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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 329 DE 09 DE MARÇO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 329 |09 de março de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Oferta enxuta e escalas de abate encurtadas dão suporte aos preços da arroba

Mapa informou que não há mais pendência frente aos chineses e que, por isso, espera que a retomada dos embarques de carne ao país asiático seja permitida o mais rápido possível


As indústrias frigoríficas e os pecuaristas aguardam o possível retorno, no curto prazo, das exportações de carne bovina à China. O mercado do boi gordo permaneceu em compasso de espera, resultando em estabilidade nos preços da arroba nas principais praças brasileiras. Segundo apurou a Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo “comum” continua valendo R$ 277/@, enquanto a vaca gorda e a novilha gordas seguem cotadas em R$ 260/@ e R$ 270/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Para o “boi-China”, ainda não há ofertas de compra, acrescenta a Scot. Na madrugada da quarta-feira, membros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e as autoridades alfandegárias da China discutiram sobre o fim do embargo envolvendo o comércio de carne bovina brasileira ao país asiático, paralisado desde a confirmação de um caso atípico de “vaca louca” no Pará, em 22 de fevereiro. Após o encontro, o Mapa informou que não há mais pendência frente aos chineses e que, por isso, espera que a retomada dos embarques seja permitida o mais rápido possível. De acordo com informações da S&P Global, a disponibilidade de animais para abate nas regiões monitoradas pela consultoria se apresenta enxuta, sobretudo para animais com padrões para comercialização no mercado externo. “Nessas regiões, há grande dificuldade em originar bovinos padrão-exportação (abatidos mais jovens, abaixo dos 30 meses de idade), levando algumas unidades frigoríficas a paralisar temporariamente abates”, relata a S&P Global, acrescentando que muitas unidades operam com escalas de abate bastante curtas. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 258/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 216/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 231/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 219/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal:

boi a R$ 221/@ (à vista) vaca a R$ 201/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 221/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).

PORTAL DBO


Exportações brasileiras de carne bovina recuaram 16% em fevereiro

Caso de "vaca louca" no Pará afetou apenas parcialmente os embarques no último mês, segundo a Abrafrigo


O Brasil exportou 152,2 mil toneladas de carne bovina (produtos in natura e processados) no mês passado, o que representou uma queda de 16% na comparação com fevereiro de 2022, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que elaborou o relatório com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A receita com as vendas ao mercado externo diminuiu 29% na mesma base de comparação, para US$ 695,2 milhões. De acordo com a entidade, a queda refletiu apenas parcialmente a suspensão das exportações para a China, que aparecerão com mais clareza neste mês de março. As vendas de carne bovina brasileira ao mercado chinês estão suspensas desde o dia 23 de fevereiro, após o registro de um caso atípico do “mal da vaca louca” em um animal no Pará. No primeiro bimestre, o volume total dos embarques caiu 1%, para 336,1 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior, por sua vez, diminuiu 13%, para US$ 1,546 bilhão. A China continua a ser o maior importador da carne bovina brasileira. No acumulado do ano até fevereiro, as receitas com as vendas aos chineses recuaram 4,2% em comparação com o mesmo período de 2022, para US$ 840 milhões. O volume dos embarques, por outro lado, cresceu 22,6%, para 172,7 mil toneladas. Segundo a Abrafrigo, o preço médio da carne vendida aos chineses foi de US$ 4.869 por tonelada no primeiro bimestre, ou 21,8% a menos do que os valores do mesmo período de 2022. China segue como o principal destino da proteína brasileira. Os Estados Unidos foram o segundo maior comprador da proteína brasileira no primeiro bimestre, com importações de 35,6 mil toneladas (volume 18% menor que o do mesmo intervalo do ano passado), que movimentaram US$ 171,6 milhões (-25,6%). O volume das importações do Chile, o terceiro maior comprador, aumentou 1,6%, para 11,6 mil toneladas. A receita dos embarques caiu 2,3% para US$ 53,9 milhões. Ao todo, 61 países aumentaram suas importações da proteína brasileira no primeiro bimestre, segundo a Abrafrigo, e 73 reduziram o volume de compras. Mais do Valor Econômico São Carlos reduz prejuízo em 30% no 4º tri, para R$ 3,1 milhões No acumulado de 2022, o prejuízo líquido chegou a R$ 72,6 milhões,

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Suínos: preço do vivo caiu nas principais praças produtoras

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 138,00/R$ 143,00, e assim como a carcaça especial, custando R$ 10,40/kg/R$ 10,90/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (7), houve recuo de 2,58% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,94/kg, baixa de 2,49% no Paraná, atingindo R$ 7,05/kg, leve queda de 0,14% no Rio Grande do Sul, descendo para R$ 7,04/kg, retração de 3,37% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,89/kg, e de 0,65% em São Paulo, fechando em R$ 7,59/kg.

Cepea/Esalq


Vendas internacionais de carne suína do Brasil aumentam 14,9% neste ano, destaca ABPA

Saldo em dólares das exportações cresceu 28,9% no primeiro bimestre


Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 78,6 mil toneladas em fevereiro, volume 10% superior ao registrado no segundo mês de 2022, com 71,5 mil toneladas. Em receita, a alta comparativa chegou a 25,4%, com US$ 184,9 milhões em fevereiro de 2023, contra US$ 147,4 milhões no segundo mês do ano passado. Já no primeiro bimestre, as vendas de carne suína acumularam elevação de 14,9%, com 167,9 mil toneladas neste ano, contra 146,1 mil toneladas em 2022. Com isto, a receita em dólares obtida chegou a US$ 397,3 milhões, número 28,9% maior que o efetivado no mesmo período de 2022, com US$ 308,3 milhões. "Os números do primeiro bimestre estão em linha com as projeções da ABPA, que indicam possível incremento de mais de 10% nas exportações ao longo de 2023, que devem ser reforçadas pelas recentes aberturas de mercados. É o caso, por exemplo, das primeiras vendas para o mercado mexicano, que foram fechadas em fevereiro e logo chegarão ao país norte americano”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. Maior importadora da carne suína brasileira, a China foi destino de 73,1 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano, superando em 37,8% os embarques registrados no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Honk Kong, com 14,9 mil toneladas (+4,9%), e Chile, com 13,5 mil toneladas (+93,6%). “Desde o segundo semestre do ano passado, as vendas de carne suína para a China retomaram um ritmo próximo ao verificado em 2021. A demanda asiática somada ao bom desempenho das exportações para parceiros das Américas, como o Chile, sinaliza para um cenário positivo no cenário externo e nas exportações do setor ao longo deste primeiro semestre”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA


Filipinas confirma surto de peste suína africana em Cebu

O Departamento de Agricultura das Filipinas confirmou na quarta-feira (8) um surto de peste suína africana na província central de Cebu e enviou equipes de resposta para detectar a extensão da infecção.


O Bureau of Animal Industry do departamento disse que 58 das 149 amostras de sangue da cidade de Carcar, em Cebu, deram positivo para a doença, que não é prejudicial aos humanos, mas é altamente contagiosa entre os porcos. O surto mais recente aumenta a lista de casos ativos de peste suína africana em 12 das mais de 80 províncias do país do Sudeste Asiático, com base nos dados mais recentes do departamento de agricultura. “Todos os criadores de suínos e partes interessadas são incentivados a relatar qualquer mortalidade e doença incomum de porcos aos seus respectivos escritórios agrícolas/veterinários”, disse o departamento em um comunicado. A peste suína africana foi detectada pela primeira vez nas Filipinas em 2019, levando ao abate de milhares de porcos desde então e reduzindo significativamente a população suína doméstica. A redução da oferta doméstica de carne suína levou as Filipinas a aumentar a importação de carne à medida que os preços locais disparavam, aumentando a pressão sobre a inflação.

REUTERS


FRANGOS


Mercado do frango em estabilidade na quarta-feira (8)

O bom ritmo das exportações enxugou a disponibilidade de carne no mercado doméstico, reforçando o movimento de recuperação dos preços, segundo o Cepea


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,76%, custando R$ 6,65/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,92/kg, assim como em Santa Catarina, valendo R$ 4,79/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (7), a ave congelada teve ligeira alta de 0,14%, chegando a R$ 7,14/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,14%, fechando em R$ 7,26/kg.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


Marfrig tem 8 fábricas habilitadas para exportar carne bovina ao México

A Marfrig comunicou na quarta-feira que teve oito fábricas habilitadas para exportar carne bovina ao México, após o país anunciar no começo da semana requisitos sanitários que abriram as portas para a importação do produto do Brasil

As unidades da Marfrig habilitadas estão localizadas em Pampeano (RS), Promissão (SP), Bataguassu (MS), Bagé (RS), São Gabriel (RS), Alegrete (RS), Mineiros (GO) e Chupinguaia (RO). A companhia não divulgou a capacidade das plantas. Ao todo, 34 plantas frigoríficas brasileiras foram aprovadas para enviar a proteína aos mexicanos, de acordo com o Ministério da Agricultura do Brasil. Na véspera, a Minerva divulgou que recebeu a habilitação do México para que seis plantas da empresa possam exportar carne bovina ao país, com uma capacidade total de abate de aproximadamente 7 mil cabeças por dia.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Obras na BR-277 podem prejudicar escoamento da safra recorde de grãos ao Porto de Paranaguá

Fluxo deve dobrar na estrada, chegando a 54 mil caminhões por mês; porto pode perder volume de carga para terminais de Rio Grande (RS). Manutenção que só iniciou em dezembro de 2022 e tem previsão de seguir até o fim de março, tem causado longas filas e lentidão


Nos últimos meses, descer a Serra do Mar levando carga até o Porto de Paranaguá, no Paraná, se tornou um desafio para motoristas de caminhão. Obras de manutenção na BR-277, que começaram em dezembro de 2022 e têm previsão de seguir até o fim de março, têm causado longas filas e lentidão. A viagem, antes feita em duas horas, agora pode demorar oito horas ou mais. A situação pode prejudicar o escoamento da safra recorde de grãos. Os impactos da manutenção no corredor logístico, que incluem fechamento de pistas, preocupam entidades dos setores produtivo, de agronegócio, de transportes e de exportação. Além das condições da rodovia, o cenário atual inclui o escoamento de uma safra cheia no Paraná - cerca de 21 milhões de toneladas de soja e mais de 19 milhões de toneladas de milho (1ª e 2ª safras) -, somado à capacidade ampliada no porto e prazos contratuais de envio das cargas destinadas à exportação. Nos quilômetros 41 e 42, as obras visam à contenção da encosta, após os deslizamentos de pedras sobre a estrada, em outubro do ano passado, devido às fortes chuvas que atingiram a região. “O agronegócio do Estado poderá ser prejudicado diretamente pela demora e atraso na manutenção das rodovias afetadas com os desabamentos”, considera o economista Salatiel Turra, analista de desenvolvimento técnico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Para a entidade, há alguns pontos de atenção nesse período de escoamento da safra de grãos - que vai de março a maio -, somado ao transporte de proteína animal. A exemplo do maior fluxo de caminhões e do custo adicional gerado pela lentidão no trajeto para toda a cadeia produtiva, envolvendo os gastos com estadia dos veículos e demurrage no porto (taxa cobrada pelo tempo que o contêiner fica no terminal além do que foi contratado), entre outros. Além disso, desde fevereiro o Porto de Paranaguá começou a operar com três berços para escoar os produtos agrícolas, o que implica uma necessidade maior de grãos disponíveis para embarque. Entre os problemas listados pela entidade com esse cenário estão terminais sobrecarregados, grandes filas de caminhões, fila de navios aguardando para atracar e perda de carga para outros portos. “Será um prejuízo financeiro para o Estado”, avalia Turra. Levando-se em consideração o aumento da capacidade do porto, a Ocepar desenvolveu um cálculo presumido, chegando à conclusão de que aproximadamente 54 mil caminhões transitem por mês até o terminal, transportando grãos. Além do que, para não desabastecer o porto, é necessário que se mantenha em média 2.100 caminhões por dia, abastecidos com 36 mil toneladas de grãos. Por se tratar de uma previsão, a título de exemplificar a situação, os números podem ou não se consolidar. A Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp), que atua no Porto de Paranaguá, adverte ainda que a complexa logística pode afetar as operações no terminal, considerado um dos maiores graneleiros da América Latina. “O Porto de Paranaguá vai movimentar muito bem durante esses meses, mas levando-se em consideração que será uma safra recorde e que vai ter muito volume para exportação, o porto pode, sim, perder carga para outros portos em razão desse problema na BR-277”, ressalta Andre Maragliano, diretor da Atexp. Até pela demurrage que, segundo o dirigente, gira em torno de US$ 35 mil a 40 mil por dia para cada navio parado no porto. Assim como as taxas de estadia de caminhões ou vagões de trem, também usados para o transporte de grãos até o porto. Nos cálculos da Atexp, a descida da serra pelos caminhões pode até passar de 12 horas. Por isso, se a fila ficar muito grande e houver soja disponível em algumas regiões do Paraná, uma das alternativas é enviar a produção para o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. “Lá tem capacidade e não tem fila nesse momento. É muito mais caro mandar a carga do Paraná para o Porto de Rio Grande, mas o custo na outra ponta, que é a demurrage, acaba compensando”, salienta Maragiliano. Em janeiro, quando o Porto de Paranaguá bateu recorde de movimentação em relação ao mesmo mês do ano anterior, já houve empresas que, por falta de previsibilidade, desviaram a carga para navios de outros portos, como o Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Atualmente, a fila no Porto de Paranaguá passa de 42 dias, segundo a Atexp. Isso resulta no que se define pelo termo “plugado”. “Significa que todo mundo está cheio, sem capacidade”, afirma Maragliano. Ele acrescenta que, no interior do Estado, não há capacidade de armazenamento, a produção é enviada para o porto, que começa a receber a carga, mas fica ‘plugado’, porque tem fila de navios. Assim, o porto receberá muita carga e os terminais só irão liberar espaço à medida que a carga for embarcando e o navio puder desatracar. A demora para a conclusão das obras da BR-277, com o fechamento de trechos e pistas da rodovia, preocupa também o setor produtivo. João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), espera que a situação esteja normalizada ainda em meados de março. “Teremos uma superssafra no estado. A situação precisa ser resolvida, porque o afunilamento na rodovia tem causado filas diárias de 4 km a 10 km de extensão, o que gera horas a mais de viagem. Isso prejudica a agricultura, o cooperativismo, a indústria e a exportação”, afirmou, em entrevista à Globo Rural. Mohr concorda que a obra é complicada e demorada, para garantir mais segurança aos usuários da rodovia. “No momento, há dificuldade de encontrar quem queira ir com o caminhão até Paranaguá”, frisa. O setor privado, incluindo a Fiep e a Atexp, chegou a se manifestar para injetar recursos financeiros, a fim de acelerar a obra, o que não foi aceito pelo órgão federal. A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), que representa 20 mil companhias, estima prejuízos diários na ordem de R$ 7,2 milhões somente em combustível. “É um problema que já dura mais de 125 dias. Vemos falta de competência na realização das obras de manutenção e recuperação desta que é a única estrada para o Porto de Paranaguá”, lamenta o coronel Sérgio Malucelli, presidente do Sistema Fetranspar. As empresas relatam aumento de 17% no consumo do diesel nesses mais de quatro meses, devido à lentidão nas estradas. No fim da noite desta terça-feira (07/03), a Polícia Rodoviária Federal interditou um novo trecho na BR-277, a partir da antiga praça de pedágio em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no km 60. A medida foi anunciada depois de parte da pista afundar na altura do km 33, em Morretes, no sentido litoral, afetando assim a descida para o Porto de Paranaguá. Caminhoneiros com veículos menores podem optar por desvio pela BR-376, atravessando a baía de Guaratuba pelo ferry boat. Caminhões maiores aguardam para seguir viagem. Segundo o G1, o Dnit afirmou, em nota, que o problema foi em decorrência das chuvas. Não há previsão para liberação dos veículos.

GLOBO RURAL


Paraná avança 9% em exportações no 1º bimestre de 2023

O Paraná vendeu um total de US$ 3.024.900.433 em produtos para o exterior nos dois primeiros meses de 2023, avanço de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 2.774.587.427. O levantamento é o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) a partir de dados do governo federal


Dos cinco produtos mais exportados pelo Paraná nos dois meses, quatro tiveram aumento nas negociações. Líder nas exportações paranaenses, a carne de frango in natura teve incremento de 21,1% no bimestre, subindo de US$ 478.009.022 ano passado para US$ 578.740.823 no período em 2023. Sozinha, a proteína de frango representou 19,1% de todo o volume exportado pelo estado em janeiro e fevereiro. O farelo de soja segue como o segundo principal produto enviado ao exterior, com aumento de 49% nas vendas. A commodity passou de US$ 174.753.576 movimentados no primeiro bimestre do ano passado para US$ 260.396.297 em 2023. As vendas de cereais e óleo de soja bruto, por sua vez, não só ocuparam a terceira e quarta colocação entre os produtos mais exportados, como tiveram o maior incremento. Com US$ 253.998.362 vendidos em janeiro e fevereiro de 2023, a exportação de cereais aumentou 225,6% em relação aos US$ 78.006.243 nos dois meses de 2022. Já a venda de óleo de soja bruto para fora teve variação ainda maior: 244,5%, passando de US$ 40.494.482 para US$ 139.489.835. Entre os produtos industrializados, quatro tiveram aumentos expressivos nas exportações: automóveis, máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, veículos de carga e autopeças. Segundo maior polo automotivo do Brasil, o Paraná exportou US$ 110.167.868 em veículos em janeiro e fevereiro, aumento de 79,5% em relação aos US$ 61.389.936 do mesmo período do ano passado. As máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração tiveram a melhor evolução nas exportações entre os produtos manufaturados nesse começo de ano. Em janeiro e fevereiro foram US$ 58.861.158 exportados, contra US$ 26.948.956 do período de 2022 – um aumento de 118,4%. Já as exportações de veículos de cargas e de autopeças aumentaram 38,4% e 33,1%, respectivamente. A venda de veículos de cargas subiu de US$ 41.546.438 no primeiro bimestre de 2022 para US$ 57.489.248 em 2023. No caso das autopeças, as exportações passaram de US$ 32.616.280 para US$ 43.399.519 nesses dois meses de 2023. O Paraná exportou para 190 países em janeiro e fevereiro. O top 10 de maiores compradores do Estado no bimestre é composto por China, Estados Unidos, Argentina, Japão, México, Chile, Holanda, Colômbia, Índia e Paraguai. A China segue isolada como maior importador do Paraná. O gigante asiático comprou US$ 311.690.368 em janeiro e fevereiro. Na segunda posição, os Estados Unidos compraram US$ 217.746.742 no período. Fechando o pódio dos três maiores compradores de produtos paranaenses vem a Argentina, com um volume negociado muito semelhante ao dos EUA: US$ 217.558.492.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


O câmbio brasileiro passou por uma sessão de ajustes técnicos na quarta-feira, com participantes do mercado reduzindo posições defensivas e estrangeiros elevando aportes nos mercados de ações e juros futuros, o que fez o dólar recuar ante o real.


O recuo da moeda norte-americana no exterior, na maior parte do dia, também contribuiu para a baixa do dólar ante o real, em sessão sem maiores impactos do segundo depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao Congresso dos Estados Unidos. Operadores afirmaram, no entanto, que o movimento de ajuste foi mais intenso no Brasil, como é de costume. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1391 reais, em baixa de 1,05%. Foi o maior recuo percentual numa única sessão desde 25 de janeiro, quando a moeda havia caído 1,21%. Na B3, às 17:43 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,08%, a 5,1635 reais. O dólar recuou ante o real desde o início da sessão, com investidores a espera do novo depoimento de Powell ao Congresso, marcado para as 12h (horário de Brasília). Na véspera, as sinalizações de Powell de que o Fed pode acelerar a alta de juros pesou sobre os negócios e fez o dólar subir ante o real. Na quarta-feira, porém, a fala de Powell trouxe poucas novidades, o que abriu espaço para o mercado ajustar os preços dos ativos após os movimentos mais recentes. No Brasil, isso se traduziu em forte alta da bolsa de valores e em queda firme do dólar ante o real. “A bolsa está com movimento de correção, depois de uma sequência de quedas. Além disso, os descontos dos preços dos ativos brasileiros estão cada vez maiores, o que traz fluxo de investimentos, com fundos aplicando na bolsa e em juros futuros”, afirmou Charo Alves, especialista em renda variável da Valor Investimentos. “Também tivemos um movimento de desmonte de posições defensivas no câmbio”, afirmou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. Na prática, alguns participantes do mercado que estavam muito “comprados” em dólar futuro (posicionados na alta da moeda) reduziram um pouco essas posições durante a sessão. Operador ouvido pela Reuters no início da tarde justificou o movimento citando justamente o fluxo de moeda, vindo de estrangeiros, para ativos de maior risco. Pela manhã, o Banco Central vendeu a oferta integral de 16 mil contratos de swap cambial tradicional, para rolagem dos vencimentos de abril.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta de 2% com expectativa sobre regra fiscal

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com a chance de anúncio de um arcabouço fiscal para o país neste mês servindo como argumento para compras, enquanto o noticiário corporativo corroborou o tom, com as ações da Gol disparando após resultado operacional mais forte do que as expectativas


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,22%, a 106.540,32 pontos, perto da máxima do dia, quando chegou a 106.721,24 pontos. O volume financeiro no pregão somou 25,7 bilhões de reais. Na visão de Isabel Lemos, gestora de renda variável da Fator Administração de Recursos, há uma preocupação no Brasil com a questão fiscal e as últimas notícias sugerem que o novo arcabouço pode ser anunciado talvez nas próximas semanas, o que proporciona um "refresco" na bolsa paulista, mesmo que de curto prazo. Ela acrescentou que muitas ações brasileiras estão "baratas" e "atrativas" do ponto de vista de uma série de variáveis, e que perspectivas que corroborem um cenário de queda de juros no Brasil, incluindo uma regra fiscal crível, por exemplo, abrem espaço para movimentos mais positivos. Lemos ponderou, contudo, que o mercado continua bastante sensível, com muitos fundos de ações tendo sofrido com o movimento de alta da Selic dos 2% de agosto de 2020 para o nível atual de 13,75% ao ano, com muitos gestores ainda em posições defensivas, buscando melhora de cenário para mudar a alocação. Além da questão fiscal, a perspectiva de que talvez o Banco Central reduza a Selic tem ganhado força no mercado, tanto pela melhor absorção da ideia de aumento da meta de inflação quanto pelas preocupações sinalizadas por agentes financeiros sobre riscos no mercado de crédito. Nesta semana, em relatório a clientes, a Verde Asset Management afirmou que há sinais de um incipiente "credit crunch" atingindo a economia brasileira, cujo enfrentamento requer boas políticas públicas e não bravatas. "Não por acaso os prêmios de risco dos ativos brasileiros seguem bastante altos", afirmou. A chefe de economia da corretora Rico, Rachel de Sá, também chamou a atenção para declarações do Secretário Extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, em audiência pública no grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que discute o assunto, defendendo a importância e urgência da reforma no país. "A aprovação de uma reforma nos moldes das propostas em discussão no Congresso poderia ser bem avaliada por investidores", afirmou Sá em comentário a clientes.

REUTERS


Fluxo cambial no Brasil totaliza +US$4,988 bi em fevereiro

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 4,988 bilhões de dólares em fevereiro, favorecido pela entrada de moeda tanto pela via financeira quanto pela via comercial, após encerrar janeiro com entradas líquidas de 4,169 bilhões de dólares, informou na quarta-feira o Banco Central


Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas de 1,157 bilhão de dólares em fevereiro. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de fevereiro foi positivo em 3,831 bilhões de dólares. Em março, até o dia 3, o fluxo cambial está positivo em 866 milhões. Já no acumulado do ano até essa data, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 10,024 bilhões de dólares.

REUTERS


Fávaro pede equilização de R$1 bi à Fazenda para liberar R$30 bi em crédito rural

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na quarta-feira que solicitou ao Ministério da Fazenda montante de 1 bilhão de reais para equalização de juros do Plano Safra, que permitirá a liberação de 30 bilhões de reais em crédito adicional aos produtores até o final do ciclo 2022/23


Após um encontro com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília, Fávaro afirmou a jornalistas que "todas as linhas de crédito (rural) estão represadas", devido a um esgotamento de recursos. "O setor está há alguns meses com demandas reprimidas de crédito. Há alguns meses que não tem liberação das linhas de crédito para pré-custeio, investimento, Moderfrota, PCA, Pronamp", disse ele. A solicitação ocorre neste momento, pois as principais feiras agrícolas do país já começaram a acontecer "e é a hora que o agricultor faz negócio", afirmou o Ministro. "O pedido inicial é de uma equalização de 1 bilhão de reais, o que vai levar para o mercado 30 bilhões de reais imediatamente", disse sobre a demanda encaminhada à Haddad. "Isso, entendemos que será suficiente para chegar no próximo Plano Safra, mas mais importante que isso para que os produtores possam tomar a decisão de, nesse momento, comprar seus equipamentos e insumos pensando na nova safra", completou. Caso os 30 bilhões de reais sejam liberados, a expectativa de Fávaro é que 17 bilhões sejam distribuídos para linhas de crédito para investimento e os 13 bilhões restantes a custeio e pré-custeio, com foco principal em pequenos e médios produtores. "O maior volume será no Moderfrota, mas terá também PCA, o Proirriga, o antigo Moderinfra, mas o Moderfrota será, sem dúvida, o maior", disse o Ministro. O Moderfrota é a linha de crédito do Plano Safra voltada para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas; o PCA para a compra e/ou ampliação de armazéns e o Proirriga para investimentos de infraestrutura em irrigação. Segundo Fávaro, o Ministro da Fazenda recebeu a demanda sobre a equalização de 1 bilhão de reais positivamente, e o pedido estaria alinhado com sinalizações do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre apoio ao agronegócio. "Já é um desejo do Presidente Lula que foi transmitido ao Ministro Haddad, então fomos agora só buscar as formalidades", disse ele. "Tenho certeza que muito em breve isso estará disponível para todos os produtores." Dados do Ministério da Agricultura mostram que o desembolso do crédito rural já chegou a 239,4 bilhões de reais no Plano Safra 2022/23, no período de julho/2022 até fevereiro/2023. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de 145,8 bilhões de reais e as contratações das linhas de investimentos totalizaram quase 65 bilhões de reais, com o restante contratado para comercialização e industrialização. Em meio ao esgotamento de recursos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar nas próximas semanas uma linha de crédito em dólar para compra de equipamentos agrícolas, em uma tentativa de ampliar os montantes disponíveis para produtores rurais aumentarem seus investimentos. O modelo, que está sendo negociado entre o Ministério da Agricultura, o BNDES e o Ministério da Fazenda, prevê o repasse de recursos captados em dólar pelo BNDES para uma rede de bancos que trabalham com empréstimos para o setor agrícola. Mas ainda há discussão em torno da taxa a ser aplicada, que poderia ser menor dependendo da atuação do Tesouro.

REUTERS


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