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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 579 DE 18 DE MARÇO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 579 | 18 de março de 2024


 NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Pecuaristas e frigoríficos negociam pequenos lotes e mantêm mercado estável

As praças acompanhadas pela Agrifatto mantiveram as suas cotações da arroba inalteradas na sexta-feira, 15 de março; em SP, o preço médio do boi gordo segue em R$ 230/@. No Paraná, o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Os frigoríficos brasileiros continuaram adquirindo lotes de boiadas gordas “da mão para a boca”, estratégia que busca reduzir os valores da arroba”, informou na sexta-feira (15/3) a Agrifatto. Do outro lado, os pecuaristas optaram por negociar pequenos lotes suficientes para cobrir as despesas básicas da atividade e equilibrar os custos de produção. Como resultado, as praças acompanhadas mantiveram as cotações do boi gordo inalteradas na sexta-feira, 15 de março. Em São Paulo, o preço médio do boi gordo segue em R$ 230/@, segundo levantamento da consultoria. A Scot Consultoria também apurou estabilidade nas praças paulistas, tanto para o boi gordo quanto para as demais categorias de animais terminados. O macho pronto para abate está valendo R$ 230/@, enquanto a vaca gorda e a novilha são negociadas, respectivamente, por R$ 205/@ e R$ 220/@ (preços brutos e a prazo), diz a Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 235/@ (base SP), acrescenta a consultoria. De acordo com a Agrifatto, com a notícia de novas habilitações de frigoríficos para envios de carne bovina à China, alguns contratos futuros do boi gordo valorizaram na B3, referindo-se aos negócios computados na quinta-feira (14/3). O contrato com vencimento para abril/24, por exemplo, subiu 0,4%, para R$ 228,70/@. O papel com entrega em março/24, porém, voltou a desvalorizar e ficou cotado em R$ 230,85/@, com recuo de 0,86% no comparativo diário. Segundo Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, as exportações brasileiras de carne bovina, em volume, estão surpreendendo neste começo de ano. “Janeiro e fevereiro foram recordes para o período”, destaca ele. Em março/24, até a segunda semana, 50,6 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas, com crescimento de 56% na média diária frente ao volume diário de março de 2023, acrescenta o analista. “No curto prazo, com mais compradores buscando pelo “boi- China”, a perspectiva é de que os preços da arroba fiquem firmes e que ocorra um aumento momentâneo do ágio em relação ao boi comum”, analisa Fabbri. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (15/3): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Antes cobiçada, cota Hilton fica menos atrativa para frigoríficos

Exigências da União Europeia desestimulam a venda por empresas do Brasil, apesar do preço maior e tarifas mais baixas. Europa paga mais por carne nobre brasileira, mas frigoríficos têm acessado outros mercados

 

Muito cobiçadas pelos frigoríficos de carne bovina brasileiros no passado, as exportações para a União Europeia pela Cota Hilton caminham para encerrar mais um ciclo sem crescimento. Embora ainda seja financeiramente muito interessante para o setor, a cota de cortes bovinos nobres foi perdendo atratividade para diversos frigoríficos nos últimos anos, em meio ao elevado nível de exigências dos compradores. A demanda crescente por carne bovina do atrativo mercado chinês também contribuiu para esse cenário. A Cota Hilton estabelece um limite aos países credenciados no envio de cortes bovinos de alta qualidade para o bloco europeu, mas com tributação reduzida e um prêmio sobre o preço. Para a carne bovina congelada sem osso, a tarifa de embarque dentro da cota fica em 20% e fora dela, 42,43%. O preço médio da carne bovina in natura exportada pelo Brasil para a União Europeia atingiu US$ 7,49 mil por tonelada em 2023, valor que já supera a média geral de US$ 4,6 mil, por ser um mercado que adquire cortes traseiros, mais nobres. Na Cota Hilton, a remuneração é superior à média europeia. Mesmo com esses benefícios, o Brasil utilizou somente 22% do volume da Hilton no acumulado do ano-cota 2023/24, que vai de julho de 2023 até junho de 2024. Depois dos 92% alcançados em 2015/16, o país entrou em uma trajetória de redução gradativa no cumprimento da cota a partir 2017/18. O principal motivo para esse retrocesso foi a inclusão de exigências técnicas pela União Europeia, que não deixam de ser barreiras comerciais e que limitaram o acesso dos frigoríficos. O diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, destaca que uma dessas exigências é a rastreabilidade do boi destinado ao abate para atender a cota desde os dez meses de idade. Os animais também devem ser criados em pasto, as novilhas e os machos castrados podem ter no máximo quatro dentes incisivos permanentes, enquanto nos machos inteiros [não castrados] são permitidos somente dentes de leite, dentre outras exigências. De acordo com o especialista, atualmente, o prêmio pago pelo boi destinado ao abate para a Cota Hilton está em torno de R$ 5 a R$ 10 por arroba, mais que o adicional pago pelo “boi China”, que caiu a praticamente zero nas negociações de gado com especificações para o mercado chinês, mas que já chegou a R$ 30 por arroba. “Mas não são todos os frigoríficos que têm acesso à cota (Hilton), e os volumes não são tão expressivos”, diz Figueiredo. O máximo que o Brasil já obteve na cota foram 10 mil toneladas, volume que baixou para quase 9 mil nesta temporada. A Frigol, por exemplo, exporta carne bovina para a União Europeia, mas não pela Hilton. O mercado europeu representa só cerca de 1% de seu faturamento. “Por questões estratégicas, a Frigol direciona as exportações para atender a China, o principal mercado da companhia, seguido de Israel”, informou a companhia ao Valor. A China anunciou este mês a habilitação de mais 34 frigoríficos e quatro entrepostos comerciais para exportação de carnes (a maior parte de carne bovina) a seu mercado. Segundo analistas, as habilitações devem gerar aumento relevante nos volumes, sem avanços no preço da tonelada exportada. Nesse contexto, a CEO e fundadora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, avalia que parte dos exportadores continua achando a cota Hilton atrativa, mas nada muito exagerado. “Uruguaios e argentinos exploram melhor essa cota do que a gente”, observa a especialista. Isso ocorre porque, segundo ela, o gado desses países é mais padronizado que o boi nacional para atender as especificações da Hilton. Dados da Comissão Europeia mostram que o Brasil foi o país com menor aproveitamento da cota entre seus concorrentes no ano 2022/23. A Argentina conta com um volume de 29.389 toneladas em sua cota, com aproveitamento de 28,7 mil toneladas. No Uruguai, mesmo com uma cota menor que a do Brasil, de 5,6 mil toneladas, o uso chegou a 5,38 mil toneladas.

Valor Econômico

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos com preços em acomodação

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,00/kg

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (14), houve leve alta de 0,32% no Paraná, chegando a R$ 6,30/kg, e de 0,33% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,12/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,77/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,14/kg), e São Paulo (R$ 6,70/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Mercado do frango com pequenas quedas na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,31%, valendo R$ 6,53/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou inalterado no Paraná, custando R$ 4,58/kg, enquanto em Santa Catarina, houve baixa de 2,04%, valendo R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (14), a ave congelada recuou 0,27%, atingindo R$ 7,31/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,13%, fechando em R$ 7,47/kg.

Cepea/Esalq 

 

Frango/Cepea: Carne perde competitividade frente a concorrentes

Os preços da carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo têm caído em março, mas em menor intensidade frente às concorrentes (bovina e suína), resultando em perda de competitividade da proteína avícola 

 

Segundo pesquisadores do Cepea, os valores da carne de frango, que vinham em alta desde meados de janeiro, passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida. Em relação ao abate, apesar da estratégia do setor em reduzir o alojamento de aves a partir do segundo trimestre de 2023, o número do ano passado foi recorde, levando-se em consideração a série histórica do IBGE, iniciada em 1997. Foram 6,2 bilhões de animais abatidos, incremento de 2,8% frente ao ano anterior. Vale lembrar que 2023 foi marcado por forte queda dos preços da carne de frango e do vivo, em decorrência da oferta doméstica elevada.

Cepea

 

Governo confirma novo caso de gripe aviária e total de focos chega a 160

Ocorrência foi registrada em Rio das Ostras (RJ). Caso foi em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-boreal

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou na sexta (15/03) um novo caso de gripe aviária em animal silvestre. A ferramenta on-line da Pasta que monitora a doença no país identificou o foco em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-boreal, que estava na cidade de Rio das Ostras (RJ). Com a confirmação de hoje, o Brasil agora contabiliza 160 casos de gripe aviária, que acometeram 157 animais silvestres e ainda três aves de subsistência. Até o momento, o Brasil não confirmou nenhum registro de gripe aviária em plantéis comerciais, por isso o país mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Globo Rural

 

GOVERNO

 

Ministro Fávaro apresenta programa de conversão pastagens degradadas em áreas produtivas

Dando continuidade à pauta de descarbonização e o aumento da sustentabilidade social e ambiental da atividade agropecuária brasileira, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou a imprensa o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que foi instituído por meio do Decreto nº 11.815

 

O PNCPD visa contribuir com a segurança alimentar e nutricional do planeta e o enfrentamento às mudanças climáticas. O programa também prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, podendo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa, no prazo de dez anos. “O trabalho tem uma metodologia já estabelecida, com vários setores da agropecuária brasileira para que possamos fazer um grande programa norteando o futuro da nossa agropecuária”, disse Fávaro. “É fato que o Brasil assume cada vez mais compromissos com a sustentabilidade, compromisso com uma produção que respeita o meio ambiente”, completou o Ministro. Fávaro ainda relembrou que o Programa é um plano do Governo Federal para a diminuição do desmatamento. “O PNCPD é um programa histórico para a agricultura brasileira”, destacou. Na última semana foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) o Comitê Gestor Interministerial do PNCPD e três Grupos de Trabalho (GTs): GT Financeiro e de Investimentos; GT Tecnologia e Conhecimento; e GT Comunicação. O objetivo dos grupos é criar planos de implementação, gestão, execução financeira, técnica e de comunicação do Programa. Ainda em fase inicial, o Comitê Gestor tem realizado reuniões de trabalho para definir as diretrizes, metas e ações do programa. O coordenador-geral do Comitê e assessor especial do ministro, Carlos Augustin, afirmou que o programa tem foco na produção com certificação, rastreabilidade e sustentabilidade. “O mundo quer alimentos saudáveis, alimentos que sejam produzidos com baixo carbono, com o uso de bioinsumos, enfim, uma série de quesitos de sustentabilidade e o Brasil pode oferecer isso”, afirmou.

MAPA

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Com 20,1 mil novas vagas, Paraná foi o quarto estado que mais empregou em janeiro

Esse é o melhor resultado do Paraná no Caged nos últimos 11 meses. Até então, o melhor resultado havia sido em fevereiro de 2023, quando o saldo chegou a 24.141 novas vagas de emprego. O Estado chegou a 3.111.599 trabalhadores com carteira assinada, número inferior apenas a estados mais populosos

 

O Paraná foi o quarto estado que mais gerou empregos formais no mês de janeiro. Foram 20.198 novas vagas de empregos no primeiro mês de 2024, conforme aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de vagas representa a diferença dos 166.747 trabalhadores admitidos em relação aos 146.549 que foram desligados de suas funções no período. Com isso, o Paraná ficou atrás somente de São Paulo (38.499), Santa Catarina (26.210) e Rio Grande do Sul (20.810). Com exceção de dezembro, quando todos os estados têm saldo negativo em razão dos desligamentos que ocorrem ao fim das festas de final de ano, o Paraná teve resultados positivos em todos os meses de 2023. Em comparação janeiro de 2023, o saldo de empregos no Paraná praticamente triplicou, de 7.210 novas vagas para as atuais 20.198. O Paraná também chegou ao maior salário médio de admissão em janeiro na região Sul, com R$ 2.061,50, contra R$ 2.041,97 de Santa Catarina e R$ 1.982,61 do Rio Grande do Sul. O crescimento foi de 3,04% em relação a dezembro. Entre os setores, Serviços liderou a criação de empregos em janeiro, com 11.345 novas vagas no Paraná. Em seguida vieram a Indústria, com 5.409 vagas, a Construção Civil, com 3.498, e a Agricultura, aproveitando o movimento de colheita da safra de soja, com 1.032 vagas. Já o Comércio observou uma redução de 1.086 postos, ainda resultado das vagas de empregos temporários do fim do ano. Dentro de Serviços, o recorte Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas teve maior saldo, com 10.442. Os municípios que mais geraram novas vagas de empregos foram, respectivamente, Curitiba, com saldo de 8.634, Londrina, com 1.613, Maringá, com 1.266, Cascavel, com 922, Ponta Grossa, 559, Toledo, 487, Palmas, 415, São José dos Pinhais, 378, e Araucária, 326. O Brasil fechou janeiro com saldo positivo de 180.395 empregos com carteira assinada. O número é resultado de 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos. Entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, o saldo positivo alcança 1.564.257 empregos.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe a quase R$5 antes de reunião do Fed

O dólar subiu frente ao real na sexta-feira, acumulando ganhos na semana e ficando a pouca distância de fechar acima dos 5 reais, depois que dados norte-americanos recentes impuseram um clima cauteloso antes da reunião de política monetária do Federal Reserve da semana que vem

 

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,22%, a 4,9986 reais na venda, depois de ter chegado a superar os 5 reais nas máximas do pregão. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,34%. Boa parte desses ganhos veio depois que dados mostraram na quinta-feira que o índice de preços ao produtor para a demanda final dos EUA subiu mais do que o esperado em fevereiro, enquanto as vendas no varejo subiram menos do que o esperado, mas ainda representaram uma aceleração frente ao mês anterior. "Os dados divulgados têm um impacto direto na forma como o mercado interpreta o comportamento do Federal Reserve e quando se dará o início do corte de juros... prejudicaram a confiança nas perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve este ano", disse Bruno Nascimento, analista da B&T Câmbio. "Para finalizar a semana, nos resta aguardar a Superquarta". O Federal Reserve encerrará na quarta-feira que vem sua reunião de política monetária de dois dias, e a expectativa predominante segue sendo de que o Fed manterá sua taxa básica inalterada até um primeiro corte em junho, embora os dados da véspera tenham levado alguns operadores a adiar as apostas para o início do afrouxamento monetário. O Citi disse em relatório na sexta-feira que, após os dados de inflação ao produtor norte-americano mais elevados, aumentou o risco de o Fed alterar as projeções para um eventual ciclo de corte de juros. No entanto, "para dívidas de mercados emergentes, o ambiente global continua favorável ao 'carrego', e continuamos negociando os ativos de alto rendimento da América Latina no lado comprado", disseram economistas do banco em relatório. "Carrego" é o nome dado ao retorno que se pode obter de estratégias de "carry trade", em que se toma empréstimos em país de juros baixos e se aplica esse dinheiro em mercados mais rentáveis, de forma que se lucra com a diferença de taxas. Enquanto isso, no Brasil, é consenso que o Banco Central reduzirá a Selic novamente em 0,50 ponto percentual, a 10,75%, quando encerrar sua reunião de política monetária na semana que vem, também na quarta-feira. Apesar dessa certeza, economistas estão atentos a possíveis mudanças na orientação da autarquia sobre seus próximos passos, mostrou uma pesquisa da Reuters na sexta-feira.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda antes de semana com decisões de BCs no Brasil e nos EUA

O Ibovespa fechou em baixa na sexta-feira, com agentes financeiros adotando cautela antes de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima semana, enquanto Yduqs e Lojas Renner figuraram entre as maiores quedas após a divulgação de resultados

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,85 %, a 126.602,23 pontos., acumulando um declínio de 0,37% na semana, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.957,49 pontos. Na mínima, a 126.501,85 pontos. O volume financeiro somava 22,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Reuters

 

Brasil cria 180,4 mil vagas formais de emprego em janeiro, acima do esperado

O Brasil abriu 180.395 vagas formais de trabalho em janeiro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego

 

O resultado do mês passado ficou muito acima da expectativa em pesquisa da Reuters de criação líquida de 90.000 empregos, e representou alta frente ao saldo positivo de 90.031 de mês equivalente de 2023. No mês passado, o país registrou 2,068 milhões de admissões e 1,887 milhão de desligamentos no mercado de trabalho formal. Em janeiro, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, com destaque para a criação de 80.587 postos no setor de serviços e 67.029 na indústria. Ainda houve criação de 49.091 postos na construção e 21.900 na agropecuária. Por outro lado, houve saldo negativo de 38.212 empregos formais no comércio. Vinte e cinco das 27 Unidades Federativas registraram saldos positivos em janeiro, com São Paulo na liderança com 38.499 postos criados. Na ponta oposta, Maranhão teve o menor saldo, com fechamento de 831 vagas de trabalho formais. No mês passado, o salário médio real de admissão subiu para 2.118,32 reais, uma alta real de 3,38% em relação ao mês anterior.

Reuters

 

Setor de serviços no Brasil surpreende e cresce 0,7% em janeiro

Mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data era de recuo de 0,5%

 

O volume de serviços prestados no país subiu 0,7% em janeiro de 2024, após alta de 0,7% no último mês do ano anterior (dado revisado de avanço de 0,3%), segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data era de recuo de 0,5%, com intervalo das projeções indo de queda de 1,5% a elevação de 0,3%. A surpresa vem um dia depois de o IBGE mostrar que o volume de vendas do varejo subiu 2,5% em janeiro, ante uma estimativa mediana de alta de 0,1% e um teto de 1,7% de aumento. Na comparação com janeiro de 2023, o indicador de serviços avançou 4,5%, outra surpresa: a mediana das expectativas era de avanço de 1,5%, com intervalo de projeções entre recuo de 1,7% e expansão de 3,3%. No resultado acumulado em 12 meses até janeiro, houve aumento de 2,4%. Com o desempenho de janeiro, os serviços estão em patamar 13,5% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, 0,7% abaixo de dezembro de 2022, que foi o auge da série histórica. O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 2,7% na passagem entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Na comparação com janeiro de 2023, a receita de serviços teve alta de 8,8%. Quatro das cinco atividades acompanhadas pelo IBGE tiveram alta na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. O principal destaque veio de serviços de informação e comunicação, com elevação de 1,5% e quarto resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,8%. Os outros segmentos que se destacaram foram serviços profissionais, administrativos e complementares, com expansão de 1,1%, e transportes (0,7%). No primeiro caso, recuperou quase integralmente a perda de 1,5% de dezembro. Já o segmento de transportes teve alta pelo segundo mês seguido, com ganho acumulado de 1,8% no período. O quarto segmento em alta foi o de outros serviços, com avanço de 0,2% no primeiro mês de 2024, após queda de 1,2% um mês antes. A única exceção no campo negativo neste mês foi o segmento de serviços prestados às famílias, com queda de 2,7%. Com isso, perdeu parte da expansão acumulada de 7,4% nos dois meses anteriores.

Valor Econômico

 

Tesouro projeta dívida bruta de 77,3% do PIB em 2024 e diz que melhora fiscal depende de medidas aprovadas

O Tesouro Nacional projetou na sexta-feira que a dívida bruta do governo geral subirá de 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 77,3% do PIB neste ano e ainda seguirá em alta, iniciando uma trajetória de queda apenas a partir de 2029

 

Em relatório com projeções fiscais, o Tesouro também estimou que o déficit primário do governo central será zerado neste ano, alcançando resultados positivos de 0,2% do PIB em 2025 e 0,7% do PIB em 2026. O órgão do Ministério da Fazenda ressaltou que uma melhora fiscal depende da efetivação de medidas aprovadas pelo Congresso. "Essa recuperação prevista para o triênio 2024 a 2026 presume a efetivação das medidas de receita incluídas na Lei Orçamentária Anual de 2024", disse o Tesouro no relatório, após o governo aprovar uma série de medidas arrecadatórias, como as que tratam de taxação de fundos exclusivos, fundos offshore e apostas online. "Uma parte relevante dessas medidas possui efeito perene sobre a arrecadação, resultando em uma elevação estrutural das receitas em todo o horizonte", acrescentou. Nesse cenário, o Tesouro espera que a receita líquida do governo, que desconta as transferências a Estados e municípios, passará de 17,5% do PIB no ano passado para 18,9% do PIB em 2024, 19,2% do PIB em 2025 e 19,7% em 2026. Pelo lado da despesa, o Tesouro espera alcançar uma trajetória de queda de gastos em relação ao PIB nos próximos anos. A estimativa é que esse indicador suba de 18,9% para 19,0% do PIB entre 2024 e 2025 e depois comece a cair, chegando a 17,1% do PIB em 2033. Pelas estimativas da pasta, a dívida pública bruta subirá até atingir 78,1% do PIB em 2026, patamar que permanecerá estável nos dois anos seguintes. Em 2029, a projeção é de uma queda para 77,6% do PIB, em declínio que levará a dívida bruta a 72,6% do PIB em 2033. O governo aprovou em 2023 um novo arcabouço para as contas públicas que determina que o crescimento dos gastos será proporcionalmente menor que o desempenho da arrecadação, modelo que, na visão da equipe econômica, forçará uma melhora nos dados fiscais a médio prazo.

Reuters

 

Fazenda vai manter projeção oficial de alta do PIB de 2024 em 2,2%

O Ministério da Fazenda vai manter sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 em 2,2%, prevendo também um rebalanceamento entre os setores que puxarão o crescimento da economia neste ano, disseram à Reuters duas fontes da pasta

 

Após forte desempenho da agropecuária em 2023, as autoridades que acompanham os cálculos afirmaram que o setor deve reduzir sua contribuição proporcional ao crescimento neste ano, perda que o governo espera ser compensada por uma retomada de investimentos e recuperação da indústria. A última projeção do governo foi apresentada em novembro do ano passado. A atualização oficial dos dados elaborados pela Secretaria de Política Econômica, que são usados para estimar o desempenho futuro das receitas e despesas do governo federal, está prevista para a próxima quinta-feira. O relatório com a reestimativa fiscal, com divulgação na sexta-feira, é aguardado com ansiedade pelo mercado pois trará um prognóstico mais atualizado quanto à perspectiva de cumprimento da meta de zerar o déficit primário deste ano, ainda vista com desconfiança por analistas, que projetam que as contas públicas fecharão o ano com rombo equivalente a 0,8% do PIB. O Orçamento de 2024 foi elaborado e aprovado considerando uma previsão de alta de 2,26% no PIB. Portanto, a projeção oficial de crescimento de 2,2% neste ano, se confirmada, terá pouca influência sobre a estimativa de arrecadação ordinária em relação ao previsto inicialmente pelo governo. A estimativa da Fazenda para a atividade segue mais otimista que a do mercado, que espera uma alta de 1,78% no PIB este ano, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Segundo uma das fontes, a nova grade de parâmetros, que também contém projeções para variáveis como inflação e taxa básica de juros, terá ajustes considerados “marginais”. Em 2023, o PIB brasileiro teve crescimento de 2,9%, ajudado por uma safra recorde de grãos e forte resultado das indústrias extrativas, com destaque para petróleo e minério de ferro. Além de contar com a alta do PIB, que provoca um aumento estrutural da arrecadação de impostos, o governo também aposta em ganhos não recorrentes neste ano, como a antecipação de pagamentos ao fisco por investidores após serem aprovadas novas formas de taxação de fundos exclusivos e offshore. A Fazenda conta ainda com novas receitas da tributação de apostas online e um impulso na arrecadação com julgamentos tributários em instância administrativa após mudança de regras do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

Reuters

 

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