivo. Preços internos na China subiram e o consumo continua em alta. A retomada das importações em junho e a expectativa de medidas menos restritivas na investigação de salvaguardas favorecem as exportações brasileiras no segundo semestre. Carne suína: Efeito misto. O excesso de oferta mantém os preços pressionados e reduz a necessidade imediata de importações. Entretanto, as medidas de controle anunciadas pelo governo chinês podem reequilibrar o mercado a médio prazo, abrindo espaço para mais compras externas. Carne de frango: Cenário desfavorável. A produção recorde de aves na China, combinada à queda nos preços e à fragmentação do setor, prolonga a sobre oferta e limita importações. A demora na retomada das compras do Brasil pode estar ligada a esse fator, além de preocupações

Times Brasil

 

FRANGOS

 

BRF espera que China e UE retomem importações de carne de frango do Brasil

China e União Europeia retomarão a compra de produtos de frango do Brasil "em questão de dias ou semanas", uma vez que as autoridades locais controlaram um surto de gripe aviária que desencadeou proibições comerciais no segundo trimestre, afirmou a processadora de alimentos BRF na sexta-feira.

 

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil em uma granja comercial em maio passado provocou uma série de restrições comerciais, que foram gradualmente suspensas pelos importadores à medida que o maior exportador de carne de frango do mundo controlava o surto. O governo declarou o Brasil livre da doença altamente contagiosa em junho. Em uma teleconferência sobre os resultados trimestrais da BRF, a administração da companhia disse que os estoques aumentaram acima dos níveis desejáveis devido às restrições à exportação, uma situação que a BRF pretende resolver no curto prazo. "Quando esses dois mercados forem reabertos, voltaremos aos níveis de estoque mais próximos de zero", disse o CEO da BRF, Miguel Gularte, a um analista durante a teleconferência. "É nossa filosofia não manter estoques sem vendas." A BRF descreveu a China e a Europa como mercados "extremamente importantes". Na quinta-feira, a administração havia saudado a decisão da Arábia Saudita e do Chile de retomarem as compras, citando divulgações oficiais do governo. A BRF disse que redirecionou alguns cortes de frango normalmente vendidos para a China para outros mercados. As exportações de produtos de aves da empresa caíram 5% no último trimestre, em comparação com uma queda geral de 15% nas exportações brasileiras. O Goldman Sachs disse que os resultados da BRF foram surpreendentemente positivos, dado o cenário desafiador. As ações da empresa subiram quase 4% por volta das 13h. A Genial Investimentos escreveu que, apesar dos efeitos da gripe aviária, as margens da BRF e os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), "superaram as expectativas". Executivos da companhia afirmaram também que os preços mais baixos dos grãos, especialmente do milho, reduzirão os custos de produção e ampliarão as margens durante o terceiro e quartos trimestres.

Reuters

 

Frango/Cepea: Demanda aquecida mantém preços em alta

Os preços da carne de frango seguem em alta no mercado brasileiro, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário está atrelado ao aquecimento da demanda doméstica pela proteína e ao incremento das exportações no início do mês.

 

No âmbito interno, colaboradores consultados pelo Cepea indicaram uma maior procura impulsionada sobretudo pelo Dia dos Pais, além do tradicional aumento no consumo com o recebimento dos salários. No caso do frango vivo, desde que o Brasil voltou a ser certificado como livre da Influenza Aviária, os preços do animal têm reagido no mercado doméstico, ainda conforme levantamentos do Cepea. 

Cepea

 

GOVERNO

 

Japão deve abrir mercado para carne bovina brasileira até dezembro, diz ministro

Expectativa é que os japoneses autorizem embarques dos três Estados da região Sul, que obtiveram o reconhecimento de zonas livres de febre aftosa sem vacinação antes do restante do país

 

Para ministro da Agricultura, possível abertura do mercado japonês ajudará o setor pecuário brasileiro a superar a perda do mercado americano. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na sexta-feira (15/8) que o Japão deverá abrir seu mercado para a carne bovina brasileira ainda em 2025. Segundo ele, as negociações estão avançadas e há expectativa de anúncio do aval japonês em novembro ou dezembro deste ano. “Há ótima expectativa, muito adiantadas as negociações, para até novembro ou dezembro ter o anúncio tão esperado da abertura da carne bovina para o Japão”, afirmou Fávaro à imprensa em Cáceres (MT) onde participou de evento. Nesta semana, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, esteve no Japão e se reuniu com autoridades locais para tratar do assunto. As negociações duram mais de 20 anos. A expectativa é que os japoneses autorizem embarques de carne bovina dos três Estados da região Sul, que obtiveram o reconhecimento de zonas livres de febre aftosa sem vacinação antes do restante do país. Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) estendeu o status a todas as unidades da federação. O governo ainda tenta que o aval seja nacional, mas o processo documental está mais adiantado para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Acre e Rondônia ainda têm chances de serem incluídos na possível abertura parcial do Japão. Em junho, missão técnica japonesa vistoriou in loco o sistema sanitário da região Sul. O status de livre de febre aftosa sem vacinação é uma exigência feita pelo país asiático para a compra de carne bovina de seus parceiros comerciais. Fávaro disse ainda que a possível abertura ajudará o setor pecuário brasileiro a superar a perda do mercado americano, com as tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ministro disse ainda que o Vietnã, que abriu seu mercado em março para a carne bovina brasileira, vai habilitar 20 frigoríficos em breve. “Já habilitamos duas plantas e agora vamos habilitar pelo menos mais 20 plantas frigoríficas”, citou na entrevista. Fávaro comentou ainda sobre possibilidades de novas habilitações para Indonésia e Filipinas, que deu aval para as exportações de carne com osso e miúdos bovinos recentemente. “É um conjunto de ações que possam dar destino à carne brasileira. Já estamos vendo isso no primeiro mês [de tarifaço], que não afetou nem o preço ao pecuarista nem a rentabilidade”, afirmou.

Globo Rural

 

Nem todos os estados devem exportar carne bovina ao Japão, indica secretário do Mapa

Abertura está em negociação e o governo prevê anunciar em breve; a expectativa inicial é vender de 30 a 50 mil toneladas de carne bovina. Secretário Luis Rua passou a semana em negociação no país asiático.

 

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, acentuou a expectativa de que o anúncio de uma abertura do mercado de carne bovina para o Japão ocorra “em breve”. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já havia se manifestado sobre a possibilidade de isso ocorrer em novembro. Rua manteve essa projeção. “Em breve, que eu digo, é novembro, dezembro”, afirmou ao Agro Estadão. Porém, quanto ao tamanho dessa abertura, ainda não está certo. Perguntado se o Japão permitiria o acesso a todo o Brasil ou somente para alguns estados, Rua disse ser “bem provável que não”. “Os japoneses decidirão de quem querem comprar”, ressaltou Rua, que nesta semana está no país asiático também para tratar do assunto. Mesmo assim, o andamento das negociações é visto com bons olhos pela pasta. “Independente se ele for para um estado, para três, para cinco ou para 27, é uma conquista histórica. Seria uma das maiores aberturas da história para o Brasil”, ponderou. Quanto aos procedimentos finais, Rua indica que espera a apresentação de um relatório final, que pode sair entre agosto e início de setembro, se não houver outros pedidos de informações adicionais. Depois disso, há alguns trâmites curtos e burocráticos até que seja acertado uma proposta de texto para o certificado sanitário entre as autoridades brasileiras e japonesas. Uma vez aprovado o certificado, o anúncio é feito. Em junho, uma comitiva técnica veio ao Brasil para fazer uma “auditoria” no sistema sanitário brasileiro. Além do próprio Mapa, os japoneses também visitaram uma unidade da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e passaram pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Santa Catarina (Cidasc). Qual o cenário do mercado japonês de carne bovina? Como explica a diretora-executiva da casa de análise Agrifatto, Lygia Pimentel, a estimativa de uma demanda inicial seria em torno de 30 mil a 50 mil toneladas de carne bovina brasileira. Porém, com a particularidade de que seria uma proteína para incorporar outros produtos à base de carne bovina. “O Japão tem uma característica de buscar a carne com determinados critérios. Então, é uma carne mais voltada para o sangue angus, que não é a base do nosso rebanho. Porém, um grande fornecedor também do Japão é o México e alguns outros países [que servem] para suprir outros tipos de produtos que circulam lá dentro também”, comentou Pimentel em vídeo publicado numa rede social. Ainda conforme a especialista, o Japão representa um mercado consumidor de 650 mil toneladas por ano. Além disso, o preço médio praticado pela tonelada é de US$ 7,1 mil. “Para vocês terem uma ideia, o Brasil vende em média por US$ 4,8 mil e vendia para os Estados Unidos por US$ 5,7 mil”, contextualizou.

Estadão Agro

  

EMPRESAS

 

Com tarifaço, Marfrig busca opções para sua carne

Empresa diz estar “otimista” com o segundo trimestre, apesar da dificuldade geopolítica. Marfrig avalia opções em outros países ou mesmo no aumento da produção de hambúrguer localmente

 

A Marfrig deve aproveitar sua diversificação geográfica para contornar os efeitos do tarifaço imposto pelo presidente americano ao Brasil, e diz estar “otimista” com o segundo trimestre, apesar da dificuldade geopolítica. Além de produzir carne em outros países, a companhia também está buscando mercados alternativos para vender sua carne bovina que hoje é exportada do Brasil aos Estados Unidos, e avalia opções em outros países ou mesmo no aumento da produção de hambúrguer localmente. No segundo trimestre, os EUA representaram 2% da receita com vendas da operação da Marfrig na América do Sul a partir do Brasil. A companhia também atua em frigoríficos na Argentina e no Uruguai, onde os preços da carne já subiram 10% desde o início do tarifaço americano contra o Brasil. “Nossa diversificação geográfica nos trouxe algumas vantagens”, afirmou Rui Mendonda, CEO da operação América do Sul da Marfrig. Apesar do tarifaço, ele disse estar "otimista" com as vendas do segundo trimestre. Apenas neste ano, a companhia obteve 24 novas habilitações para exportação de carne bovina, e cita novos mercados que o Brasil vem abrindo. “Tem fatos novos de mercados surgindo bastante interessantes”, ressaltou. Na sexta-feira, o governo brasileiro anunciou que as Filipinas abriram seu mercado para a importação de miúdos e carne bovina com osso do Brasil. Mendonça também citou a Indonésia como um país que abriria mercado para o produto brasileiro. Segundo ele, os miúdos e a carne com osso oferecem uma rentabilidade “interessante”. Para a produção brasileira que hoje vai aos EUA, a Marfrig disse estar atenta “aos desdobramentos desse novo cenário, ocasionado pela elevação de tarifas, e prontos para capturar as melhores oportunidades comerciais, avaliando os melhores destinos de substituição, ou mesmo o incremento da produção de hambúrgueres e outros processados, sem redução de produção, e sempre focado em maximizar margens”, declarou David Tang, diretor financeiro da Marfrig, na teleconferência. Mendonça, por sua vez, ressaltou que nos próximos meses começam a aquecer os pedidos da China para os preparativos do Ano Novo Chinês. Já no segundo trimestre, o preço médio de vendas para o país asiático subiu 25%. “As expectativas são muito favoráveis”, afirmou. As operações da Marfrig na América do Sul também passaram a vender mais para a Europa no último trimestre. Do total de vendas, o continente representou 22% da receita de vendas, ante 14% no mesmo trimestre do ano passado. Segundo Mendonça, houve um aumento das ocupações nos confinamentos no Brasil que garantem a qualidade que o mercado europeu demanda, o que explica o crescimento das vendas ao continente. No segundo trimestre, a ocupação dos confinamentos na Marfrig cresceu 26%. O diretor afirmou ainda que a companhia aumentou sua capacidade de abate no Brasil nos últimos meses, que deve encerrar o ano com aumento de 30%, e que agora já possui uma capacidade combinada igual ao que tinha antes de vender 16 plantas frigoríficas para a Minerva na América do Sul, das quais 11 no Brasil.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Taxa de desemprego cai para 3,8% e Paraná tem o melhor 2º trimestre da história

A taxa de desocupação do Paraná foi a sexta menor do País, com dois pontos percentuais abaixo da média nacional, que ficou em 5,8%. O resultado também representa uma redução em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 4%, e na comparação com o mesmo período do ano passado, de 4,4%

 

A taxa de desemprego do Paraná caiu para 3,8% entre abril e junho, o melhor resultado para o segundo trimestre na história do Estado. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este também é o terceiro melhor índice desde o início da série histórica, que começou em 2012, e representa o segundo melhor desempenho de ocupação dos últimos 10 anos no Estado. Até então, o menor resultado para o período tinha sido alcançado no segundo trimestre de 2014, quando chegou a 4,2%. O resultado também representa uma redução em relação o trimestre anterior, quando a taxa era de 4%, e na comparação com o mesmo período do ano passado, de 4,4%. A taxa de desocupação do Paraná foi a sexta menor do País, com dois pontos percentuais abaixo da média nacional, que ficou em 5,8%. Os dados recentes do IBGE apontam um crescimento gradual e constante no cenário do mercado de trabalho ao longo da última década no Estado. Desde o início de 2019, a taxa de desocupação foi reduzida em 42%, caindo de 9% para os atuais 3,8%. “O novo levantamento do IBGE demonstra, mais uma vez, que o Paraná está em pleno emprego, com o número de pessoas desempregadas reduzindo a cada ano”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O maior programa social que existe é o emprego e, no Paraná, mantemos um ambiente competitivo para atrair cada vez mais investimentos que geram vagas de trabalho e melhoram a renda dos paranaenses”. O Paraná tem o quarto maior percentual do País de pessoas empregadas no setor privado com carteira assinada, com índice 80,7%, enquanto a média do País é de 74,2%. A população ocupada chegou a 6,158 milhões de pessoas no período, aumento de 136 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre de 2024. A força de trabalho do Paraná, que reúne as pessoas ocupadas e desocupadas, somou 6,402 milhões de pessoas no último trimestre, 100 mil a mais do que no mesmo período do ano anterior. Já o número de desocupados, que são as pessoas que não estão trabalhando, mas buscam uma colocação, é estimado em 244 mil pessoas, 12 mil a menos do que no trimestre anterior (256 mil), o que representa uma variação de -4,69%, e 36 mil pessoas a menos que no mesmo trimestre do ano anterior, uma variação de -12,85%. O Paraná também tem uma das menores taxas de informalidade do Brasil, com 31,9% - a média nacional é de 37,8%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores paranaenses foi estimado em R$ 3.820 no período, acima da média brasileira, de R$ 3.477. Houve crescimento no rendimento em relação ao trimestre anterior (R$ 3.796) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.590), o que representa um crescimento de 6,4% no último ano. O setor do comércio encerrou o segundo trimestre com 1,19 milhão de empregados, seguido da indústria, com 1,01 milhão de pessoas. Na sequência, estão a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (991 mil); Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (728 mil pessoas).

Agência Estadual de Notícias

 

Fusão entre Marfrig e BRF deve ser concluída até o fim de setembro

Foco nos próximos seis meses é nos R$ 800 milhões em sinergia, diz Molina. Fusão de Marfrig e BRF já recebeu quatro votos favoráveis e um contrário no Cade

 

A expectativa dentro da Marfrig é que a conclusão da fusão com a BRF se dê até o fim de setembro, afirmou na sexta-feira (15/8) o diretor financeiro da Marfrig, Tang David, em teleconferência de resultados com analistas. O direito de recesso, ao qual os acionistas que não votaram a favor da fusão podem usufruir, se encerra em 5 de setembro. A companhia espera ter antes desse prazo a aprovação do regulador concorrencial. O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve concluir a votação da operação em sua próxima reunião, que ocorrerá em 20 de agosto. Até o momento, a fusão recebeu no colegiado quatro votos favoráveis e um contrário. Na avaliação de Marcos Molina, presidente do conselho de administração da Marfrig e acionista controlador da companhia, os votos até agora “fora muito técnicos, muito consolidados”. Ele disse que espera “com serenidade” a reunião do dia 20. “Estamos confiantes que vamos ter o 'ok' final do Cade”, afirmou. Assim que a conclusão da fusão entre a Marfrig e a BRF for concluída, a nova companhia MBRF deve ficar focada na captura de sinergias nos primeiros seis meses, afirmou Molina. Durante esse período, ele indicou que a companhia não pretende realizar nenhuma operação de fusão ou aquisição (M&A). “Temos o dever de casa pra fazer.” Ele reiterou que a expectativa é de captura de R$ 800 milhões em sinergias, que já estão mapeados, mas afirmou que o número é “conservador”. “Tem muita oportunidade de baixar custo”, afirmou Molina. Para ele, tem “muito trabalho para gerar caixa e destravar valor”. Segundo Molina, a MBRF já nasce com uma alavancagem (relação entre sua dívida líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda, em 12 meses) de 3 vezes. Ainda segundo ele, se a National Beef, subsidiária da Marfrig nos Estados Unidos, estivesse vivendo um ciclo normal de rentabilidade, a alavancagem seria de 2,5 vezes. Ele ressaltou que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings já elevou o rating da BRF diante da aprovação da fusão pelos acionistas, o que já indicaria essa vantagem. Molina afirmou que a futura companhia já está trabalhando em seu planejamento estratégico para 2026. Para o próximo ano, a Marfrig teria um capex menor, depois de dois anos de expansão dos investimentos, enquanto a BRF teria um capex maior. A nova companhia que surgir da fusão entre BRF e Marfrig poderá usar créditos tributários para realizar investimentos em bens de capital (capex), disse Molina. Segundo ele, a BRF tem R$ 1 bilhão em créditos tributários no Paraná que pode usar em investimentos. “Temos como não queimar caixa, e sim transformar crédito em produção”, defendeu. A estratégia de alocação de capital da MBRF será manter a disciplina financeira e seguir pagando dividendos para remunerar os acionistas. Para isso, a nova companhia vai ter “alavancas” para manter essa disciplina. “Vai desde o investimento em marketing até assegurar o capex — ao invés de fazer [o investimento orçado] em um ano, podemos fazer em dois anos”, exemplificou. O princípio, segundo ele, é também executar uma política “acompanhando outros players de mercado, para não termos vantagem anticompetitiva no custo financeiro”. O caixa consolidado da MBRF será de R$ 23 bilhões, segundo Tang David, diretor financeiro da Marfrig. Com esse recurso, o executivo disse que a companhia poderá fazer gestão de dívidas (“liability management”) para “reduzir a despesa financeira”. Molina ressaltou ainda que a MBRF nasce ainda com “vantagens de custo” no Brasil e na América do Sul em geral, nos Estados Unidos, no Oriente Médio e na China”. “A nova planta na China, começamos a operar mandando matéria-prima para lá. A planta estava ociosa e fizemos um acordo com o McDonald’s. Nesta semana, produziu os primeiros produtos depois de dez anos sem produzir”, afirmou. Molina afirmou na teleconferência que a BRF poderá distribuir até R$ 3 bilhões em dividendos, e não R$ 3,5 bilhões, a depender da quantidade de acionistas que aderir ao direito de recesso — ou seja, que preferirem vender suas ações do que continuarem na companhia e aceitarem a troca pelas ações da Marfrig. Neste caso, a Marfrig poderá fazer um ajuste para acompanhar os dividendos menores pagos pela BRF, afirmou. Pelo acordo de fusão, a BRF distribuiria R$ 3,5 bilhões em dividendos, enquanto a Marfrig distribuiria R$ 2,5 bilhões. “Temos esse ajuste fino para fazer. Não vai ter surpresa nenhuma”, afirmou o empresário. Segundo Molina, há 500 milhões de acionistas na base da Marfrig que podem exercer o direto de recesso — ou seja, que não aprovaram a fusão na assembleia extraordinária. Molina defendeu que os acionistas da BRF terão vantagem em converter suas ações para a nova empresa, que segundo ele terá maior capacidade de converter Ebitda em caixa. De acordo com o empresário, se a fusão já tivesse ocorrido, o lucro por ação deste trimestre seria de R$ 0,54 (em uma conta que inclui a captura de R$ 200 milhões em sinergias e o pagamento de impostos), enquanto os acionistas da BRF tiveram neste trimestre um lucro por ação de R$ 0,46. Ainda segundo ele, se a National Beef estivesse em um ciclo de rentabilidade normal, o lucro por ação da MBRF seria “o dobro”. Além disso, Molina disse que a MBRF poderá distribuir uma parcela maior de seu lucro aos acionistas além dos dividendos mínimos. Com a fusão concluída, a nova companhia também deve buscar uma listagem de ações nos Estados Unidos, como já revelaram as duas empresas na época do anúncio da operação. “A listagem nos Estados Unidos está no radar e vamos estar preparados e acompanhando. É um passo natural”, disse. Segundo ele, a medida melhoraria o múltiplo de avaliação da companhia e ainda baixaria o custo de capital.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar recua em linha com perdas no exterior após dados dos EUA

O dólar fechou em baixa ante o real na sexta-feira, na esteira das perdas da moeda norte-americana no exterior, e acumulou queda semanal, depois que uma bateria de dados mistos nos Estados Unidos manteve as expectativas de que o Federal Reserve poderá cortar a taxa de juros já em setembro.

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, a R$5,3994. Na semana, a moeda acumulou queda de 0,64%. Às 17h14, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a R$5,419 na venda. Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo a fraqueza da divisa dos EUA nos mercados globais, conforme os agentes financeiros procuraram sinais sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve na divulgação de indicadores econômicos. Entre os destaques do dia, as vendas no varejo dos EUA desaceleraram seu crescimento em julho, a 0,5%, ante alta de 0,9% no mês anterior, enquanto os preços de importação tiveram uma alta inesperada de 0,4%, após registrarem queda de 0,1% junho. Apesar dos dados indicarem a possibilidade de estar havendo um maior impacto das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a maior economia do mundo, não houve mudanças significativas nas projeções do mercado para as próximas decisões do Fed, o que pressionou o dólar globalmente. Operadores continuam precificando uma alta chance, a 84%, de o banco central dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual em setembro, segundo dados da LSEG, abaixo dos mais de 90% observados ao longo da semana, mas ainda um patamar bastante elevado. A moeda dos EUA também perdia antepares do real, como o peso mexicano e o peso chileno. No cenário externo, os mercados globais também estão de olho nos resultados de um encontro presencial entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Estado do Alasca, para discutir a guerra na Ucrânia. Na cena doméstica, a sexta-feira teve uma agenda vazia, sem novidades sobre o principal ponto de atenção do mercado nacional: o contínuo impasse comercial entre Brasil e EUA.

Reuters

 

Ibovespa fecha estável apesar de tombo no lucro do BB. BRF e MARFRIG avançam

No setor de proteínas, MARFRIG ON subiu 8,75%, também tendo no radar o balanço do segundo trimestre, com Ebitda ajustado de R$3 bilhões no período, queda de 10,8% na mesma comparação, mas acima da expectativa média de analistas de R$2,5 bilhões, segundo dados da LSEG. A empresa está em processo para incorporação das ações da BRF, na qual é o principal acionista atualmente.

Já a BRF ON avançou 5,62%, após a maior exportadora de frango do mundo reportar lucro de R$735 milhões no segundo trimestre, apesar dos impactos causados por um surto de gripe aviária em maio, que levou a restrições comerciais. A companhia disse que espera que China e União Europeia retomem importações de carne de frango do Brasil "em questão de dias ou semanas". O Ibovespa fechou estável na sexta-feira, com agentes financeiros repercutindo uma nova batelada de resultados, incluindo os números de Banco do Brasil, cujas ações avançaram mesmo após tombo de 60% no lucro, enquanto Embraer pressionou negativamente. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação negativa de 0,01%, a 136.340,77 pontos, tendo marcado 135.583,07 pontos na mínima e 136.431,44 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou um ganho de 0,31%. O volume financeiro na sexta-feira, também marcada pelo vencimento de opções sobre ações, somou R$24,6 bilhões. Wall Street fechou sem uma direção única, com o Dow Jones em alta de 0,08%, mas o S&P 500 e o Nasdaq com sinal negativo, com o noticiário corporativo também ocupando as atenções, enquanto agentes seguem especulando sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve.

Reuters

 

Dados regionais mostram melhora generalizada do mercado de trabalho, diz IBGE

Todas as 27 unidades da federação apresentaram queda na taxa de desemprego na passagem entre o primeiro e o segundo trimestres, mas 18 recuos foram estatisticamente significativos 

 

Os dados regionais mostram uma melhora generalizada no mercado de trabalho no segundo trimestre do ano, afirmou na sexta-feira (15) o analista do IBGE William Kratochwill. Os comentários foram feitos durante a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral. Pelos dados do IBGE, todas as 27 unidades da federação apresentaram queda na taxa de desemprego na passagem entre o primeiro e o segundo trimestres. Desses recuos, 18 foram estatisticamente significativos, ou seja, fora da margem de erro da pesquisa. Além disso, 12 Estados, inclusive São Paulo, registraram no segundo trimestre os menores níveis históricos de desemprego. “Os dados regionais mostram melhora generalizada. Pontualmente, tivemos alguma informação diferente, mas ainda assim de forma geral os números são muito positivos para o país em todas as unidades da federação”, disse Kratochwill. Em 2025, diferentemente do que geralmente ocorre, o mercado de trabalho se manteve aquecido e “disposto a absorver grande parte da mão de obra temporária” contratada no fim de 2024, segundo o analista do IBGE. “E os dados mostram um mercado de trabalho resistente a pioras, um mercado positivo.”

Valor Econômico

 

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