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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 564 DE 26 DE FEVEREIRO DE 2024

 


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 564 | 26 de fevereiro de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo: pressão baixista continua

Frigoríficos brasileiros mantêm-se afastados das negociações e escalas de abate permanecem na casa de 10 dias úteis. No Paraná o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias.

 

Na terceira semana de fevereiro de 2024, o mercado do boi gordo apresentou uma dinâmica de estagnação nos preços, relatou a S&P Global Commodity Insights. “O mercado segue apresentando um ritmo moderado, marcado por uma atividade de compra reduzida por parte das indústrias”, disse a S&P Global. Segundo a consultoria, os frigoríficos possuem escalas de abate confortáveis, o que ocorre em paralelo a uma demanda doméstica enfraquecida pela carne bovina. A S&P Global realça a tendência de uma oferta excedente de boi gordo, mantendo a pressão baixista sobre os preços da arroba observada desde o início do ano. Nas praças monitoradas pela Global, os relatos são de tempos mais fechados e chuva normalizada, melhorando as condições dos pastos. Segundo o Inmet, para o início de março, espera-se chuvas acima de 50 mm nas regiões Norte, Nordeste e Sul. Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão é de menores acumulados de chuva. “Embora os preços do boi gordo estejam atualmente presos em uma fase lateral de oscilação, a pressão baixista persistente sugere uma tendência de queda subjacente”, observou a Global. Na avaliação da consultoria, os preços enfraquecidos devem persistir pelo restante do mês, influenciados pela diminuição do poder de compra dos consumidores na reta final do período e pelos impactos tradicionais da Quaresma no consumo de carne. No mercado atacadista de carne bovina, a semana terminou com uma notável fragilidade na demanda e reposição. “As ofertas no atacado permanecem elevadas, enquanto a demanda da indústria é limitada, resultando em uma lentidão e um excesso de oferta ao longo da cadeia produtiva”. Cotações: São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias; Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de doze dias; Rondônia — O boi vale R$200,00 a arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Cepea: Produção brasileira de carne bovina bate recorde em 2023

Pesquisadores do Cepea avaliam números preliminares do IBGE e apontam a concordância com o que preços mostraram ao longo de 2023: a oferta superou a demanda

 

A produção de carne bovina foi recorde em 2023. Na avaliação de pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a divulgação de dados, ainda preliminares, do IBGE sobre os abates em 2023 confirma a percepção de oferta acima da demanda ao longo do ano, fator que determinou o comportamento predominantemente em queda dos preços do boi e da carne no atacado ao longo do ano passado. Segundo dados preliminares do IBGE, foram produzidas 8,91 milhões de toneladas, 11,2% a mais que em 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019. Pesquisadores do Cepea destacam que, em termos absolutos, o volume de carne aumentou em 900 mil toneladas frente a 2022, ao passo que a exportação foi ampliada em apenas 22,8 mil toneladas, para 2,29 milhões de toneladas – absorveu 25,7% da produção nacional. O “excedente” ficou no mercado interno, exigindo redução dos preços para que fosse atingido o ponto de equilíbrio com a demanda. Ao longo de 2023, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 recuou 12%, e a carcaça casada de boi no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 9%. O volume de carne foi histórico, mas a produtividade média do rebanho nacional (boi, vaca, novilho e novilha), na marca de 262,97 kg/animal, ou de 17,5 arrobas, ficou ligeiramente abaixo da obtida nos últimos dois anos. Na avaliação de pesquisadores do Cepea, os motivos não são “estruturais” – são de conjuntura. Refletem a combinação de estiagem em muitas regiões produtoras com certa desaceleração dos confinamentos diante dos preços altos dos grãos. Segundo os dados do IBGE, a produtividade de 2023 foi 1,7% menor que a de 2022 e 2,7% inferior ao recorde de 2021. O número de cabeças abatidas no ano em que se obteve a máxima produtividade (2021) foi o menor desde 2004, mas o peso médio (incluindo todos os bovinos abatidos) chegou a 270,2 kg/animal (18 arrobas); no quarto trimestre/21, atingiu 281,60 kg/animal (18,8 arrobas). Analisando-se apenas os dados do quarto trimestre de 2023 (de outubro a dezembro), foram produzidas 2,407 milhões de toneladas de carne bovina, o melhor trimestre do ano, superando em 1,1% o anterior e em 1,8% o de um ano atrás. Em termos de produtividade, o quarto trimestre teve média 266,04 kg/animal, a oitava maior marca para um trimestre, no compasso consistente dos meses anteriores. Os dados ainda preliminares do IBGE mostram que foram abatidos no ano passado 33,9 milhões de cabeças (machos e fêmeas), total que se aproxima do recorde de 2013, na marca de 34,4 milhões de animais. No comparativo com 2022, o aumento é de 13,2%. Especificamente no 4º trimestre do ano, os números de abates ultrapassaram ligeiramente as 9 milhões de cabeças, número recorde para um trimestre, superando em 20% o resultado do 4º trimestre de 2022. Chama atenção a participação das fêmeas. Ao longo de 2023, segundo o IBGE, vacas e novilhas representam mais de 40% do total em vários meses, chegando a 49% em março, período em que sazonalmente ocorre o maior descarte de vacas. Muitos criadores têm optado por descartar fêmeas por estarem desanimados com os preços dos bezerros. Dados do Cepea mostram que esses animais estão em tendência de desvalorização há cerca de três anos. De fevereiro/21 até agora, o Indicador do Bezerro ESALQ/BM&FBovespa caiu quase 30%. O abate de novilhas especificamente está relacionado à demanda chinesa por animais jovens – independentemente de macho ou fêmea. Segundo o IBGE, de abril a maio de 2023, novilhas chegaram a representar 14% do total de abates.

Cepea

 

SUÍNOS

 

Suínos: estabilidade predominou na sexta-feira (23)

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 129,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,03%, com valor de R$ 9,60/kg

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (22), houve queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,30%, chegando a R$ 6,75/kg. Os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,34/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,16/kg), Santa Catarina (R$ 6,11/kg), e São Paulo (R$ 6,76/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Mercado do frango fecha a sexta-feira (23) estável em SC e com alta no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,45%, valendo R$ 6,70/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, custando R$ 4,44/kg, enquanto no Paraná, houve aumento de 0,66%, chegando a R$ 4,55/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (22), a ave congelada recuou 0,54%, custando R$ 7,36/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,27%, fechando em R$ 7,42/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Alta na 1ª quinzena de fevereiro vem garantindo avanço na média mensal

Apesar das recentes desvalorizações da carne de frango nesta segunda quinzena de fevereiro –, quando geralmente as vendas se enfraquecem no atacado, devido ao menor poder aquisitivo da população brasileira –, o incremento da demanda na primeira metade do mês vem garantindo um aumento no valor médio mensal da proteína

 

Levantamento do Cepea mostra que a carne de frango resfriada é negociada no atacado da Grande São Paulo à média de R$ 7,22/kg em fevereiro (até o dia 21), com alta de 2,7% frente à de janeiro.

Cepea

 

EVENTOS

 

C. Vale na GULFOOD

No período 19 a 23 de fevereiro, a equipe comercial da Divisão Industrial da C. Vale, está participando em Dubai, da Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio.

 

Segundo o gerente do Departamento Comercial, Fernando Aguiar, o evento está mobilizando mais de 190 países e 5.500 expositores. “O nosso time está preparado para receber clientes de todos os lugares do mundo, como Oriente Médio, Filipinas, Europa, África do Sul, Japão, China, entre tantos outros novos lugares a serem explorados. Estamos, literalmente, na maior vitrine comercial do mundo”. A estrutura da C. Vale tem chamado atenção. Entre visitantes ilustres, passaram pelo estande da cooperativa, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Roberto Perosa, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin e o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Mapa, Marcel Moreira. O gerente da Divisão Industrial, Reni Girardi também está na comitiva da C. Vale.

Assessoria de Imprensa C. Vale

 

GOVERNO

 

Lula quer Brasil vendendo mais carne à África, diz Fávaro

Ministro também espera novas habilitações de frigoríficos para exportar à China. Recentemente, Egito elevou o Brasil à categoria de 'pre-listing' para exportação de carnes bovina, suína e de aves

 

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ação do Ministério da Agricultura para ampliar as exportações de carnes para os países da África. Foi o que disse na sexta-feira (23/2) o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante visita a um frigorífico em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT). Fávaro relatou o que o presidente lhe disse em um telefonema, hoje, antes do evento. "Ele falou: ‘Fávaro, cheguei de lá, abri mercado, mas são 600 milhões de pessoas e me pediram que você organize uma comitiva de empresários junto com governo, com o Ministério da Agricultura, vá para o Egito, para a Nigéria, para países africanos. Eles querem comprar carne do mercado brasileiro’", disse, em discurso, na planta industrial da BMG Foods. Lula esteve na África recentemente, para participar da 37ª Cúpula da União Africana. Durante a viagem, o Egito anunciou o reconhecimento da equivalência do sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal e elevou o Brasil à categoria de “pre-listing” para exportação de carnes bovina, suína e de aves. Com a decisão, as habilitações de plantas industriais exportadores não dependerão mais de vistorias in loco das autoridades egípcias. O frigorífico que o ministro visitou em Mato Grosso foi inaugurado no ano passado e gera 400 empregos, com planos de expansão. O estabelecimento busca certificação pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF). Ainda durante o evento, ele disse esperar novas habilitações de frigoríficos para exportar à China. "A China [está] ampliando mercado, principalmente para carnes. Nós vamos ter um anúncio, maior de todas as épocas. A China não abria mercado para o Brasil desde 2019", disse, referindo-se às autorizações de exportação. Em sua visão, o trabalho de abertura gera mais empregos e desenvolvimento no interior do país. Já foram 15 mercados abertos em 2024 para produtos do agronegócio.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Sete em cada dez industriais têm expectativa positiva para os negócios em 2024, diz FGV

Pesquisadores veem indústria passando por momento de reaceleração na produção após normalização de estoques

 

Sete em cada dez empresários da indústria da transformação encerraram 2023 com expectativas positivas para o ambiente de negócios em 2024, de acordo com dados obtidos pelo Estadão/Broadcast sobre o quesito na Sondagem da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV). Tanto a confiança empresarial quanto a produção industrial sinalizam que este será um ano de expansão do setor industrial, avaliam economistas da FGV. “A indústria está passando agora por um momento de normalização de estoques, e a produção está registrando uma reaceleração gradual. Ou seja, o empresário está, de certa forma, confortável em trabalhar com o estoque um pouquinho acima do normal, porque ele está prevendo uma melhora da demanda no início de 2024″, explicou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). Os dados da Sondagem da Indústria de janeiro confirmam que já houve melhora do ambiente de negócios nos últimos meses, segundo Pacini. Os níveis de estoques acumulados desceram a 99,4 pontos, situando-se em patamar considerado neutro pela primeira vez desde setembro de 2022. “O ano todo de 2023 foi de acúmulo de estoques, e aí, de repente, no último trimestre, parece que a demanda desencantou. Não foi um nível alto de demanda, mas houve demanda para esse movimento de normalização dos estoques”, apontou Pacini. “O legal é que foi um movimento difuso”, acrescentou. Pacini revelou que 15 dos 19 segmentos da indústria da transformação melhoraram os níveis de estoques na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. Dez segmentos já estão com níveis de estoques na faixa entre normal a insuficiente. “Em novembro, só quatro segmentos estavam com estoques entre normal ou insuficiente”, lembrou. “Chegamos a janeiro, e os segmentos estão com estoques se aproximando da insuficiência. Isso é muito bom, né? Porque é um motivo de aquecimento da produção.” Outras duas medidas apuradas pela sondagem que têm mostrado evolução positiva são os componentes de demanda prevista e produção prevista. A demanda prevista subiu a 97,2 pontos em janeiro ante dezembro, melhor resultado desde agosto de 2022. A produção prevista cresceu a 99,3 pontos, nível mais elevado desde abril de 2023. “Problemas que vinham afligindo o setor pelo lado da oferta durante a pandemia, como a dificuldade de acesso a insumos e matérias-primas, persistiram até o primeiro semestre de 2023, mas estão fora do radar em 2024. A percepção sobre a procura interna por produtos industriais vem melhorando bastante nos últimos meses, mostrando que o setor pode estar virando a chave e entrando numa fase ascendente”, previram Pacini e Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV, em artigo conjunto. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV subiu 1,8 ponto em janeiro, quarto avanço consecutivo, para 97,4 pontos, melhor desempenho desde agosto de 2022. Houve melhora nas expectativas de segmentos mais dependentes de crédito: bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos, e bens de consumo duráveis, como eletroeletrônicos e automóveis, por exemplo. Esses ramos podem se beneficiar nos próximos meses do ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, apontou a FGV. “E aí tem outros fatores também que eu acho que vão contribuir para isso, que são questões mais macroeconômicas. A queda da taxa de juros, à espera de uma melhora no ambiente de negócios, até a própria reforma tributária que está um pouco mais maturada no entendimento do empresário, isso já é um motivo de ter uma expectativa melhor. Enfim, e os esforços federais de diálogo com a indústria também, que estão bem fortes até nas notícias”, enumerou Pacini. No ano de 2023, a produção industrial brasileira cresceu 0,2%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (que considera o desempenho tanto da indústria de transformação quanto das indústrias extrativas), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do crescimento modesto, o desempenho foi majoritariamente positivo na reta final do ano passado. A produção avançou 1,1% em dezembro ante novembro, o quinto mês seguido de expansão, já descontadas as influências sazonais. “A melhora do humor dos empresários parece estar associada à virada cíclica, puxada pela queda da inflação e juros, maior previsibilidade da taxa cambial e redução de incertezas com a definição da primeira fase da reforma tributária. Sem entrar no mérito de sua execução ou de seu efeito no longo prazo, outras medidas governamentais recentes de impulso ao investimento produtivo e em infraestrutura tendem a impactar favoravelmente a confiança no primeiro momento”, resumiram Pacini e Campelo Júnior, no artigo conjunto.

Estadão/Broadcast

 

Petrobras decide vender participação na termelétrica de Araucária 

Valor da transação é de R$ 67,3 milhões, sendo R$ 13,5 milhões pagos na assinatura e R$ 53,8 milhões, no fechamento da transação 

 

A Petrobras decidiu vender sua participação de 18,8% no capital social da Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA). O valor da transação é de R$ 67,3 milhões, sendo R$ 13,5 milhões pagos no momento da assinatura e R$ 53,8 milhões, no fechamento da transação. A concretização da venda se dará pela adesão da Petrobras, como vendedora, ao contrato de compra e venda de ações assinado por Copel e Copel Get, sócias da Petrobras na UEGA, para venda de suas respectivas participações societárias à Ambar Energia. A conclusão da transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Valor Econômico


ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar encerra sessão e semana em alta, a R$ 4,99, com Fed cauteloso no radar

O dólar à vista exibiu apreciação consistente contra o real na sessão da sexta-feira. O movimento se deu na esteira de comentários mais cautelosos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos EUA e dúvidas sobre os cortes de juros por lá.

 

Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em alta de 0,80%, cotado a R$ 4,9924. Na semana, o dólar comercial registrou apreciação de 0,53%. Perto das 17h25, o contrato futuro da moeda americana para março exibia apreciação de 0,62%, a R$ 4,9950. Das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real teve o segundo pior desempenho da sessão, acima só do peso colombiano. A sessão começou com o dólar exibindo leve valorização diante de comentários mais cautelosos do diretor do Fed Christopher Waller. Segundo Waller, é preciso ter uma abordagem lenta e cautelosa para flexibilizar a política monetária neste ano, dadas as perspectivas ainda incertas para a inflação, depois dos recentes dados econômicos fortes. "Os dados que recebemos […] reforçaram a minha opinião de que precisamos verificar se o progresso na inflação que vimos no último semestre de 2023 continuará, e isso significa que não há pressa em começar a cortar as taxas de juro para normalizar a política monetária", disse Waller em evento em Mineápolis. Diante dos recentes dados mais fortes da economia americana e do tom cauteloso do Fed, o superintendente de câmbio do Banco Rendimento, Jacques Zylbergeld, disse que as chances de cortes de juros no curto prazo desapareceram e que, a depender da força dos indicadores, isso pode se estender para os cortes precificados para o meio do ano. “Não está claro que a inflação vai continuar cedendo e o processo desinflacionário ter continuidade. Se os dados continuarem vindo ruins, no sentido de mostrando força da economia, pode ser até possível descartarmos uma redução das taxas em junho também", disse. Zylbergeld diz ver o dólar rondando a faixa de R$ 4,85 a R$ 5,15 no primeiro semestre de 2024 e que, mesmo que o fluxo comercial seja mais favorável nesta primeira etapa do ano, dificilmente o câmbio irá apreciar com consistência devido às incertezas dos juros americanos. “Já estamos com um fluxo cambial positivo em US$ 6 bilhões no ano e mesmo assim o câmbio está aí, batendo o nível de R$ 5,00 por dólar. A meu ver, o que o fluxo tem feito é neutralizar maiores altas”, diz. “Por mais que a balança comercial surpreenda, o fluxo não deve superar o do ano passado e não vai ser suficiente para garantir uma queda tão consistente do dólar. Se o humor do mercado virar, isso é muito maior do que a balança.” Na sessão desta sexta, as dúvidas sobre cortes do Fed bastaram para dar espaço para o dólar.

Valor Econômico

 

Ibovespa fecha em queda e perde patamar dos 130 mil pontos, mas subiu na semana

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, perdendo o patamar dos 130 mil pontos e pondo fim a uma sequência de seis altas consecutivas, em meio a movimentos de realização de lucros e pressionado pela queda nas ações da Petrobras

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,63%, a 129.418,73 pontos, embora na semana tenha acumulado ganho de 0,54%. O volume financeiro somou 21,66 bilhões de reais. O mercado teve recuperação nos últimos dias, após queda expressiva no início do ano, disse o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, mas a perspectiva para os ativos de risco não se mostra positiva suficiente para impulsionar os índices à máxima. Para o economista Alexsandro Nishimura, sócio da Nomos, mesmo nos seis pregões anteriores, quando o Ibovespa subiu, o movimento foi limitado e não conseguiu aproveitar a euforia externa com o rali das ações de tecnologia, puxado pela norte-americana Nvidia. "Os dirigentes vêm mantendo uma postura cautelosa com relação ao início do ciclo de baixa (de juros nos Estados Unidos), afirmando que a inflação segue elevada e há riscos de se discutir corte de juros prematuramente", acrescentou Novaes. Na véspera, o diretor do Federal Reserve Christopher Waller sugeriu adiar cortes nos juros por pelo menos mais alguns meses para avaliar se o recente aumento na inflação indica estagnação no progresso em direção à estabilidade de preços ou é apenas um obstáculo temporário. No Brasil, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, mencionou na sexta-feira que a autarquia está focando dados de salários em meio à incertezas sobre indicadores mais amplos do mercado de trabalho, visando compreender o impacto que eles têm na inflação de serviços. A queda na sessão teve influência ainda do recuo nos preços do petróleo no exterior, que puxou para baixo os papéis da Petrobras, de forte peso no índice, e do balanço aquém do esperado da B3 na véspera, apesar do contraponto positivo oferecido pelo avanço das ações da Vale, disse o analista da Buena Vista Capital, Renato Nobile.

Reuters

 

Confiança do consumidor no Brasil cai ao menor patamar em 9 meses em fevereiro, diz FGV

A confiança do consumidor brasileiro piorou em fevereiro, indo ao menor patamar em 9 meses, com o nível ainda elevado dos juros e do endividamento afetando o otimismo das famílias em relação aos próximos meses

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado na sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou queda de 1,1 ponto em fevereiro, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023 (89,5). Esse resultado, o segundo consecutivo no vermelho, foi influenciado por baixa de 2,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), para 97,9 pontos, com forte redução dos indicadores de situação financeira futura das famílias e situação futura da economia. Isso compensou alta de 1,0 ponto no Índice de Situação Atual (ISA), a 78,6 pontos. "Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores", disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre. Após cinco cortes consecutivos de meio ponto percentual pelo Banco Central, a taxa Selic está atualmente em 11,25%, nível ainda elevado e restritivo à economia. O BC tem indicado manutenção do ritmo de afrouxamento monetário para as próximas reuniões, mas ponderando que os juros devem continuar em patamar contracionista.

Reuters

 

Compensações tributárias batem recorde em 2023 e reduzem arrecadação federal em R$ 242 bilhões

Volume representa alta superior a 130% em comparação a 2019, de acordo com dados da Receita

 

As compensações tributárias apresentaram aumento expressivo no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reduziram a arrecadação da União no ano passado em R$ 242 bilhões, o equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O número é recorde e representa uma alta superior a 130% em comparação a 2019, início de uma escalada verificada pela Receita Federal, segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo Valor. Desde maio de 2003, começo da série histórica, o governo federal deixou de arrecadar R$ 1,6 trilhão com compensações, um dos alvos do Ministério da Fazenda para atingir as metas fiscais. Mais de um terço do volume de 2023 se refere a créditos de decisões judiciais. Foram R$ 82,7 bilhões compensados, o terceiro maior montante desde o início da contagem. Em 2018, eles representavam pouco mais de 5% do total de compensações. Desde 2019, são mais de 20% desse volume — o pico foi em 2021, quando os créditos judiciais chegaram a ser quase metade do total compensado com a Receita. Porém, nos últimos dois anos, tiveram leve queda, entre 5% e 10%. O alto volume das compensações tributárias de ações judiciais foi a principal causa para o governo editar a Medida Provisória 1.202/2023, que limitou o direito à compensação para créditos fiscais oriundos de decisões judiciais a partir de R$ 10 milhões. Outra planilha da Receita indica que, só nos últimos cinco anos, os créditos acima de R$ 10 milhões frustraram a arrecadação em R$ 320,5 bilhões. Segundo a Fazenda, só as compensações da “tese do século”, a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, custaram mais de R$ 60 bilhões à União no ano passado. Essa foi uma das principais causas, segundo a equipe econômica, para o déficit de R$ 230 bilhões registrado em 2023. Para este ano, o ministro Fernando Haddad tem a missão de elevar as receitas para atingir a meta de resultado primário zero nas contas públicas. O limite das compensações, de acordo com a Receita, pode gerar um ganho de R$ 20 bilhões no fluxo a mais em 2024 e auxiliar o governo nesse objetivo. O limite, porém, ainda não está produzindo resultados. Dados divulgados ontem mostram que, em janeiro deste ano, mesmo com os efeitos da MP, atingiram R$ 27 bilhões. A Receita avalia, no entanto, que esse impacto será sentido positivamente na arrecadação ao longo do ano.

Valor Econômico

 

Agroindústria tem crescimento em 2023

Aumento foi de 0,8%, diz FGV Agro; com expansão de 3,2%, segmento de alimentos e bebidas puxou alta geral. Dentre os alimentos e bebidas, os produtos de origem vegetal tiveram a maior alta do ano passado

 

A produção da agroindústria nacional encerrou 2023 com crescimento de 0,8%, segundo o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). O resultado confirmou-se com o desempenho do indicador em dezembro, quando ele avançou 1,7% em relação a dezembro de 2022. Essa foi a quinta alta mensal consecutiva do índice. Os pesquisadores do FGV Agro comentaram, em nota, que o crescimento das agroindústrias em 2023 foi moderado. Ainda assim, disseram eles, o desempenho foi “muito superior” ao da indústria de transformação, que teve contração de 1% no ano passado. O segmento de alimentos e bebidas cresceu 3,2% e puxou a alta da produção agroindustrial em 2023. A fabricação de produtos não-alimentícios caiu 2,3%. O indicador de produção de alimentos e bebidas subiu 1,4% no último mês do ano em comparação com dezembro de 2022. Ao longo de todo o ano passado, o segmento cresceu em quase todos os meses — a exceção foi fevereiro. Dentre os alimentos e bebidas, os produtos de origem vegetal tiveram a maior alta do ano passado. O aumento, de 7,3%, foi o segundo mais forte da série histórica do indicador, iniciada em 2003 — o recorde continua a ser o desempenho de 2009, quando a alta foi de 8,1%. Os produtos do refino de açúcar foram o principal destaque em 2023, segundo os pesquisadores, que também mencionaram conservas e sucos, óleos e gorduras e café como responsáveis diretos pelo aumento geral do PIMAgro. A produção de alimentos de origem animal, por sua vez, cresceu 2,7%, puxada pelo desempenho das proteínas animais, sobretudo a bovina. Os produtos não-alimentícios cresceram 2,1% em dezembro, mas acumularam queda em 2023 devido à retração de insumos agropecuários (-11,5%), produtos florestais (-3%) e produtos têxteis (-3%).

Globo Rural

 

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