CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 1002 DE 01 DE DEZEMBRO DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5Â |Â nÂș 1002 | 01 de dezembro de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASILÂ
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Boi gordo: novembro fecha com quadro de estabilidade
Os preços do boi gordo fecharam a sexta-feira (28/7) com estabilidade na maior parte do PaĂs, conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto e da Scot Consultoria. No PARANĂ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abate de seis dias. Boi China: PARANĂ: R$ 326/@ (Ă vista) e R$ 330,00/@ (prazo).
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No mercado fĂsico do boi gordo, as cotaçÔes da arroba seguiram firmes ao longo desta semana nas principais praças brasileiras, conforme apuração da Agrifatto e da Scot Consultoria, que acompanham diariamente o setor pecuĂĄrio. Segundo o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot, os preços dos animais terminados seguem sustentados por uma demanda domĂ©stica mais ativa e uma exportação em ritmo bastante forte, alĂ©m da escassez de oferta de lotes prontos neste perĂodo final de entressafra e, consequentemente, dos estoques enxutos nas cĂąmaras frias dos frigorĂficos e canais de distribuiçÔes. âNo mercado interno, a demanda por carne bovina segue favorĂĄvel e, para o fim do ano, deve continuar consistenteâ, antecipa Fabbri, acrescentando que, com o recebimento da primeira parcela do dĂ©cimo terceiro e o pagamento dos salĂĄrios, o mercado interno deve seguir demandado no curto prazo. AlĂ©m disso, Fabbri acredita que as exportaçÔes brasileiras de carne bovina in natura de novembro/25 podem alcançar um novo recorde mensal, superando o recorde histĂłrico registrado em outubro/25. Nos Ășltimos dias, o clima de otimismo no setor de exportação foi reforçado depois da circulação de boas notĂcias anunciadas pela China e Estados Unidos, os dois maiores importadores mundiais da proteĂna brasileira. O governo Trump decidiu eliminar totalmente as tarifas adicionais impostas Ă carne bovina brasileira, ou seja, as operaçÔes do Brasil voltaram Ă ânormalidadeâ quanto ao acesso ao mercado norte-americano. Por sua vez, a China, que compra quase 50% de toda a proteĂna bovina exportada hoje pelo Brasil, resolveu postergar novamente a investigação de salvaguarda em curso â agora prevista para 26 de janeiro de 2026. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, no encerramento da semana, a novilha gorda subiu R$ 2/@ na praça de SĂŁo Paulo, para R$ 314/@, enquanto as cotaçÔes das demais categorias ficaram estĂĄveis (vaca gorda em R$ 302/@, boi gordo âcomumâ em R$ 320/@ e âboi-Chinaâ em R$ 325/@). CotaçÔes do boi gordo desta sexta-feira (28/11), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂO PAULO: Boi comum: R$320,00 a arroba. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha: R$310,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. MĂ©dia: R$320,00. Vaca: R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. PARĂ: Boi comum: R$300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. MĂ©dia: R$305,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. GOIĂS: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. MĂ©dia: R$310,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de sete dias. RONDĂNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHĂO: Boi: R$295,00 por arroba. Vaca: R$265,00. Novilha: R$275,00. Escalas de abate de oito dias. Preços brutos do âboi-Chinaâ nesta sexta-feira (28/11), de acordo com levantamento diĂĄrio da Scot Consultoria: SĂO PAULO: R$ 321,00/@ (Ă vista) e R$ 325,00/@ (prazo). MINAS GERAIS (Exceto regiĂŁo Sul): R$ 316,00/@ (Ă vista) e R$ 320,00/@ (prazo). MATO GROSSO: R$ 301,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ (prazo). MATO GROSSO DO SUL: R$ 316,00/@ (Ă vista) e R$ 320,00/@ (prazo). GOIĂS: R$ 311,00/@ (Ă vista) e R$ 315,00/@ (prazo). PARĂ/PARAGOMINAS: R$ 306,00/@ (Ă vista) R$ 310,00/@ e (prazo). PARĂ/REDENĂĂO E MARABĂ: R$ 299,00/@ (Ă vista) e R$ 303,00/@ (prazo). RONDĂNIA: R$ 276,50/@ (Ă vista) e R$ 280,00/@ (prazo). ESPĂRITO SANTO: R$ 301,00/@ (Ă vista) e R$ 305,00/@ prazo). TOCANTINS: R$ 298,00/@ (Ă vista) e R$ 302,00/@ (prazo).
AGRIFATTO/PORTAL DBO/SCOT CONSULTORIA
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Preço do boi gordo variou menos de 1% em novembro
CenĂĄrio de firmeza encontrou amparo na boa demanda por carne bovina no mercado interno e no bom desempenho da exportação. TendĂȘncia de preços firmes para o boi deve ser mantida em dezembro
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O mercado pecuĂĄrio encerrou novembro da mesma forma como se comportou durante praticamente todo o mĂȘs: com preços estĂĄveis. Na sexta-feira (28/11), das 33 regiĂ”es monitoradas pela Scot Consultoria, 27 nĂŁo tiveram alteraçÔes nas cotaçÔes do boi gordo.
Foram registradas altas em Belo Horizonte (MG), sul de GoiĂĄs, Pelotas (RS) e Paragominas (PA), enquanto Dourados (MS) e Santa Catarina tiveram quedas nos valores. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referĂȘncias para o mercado, nĂŁo houve mudanças na cotação do boi gordo, que seguiu a R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo. Os valores para o âboi Chinaâ e para a vaca nĂŁo tiveram alteraçÔes. Apenas o preço da novilha subiu R$ 2, para R$ 314 a arroba. Segundo a Scot, em SĂŁo Paulo, o cenĂĄrio de firmeza nos preços encontrou amparo na boa demanda por carne bovina no mercado interno e no bom desempenho da exportação. As altas, porĂ©m, ficaram limitadas por uma oferta de boiadas maior do que o esperado para o perĂodo. Ao longo de novembro, o indicador Cepea/Esalq para o boi gordo, referente ao Estado de SĂŁo Paulo, teve alta de apenas 0,86%, oscilando basicamente entre R$ 321 e R$ 323. As demais praças tambĂ©m seguiram em ritmo estĂĄvel ao longo do mĂȘs, com pequenas variaçÔes.
Com as recentes notĂcias de fim das tarifas sobre a carne bovina, por parte dos Estados Unidos, e a prorrogação do prazo do resultado da investigação de salvaguarda chinesa, o mercado do boi gordo segue com preços firmes, e deve continuar nesta tendĂȘncia em dezembro, destaca a Scot.
GLOBO RURAL
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Agrifatto: escalas de abate avançam e média nacional entra em patamar confortåvel
As programaçÔes registraram acrĂ©scimo de 1 dia Ăștil nesta semana em relação ao quadro da semana anterior, encerrando a sexta-feira em 8 dias Ășteis
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A mĂ©dia nacional das programaçÔes de abate dos frigorĂficos avançou na sexta-feira (27/11) em relação ao quadro registrado na sexta-feira anterior (21/11), segundo levantamento semanal divulgado pela Agrifatto. Com isso, na mĂ©dia nacional, as escalas de abate registraram acrĂ©scimo de 1 dia Ăștil em relação Ă programação da semana anterior, encerrando a sexta-feira em 8 dias Ășteis, um âcenĂĄrio de escalas confortĂĄveisâ, avalia a equipe de analistas da Agrifatto.Â
SĂŁo Paulo e RondĂŽnia apresentaram elevação de 1 dia Ăștil, fechando a semana com escalas âgenerosasâ em 8 e 10 dias Ășteis, respectivamente. Por sua vez, diz a Agrifatto, a praça de GoiĂĄs registrou queda de 1 dia Ăștil nas escalas, mas, ainda assim, mantĂ©m uma programação confortĂĄvel, de 7 dias Ășteis. TambĂ©m com o mesmo recuo semanal, Tocantins fechou a sexta-feira com 7 dias Ășteis de escala, âestando em patamar menos confortĂĄvelâ. A praça paranaense apresentou retração semanal de 2 dias Ășteis, com escalas curtas em 6 dias Ășteis, informa a consultoria. Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fecharam a semana sem variação, encerrando em 7 dias de escala, patamar ainda pouco confortĂĄvel para MG e MT, porĂ©m confortĂĄvel para o MS, de acordo com a Agrifatto. Na praça paraense, nĂŁo houve alteração nas escalas de abate, que encerraram a semana com 8 dias de programação, um patamar de escalas longas.
PORTAL DBO
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SUĂNOS
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Espanha confirma dois casos de peste suĂna africana, os primeiros registros desde 1994
Doença foi detectada em javalis selvagens. Doença afeta populaçÔes de javalis selvagens e, em alguns casos, suĂnos domĂ©sticos em 13 paĂses europeus
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O MinistĂ©rio da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha confirmou a detecção de dois casos de peste suĂna africana (PSA) em javalis selvagens encontrados mortos na quarta-feira (16/11) em Bellaterra, na provĂncia de Barcelona. Trata-se dos primeiros registros da doença no paĂs desde novembro de 1994. De acordo com o governo espanhol, os serviços veterinĂĄrios oficiais notificaram o achado, que foi comunicado imediatamente Ă UniĂŁo Europeia e Ă Organização Mundial de SaĂșde Animal (OMSA). A PSA Ă© uma doença viral que afeta suĂnos domĂ©sticos e selvagens, sem risco para seres humanos, jĂĄ que nĂŁo Ă© considerada zoonĂłtica. A UniĂŁo Europeia classifica a PSA como doença de categoria A, o que implica a adoção obrigatĂłria de medidas especĂficas para controle e erradicação nas ĂĄreas afetadas. O ministĂ©rio espanhol convocou o ComitĂȘ da Rede de Alerta SanitĂĄria VeterinĂĄria, que reĂșne representantes das comunidades autĂŽnomas e do setor de suinocultura, para informar sobre a situação e reforçar protocolos de biossegurança. A PSA estĂĄ presente em vĂĄrios paĂses da UniĂŁo Europeia desde 2014, quando entrou pelos paĂses bĂĄlticos e pela PolĂŽnia, proveniente da RĂșssia. Atualmente, Ministerio de Agricultura, Pesca y AlimentaciĂłn. Atualmente, afeta populaçÔes de javalis selvagens e, em alguns casos, suĂnos domĂ©sticos em 13 paĂses europeus.
Entre as açÔes jĂĄ ativadas estĂŁo a delimitação da zona infectada, a busca ativa e eliminação controlada de cadĂĄveres de javalis, a proibição de caça na ĂĄrea para evitar deslocamento dos animais e a intensificação da vigilĂąncia em exploraçÔes suĂnas. As autoridades tambĂ©m reforçaram a necessidade de comunicação imediata de qualquer suspeita de doença em javalis ou suĂnos domĂ©sticos. AlĂ©m disso, investigaçÔes sobre a possĂvel origem da infecção foram iniciadas.
VALOR ECONĂMICO
FRANGOS
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Frango/Cepea: Poder de compra do avicultor volta a cair
Movimento resulta da desvalorização do frango vivo e da alta nos preços desses insumos
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Depois de registrar em outubro a relação de troca mais favorĂĄvel da histĂłria frente ao farelo de soja, dados do Cepea mostram que o avicultor paulista voltou a apresentar queda no poder de compra em novembro â alĂ©m do derivado de soja, a perda tambĂ©m Ă© observada frente ao milho. Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento resulta da desvalorização do frango vivo e da alta nos preços desses insumos, essenciais na produção de avicultura de corte. Na parcial de novembro (atĂ© o dia 26), dados do Cepea mostram que o frango vivo Ă© negociado no estado de SĂŁo Paulo Ă mĂ©dia de R$ 6,10/kg, baixa de 2,6% em relação Ă do mĂȘs anterior. JĂĄ a tonelada de farelo registra mĂ©dia R$ 1.724,78 na regiĂŁo de Campinas (SP), com avanço de 5,3% em relação Ă de outubro. Diante disso, cĂĄlculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de frango vivo, o produtor consegue comprar, nesta parcial de novembro, 3,54 quilos de farelo, contra 3,83 quilos em outubro. Ressalta-se, contudo, que, mesmo diante dessa queda, a margem de ganho segue favorĂĄvel para o avicultor. O volume adquirido neste mĂȘs estĂĄ 7,3% acima da mĂ©dia deste ano, considerando-se os valores em termos reais (a sĂ©rie foi deflacionada pelo IGP-DI de outubro/25).
Cepea
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GOVERNO
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IndĂșstria da carne bovina confia em abertura do mercado japonĂȘs para o primeiro semestre de 2026
Processo Ă© focado nos trĂȘs Estados da regiĂŁo Sul, que obtiveram o status de livre de febre aftosa antes. Principal etapa a ser vencida Ă© a auditoria in loco para avaliação de risco do sistema sanitĂĄrio
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A possĂvel abertura de mercado do JapĂŁo para a carne bovina brasileira ficarĂĄ para 2026. Apesar de esperada com expectativa pelo ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, ainda para este ano, hĂĄ etapas a concluir no processo de avaliação tĂ©cnica que vĂŁo demandar tempo, segundo duas fontes qualificadas a par do assunto. A principal etapa a ser vencida Ă© a auditoria in loco para avaliação de risco do sistema sanitĂĄrio brasileiro. O Brasil havia pedido para que a visita ocorresse em outubro ou novembro, mas nĂŁo foi atendido. No inĂcio deste mĂȘs houve uma nova tentativa de alinhar a agenda, para que a missĂŁo japonesa chegasse ao paĂs em dezembro, mas ainda nĂŁo houve resposta do lado dos asiĂĄticos. A auditoria deve ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2026, apostou uma fonte ouvida pela reportagem com conhecimento do assunto. Recentemente, FĂĄvaro disse que a abertura estava muito prĂłxima e que a missĂŁo japonesa poderia ocorrer ainda em novembro. A missĂŁo realizada pelo JapĂŁo em junho deste ano nĂŁo foi a âoficialâ para abertura, disse uma fonte. Os japoneses sempre foram francos quanto a isso e nĂŁo havia falsa expectativa de que o mercado jĂĄ seria aberto, completou. A auditoria foi tocada por "experts" no assunto. A missĂŁo atendeu ao acordo polĂtico feito pelo governo japonĂȘs durante a visita do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva ao JapĂŁo em março deste ano de que haveria o envio imediato de uma comitiva tĂ©cnica ao Brasil. Mesmo que nĂŁo tenha sido definitiva, a missĂŁo elaborou questionĂĄrios, que foram respondidos pelo lado brasileiro, e houve âavançosâ, disse outra fonte. Agora, o Brasil aguarda o agendamento da missĂŁo oficial. O MinistĂ©rio da Agricultura pediu uma nova reuniĂŁo por videoconferĂȘncia com o MinistĂ©rio de Agricultura, Florestas e Pesca japonĂȘs (MAFF, na sigla em inglĂȘs) para a prĂłxima semana. AlĂ©m da anĂĄlise de risco para abertura do mercado de carne bovina ao Brasil, a Pasta quer discutir as condiçÔes para exportação do JapĂŁo para o Brasil de produtos oriundos de animais aquĂĄticos. ApĂłs essa auditoria in loco, serĂĄ elaborado um relatĂłrio, que deverĂĄ ser submetido ao conselho de segurança alimentar do JapĂŁo, formado por ministĂ©rios, universidades e experts terceiros, para aprovação. Este Ă© o meio do caminho de um longo e complexo processo de elaboração do protocolo sanitĂĄrio para exportação de carne bovina. à a sexta etapa de 12 previstas, mas depois disso a anĂĄlise Ă© apenas documental, o que pode caminhar mais rapidamente. O processo de abertura Ă© focado nos trĂȘs Estados da regiĂŁo Sul, sem possibilidade de ampliação para todo o paĂs nesse momento, confirmaram as fontes. A alegação Ă© que Santa Catarina, ParanĂĄ e Rio Grande do Sul obtiveram o status de livre de febre aftosa antes e enviaram documentos mais cedo para anĂĄlise dos japoneses. Acre e RondĂŽnia tambĂ©m entraram na fila, mas devem ser contemplados posteriormente. Uma fonte pondera que o foco do JapĂŁo estĂĄ realmente no Cone Sul. O Uruguai jĂĄ pode exportar e a Argentina estĂĄ em processo atĂ© mais avançado que os trĂȘs Estados do Sul para receber o aval. A aprovação poderĂĄ ser conjunta para nĂŁo gerar pressĂ”es polĂticas sobre os japoneses. Ainda nĂŁo hĂĄ definição de como serĂĄ a habilitação dos frigorĂficos com a eventual abertura de mercado. Normalmente, o JapĂŁo adota sistema de prĂ©-listing, em que o paĂs exportador indica as plantas. Mas os detalhes ainda serĂŁo negociados no acordo sanitĂĄrio. O Brasil importa a carne dos animais da raça wagyu dos japoneses. A habilitação, nesse caso, Ă© planta a planta, com auditoria in loco pelos tĂ©cnicos brasileiros. HĂĄ possibilidade de o JapĂŁo adotar um sistema recĂproco, ou seja, com habilitação individual, disse uma pessoa que acompanha as tratativas de perto.
GLOBO RURAL
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INTERNACIONAL
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Relatório dos EUA mostra que a liquidação do rebanho continua
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) atualizou os dados de gado em confinamento (COF) após a paralisaço, quando divulgou o relatório COF na sexta-feira, 21 de novembro.
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Em meio Ă enxurrada de mĂĄs notĂcias no mercado de gado no Ășltimo mĂȘs, incluindo tarifas que vĂŁo e voltam, pressĂŁo para reduzir os preços da carne bovina e o anĂșncio da Tyson de que fecharĂĄ sua planta frigorĂfica em Lexington, Nebraska, em janeiro, o USDA divulgou um relatĂłrio de gado em confinamentoâ, diz David Anderson, economista da ExtensĂŁo da Texas A&M, em um boletim recente do Southern Ag Today. Anderson resume que o relatĂłrio nĂŁo trouxe muitas surpresas. As entradas e as vendas foram 10% e 8% menores em comparação com outubro de 2024. A combinação deixou o nĂșmero de bovinos em confinamento 1,6% menor em comparação com 1Âș de novembro. âO nĂșmero mais interessante, e importante, do relatĂłrio foi o de novilhas em confinamentoâ, afirma. O nĂșmero de novilhas em confinamento normalmente Ă© divulgado no relatĂłrio de outubro, mas isso foi adiado devido Ă paralisação. Havia 4,355 milhĂ”es de novilhas em confinamento em 1Âș de outubro, 245 mil a menos que em 1Âș de outubro de 2024, e o menor nĂșmero de novilhas em confinamento para um mĂȘs de outubro desde 2018. âIsso tambĂ©m representou o quinto trimestre consecutivo de queda ano a ano no nĂșmero de novilhas em confinamentoâ, resume Anderson. âIsso parece ser uma notĂcia positiva para quem busca evidĂȘncias de expansĂŁo do rebanho.â Josh Maples, professor associado de economia agrĂcola da Universidade do Mississippi, concorda com Anderson sobre o nĂșmero mais interessante do relatĂłrio ter sido o percentual de novilhas em confinamento, e embora os nĂșmeros estejam menores, hĂĄ mais nuances na situação. Maples escreveu em um boletim recente do Cattle Market Notes Weekly: âGrande parte dessa queda provavelmente Ă© consequĂȘncia da falta de importaçÔes de novilhas castradas do MĂ©xico. Houve 381.283 novilhas castradas importadas nos primeiros nove meses de 2024, em comparação com apenas 79.507 neste ano. No geral, os nĂșmeros de novilhas em confinamento ainda nĂŁo refletem sinais fortes de maior retenção de novilhas nos Estados Unidos.â Don Close, analista sĂȘnior de proteĂna animal da Terrain, discutiu o relatĂłrio COF com Chip Flory durante o programa âAgriTalkâ na segunda-feira. Close afirma: âNovilhas como porcentagem do total em confinamento, em 38,1%, estĂŁo essencialmente no mesmo nĂvel de julho. Ă um ponto e meio abaixo do ano passado. A conclusĂŁo Ă© que ainda estamos em nĂveis que mostram claramente que estamos em uma fase de liquidação. A zona neutra fica entre 36% e 37% de novilhas em confinamento, e estamos em 38%. Ainda veremos uma queda enorme no nĂșmero de novilhas em confinamento quando finalmente entrarmos de fato na fase de expansĂŁo, entĂŁo estamos apenas adiando o problema.â O relatĂłrio trouxe um evento raro: o Texas caiu para o segundo lugar, registrando 10 mil cabeças a menos em confinamento do que Nebraska, 2,63 milhĂ”es de cabeças contra 2,64 milhĂ”es. A Ășltima vez que Nebraska teve mais bovinos em confinamento do que o Texas foi em maio de 2018. A queda nas importaçÔes de gado de reposição do MĂ©xico Ă© o fator mais importante nessa inversĂŁo de posiçÔes. Maples acrescenta que este Ă© apenas o dĂ©cimo mĂȘs, em pelo menos 33 anos, em que o Texas nĂŁo lidera a lista. âHĂĄ alguns outros nĂșmeros interessantes para considerarâ, diz Anderson. âMais bois foram registrados em confinamento do que no ano passado. Ă primeira vista, isso pode parecer surpreendente, dado o declĂnio no nĂșmero de vacas, mas os dias adicionais em confinamento estĂŁo aumentando o total de bovinos nos confinamentos, mesmo com a queda geral no nĂșmero de animais.â
Drovers
DROVERS
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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IndĂșstria de carne bovina encerra 'ano histĂłrico', enquanto espera decisĂŁo da China
PaĂs asiĂĄtico adiou atĂ© janeiro de 2026 o prazo para terminar uma investigação que pode resultar em salvaguardas como cotas e tarifas
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O adiamento por mais dois meses da investigação da China sobre o aumento das exportaçÔes de carne bovina, principalmente do Brasil, nĂŁo gerou alĂvio completo aos frigorĂficos nacionais, mas garantiu mais tranquilidade no fim de um "ano histĂłricoâ. O processo, que pode resultar na aplicação de alguma salvaguarda pelo maior cliente da proteĂna brasileira, como cotas e tarifas, sĂł serĂĄ concluĂdo em janeiro de 2026. Os chineses apuram se houve dano ao seu mercado interno pelo aumento do volume importado entre 2019 e 2024. O processo nĂŁo Ă© focado apenas na indĂșstria exportadora brasileira, mas gera preocupação. Mesmo com a revogação das tarifas dos Estados Unidos, segundo maior mercado, os frigorĂficos nacionais nĂŁo consideram perder espaço na China. De janeiro a outubro, o Brasil exportou 2,79 milhĂ”es de toneladas de carne bovina para mais de 160 destinos, com valor acumulado de US$ 14,31 bilhĂ”es. Os chineses importaram quase a metade: 1,34 milhĂŁo de toneladas e US$ 7,1 bilhĂ”es. A expectativa Ă© finalizar 2025 com 1,6 milhĂŁo de toneladas enviadas aos portos da China e o recorde de 3 milhĂ”es de toneladas para o mundo todo, com faturamento prĂłximo de US$ 15 bilhĂ”es. Extraoficialmente, quem acompanha a investigação avalia que hĂĄ algumas possibilidades na mesa. Uma delas Ă© a China adotar uma cota global para importação de carne bovina dividida de forma proporcional aos paĂses exportadores com tarifa especĂfica para o excedente. Nessa linha, o Brasil nĂŁo seria tĂŁo prejudicado, pois Ă© o principal fornecedor atualmente. Com a eventual adoção dessa salvaguarda, a avaliação no setor Ă© que poderiam ser fixadas cotas âgenerosasâ para nĂŁo prejudicar os exportadores jĂĄ presentes e estabelecidos no mercado chinĂȘs, mas criar barreiras a novos entrantes. A medida, na prĂĄtica, funcionaria como um congelamento da estrutura atual de mercado. Os chineses tambĂ©m podem optar por estabelecer uma cota global, com critĂ©rios especĂficos, administrada pela Administração-Geral de AlfĂąndegas do paĂs (GACC, na sigla em inglĂȘs). A medida seria âmuito ruimâ para o Brasil e teria capacidade de âbagunçar o mercadoâ, disse uma fonte a par do assunto. O setor privado brasileiro aguarda a decisĂŁo para se manifestar. Do ponto de vista jurĂdico, a avaliação dos exportadores Ă© que o processo de investigação da China viola as regras da Organização Mundial do ComĂ©rcio (OMC). Se a decisĂŁo em janeiro for muito negativa para o mercado, o Brasil poderĂĄ acionar o organismo internacional para abertura de um caso contra os chineses.
O novo adiamento faz a China âganhar tempoâ na sua prioridade de negociação comercial com os EUA. O preço da carne no mercado chinĂȘs iniciou uma recuperação, o que reduz a percepção de dano causado pelas importaçÔes, avaliam fontes. O desafio chinĂȘs Ă© respeitar compromissos internacionais do multilateralismo e, ao mesmo tempo, responder Ă s pressĂ”es do setor produtivo domĂ©stico. Os EUA nĂŁo tĂȘm capacidade de suprir a demanda chinesa da proteĂna animal, lembrou uma fonte. Em 2024, por exemplo, os americanos venderam menos de 140 mil toneladas de carne para a China, enquanto o Brasil exportou mais de 1,3 milhĂ”es de toneladas. Os produtos embarcados por brasileiros e americanos tĂȘm caracterĂsticas e finalidades diferentes. A carne americana tem maior valor agregado e Ă© vendida em cortes para consumo dos chineses. A proteĂna brasileira Ă© destinada a receitas com molho, de menor valor agregado. Outra fonte disse que a China nĂŁo tem muita âescolhaâ na questĂŁo dos fornecedores. âO Brasil nĂŁo vai diminuir preço nem descontar tarifa ou qualquer coisa, vai embutir no preço. A carne vai ficar mais caraâ, disse. âEles querem que paremos de exportar, mas quem cobre essa demanda? Eles nĂŁo tĂȘm produção interna para isso, muito menos nossos concorrentes. O Brasil cresceu lĂĄ no espaço deixado pelos EUA e AustrĂĄlia e nĂŁo porque aumentou o consumoâ, avaliou. A Associação Brasileira de FrigorĂficos (Abrafrigo) aguarda a decisĂŁo chinesa para se manifestar.
VALOR ECONĂMICO
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar fecha em queda em dia de menor liquidez global e disputa por Ptax
O dĂłlar fechou a sexta-feira em queda contra o real, apĂłs uma sessĂŁo marcada por menor liquidez no exterior, com o pregĂŁo reduzido nos Estados Unidos apĂłs feriado, e pela disputa da Ptax de fim de mĂȘs no plano domĂ©stico, o que trouxe volatilidade para a moeda.
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O dĂłlar Ă vista fechou em queda de 0,31%, aos R$5,3353 na venda. No acumulado da semana, o recuo foi de 1,23%. JĂĄ no acumulado do mĂȘs de novembro, houve queda de 0,82%. Ăs 17h22, o contrato de dĂłlar futuro para janeiro -- que nesta sexta-feira passou a ser o mais lĂquido no Brasil -- caĂa 0,44% na B3, aos R$5,3710. Nos mercados internacionais, o dia foi de tentativa de ajuste apĂłs o feriado de Ação de Graças e antes do fim de semana, com volume reduzido nos mercados globais de moedas, incluindo no Brasil. Nesse contexto, a moeda americana operava com viĂ©s negativo no final da tarde no exterior. Calculada pelo Banco Central com base nas cotaçÔes do mercado Ă vista, a Ptax serve de referĂȘncia para a liquidação de contratos futuros. A Ptax fechou a sexta-feira a R$5,3332 para compra e a R$5,3338 para a venda, conforme o Banco Central. O movimento do Ibovespa, que operou em nĂveis recordes ao longo da sessĂŁo, na casa dos 159 mil pontos, tambĂ©m influenciaram na valorização do real. Em meio a esses elementos, o dĂłlar atingiu a menor cotação do dia, de R$5,3277 (-0,45%), Ă s 10h59, e a maior cotação do dia, de R$5,3586 (+0,13%), Ă s 9h20. Na agenda econĂŽmica domĂ©stica, pela manhĂŁ, o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE) informou que o paĂs atingiu uma taxa de desemprego de 5,4% no trimestre encerrado em outubro, ante projeção de 5,5% dos economistas. JĂĄ o BC informou que a dĂvida bruta brasileira subiu de 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro para 78,6% em outubro. No mĂȘs passado, o setor pĂșblico consolidado teve superĂĄvit primĂĄrio de R$32,392 bilhĂ”es, mas o valor ficou abaixo do saldo positivo de R$33,5 bilhĂ”es projetado por economistas em pesquisa da Reuters.
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Ibovespa encerra novembro com recordes em pregĂŁo com ItaĂș e Vale em destaque
O Ibovespa superou os 159 mil pontos pela primeira vez na histĂłria na sexta-feira, sustentado principalmente pelo desempenho robusto das blue chips ItaĂș Unibanco e Vale apĂłs anĂșncios de dividendos, que ofuscou a queda de Petrobras apĂłs divulgação do plano de investimentos de 2026 a 2030.
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Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa avançou 0,58%, a 159.273,02 pontos, novo recorde de fechamento, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, alcançou 159.689,03 pontos, renovando tambĂ©m o topo intradia. Na mĂnima da sessĂŁo, marcou 158.077,66 pontos. Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou alta de 2,91% na semana e de 6,51% no mĂȘs -- o quarto seguido com sinal positivo. No ano, contabiliza agora uma valorização de 32,41%. O volume financeiro somava R$22,2 bilhĂ”es antes dos ajustes finais, de uma mĂ©dia diĂĄria de R$27,8 bilhĂ”es em novembro, em pregĂŁo marcado pelo fechamento antecipado de Wall Street um dia apĂłs o feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.
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Taxa de desemprego no Brasil renova mĂnima histĂłrica no tri atĂ© outubro, a 5,4%
A taxa de desemprego no Brasil renovou o nĂvel mais baixo da sĂ©rie histĂłrica do IBGE desde 2012 ao marcar 5,4% no trimestre atĂ© outubro, com o menor nĂșmero de desocupados jĂĄ registrado, mostrando que o mercado de trabalho segue aquecido.
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A leitura da Pnad ContĂnua divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE) ficou ainda um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 5,5%.
Nos trĂȘs meses imediatamente anteriores, atĂ© julho, a taxa de desemprego havia sido de 5,6%, enquanto no mesmo perĂodo do ano anterior foi de 6,2%. O resultado do trimestre atĂ© outubro mostrou ainda recuo frente Ă taxa de 5,6% nos trĂȘs meses atĂ© setembro, que era atĂ© entĂŁo o menor patamar da sĂ©rie iniciada em 2012. O mercado de trabalho no Brasil vem mostrando força durante todo o ano de 2025, permanecendo em mĂnimas recordes. Isso ajuda a mitigar a desaceleração da atividade econĂŽmica diante da polĂtica monetĂĄria contracionista, mas dificulta o controle da inflação em meio a um rendimento elevado dos trabalhadores. No trimestre atĂ© outubro, a renda dos trabalhadores foi recorde, em R$3.528, com altas de 0,8% sobre os trĂȘs meses atĂ© julho e de 3,9% no ano. âO elevado contingente de pessoas ocupadas nos Ășltimos trimestres contribui para a redução da pressĂŁo por busca por ocupação e, como resultado, a taxa de desocupação segue em reduçãoâ, disse Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE. Nos trĂȘs meses atĂ© outubro, o nĂșmero de desempregados caiu para o menor contingente desde o inĂcio da pesquisa, chegando a 5,910 milhĂ”es. Isso representa um recuo de 3,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e queda de 11,8% sobre o mesmo perĂodo do ano passado. JĂĄ o total de ocupados avançou 0,1% na comparação trimestral e 0,9% na base anual, a 102,555 milhĂ”es, tambĂ©m patamar recorde. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somaram 39,182 milhĂ”es no perĂodo, alta de 0,2% sobre os trĂȘs meses atĂ© julho, renovando tambĂ©m seu recorde. Os que nĂŁo tinham
carteira aumentaram 1,0%, a 13,605 milhĂ”es. No entanto, Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, chamou a atenção para os dados do Caged divulgados na vĂ©spera, mostrando que o Brasil abriu 85.147 vagas formais de trabalho em outubro, pior saldo jĂĄ registrado para o mĂȘs na sĂ©rie histĂłrica do Novo Caged e abaixo do esperado. Segundo ela, os indicadores sugerem desaceleração da dinĂąmica do mercado de trabalho. "O resultado de outubro (do IBGE) confirma um mercado de trabalho ainda aquecido, mas em fase avançada do ciclo, com sinais claros de moderação tanto no emprego formal quanto no conjunto da ocupação medida pela Pnad. ApĂłs ter atingido o menor desemprego da sĂ©rie, a desocupação tende a se estabilizar e apresentar leve alta nas prĂłximas leituras", disse ela.
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DĂvida pĂșblica bruta do Brasil fica em 78,6% do PIB em outubro, mostra BC
A dĂvida pĂșblica bruta do Brasil como proporção do PIB chegou a 78,6% em outubro, de 78,1% no mĂȘs anterior, informou o Banco Central na sexta-feira.
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No mĂȘs, o setor pĂșblico consolidado registrou um superĂĄvit primĂĄrio de R$32,392 bilhĂ”es. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de R$33,5 bilhĂ”es.
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