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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 555 DE 08 DE FEVEREIRO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 555|08 de fevereiro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo: frigoríficos mantêm pressão negativa, mas escalas de abate recuam

Nas praças de SP, uma das principais referências no mercado brasileiro, a arroba continuou andando de lado na quarta-feira (7/2), conforme apuração da Scot Consultoria

 

Com as indústrias justificando maior facilidade nas compras de boi gordo, o mercado continua mantendo a pressão de baixa na arroba, mas as escalas dos frigoríficos já começam a ficar mais curtas, relatam os analistas que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro. Segundo as consultorias, neste momento, os preços da arroba seguem congelados na maioria das praças do País, mesmo com a forte insistência das indústrias em forçar os indicadores para baixo. De acordo com a Agrifatto, as vendas no mercado de carne com osso continuam boas, especialmente para boi castrado, boi inteiro e a ponta de agulha – “Tais produtos apresentam uma demanda consistente”, reforçam os analistas da consultoria. Nas praças de São Paulo, uma das principais referências no mercado brasileiro do boi gordo, a arroba continuou andando de lado nesta quarta-feira (7/2), conforme apuração da Scot Consultoria. “O volume de carne na ponta frigorífica está elevado, o que tem feito compradores oferecerem menos pela arroba do boi”, observa a Scot, acrescentando: “Os vendedores, porém, não estão aceitando ofertas de preços menores que os vigentes e, com isso, as cotações ficaram inalteradas na praça paulista”. A Scot chama a atenção para um possível crescimento na oferta de vacas no curtíssimo prazo. “A expectativa é de aumento nos próximos dias, reflexo da baixa qualidade das pastagens e do descarte de fêmeas que não emprenharam na atual estação de monta”, dizem os analistas da consultoria. Neste momento, apurou a Scot, o boi gordo destinado ao mercado interno paulista segue valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ em SP, bruto, prazo, com ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”. Na B3, o vencimento para fevereiro/24 (contrato de curto prazo) voltou a recuar nesta terça-feira (6/2), encerrando o pregão regular cotado em R$ 239,50/@, informa a Agrifatto. Cotações: SP Barretos – 235,40 SP Araçatuba – 235,40. MG Triângulo – 235,00. MG BH – 217,75. MG Norte – 225,50. MG Sul – 212,60. GO Goiânia – 221,25. GO Região Sul – 220,22. MS Dourados – 227,59. MS C. Grande – 232,67. MS Três Lagoas – 225,50. BA Sul – 238,41. BA Oeste – 232,16. MT Norte – 210,97. MT Sudoeste – 210,04. MT Cuiabá* – 213,38. MT Sudeste – 213,44. PA Marabá – 210,73. PA Redenção – 206,72. PA Paragominas – 224,57. RO Sudeste – 198,28. TO Sul – 208,95. TO Norte – 210,28. *Região de Cuiabá, inclui Rondonópolis

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

SUÍNOS

 

Suínos: Carcaça especial paulista registra ganho de 1,00% na 4ª feira

Na quarta-feira (07) a Scot Consultoria informou que a carcaça especial teve alta de 1,00% e está em R$ 10,10/kg, em média, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF seguiu estável custando, em média, R$ 127,00/@

 

O Indicador do Suíno Vivo, referente a última terça-feira (06), o preço registrou ganho de 0,33% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,04/kg. No Paraná, o preço do animal também teve ganho de 3,20% e está precificado em R$ 6,13/kg. Já na região de Santa Catarina, o animal registrou ganho de 2,91%, cotado em R$ 6,01/kg, enquanto em São Paulo o valor ficou próximo de R$ 6,60/kg, com ganho de 1,07%. Em Minas Gerais, o valor do suíno teve valorização de 1,65% e está em R$ 6,76/kg.

Cepea/Esalq

 

Produção de carne suína deve desacelerar no 1º tri com menor demanda

A produção de carne suína no Brasil deve desacelerar neste primeiro trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior, devido à redução sazonal nas demandas doméstica e externa no início do ano, segundo estimativa do Rabobank

 

No mercado doméstico, a demanda cai no período pós-festas, de férias escolares e por conta de maiores gastos da população com pagamento de impostos anuais. A demanda no mercado externo também tende a reduzir devido ao abrandamento das exportações para a China. “A queda sazonal na demanda, combinada com o aumento da reposição de estoques no quarto trimestre de 2023, levou a um excesso de oferta em relação à demanda”, disse o Rabobank em relatório divulgado à imprensa nesta semana. Apesar da queda na produção esperada no início de 2024, o Rabobank estima um aumento de 3% a 4% na produção total de carne suína brasileira no ano, em relação a 2023, para um novo recorde. As exportações brasileiras de carne suína também deverão ser recorde neste ano, com aumento de 3% a 5% ante 2023.

Carnetec

 

FRANGOS

 

Frango no atacado paulista segue com alta

Na quarta-feira (07), a cotação do frango no atacado paulista registrou valorização de 0,43% e está em R$ 6,95 por kg, conforme a Scot Consultoria. Já o frango na granja paulista segue com estabilidade em R$ 5,05 por kg

 

No Paraná, a cotação do animal vivo não apresentou alteração e está valendo R$ 4,55/kg. Em Santa Catarina, o valor do frango vivo também seguiu estável e está em R$ 4,45/kg. Conforme informações divulgadas pelo Cepea/Esalq na última terça-feira (06), o preço do frango vivo congelado registrou leve ganho de 0,14% em R$ 7,33/kg. No caso do frango resfriado, o preço teve um ganho de 0,14% e está sendo comercializado em R$ 7,39/kg. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado de aves no atacado está apresentando reação neste início de mês. “A recuperação nos preços do frango está de acordo com a sazonalidade do mercado em que a população recebe os pagamentos. Nós tivemos um janeiro muito complicado para o setor de proteínas e devemos ter um cenário de recuperação”, disse. 

Cepea/Esalq

 

EMPRESAS

 

Lar cooperativa fatura mais de R$ 21 bi em 2023 e distribui resultados aos associados

A Lar iniciou na manhã da terça-feira (06), o pagamento da distribuição dos resultados, referente ao exercício de 2023. Mesmo sendo um ano desafiador, a Cooperativa ultrapassou os R$ 21 bilhões de faturamento, sendo o resultado deste resultado compartilhado com a família associada. Ao todo serão R$ 141,89 milhões em retorno aos quase 14 mil associados

 

“O ano de 2023 foi muito difícil, tínhamos a preocupação até de não ter um bom resultado e se considerarmos a complexidade do período, alcançamos sim um bom balanço, foi o melhor entre todas as cooperativas da região Oeste do Paraná, então temos que comemorar”, afirmou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues. Associados se reuniram nas Unidades de Atendimento ao Produtor, onde foram recepcionados por lideranças locais com um café da manhã e apresentação dos resultados. A Diretoria Executiva da Lar, superintendentes e gerentes de divisão também marcaram presença nas unidades da região oeste do Paraná, mas as celebrações se estenderam também por todas as unidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A data também foi marcada com o reconhecimento dos associados jubilados, homenagem entregue para quem completou mais de 20 anos como sócio da Cooperativa, independentemente da idade, ou para os homens com 65 anos de vida e mulheres com 60 anos, sendo 20 deles como cooperado. Ao ser jubilado, o associado pode movimentar o valor depositado na sua Conta Capital e utilizar conforme sua necessidade. Com 22 anos de Lar, o associado Gilberto João Brandalize, de Matelândia (PR), comentou sobre o reconhecimento. “É uma satisfação imensa poder participar desse momento que representa a confiança mútua entre a Cooperativa e o associado, fico feliz em ter contribuído com os 60 anos da Lar que tanto nos orgulha”. Ao todo, foram 177 jubilados que receberam homenagens neste ano. Os valores referentes à distribuição de sobras já estão à disposição dos associados, onde cada um recebe a quantia proporcional com a movimentação dos seus negócios com a Lar. Agora a atenção se volta às celebrações dos 60 anos da Cooperativa, com uma programação repleta de compromissos durante o ano todo. “No dia 19 de março, a Lar completa 60 anos e em setembro a nossa avicultura chega aos 25 anos, duas datas muito importantes que queremos comemorar ao lado da nossa família associada, funcionários e parceiros de negócios. Serão diversos eventos, que somados estimamos nos encontrar com um público próximo de 10 mil pessoas, onde vamos agradecer a contribuição de cada um”, encerrou o diretor-presidente da Lar ao falar da agenda de compromissos para 2024.

Assessoria de Imprensa Lar

 

EVENTOS

 

Show Rural bate recorde de público e mantém previsão de aumento de negócios

Feira realizada em Cascavel (PR) até sexta-feira deve receber em torno de 400 mil pessoas. No ano que vem, evento será realizado entre 10 e 14 de fevereiro 

 

O Show Rural Cascavel bateu recorde de público em um único dia. Na quarta-feira (7/2), o evento realizado em Cascavel (PR) recebeu quase 110 mil pessoas, elevando o total dos quatro dias de evento para praticamente 290 mil pessoas. A organização esperava receber 320 mil visitantes até o encerramento da feira, na sexta-feira (9/2), mas o número deve ser superado. “No ano passado, tivemos 384 mil visitantes. Então devemos passar um pouco”, afirmou Dilvo Grolli, diretor presidente da Coopavel, em entrevista.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Crise na China terá impacto na pecuária do Brasil 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a previsão de crescimento econômico da China para 2024, estimando um aumento de 4,6%, abaixo dos 5,4% anteriormente projetados

 

Este crescimento, inferior ao habitual para a economia chinesa, antecipa um período de desaceleração econômica até 2028, com uma previsão de crescimento de 3,4% para o último ano do intervalo. Especialistas indicam que essa tendência de desaceleração terá consequências significativas no mercado internacional. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a economia brasileira, fortemente ligada ao mercado chinês, enfrentará impactos negativos, especialmente nas exportações. Produtos como carnes, minério de ferro, milho, soja e algodão, com a China como principal destino, sentirão os efeitos dessa mudança. Iglesias destaca que a crise na suinocultura chinesa afetará principalmente as exportações de carne. Ele explica que a China passará de uma crise de escassez de oferta em 2022 para uma de excesso em 2024, com a consequente queda nos preços da carne suína e redução da participação chinesa no mercado global. A recuperação desse cenário, segundo Iglesias, é esperada para o segundo semestre de 2024, impulsionada por melhorias na economia e na suinocultura chinesas, além de estímulos governamentais. A queda nos preços das exportações brasileiras já é evidente nos valores pagos pela China pela carne bovina, que diminuíram cerca de 30% em um ano, passando de US$ 6.288,50 para menos de US$ 4.500 a tonelada.

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Mobilização de auditores agropecuários impacta serviços no Paraná 

Servidores do Mapa cobram reestruturação na carreira e melhores condições de trabalho. Em Foz do Iguaçu, 2 mil cargas aguardam inspeção

 

Servidores do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) iniciaram, na semana passada, uma mobilização para reivindicar a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. Os auditores fiscais federais agropecuários (affas) são responsáveis por garantir a saúde animal, a sanidade vegetal, a qualidade e a segurança dos produtos que chegam até o consumidor final. A “Operação Reestruturação”, segue até que o governo apresente uma proposta aos servidores contemplando as demandas da carreira. Neste período, atividades essenciais de defesa agropecuária seguem sendo cumpridas, como o diagnóstico de doenças e pragas previstas em programas de controle do Mapa; a emissão de Certificado Veterinário Internacional para viagem de pets; e a vistoria de cargas vivas e perecíveis. Porém, o movimento impacta a atividade de fiscalização em portos, aeroportos e regiões de fronteira do estado, comprometendo a liberação de cargas nestes locais. A liberação de certificados e mercadorias vai respeitar o último dia de prazo previsto em normas do Mapa, mas os auditores agropecuários não vão cumprir horas extras não remuneradas. Um levantamento repassado pela Delegacia Sindical dos Affas no Paraná aponta que na região Oeste do Paraná são 1.012 caminhões carregados com mercadorias aguardando inspeção no Porto Seco Multlog, de Foz do Iguaçu. Na fronteira, em Cidade do Leste, no lado paraguaio, são 385 veículos na fila da fiscalização no Porto Campestre e 675 no Porto Algesa. Um total de 2.072 caminhões retidos. Muitos deles são caminhões frigoríficos que transportam produtos perecíveis, sendo a maioria de origem animal, segundo informações da Delegacia Sindical do Paraná. Em frigoríficos de 19 municípios do estado, a mobilização dos auditores fiscais federais agropecuários já têm reflexos perceptíveis. No Norte do Estado, Santo Inácio (19), Jacarezinho (8) e Jaguapitã (30) somam 57 cargas de carne de aves aguardando parecer. Na região Oeste, Cascavel (35), Toledo (90), Itaipulândia (13), Assis Chateaubriand (6), Cafelândia (50), Ubiratã (90), Palotina (50) e Matelândia (20) somam 354 carregamentos de carne de aves e de suínos. As cidades do Noroeste acumulam no total 68 cargas, 58 de carne de aves e 10 de bovinos, em Maringá (29), Cianorte (16), Umuarama (13) e Cruzeiro do Oeste (10). Em Campo Mourão, na área Centro-Oeste, 30 cargas estão na fila da inspeção sanitária; em Carambeí, nos Campos Gerais, 24; e em Dois Vizinhos, no Sudoeste, 57. Todas as três de carne de aves, assim como na Lapa (41), na região metropolitana de Curitiba. De acordo com informações do sindicato, a “Operação Reestruturação” está atrasando a liberação de mercadorias no estado. Normalmente, o trabalho de inspeção dura de um a dois dias. Agora, está levando até cinco dias para ser concluída. Já no Porto de Paranaguá, são 120 processos aguardando parecer fiscal na área animal e 201, na área vegetal.

Folha de Londrina

 

IAT emite licenças de ampliação de frigorífico em Umuarama e construção de usina em Toledo

Licenças de Instalação (LI) permitirão a ampliação do frigorífico da Plusval, em Umuarama, e o início da construção de uma nova usina de biogás em Toledo. Investimento total é estimado em R$ 130 milhões

 

O Instituto Água e Terra (IAT) finalizou dois processos de licenciamento ambiental que vão resultar em um investimento estimado de R$ 130 milhões no Paraná. As Licenças de Instalação (LI) permitirão a ampliação do frigorífico da Plusval, em Umuarama, na região Noroeste, dobrando a capacidade de produção de carne de aves da planta industrial, e o início da construção de uma nova usina de biogás em Toledo, no Oeste. Os documentos foram entregues na terça-feira (06) por diretores do IAT durante a edição 2024 do Show Rural, em Cascavel, no Oeste do Estado. Um dos licenciamentos garante o início das obras de ampliação do frigorífico da Plusval Agroavícola, em Umuarama. A expansão vai dobrar a atual capacidade de abate da planta industrial, chegando a 200 mil aves/dia, com investimento estimado em R$ 50 milhões. O planejamento prevê a contratação de até mil novos colaboradores e a abertura de um terceiro turno de produção – o quadro atual conta com 500 funcionários. “A produção após essa obra será 24 horas por dia, com o triplo do número de funcionários. Fizemos toda uma análise ambiental muito rigorosa, que permitiu a emissão desta licença”, disse o chefe do escritório regional do IAT em Umuarama, Luis Carlos Borges Cardoso. A empresa, que nasceu em 2020 de uma associação entre a Frangos Pluma e a cooperativa C. Vale e ocupa o antigo abatedouro da Averama, modernizado e ampliado, é dona da marca Levo e um dos cinco frigoríficos do Estado que pode ser habilitado a comercializar frango para a China. O Paraná lidera a produção de frango no Brasil com mais de 1 bilhão de unidades abatidas por ano, com exportações que alcançaram US$ 3,6 bilhões nessa cadeia em 2023. Toledo vai ganhar a primeira usina de saneamento rural para produção de bioenergia nos próximos anos. A capacidade de geração de energia limpa é de 1,5 megawatts (MW)/hora e 750 m³/hora de biogás para produção de biometano e gás carbônico (CO2), com investimento é estimado em R$ 80 milhões. A Licença de Instalação (LI) para a construção da unidade administrada pela Cooperativa de Geração de Energias Sustentáveis e Saneamento Rural (Ambicoop) também foi entregue durante o Show Rural. O documento emitido pelo IAT é uma das condicionantes do licenciamento ambiental que possibilita a operação da usina. A planta industrial será instalada em uma área de 45,8 mil m² na Comunidade do Rocio e terá condições de processar 991,93 m³ ao dia de substratos, sendo 869,927 m³/dia de resíduos da atividade agropecuária e 122 m³/dia de resíduos da atividade agroindustrial. A partir desta decomposição, o biogás gerado passará por um processo de purificação para ser transformado em biometano para uso na geração de energia e como biofertilizante na adubação de áreas de cultivo agrícolas, de pastagens ou florestais. Além de produzir energia limpa e sustentável, a iniciativa busca contribuir decisivamente para a redução significativa dos volumes e quantidades de resíduos que são dispostos diariamente no ambiente sem o devido tratamento, diminuindo assim os riscos de contaminação do solo, da poluição das águas e do ar. “É um empreendimento inovador, com tecnologia alemã, que vai permitir o tratamento adequado dos resíduos gerados nas propriedades de muitos produtores do Oeste. Isso vai melhorar também a qualidade ambiental de toda a região” destacou o diretor de Licenciamento e Outorga do IAT, José Volnei Bisognin. Dados da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) indicam que a produção nacional de biometano está em aproximadamente 400 mil metros cúbicos/dia e deve chegar a 30 milhões de metros cúbicos/dia até 2030. No Paraná, cerca de 70% do território é propício para o desenvolvimento da produção de biogás e biometano. Isso significa uma produção potencial de mais de 2 milhões de metros cúbicos/dia. Outro levantamento mais recente do Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás), por sua vez, mostra que o Paraná é o segundo estado com mais usinas desse tipo no País. Fechou 2022 com 198 plantas de biogás, atrás apenas de Minas Gerais, com 274. De todas essas unidades paranaenses, 136 são de origem agropecuária.

Agência Estadual de Notícias


ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem dia de cotações travadas e termina perto da estabilidade no Brasil

O dólar oscilou em margens bastante estreitas no Brasil na quarta-feira e fechou muito próximo da estabilidade, com as cotações acompanhando o noticiário externo -- onde a moeda norte-americana apresentava sinais mistos -- e com os investidores à espera de novidades para, de fato, alterar posições

 

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9681 reais na venda, em leve alta de 0,10%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 0,60%. Na B3, às 17:31 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,06%, a 4,9765 reais. Ao longo do dia autoridades do Federal Reserve se pronunciaram sobre a política monetária norte-americana, o que de certo modo reforçou a visão de que os EUA tendem a reduzir juros mais à frente -- e não em março, como foi anteriormente precificado. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, previu 2 ou 3 cortes de juros este ano, citando a possibilidade de uma redução lenta dos juros se o mercado de trabalho seguir aquecido. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, defendeu que “no momento a política monetária permanece bem-posicionada”, enquanto a diretora do Fed Adriana Kugler disse é preciso ter mais certeza sobre a inflação antes de reduzir a taxa básica de juros. As falas deram suporte aos rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, algum fôlego ao dólar ante as demais divisas, em especial durante a tarde. No Brasil, após registrar a cotação mínima de 4,9529 reais (-0,20%) às 11h47, o dólar à vista marcou a máxima de 4,9751 reais (+0,24%) às 15h10. “De manhã (houve) talvez um viés de baixa (para o dólar), um movimento que favoreceu em geral as moedas emergentes e ligadas a commodities, mas depois, seguindo em linha com um ajuste para cima dos (rendimentos dos) Treasuries, o dólar voltou para próximo do zero a zero”, resumiu o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. “Sem dúvida, eu diria que é a menor volatilidade e amplitude de variação (do dólar) nas últimas semanas”, acrescentou.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com tombo de Bradesco após frustração com balanço e projeções

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, pressionado pelo tombo de Bradesco, que perdeu mais de 23 bilhões de reais em valor de mercado após balanço trimestral e previsões para 2024 desapontarem

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,36%, a 129.949,9 pontos. O volume financeiro somou 27,95 bilhões de reais. Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, a queda do Ibovespa refletiu fundamentalmente o declínio das ações do Bradesco, após um resultado "bem ruim" e a perspectiva de que o banco ainda não mostrará resultado "muito animadores" por algum tempo, talvez apenas depois de 2024. "Foi uma reação bastante forte", afirmou, ponderando que, se o movimento dos papéis do Bradesco fosse excluído do cálculo, o Ibovespa estaria subindo "com folga", uma vez que o mercado de títulos nos Estados Unidos, que tem direcionado a bolsa brasileira, deu uma acalmada. Nos EUA, o Treasury de 10 anos marcava 4,1172%, de 4,092% na véspera, após leilão realizado pelo Tesouro para vender esses títulos. Na segunda-feira, esse percentual estava em 4,1640%.

Moran ressaltou, contudo, que o mercado acionário brasileiro deve continuar mostrando volatilidade, uma vez que o Federal Reserve afastou a chance de um corte de juros em março, enquanto deixou os próximos movimentos dependentes de mais dados, mantendo a incógnita sobre o começo da redução dos juros. "A cada novo dado que sair, o mercado vai encontrar pelo em ovo, para um lado ou para o outro. E daí, ele vai ficar superanimado ou não, vai ficar super desanimado", disse Moran. Com a pressão de Bradesco, o Ibovespa descolou de Wall Street, onde o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,82%.

Reuters

 

Balança comercial brasileira tem superávit de US$6,527 bi em janeiro, diz MDIC. recorde para janeiro

A balança comercial brasileira acumulou superávit de 6,527 bilhões de dólares em janeiro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados na quarta-feira

 

O desempenho foi resultado de exportações de 27,016 bilhões de dólares, contra importações de 20,490 bilhões de dólares. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 7,350 bilhões de dólares para janeiro. A Secex, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), estima para 2024 um superávit comercial de 94,4 bilhões de dólares, o que representaria um recuo de 4,5% em relação ao verificado no ano passado. A projeção é de que as exportações brasileiras este ano atinjam 348,2 bilhões de dólares, um valor 2,5% superior ao visto em 2023, enquanto as importações devem somar 253,8 bilhões de dólares, 5,4% acima do visto no ano passado. As projeções foram atualizadas em janeiro.

Reuters


Vendas no varejo do Brasil fecham 2023 com ganhos

As vendas varejistas no Brasil tiveram em dezembro a maior queda em um ano, mas ainda assim fecharam 2023 em aceleração e com o maior aumento em quatro anos

 

Em dezembro as vendas tiveram queda de 1,3% na comparação com o mês anterior, marcando o recuo mais acentuado desde dezembro de 2022 (-1,9%). A leitura divulgada na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas apresentaram alta de 1,3%, contra expectativa de avanço de 2,9%. Com isso, o setor fechou 2023 com aumento acumulado no volume de vendas de 1,7%, uma melhora em relação à taxa de 1,0% de 2022 e a mais alta desde 2019 (+1,8%). Foi o sétimo ano seguido de aumento nas vendas varejistas, incluindo o período da pandemia. "O que dá para dizer com um crescimento desse tamanho em 2023 é que parte da melhora conjuntural (da economia) não se transformou em demanda, parte foi usada para reduzir dívidas acumuladas anteriormente", explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa. O varejo brasileiro passou o ano passado sem conseguir apresentar grande ímpeto, rondando a estabilidade na maioria dos meses. De um lado o mercado de trabalho aquecido e a inflação em baixa favoreceram as vendas, mas de outro pesaram os juros elevados, que restringe o crédito. Entre as oito atividades pesquisadas, seis apresentaram desempenho negativo em dezembro na comparação com o mês anterior, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%). Segundo Santos, esse desempenho se dá por conta da Black Friday, em novembro. "Ao longo dos últimos anos, o comércio tem se mostrado cada vez menos apoiado nas vendas de fim de ano. A Black Friday tem tomado espaço das vendas natalinas", disse. Os dois grupos que tiveram taxa positiva no mês foram Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve queda de 1,1% nas vendas em dezembro, mas fechou 2023 com alta acumulada de 2,4%. No ano como um todo, sete das onze atividades pesquisadas no âmbito do varejo ampliado fecharam o ano no campo positivo. Os maiores resultados foram registrados por Veículos e motos, partes e peças (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,7%), Combustíveis e lubrificantes (3,9%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%). "O crescimento em Veículos e motos, partes e peças representa uma retomada do setor, que passou um tempo com poucas receitas, principalmente depois da pandemia. O setor observou uma queda muito grande e uma recuperação muito lenta após vários fechamentos nos anos anteriores", disse o gerente da pesquisa, lembrando que houve ainda programa de incentivo do governo para o setor.

Reuters

 

Poupança inicia 2024 com maior volume de saques em um ano, mostra BC

A caderneta de poupança iniciou 2024 com saques líquidos de 20,149 bilhões de reais em janeiro, o maior volume em um ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central na quarta-feira

 

Em janeiro de 2023 houve resgates de 33,631 bilhões de reais, em um ano marcado por ingressos líquidos em apenas dois meses. Os recorrentes saques na poupança acontecem em um cenário de juros ainda elevados, que reduzem a competitividade da poupança. Embora o Banco Central tenha dado início a um ciclo de cortes que já reduziu a Selic cinco vezes em 0,5 ponto percentual, para o patamar atual de 11,25%, a taxa segue em patamar muito favorável a outros investimentos no mercado de renda fixa. Em janeiro, houve resgates de 16,273 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural registrou saídas de 3,876 bilhões de reais.

Reuters

 

Dívida pública bruta do Brasil sobe a 74,3% do PIB em dezembro, mostra BC

A dívida bruta do Brasil encerrou 2023 com alta em dezembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário maior do que o esperado, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central

 

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 74,3%, contra 73,8% no mês anterior e 71,7% no último mês de 2022. A alta na base anual deveu-se, segundo ao BC, à incorporação de juros nominais (+7,5 ponto percentual), emissões líquidas (+0,6 p.p.), efeito da valorização cambial acumulada no ano (-0,3 p.p.) e crescimento do PIB nominal (-5,2 p.p.). Já a dívida líquida foi a 60,8%, de 59,5% em novembro e 56,1% em dezembro de 2022. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 75,0% para a dívida bruta e de 60,0% para a líquida. Em dezembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 129,573 bilhões de reais, contra saldo negativo de 11,813 bilhões de reais em dezembro de 2022. O BC ressaltou para esse resultado o impacto do pagamento de precatórios, de 92,4 bilhões de reais. O déficit no último mês do ano foi maior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 124,35 bilhões de reais. Assim, o setor público consolidado registrou em 2023 déficit primário de 249,124 bilhões de reais (2,29% do PIB), ante superávit de 125,994 bilhões de reais (1,25% do PIB) em 2022, de acordo com o BC. O desempenho do último mês do ano mostra que o governo central teve saldo negativo de 127,574 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de 2,940 bilhões de reais e as estatais tiveram superávit de 942 milhões de reais, segundo os dados do Banco Central.

Reuters

 

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