Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 644 | 20 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços da arroba seguem estáveis
Volume de negócios seguem em ritmo lento e são suficientes apenas para sustentar o atendimento das programações em 11 dias, na média nacional, afirma a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias.
Na quarta-feira (19/6), sem mudanças de comportamento em relação aos dias anteriores, o mercado físico do boi gordo continuou operando de forma estável na maioria das praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo a Agrifatto, a pressão de baixa sobre a arroba do boi gordo mudou de direção nos últimos dias. “Agora, várias regiões produtoras, como Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul, registraram tendência de elevação nos preços da arroba”, aponta a consultoria. Pelos dados apurados pela Agrifatto, porém, o mercado segue travado nesta semana. “O volume negociado ontem foi apenas o suficiente para sustentar o atendimento das programações em 11 abates, na média nacional”, afirmam os analistas. Nesta quarta-feira, a cotação da arroba em São Paulo (valor médio entre o animal “comum” e “boi-China) permaneceu em R$ 220/@ em São Paulo. “Duas das 17 praças acompanhadas registraram valorizaram da arroba: Mato Grosso e Paraná”, informa a Agrifatto. As outras 15 regiões monitoradas pela consultoria mantiveram as cotações do boi gordo estáveis. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a pressão de baixa sobre os preços observadas no início do mês vem aos poucos perdendo força, dando lugar a estabilidade. “Com o final da safra de boi, a menor oferta de boiadas começa ser percebida no mercado, contudo, o consumo (de carne bovina) caminha a passos lentos”, relata a Scot. Em São Paulo, as escalas de abate, apesar de estarem encurtando, continuam ainda confortáveis, em média, para 11 dias, reforça a Scot. “As indústrias frigoríficas estão comprando o necessário para o fechamento da escala”, acrescenta. Dessa forma, na praça paulista, os preços de todas as categorias ficaram estáveis na quarta-feira, segundo apuração da Scot. Assim, o boi gordo está cotado em R$ 217/@, a vaca em R$ 195/@ e a novilha em R$ 210/@. A arroba do “boi-China” (base SP) está valendo R$ 220, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”, informou a Scot. No mercado futuro, o contrato com vencimento para junho/24 encerrou o pregão da terça-feira (18/6) cotado a R$ 223,65/@, com ligeira queda de 0,69% em comparação ao dia anterior. Por sua vez, o contrato com vencimento em outubro/24 fechou a R$ 241,90/@, com pequena desvalorização diária de 0,19%. Nos três primeiros dias desta semana, em São Paulo, as vendas de carne bovina no varejo e as distribuições do atacado (com e sem ossos) têm sido inexpressivas, relata a Agrifatto. “Sem expectativas de aumento, a tendência desta semana indica preços estáveis (para os cortes bovinos), porém, com sustentação mediana/baixa para a maioria dos produtos com ossos, seja para consumo direto ou industrialização (charque)”, afirma a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (19/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$207,50. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Legislação brasileira é maior freio para a rastreabilidade pecuária
"Há muito debate, pouca conclusão e pouca forma de monetizar", afirma presidente do conselho da empresa. Para executivo da JBS, governo fica de mãos atadas pela legislação na questão da rastreabilidade
A rastreabilidade voltou a ser discutida no segundo dia do evento World Agri-tech South America Summit, em São Paulo. "Sobre a rastreabilidade que há muito debate, pouca conclusão e pouca forma de monetizar e, assim, indústrias, produtores e toda a cadeia acabam sendo penalizadas", afirmou o presidente do conselho de administração da JBS, Jerry O'Callaghan. Divergindo do diretor financeiro da Minerva Foods, Edison Ticle, O'Callaghan afirmou que o principal gargalo para a rastreabilidade não é o governo, mas a legislação. Ticle afirmou em um painel no evento realizado hoje que esse desafio se devia a um "monopólio do Ministério da Agricultura, que trata a informação como o equivalente a um sigilo bancário", disse. Para o executivo da JBS, no entanto, "o governo, inclusive, fica de mãos atadas pela legislação", completa. Para ele, a lei brasileira, se aproximando da americana, prioriza a privacidade, não permitindo a divulgação de informações, inclusive pelo Ministério da Agricultura, sobre os fornecedores intermediários. A indústria, por sua vez, "pede desesperadamente por informação", completa. Entretanto, O'Callaghan afirma que não importa o que a indústria fizer, ela vai errar, já que fica entre a privacidade e a transparência. Além disso, o executivo pontuou que apenas a informação sobre o transporte dos animais não seria suficiente, uma vez que não é capaz de atestar a sustentabilidade e condições de vida dos rebanhos nos fornecedores intermediários. O presidente do conselho, que é irlandês, lembrou que, no século passado, em seu país de origem, os fazendeiros recebiam subsídios a partir do rastreamento dos animais, como uma maneira de evitar o contato com animais com doenças transmissíveis, como a vaca louca. Tal comportamento justificaria a tendência europeia a buscar por maiores informações, enquanto os americanos, que têm uma pecuária mais intensiva, priorizam os aspectos financeiros e a privacidade de informações. O'Callaghan pontuou, ainda, que para além da rastreabilidade, há outras iniciativas a serem observadas para uma abordagem de sustentabilidade na cadeia produtiva da pecuária. O executivo citou a necessidade de pesquisas para compreender os ciclos da atmosfera e como são processadas as emissões de metano e o CO2, em busca de ciclos virtuosos. Além disso, a pesquisa genética "ainda não chegou lá, mas não devemos subestimá-la", com carnes de laboratório como uma possibilidade de produção sustentável da carne. "Essas pesquisas estão no radar da JBS, porque precisamos pensar não apenas no presente, mas também nos próximos cinco e dez anos", completou.
Globo Rural
SUÍNOS
Cotações em alta para o mercado de suínos do PR e SC
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 10,70/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (18), houve queda somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,16%, custando R$ 6,38/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg) e São Paulo (R$ 7,05/kg), enquanto houve alta de 1,35% no Paraná, chegando a R$ 6,78/kg) e de 1,10% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,44/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Quarta-feira (19) de preços estáveis no mercado do frango
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,79%, fechando em R$ 6,30/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, valendo R$ 4,38/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,32/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (18), a ave congelada caiu 0,28%, valendo R$ 7,15/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,27%, fechando em R$ 7,38/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Agroindústria teve em abril seu maior crescimento em dez anos
Com exceção da indústria de insumos, a produção de todos os setores aumentou no mês. No segmento de produtos alimentícios e bebidas, a produção de abril teve o maior crescimento da série histórica (iniciada em 2003), de 13,2%
A produção agroindustrial teve em abril o maior crescimento para o mês dos últimos dez anos, puxada pelo desempenho das indústrias de alimentação de origem animal, biocombustíveis e de fumo. O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio FGV Agro, subiu 12,1% na comparação anual. O resultado fez com que a produção agroindustrial do primeiro quadrimestre deste ano registrasse crescimento acumulado de 4,1%, marcando o melhor resultado para o período desde 2018. O desempenho foi melhor do que o da indústria de transformação, que cresceu 3,6% no período. No segmento de produtos alimentícios e bebidas, a produção de abril teve o maior crescimento da série histórica (iniciada em 2003), de 13,2%. O setor vem crescendo desde o ano passado. A indústria de alimentação de origem animal registrou avanço de 20,2%, a maior alta dentre todas as agroindústrias acompanhadas pelo FGV Agro. Nesse ramo, houve avanços nos segmentos de carnes bovina, suína, de frango, laticínios e pecados. A produção do segmento de não alimentícios teve crescimento de 10,7%. O destaque foi a indústria de biocombustíveis, que registrou avanço de 27,4%, com destaque para o aumento da produção de etanol de cana-de-açúcar. Em seguida, ficou a indústria de fumo, cujo crescimento foi de 18,9% no mês. Outro destaque foi a produção de segmento de produtos têxteis, que aumentou 14,5%. Segundo o FGV Agro, o setor tenta se recuperar de uma retração marcada por pressão de custos e competição com a indústria chinesa. Por outro lado, a indústria de insumos agropecuários registrou decréscimo de 0,9% na sua produção — o único setor da agroindústria com retração no mês. O setor vem sendo impactado pelo atraso na safra de verão, pelas incertezas com a safrinha de milho, e pelo aperto de margens dos produtores rurais.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
BC quebra ciclo de queda da Selic. decisão foi unânime
O Comitê de Política Monetária interrompeu ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023. No período, a taxa básica de juros passou de 13,75% para 10,50%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic em 10,50% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023. No período, a taxa básica de juros passou de 13,75% para o patamar mantido na quarta-feira em seis cortes de 0,50 ponto percentual (p.p.) e o último de 0,25 p.p. A decisão foi unânime. No comunicado sobre decisão da quarta-feira, o Comitê informou que “optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”. O colegiado sinalizou, ainda, que a política monetária deve se manter contracionista “por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. O Copom afirma, ainda, que se manterá “vigilante”. “Eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, diz o documento. O comunicado cita fatores que demandam “serenidade e moderação na condução da política monetária”: um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador. A decisão veio em linha com o esperado pela maior parte das instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor. De 132, apenas nove casas viam espaço para um corte de 0,25 ponto percentual (p.p). O restante projetava a manutenção do patamar dos juros. Na última reunião do Copom, a decisão de reduzir a Selic de 10,75% para 10,50% dividiu o comitê. O Presidente do BC, Roberto Campos Neto e quatro diretores votaram pela redução de 0,25 p.p. enquanto outros quatro diretores defenderam a redução de 0,50 p.p. No entanto, a ata da reunião mostrou que havia uma avaliação unânime dos membros do comitê sobre a conjuntura econômica. Segundo o documento, o cenário global incerto e o cenário doméstico com resiliência na atividade e expectativas de inflação desancoradas demandariam “maior cautela”. Diferente de reuniões anteriores, em maio o Copom decidiu não sinalizar os próximos passos da política monetária. Na ocasião, o comitê reforçou “com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”. A ata do Copom será divulgada na próxima terça-feira às 8h. O Copom se reúne novamente em 30 e 31 de julho.
Valor Econômico
Brasil se mantém em quarto lugar em ranking de países com o maior juro real
O Brasil começou a descer posições com as reduções de juros feitas desde agosto do ano passado, mas ainda é um dos lugares com a maior taxa do mundo
Após a Selic parar de cair na quarta-feira (19), o Brasil continuou em quarto lugar no ranking de países com o maior juro real, que desconta a expectativa de inflação. A taxa brasileira é de 7,2%. A Turquia aparece em primeiro lugar no ranking, com juro real de 16,3%. Em seguida está a Rússia, com 8,6%, e na sequência está o México, com 7,4%.
Valor Econômico
Dólar se reaproxima da estabilidade na reta final
Após sustentar alta firme durante o dia, o dólar à vista desacelerou na reta final dos negócios e encerrou próximo da estabilidade, com investidores ajustando posições antes da decisão do Copom sobre juros, na noite da quarta-feira
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4407 reais na venda, em leve alta de 0,13%. Esta é a maior cotação de fechamento desde 4 de janeiro de 2023 -- início do governo Lula -- quando encerrou a 5,4513 reais. Em quatro dias, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,35%. No mês, o ganho acumulado é de 3,61%. Às 17h06, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,07%, a 5,4440 reais na venda. Com o mercado norte-americano fechado em função do feriado de Juneteenth, as cotações do dólar foram influenciadas nesta quarta-feira pela expectativa antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a Selic, atualmente em 10,50% ao ano. “Embora o mercado acredite que não haverá um susto como em maio, ele está se protegendo”, comentou durante a tarde o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado, ao justificar a alta das cotações. “Se houver divisão ou se houver uma ‘surpresa dovish’ no Copom, o dólar sobe”, acrescentou. Operador ouvido pela Reuters resumiu a percepção mais geral do mercado na quarta-feira: o dólar somente cairá no dia seguinte ao Copom se a Selic seguir em 10,50% ao ano, por decisão unânime dos dirigentes do BC. Qualquer decisão diferente desta tem potencial para estressar ainda mais as cotações. Às 17h15, no exterior, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,04%, a 105,230. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 6,337 bilhões de dólares em junho até o dia 14, com entradas líquidas de 2,104 bilhões de dólares pelo canal financeiro e entradas de 4,233 bilhões de dólares pela via comercial.
Reuters
Ibovespa fecha em alta, mas com volume baixo antes de Copom e sem Wall St
Na área de proteínas, BRF ON avançou 4,33%, mantendo o tom positivo da véspera, quando fechou com acréscimo de 5,5%, tendo ainda como pano de fundo a possibilidade de a China restringir a importação de carne suína na União Europeia. MARFRIG ON, principal acionista da BRF, terminou com elevação de 3,03%. Ainda no setor, JBS ON encerrou em alta de 1,76% e MINERVA ON valorizou-se 2,86%.
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, mas com volume bem reduzido, reflexo de cautela antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e da ausência de Wall Street devido a feriado nos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,53%, a 120.261,34 pontos, perto da máxima do dia, de 120.383,33 pontos. Na mínima, chegou a 118.960,37 pontos. O volume financeiro somou apenas 14,15 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano de 23,9 bilhões de reais. O desfecho do Copom, principalmente o placar de votação da decisão, ocupa as atenções de agentes financeiros desconfiados acerca da condução futura da política monetária, após mudanças na diretoria do BC e saída do seu presidente até o final do ano. Na véspera, o presidente da República voltou a criticar a atuação do titular do BC, Roberto Campos Neto, o que na visão de alguns agentes no mercado corrobora um cenário de mais uma decisão dividia do Copom sobre a Selic. Entre economistas, prevalece a aposta de que a taxa básica de juros será mantida em 10,50% ao ano, com uma parcela minoritária ainda estimando um corte de 0,25 ponto percentual. No encontro anterior, o BC reduziu o ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto, com placar dividido, com divergência de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que votaram por uma redução de 0,50 ponto. Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, foi um dia de não assumir posições relevantes com o mercado nos EUA fechado e Copom no final o dia, principalmente com o componente político adicionado pelo presidente Lula na véspera à decisão. "Tecnicamente, não tem como fazer uma redução (da Selic) nesse instante", afirmou, citando que as projeções para a inflação estão desancoradas.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$6,337 bi em junho até dia 14, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 6,337 bilhões de dólares em junho até o dia 14, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quarta-feira o Banco Central
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 2,104 bilhões de dólares em junho até o dia 14. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de junho até o dia 14 foi positivo em 4,233 bilhões de dólares. Na semana passada, de 10 a 14 de junho, o fluxo cambial total foi positivo em 1,038 bilhão de dólares.
No acumulado do ano até 14 de junho, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 12,172 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 11,911 bilhões de dólares.
Reuters
IGP-M sobe 0,88% na 2ª prévia de junho
Dentro do indicador geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo subiu 0,99%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo expandiu 0,40% e o Índice Nacional de Custo da Construção acelerou de 0,52% para 1,05%
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,88% na segunda prévia de junho, vindo de 0,73% na mesma leitura do mês passado e de 0,89% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) ficou em 0,99% na segunda medição do mês (de 0,86% na de maio). No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que representa 30% do IGP-M, teve variação de 0,40% (vindo de 0,35%). Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) ficou em 1,05% nesta leitura (0,52%).
Valor Econômico
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