Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 97| 30 de março de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: tendência de queda na arroba se fortalece em praças de SP e no Centro-Oeste do País
Escalas mais confortáveis e menor competitividade dos frigoríficos exportadores reduzem ordens de compras de boiadas, refletindo em queda nas cotações de machos e fêmeas terminadas
A tendência de baixa nos preços do boi gordo começa a ganhar mais consistência no mercado brasileiro, confirmando as expectativas dos analistas do setor pecuário. Na terça-feira, 29 de março, as cotações da arroba recuaram em praças importantes do País, como em São Paulo e nas praças do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo os analistas da IHS Markit, grande parte das indústrias de São Paulo já garantiu escalas de abate que atendam aos compromissos de exportações e, por isso, seguem ausentes dos negócios. “Muitas destas plantas frigoríficas paulistas buscaram animais em Estados vizinhos e neste momento seguem com programações de abate que cobrem entre 10 e 14 dias”, informa a IHS. “As quedas do dólar seguem pressionando as margens dos frigoríficos exportadores e deve manter um viés de baixa no mercado físico do boi gordo”, ressaltam os analistas da IHS. Nas praças do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a oferta de animais terminados encontra-se acima da demanda vigente, o que contribuiu para recuos nos preços da arroba na terça-feira. Ainda no Centro-Oeste, os valores das fêmeas terminadas também recuaram no dia de hoje, embora de maneira não intensa, já que os preços desta categoria já haviam registrado quedas significativas nas últimas semanas, refletindo a fraca demanda doméstica pela carne bovina e o maior descarte de matrizes. A maioria dos lotes de vacas gordas é destinada ao mercado interno e, diante do consumo baixo da proteína, há um excedente de oferta no mercado, diz a IHS. No entanto, na maior parte do País, as chuvas devem perder intensidade a partir de abril. Com isso, a manutenção de animais gordos nas fazendas será praticamente inviável, pois elevará o risco de perda de peso com a degradação da pastagem. No mercado atacadista de carne bovina, as vendas seguem fracas e a tendência é de manutenção deste panorama ao longo desta semana. A cadeia de distribuição mantém-se ausente das compras, mesmo com as quedas de preços da carne observadas na véspera, relata a IHS. Na avaliação da consultoria, os recuos pontuais observados nas cotações dos cortes de carne bovina ainda não devem instigar o aumento da demanda do consumidor final, já que os preços das proteínas concorrentes ainda seguem mais competitivos. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 320/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 350/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 285@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 291/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 315/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 295/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 286/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Quedas fortes para o suíno vivo na terça
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF registrou queda de, pelo menos, 5,00%, custando R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 7,90 o quilo/R$ 8,20 o quilo
Na cotação caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (28), foi registrada queda de 6,94% em Minas Gerais, chegando em R$ 5,60/kg, recuo de 4,77% no Paraná, alcançando R$ 4,79/kg, retração de 4,03% em São Paulo, custando R$ 5,48/kg, baixa de 3,31% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 4,96/kg, e de 2,08% em Santa Catarina, fechando em R$ 4,71/kg.
Cepea/Esalq
Suinocultores de SC pedem socorro
A crise na suinocultura catarinense levou milhares de produtores independentes à Praça Central de Braço do Norte, na terça-feira
A crise na suinocultura catarinense levou milhares de produtores independentes à Praça Central de Braço do Norte, na terça-feira (29), durante uma manifestação nacional organizada pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O protesto pacífico foi transmitido ao vivo pelas redes sociais e houve distribuição gratuita de 10 toneladas de carne suína à população. Conforme levantamento da ACCS, o prejuízo atual do suinocultor independente passa dos R$ 300,00 por animal vendido. Hoje, o preço pago pelo quilo do suíno vivo é de R$ 5,00 e o custo de produção passa dos R$ 8,00. Esse cenário desesperador ocorre em meio aos recordes de exportação da carne suína e da lucratividade em ascensão das maiores agroindústrias do Brasil. Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS, agradeceu todas as entidades presentes e cobra mais atitudes das autoridades com ações efetivas e urgentes para auxiliar na retomada do fôlego à atividade. "Apesar da suinocultura estar em um bom momento nas exportações, gerando riqueza para ao Brasil, por outro lado o suinocultor está quebrando dentro da granja. A situação está insustentável. Nossos políticos precisam viabilizar os pleitos", frisa. O ato foi organizado pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), juntamente com o Núcleo Regional de suinocultores de Braço do Norte e região, além do Sindicato Rural de Braço do Norte e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. No intuito de incentivar o consumo de carne suína, os produtores independentes uniram forças e distribuíram 10 toneladas da proteína às pessoas presentes no manifesto. Mais de 200 suínos foram doados por suinocultores de todas as regiões produtivas, entidades representativas e parceiros do setor.
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FRANGOS
Frango fecha estável
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,45/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg.
Na cotação caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg e no Paraná, afixado em R$5,68/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (28), tanto os valores do frango congelado quanto da ave resfriada ficaram estáveis, custando, relativamente, R$ 7,51/kg e R$ 7,83/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
ABPA busca novas oportunidades para avicultura e suinocultura no Panamá
O Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, e a analista de promoção comercial, Nayara Dalmolin, lideraram na última semana uma ação setorial com potenciais clientes e stakeholders no mercado do Panamá.
Realizada na Cidade do Panamá, a iniciativa teve a participação de Clóvis Serafini, da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Jônathas Silveira, do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores. A ação, realizada em parceria com a parceria da Embaixada local do Brasil, focou na construção de laços estratégicos entre os produtores de proteína animal do Brasil e o mercado panamenho. Na ocasião, os representantes da ABPA, juntamente com membros do Governo Brasileiro, discutiram oportunidades de cooperação e comércio entre as duas nações. Entre as principais pautas, esteve a possibilidade de abertura do mercado panamenho para as exportações brasileiras de carne de aves e de suínos, além de material genético avícola. “Em um momento em que o quadro sanitário da avicultura internacional é severamente impactado por diversos focos de Influenza Aviária e Peste Suína Africana, o Brasil, que é o único grande exportador a não ter registros das enfermidades, se coloca à disposição do Panamá para contribuir com o fornecimento estável e confiável de proteína animal de alta qualidade”, avaliou Luís Rua, diretor de mercados da ABPA. A programação contou ainda com outras reuniões com stakeholders locais, em meio à missão brasileira dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Panamá.
ABPA
Mapa divulga finalistas de seleção de startups na área de proteína animal
A iniciativa faz parte da programação do evento INOVAMEAT, que ocorrerá entre os dias 31 de março e 2 de abril. O Mapa Conecta Proteína Animal é realizado pelo Mapa em parceria com o ecossistema de inovação do Oeste do Paraná. Ainda são parceiros na organização do evento, o Sebrae; o Sindicato Rural de Toledo; a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT); a FB Group; a Prefeitura de Toledo; o Parque Tecnológico Itaipu-Brasil; e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Com a participação de 60 empresas inscritas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) selecionou 20 finalistas para participaram do Mapa Conecta Proteína Animal. A iniciativa faz parte da programação do evento INOVAMEAT, que ocorrerá entre os dias 31 de março e 2 de abril em Toledo, no Paraná. O objetivo principal é conectar investidores e aceleradoras, proporcionando espaço ideal para networking, visibilidade e oportunidades de negócios tecnológicos a partir da reunião, do compartilhamento e da divulgação das melhores soluções para as cadeias de produção de proteína animal. A iniciativa integra a estratégia de aproximação do Mapa aos ecossistemas regionais de inovação alinhado ao portal Agro Hub Brasil, lançado na semana passada. O coordenador-geral de Articulação para Inovação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Daniel Trento, destaca que o desafio reunirá as melhores soluções, compartilhando e divulgando as inovações de quem “faz a diferença” na cadeia de produção de proteína animal. Foram selecionados projetos de startups relacionados às cadeias de suínos, aves, pecuária leiteira e peixes. Como linhas indicativas para a inscrição, Trento explica que foram apresentados desafios como: monitoramento da utilização de água nas cadeias produtivas foco da chamada; sistemas conversão de dejetos e carcaças em produtos com valor agregado direcionado para mitigação dos impactos ambientais; sistemas de detecção precoce, de prevenção e de resposta a doenças nos planteis de suínos, aves, peixes e vacas leiteiras; e utilização de sensores e conectividade nos processos produtivos. Os finalistas foram divididos em duas categorias, uma para startups iniciantes (START) e outra para aquelas mais maduras (UP). Categoria START:
Aquabit; Bistrô do Peixe; By Fish; Criomilk; Expurgos.com; NetWord Manejo Animal; Perceptron; Spectral Solutions; Tau Flow; 10. Trinovati Tecnologia; Categoria UP; Ativa Soluções Tecnológicas; Ecotrace Solutions; Embio Empresa de Biotecnologia; Grandeo Inteligência Analítica; Kemia Tratamento de Efluentes; PackID; Polen; Roboagro; Sismetro
10. WebRota.
MAPA
EMPRESAS
Dono da Marfrig presidirá conselho da BRF
Eleição de Marcos Molina foi aprovada em assembleia, ampliando a influência do frigorífico de bovinos sobre a gestão da empresa de aves e suínos
A BRF aprovou na segunda-feira (28/3) a indicação do controlador da Marfrig, Marcos Molina, como novo Presidente do Conselho de Administração, em um movimento que amplia a influência do frigorífico de bovinos sobre a gestão da empresa de aves e suínos. A Marfrig é atualmente a maior acionista da BRF e afirmou anteriormente que desejava indicar os seus próprios membros do conselho de administração após ter adquirido uma participação de 33,25%. Em assembleia de acionistas, a BRF também aprovou a nomeação do Presidente do Conselho do Santander Brasil, Sergio Rial, como Vice-Presidente do board da companhia de alimentos, de acordo com a ata da reunião. A nomeação de Rial foi também proposta pela Marfrig. A Marfrig começou a ampliar sua participação na BRF em maio de 2021, mas disse na época que a mudança se destinava apenas a diversificar investimentos, em vez de influenciar a administração da companhia. O movimento ocorre quase três anos após conversas fracassadas sobre uma fusão entre as duas empresas.
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Faturamento das cooperativas do ramo agro cresce 34,6%. Exportações aumentam 19,5%
No Paraná, o ramo agropecuário encerrou 2021 com faturamento 34,6% superior ao de 2020, somando o valor de R$ 134,8 bilhões, o que representa 87,75% do total faturado pelo cooperativismo paranaense
Já as exportações cresceram 19,5%, chegando ao montante de US$ 6,3 bilhões no ano passado, segundo o levantamento realizado pela coordenação de Monitoramento do Sescoop/PR, com dados do fechamento de 2021. O cenário consolidado do ramo mostra ainda que, ao converter o faturamento do cooperativismo agropecuário paranaense pela taxa Ptax do dólar, tomando como base o último dia de 2021, tem-se a cifra de US$ 26,2 bilhões, o que significa um crescimento em dólar de 36,2%, de 2020 para 2021. Os produtos industrializados pelas cooperativas do Paraná responderam por 42% do faturamento total e 52% do recebimento de produção foi destinado à industrialização. Dentro do processo industrial, os produtos de origem animal representam 53% do faturamento e, nas operações não industrializadas, os itens de origem vegetal representam 86% do faturamento. O ramo foi responsável pela geração de 7.391 novas vagas de trabalho no ano passado, o que corresponde a um crescimento de 7,7% em relação ao exercício anterior. Assim, o quadro laboral encerrou 2021 com 103.140 funcionários. Já o quadro social expandiu 4,6% e chegou à consolidação de 193.734 cooperados, sendo que, destes, 85,9% possuem residência no Paraná. Outro destaque foi o aumento da participação feminina no quadro social do ramo, que passou de 29,81%, em 2020, para 31,82, em 2021. As cooperativas agropecuárias paranaenses possuem associados em 10 estados da federação e funcionários em 17 estados. No Paraná, há 58 cooperativas agropecuárias registradas no Sistema Ocepar, entre as quais, 17 sediadas na região Centro-Sul, 4 no Norte, 17 no Noroeste, 12 no Oeste e 8 no Sudoeste. Quanto ao porte, elas se dividem em: 15 de grande porte, 15 de médio/grande porte, 10 de médio porte e 18 de pequeno porte. “O valor adicionado, ou seja, a riqueza adicional gerada pelas cooperativas agropecuárias, foi 22,2% superior ao ano anterior e atingiu o montante de R$ 13,5 bilhões”, ressalta o coordenador de monitoramento do Sescoop/PR, João Gogola.
OCEPAR
Colheita de soja supera 80 % das áreas no Paraná; condição do milho tem melhora
A colheita de soja alcançou 83% das áreas cultivadas na safra 2021/22 do Paraná, avanço de oito pontos percentuais na semana, enquanto o plantio de milho caminha para o encerramento dos trabalhos com 97% das lavouras semeadas, informou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral)
A retirada de grãos de soja dos campos está atrás da média verificada no mesmo período do ciclo passado, que indicava 88%. O órgão ligado ao governo estadual identificou uma nova melhora nas condições das lavouras da oleaginosa e passou a classificar 59% como boas, contra 55% na semana anterior. Ainda assim, o patamar segue bem abaixo dos 84% vistos um ano antes, considerando que diversas lavouras de 2021/22 colhidas mais cedo foram severamente atingidas pela seca. As áreas consideradas médias seguem em 29%, e as ruins caíram de 16% para 12% no comparativo semanal. Para o milho, o plantio da segunda safra cresceu três pontos percentuais na semana, e está em linha com os 97% registrados um ano antes. O Deral passou a avaliar 97% das lavouras do cereal como boas, contra 95% na semana passada e 94% no mesmo período do ciclo anterior. O restante das áreas está em condições médias.
REUTERS
Porto de Paranaguá vai receber R$ 2,1 bilhões de investimentos públicos e privados
O governo do Paraná anunciou na terça-feira (29) investimento de R$ 2,5 bilhões em infraestrutura. O pacote inclui recursos do estado e privados, além de aportes da usina de Itaipu. As ações envolvem revitalização de estradas, obras urbanas nos municípios e melhorias no Porto de Paranaguá.
Só o porto vai receber 84% do valor anunciado, no total de R$ 2,1 bilhões. O próprio estado, através da administração da Portos do Paraná, vai investir R$ 1,3 bilhão em obras de modernização e ampliação do Corredor de Exportação. O projeto que está sendo concluído é para construir um pier em formato da letra T com quatro berços de atracação, ponte de acesso e oito torres pescantes. Cada berço terá capacidade de embarcar 4 mil toneladas por hora. Os outros R$ 800 milhões a serem investidos no porto vêm da iniciativa privada, das empresas Rocha e Fertipar. O recurso será para instalar novas esteiras transportadoras em três berços de atracação para o desembarque de fertilizantes. Serão 1.192 metros lineares das novas esteiras. A nova estrutura dará mais agilidade no desembarque dos fertilizantes, com três navios podendo ser descarregados simultaneamente. Também serão construídos fora do porto sete novos armazéns para guardar fertilizantes. A Rocha vai construir três armazéns que vão subir em 192 mil toneladas a capacidade de armazenamento, subindo para o total de 637 mil toneladas a capacidade de operação da empresa no porto. A Fertipar vai construir outros quatro novos armazéns. A capacidade de armazenamento da empresa vai mais do que dobrar no porto: das 192 mil toneladas atuais vai subir para 492 mil toneladas, acréscimo de 300 mil toneladas. O governo do estado também anunciou que vai leiloar quarta-feira (30) o terminal PAR32, que é habilitado para cargas gerais, mas atua principalmente no embarque de açúcar. O valor inicial do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo é de R$ 4,17 milhões. O critério da licitação será o de maior valor de outorga e o arrendamento será pelo prazo de 10 anos com possibilidade de prorrogação. Nas rodovias, o investimento será de R$ 130 milhões. O maior aporte será na PR-092, a Rodovia dos Minérios, que liga Curitiba a cidades da Região Metropolitana. Serão R$ 50,7 milhões para duplicação e restauração de 1,3 km da rodovia em Almirante Tamandaré. A obra inclui a construção de um viaduto, de vias marginais, passarelas e ciclovias. No Oeste, a estrada entre Ramilãndia e Santa Helena terá pavimentação de 26,2 km ao custo de R$ 20,4 milhões. Também será restaurada a Ponte Ayrton Senna em Guaíra. A estrutura que liga o Paraná ao Mato Grosso do Sul vai receber R$ 18,2 milhões em melhorias na pavimentação do concreto e de iluminação. Entre as obras rodoviárias de menor porte está o anteprojeto de duplicação de 12,1 km da PR-412 no Litoral. O investimento na estrada que vai de Guaratuba a Garuva, na divisa com Santa Catarina, é de pouco mais de R$ 1 milhão.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em queda de 0,30%, a R$4,7573 na venda
O dólar perdeu terreno frente ao real nesta terça-feira, embora tenha encerrado o pregão bem distante das menores cotações intradiárias, com sinais tangíveis de progresso nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia elevando o apetite por ativos considerados arriscados
A divisa negociada no mercado interbancário fechou em queda de 0,30%, a 4,7573 reais na venda. Na B3, às 17:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,20%, a 4,7640 reais. No acumulado de março, o dólar tem queda de 7,74% frente ao real, o que o deixava a caminho de marcar seu pior desempenho mensal desde a baixa de 7,79% vista em outubro de 2018. No trimestre prestes a se encerrar, sua desvalorização até agora é de 14,64%. Caso mantenha essas perdas até quinta-feira, último dia do mês, o dólar terá sua perda trimestral mais intensa desde o tombo de 15,81% registrado no período de abril a junho de 2009. Em 2022, a divisa dos EUA perde 14,64%, deixando o real com a melhor performance global no período. Em conversas em Istambul, a Rússia prometeu reduzir drasticamente suas operações militares em torno de Kiev e da cidade de Chernihiv, enquanto a Ucrânia propôs um status de neutralidade --não se juntar a alianças militares ou hospedar bases militares--, o que impulsionou as ações globais e derrubou o índice do dólar frente a uma cesta de rivais fortes. O progresso nas negociações de paz teve efeito calmante sobre a aversão ao risco globalmente, mas por outro lado, reduziu o ímpeto de alta dos preços das commodities. Nesta terça-feira, os contratos futuros do petróleo e de várias commodities agrícolas caíram acentuadamente, já que eventual resolução do conflito na Ucrânia poderia reduzir a restrição de oferta mundial. O real, que tem se valorizado em linha com o avanço das commodities desde o início da guerra, pode acabar sentindo alguma "normalização" caso haja ajustes significativos para baixo nos preços desses produtos, disse Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. "Mas quer dizer que vamos voltar para 5,50? Não, porque acabar com o conflito não significaria acabar com as sanções contra a Rússia", disse Izac, ressaltando que isso manteria algum viés de alta nos preços do petróleo e outros insumos. Ele acrescentou que o real tem fator adicional de suporte, que é o patamar elevado da taxa Selic. A Selic está atualmente em 11,75%, enquanto os juros básicos dos EUA estão num intervalo entre 0,25% e 0,5%. Com esse diferencial expressivo somando-se ao preço alto das commodities, "vemos espaço para moeda (real) menos desvalorizada nos próximos meses", disse o Banco Fibra em relatório divulgado nesta terça-feira, assinado por seu economista-chefe, Cristiano Oliveira, e Ágila Cunha, do departamento econômico.
REUTERS
Ibovespa volta aos 120 mil pontos após 7 meses, puxado por exterior positivo
A BRF ON expandiu 4,5%, quarta alta seguida, após acionistas da companhia aprovarem a indicação do controlador da Marfrig, Marcos Molina, como novo presidente do conselho de administração. MARFRIG ON ganhou 2%
O principal índice da bolsa brasileira subiu na terça-feira para o maior fechamento desde agosto, com indícios de progresso nas negociações entre Ucrânia e Rússia. Ações da Petrobras registraram alta após o governo federal indicar um novo presidente-executivo para a estatal. O Ibovespa subiu 1,07%, a 120.014,17 pontos, o nível mais alto de fechamento desde 27 de agosto. O volume financeiro foi de 32,6 bilhões de reais. Após a primeira reunião presencial entre negociadores das duas partes em mais de duas semanas, a Rússia decidiu reduzir drasticamente a atividade militar em Kiev e Chernihiv, na Ucrânia, embora isso não signifique um cessar-fogo. A Ucrânia propôs adotar posição de neutralidade - não se juntar a alianças militares ou hospedar bases militares - em troca de garantias de segurança. Esses indícios de avanço impulsionaram as bolsas nos Estados Unidos e na Europa. Alan Gandelman, Presidente-Executivo da Planner Corretora, mostrou certa cautela com relação às negociações, mas destacou o cenário externo e a reação positiva à indicação ao comando da Petrobras como as principais influências ao índice local na sessão, acrescentando que o fluxo estrangeiro segue ajudando o mercado. No Brasil, a criação de empregos formais em fevereiro em montante muito acima do esperado pelo mercado corroborou humor mais positivo.
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Confiança da indústria atinge menor nível desde julho de 2020
Nível de Utilização da Capacidade Instalada avançou e foi para 80,2%
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,7 ponto de fevereiro para março deste ano. Essa foi a oitava queda consecutiva do indicador, que atingiu 95 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos, o menor patamar desde julho de 2020 (89,8 pontos). O Índice Situação Atual (ISA), que mede a confiança dos empresários de indústria brasileira no presente, recuou 1,1 ponto e foi para 97,4 pontos, menor valor desde julho de 2020 (89,1 pontos). O Índice de Expectativas (IE), que mede a confiança do empresariado industrial em relação ao futuro, diminuiu 2,1 pontos, indo para 92,8 pontos, menor patamar também desde julho de 2020 (90,5 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria avançou 0,3 ponto percentual em março, para 80,2%.
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Brasil cria 328,5 mil empregos formais em fevereiro, segundo Caged
O Brasil abriu 328.507 vagas formais de trabalho em fevereiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência
O dado de fevereiro é fruto de 2,013 milhões de contratações e 1,685 milhão de desligamentos. Foi o segundo melhor resultado para o mês da série iniciada em 2010, perdendo apenas para 2021, quando o saldo foi de 397.915 postos. O Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo, afirmou que foi a primeira vez que o total mensal de admissões superou 2 milhões de vagas, considerando a série com declarações feitas dentro do prazo. Dalcolmo ponderou que cerca de 715 mil trabalhadores estavam em período de garantia provisória de emprego em fevereiro após terem jornadas e salários reduzidos ou contratos suspensos. Para o Secretário, como o cenário de aceleração do mercado de trabalho em 2021 foi atípico por conta da recuperação da atividade após a pandemia de Covid-19, dificilmente os próximos dados de emprego formal serão mais fortes que os observados no ano passado. No mês, houve saldo positivo de vagas em todos os setores mapeados. O melhor resultado ficou com serviços, com abertura de 215.421 postos, seguido da indústria, com 43.000. Houve criação de 39.453 empregos formais na construção, 17.415 na agropecuária e 13.219 no comércio. No recorte regional, o Sudeste criou 162.442 vagas no mês e o Sul abriu 82.898 postos. O saldo ficou em 40.930 no Centro-Oeste, 28.085 no Nordeste e 12.727 no Norte. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram abertas 478.862 vagas, sobre criação de 651.756 postos em igual período de 2021.
Com relação ao salário médio de contratação, houve recuo em fevereiro após alta registrada no mês anterior. O valor ficou em 1.878,66, ante 1.939,80 em janeiro.
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