Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 323 |01 de março de 2023
SINDICARNE-PR NA MÍDIA
SINDICARNE-PR: mercado de suínos não deve ser afetado pelos efeitos da “vaca louca”
Os desdobramentos do episódio de “vaca louca” no Pará e a interrupção momentânea das exportações de carne bovina para a China, não têm potencial para desestabilizar o mercado de carne suína, que segue com crescimento de preços e de volume de vendas no mercado doméstico e contando ainda com forte demanda externa, que deverá crescer ainda mais com a perspectiva de compras adicionais da China
A análise é do Sindicarne-PR, para quem não há a possibilidade de que uma queda nas cotações da carne bovina no mercado interno, devido ao episódio, interfira também nos preços das carnes suínas porque esses mercados estão descolados. “Depois de conviver por um longo tempo com preços baixos e queda de consumo, o setor de suínos vive um momento de estabilidade nos preços dos seus principais insumos e se prepara para atender um aumento nas compras dos chineses. No mercado interno, os preços médios da parcial de fevereiro estão superiores aos registrados em janeiro também há crescimento das exportações e de seus preços. É hora de aproveitar bem este momento para recuperar os prejuízos acumulados nos vários meses em que o setor amargou margens negativas”, disse o Sindicarne-PR. Dados do Cepea mostram por exemplo que, na parcial de fevereiro (até o dia 22), produtores conseguiram adquirir 3,7% a mais de farelo de soja do que em janeiro. No caso do milho, na mesma comparação, o produtor consegue comprar 3,8% acima da de janeiro/23, efeito que também vale para a ração dos suínos. Já a China deve comprar mais e o previsto pelo USDA, o Departamento de Agricultura norte-americano, é um crescimento entre 2% e 2,5% nas importações de carne suína em 2023, o que irá beneficiar o Brasil. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura em 13 dias úteis de fevereiro tiveram alta em relação a fevereiro de 2022. A receita por média diária, US$ 9.369, é 29,2% maior do que a de fevereiro de 2022. Em toneladas por média diária, 3.812 toneladas, houve alta de 13,2% no comparativo com o mesmo mês de 2022. No preço pago por tonelada, US$ 2.457, ele é 14,1% superior ao praticado em fevereiro passado.
Publicado em: Valor Econômico/Notícias Agrícolas/Broadcast Agro/Sou Agro/Estadão Conteúdo/Mercado & Consumo/Isto é Dinheiro/Br.investing/O Dia
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Quedas nas cotações da arroba em importantes praças brasileiras
Na terça-feira, 28 de fevereiro, iniciou-se um movimento de baixas significativas nas cotações do boi gordo e da vaca gorda em importantes praças brasileiras, informa a S&P Global
Segundo a consultoria, com o bloqueio dos embarques de carne bovina à China – devido ao registro de um caso atípico de “vaca louca” no Pará –, houve um desequilíbrio no quadro de oferta e demanda de animais anteriormente destinados ao mercado chinês. Diante do fator-China, ressalta a S&P Global, “muitos pecuaristas direcionaram os seus negócios ao mercado doméstico, visando reduzir eventuais perdas mais severas mais para frente”. Com isso, a S&P Global captou quedas nos preços dos animais terminados em quase todas as praças pecuárias monitoradas. A consultoria destaca o tombo da arroba do boi gordo no mercado paulista, que na terça-feira recuou de R$ 291/@ para R$ 276/@. No Mato Grosso, outra importante referência para o mercado pecuário, houve queda generalizada nas principais praças pecuárias do Estado, com retração de R$ 10 na arroba de boi e de R$ 15 na arroba da vaca gorda. Em Tocantins, a baixa também foi expressiva: na praça de Gurupi, por exemplo, apurou um recuo abrupto diário de R$ 17/@ para o boi gordo, que caiu de R$ 234/@ para R$ 217/@. De acordo com os analistas, já há relatos de que muitas indústrias que atuam majoritariamente com vendas direcionados ao mercado chinês decidiram promover férias coletivas em algumas de suas unidades frigoríficas, centralizando as operações em plantas que possuem um volume de abate diário mais modesto. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 216/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 231/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 220/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 240/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: Quedas nas cotações
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve queda de 2,76%/2,67%, cotado em R$ 141,00/R$ 146,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 10,60/kg/R$ 11,00/kg
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (27), houve queda de 0,12% em Minas Gerais, atingindo R$ 8,35/kg, recuo de 0,27% no Paraná, baixando para R$ 7,40/kg, retração de 0,98% no Rio Grande do Sul, precificado em R$ 7,07/kg, desvalorização de 1,08% em Santa Catarina, alcançando R$ 7,35/kg, e de 1,00% em São Paulo, fechando em R$ 7,92/kg.
Cepea/Esalq
Polônia relata surtos de peste suína africana em javalis
A Polônia relatou surtos de peste suína africana (PSA) em cinco javalis na parte norte do país, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) nesta segunda-feira, citando autoridades polonesas
A mortal doença suína está se espalhando na Europa Oriental, com surtos encontrados na República Tcheca, Hungria, Letônia, Moldávia, Macedônia do Norte e Romênia, disse a WOAH em um relatório separado sobre a doença. No total, desde janeiro de 2021, a PSA foi relatada como presente em 41 países, afetando mais de 828.000 porcos e mais de 23.000 javalis com mais de 1 milhão de perdas de animais, disse WOAH.
REUTERS
Alemanha relata outro caso de peste suína africana em porcos de fazenda
Outro caso de peste suína africana (PSA) foi confirmado em porcos de fazenda no leste da Alemanha, disseram autoridades na terça-feira
Foi relatado em uma pequena fazenda com 11 animais no estado oriental de Brandemburgo, disse o ministério da saúde do estado. Todos os 11 animais foram abatidos por precaução, disse. A China e uma série de outros compradores de carne suína proibiram as importações de carne suína alemã em setembro de 2020, depois que o primeiro caso foi confirmado em animais selvagens. Descobertas em fazendas tornarão mais difícil para a Alemanha suspender as proibições de exportação, dizem analistas. A doença não é perigosa para os humanos, mas é fatal para os porcos. Muitos países impõem proibições à carne suína de regiões afetadas pela doença, distorcendo o comércio mundial de alimentos. Acredita-se que o javali vindo da Polônia para a Alemanha tenha espalhado a doença para a Alemanha, especialmente nos estados orientais de Brandemburgo e Saxônia. Cerca de 3.007 casos de PSA em javalis em Brandemburgo já foram confirmados, informou o Ministério da Saúde de Brandemburgo na terça-feira, acrescentando que a fonte do último surto está sendo investigada. O governo alemão tem procurado conter e erradicar a PSA no Leste, em parte reduzindo a população de javalis. Mas o grande número de javalis no país, que se deslocam por grandes distâncias, dificultou a contenção. Em julho de 2022, um caso também foi encontrado em uma fazenda na região oeste da Baixa Saxônia, que produz grande parte da carne suína da Alemanha, embora uma disseminação mais ampla no estado tenha sido contida.
REUTERS
FRANGOS
Frango: preços estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,60/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Não houve alteração de preços em Santa Catarina nem no Paraná, valendo, respectivamente, R$ 4,30/kg e R$ 4,94/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (27), a ave congelada teve leve alta de 0,57%, atingindo R$ 7,07/kg, enquanto o frango congelado cedeu 0,42%, fechando em R$ 7,10/kg.
Cepea/Esalq
Brasil deve exportar 3,44% mais frango em 2023, avalia adido do USDA
Cadeia produtiva deve continuar a se beneficiar de demanda robusta e dos problemas de oferta global causados pelo avanço da gripe aviária
As exportações brasileiras de carne de frango devem somar 4,6 milhões de toneladas em 2023, um aumento de 3,44% ante o volume recorde de 2022, de 4,447 milhões de toneladas, disse em relatório a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília. As projeções do USDA não incluem pés de galinha. Segundo contatos ouvidos pelo USDA, produtores no Brasil devem continuar se beneficiando da demanda global robusta. Além disso, afirmou o escritório, a oferta foi afetada negativamente pela propagação da influenza aviária em várias parte do mundo, pela guerra na Ucrânia e pelo terremoto na Turquia, o nono maior produtor de carne de frango. "Enquanto vários concorrentes do Brasil enfrentam desafios na produção, o Brasil reforçou sua posição como um fornecedor confiável", disse o USDA, acrescentando que o câmbio também deve seguir favorecendo exportadores brasileiros. Quanto à produção, o USDA prevê aumento de 2,50% em 2023, para 14,825 milhões de toneladas. O USDA estima que o consumo doméstico vá crescer 2% em 2023, para 10,23 milhões de toneladas. Segundo o escritório, o consumo deve ser impulsionado, entre outros fatores, por programas de assistência social e pelo aumento do salário mínimo.
Estadão Conteúdo
CARNES
Exportadores associados da ABPA projetam US$ 750 milhões após participação em parceria com a ApexBrasil na Gulfood 2023, em Dubai
ABPA & ApexBrasil levaram 22 agroindústrias para a maior feira mundial para o mercado halal, encerrada na sexta-feira
A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), levou dezenas de agroindústrias do setor para Gulfood 2023, maior feira mundial de alimentos voltada para o mercado halal, realizada entre os dias 20 e 24 de fevereiro, em Dubai (Emirados Árabes Unidos). De acordo com as projeções coletadas junto às empresas, os milhares de contatos realizados durante o evento deverão gerar mais de US$ 750 milhões em negócios nos próximos doze meses. Apenas nos cinco dias de evento, foram mais de US$ 50 milhões em vendas realizadas pelas empresas dos setores de aves, ovos e também de suínos (para compradores não-islâmicos). Para alcançar estes números, a ABPA e a ApexBrasil elevaram em 20% a área destinada para o setor produtivo brasileiro no evento, que contou com uma infraestrutura superior a 450 metros quadrados. O espaço abrigou 22 agroindústrias do setor: Aurora Alimentos, Avenorte, Avivar, Bello Alimentos, BRF, C.Vale, Coasul, Copacol, Dália Alimentos, Granja Faria, GtFoods, Jaguafrangos, Lar Agroindustrial, Naturovos, Netto Alimentos, Pamplona Alimentos, Pif Paf, Somave, SSA, Villa Germania, Vossko e Zanchetta Alimentos. A Seara Alimentos e a Vibra Agroindustrial também estarão no evento, com estandes próprios. Além de estrutura para realização de negócios, o espaço contou com uma ampla área de degustação, com o serviço de omeletes e o tradicional shawarma (prato da cultura árabe) de carne de frango e de carne de pato. O objetivo, de acordo com a ABPA, é reforçar junto aos clientes a qualidade e o sabor diferenciado do produto brasileiro. De acordo com a ABPA, foram servidos 5,1 mil shawarmas e 1,7 mil omeletes durante a Gulfood. O espaço da ABPA no evento também recebeu diversas ações com stakeholders. Em uma delas, houve uma apresentação do quadro técnico-sanitário brasileiro, apresentado pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Brasil, Carlos Goulart, com a participação de stakeholders do mercado islâmico.
ABPA
EMPRESAS
Com forte prejuízo em 2022, BRF estuda vender cerca de R$ 4 bi em ativos
Empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 956 milhões no quarto trimestre do ano passado, contra um lucro de R$ 964 milhões no mesmo intervalo de 2021
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, reportou ontem um prejuízo líquido de R$ 956 milhões no quarto trimestre do ano passado, contra um lucro de R$ 964 milhões no mesmo intervalo de 2021. Sem R$ 356 milhões relacionados ao acordo de leniência firmado no âmbito da operação Carne Fraca, que não tem efeito caixa, segundo a empresa, o resultado seria negativo em pouco mais de R$ 600 milhões. O desempenho desconsidera o impacto do acordo firmado em dezembro por não ser de natureza recorrente, explicou a jornalistas o Diretor Financeiro da companhia, Fabio Mariano. Não entrou na conta também os ganhos obtidos em decorrência da hiperinflação na Turquia, onde a BRF opera com a marca Banvit. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu quase 40%, para R$ 1,03 bilhão. A receita líquida, por sua vez, cresceu 7,6%, para R$ 14,8 bilhões. A alavancagem ficou em 3,75 vezes, contra 3,12 vezes no mesmo momento de 2021. De acordo com a empresa, o resultado reflete principalmente a queda dos preços médios das proteínas no mercado externo durante esse período e a persistente dificuldade para repassar os custos ao consumidor no Brasil. “O que observamos foi uma deterioração no segmento internacional devido ao desequilíbrio de oferta que tem afetado todos os mercados globalmente. Vocês verão que não é algo da companhia, mas do setor. Porém, é algo circunstancial e já vemos sinais de reação dos preços”, disse Mariano. A receita do segmento Brasil da empresa cresceu 7,7% no quarto trimestre, comparando anualmente, para R$ 7,76 bilhões. O Ebitda ajustado caiu 20,8%, para R$ 685 milhões. Externamente, a BRF vendeu R$ 6,2 bilhões, um aumento de 7,3%, mas o Ebitda foi 68,4% menor, de R$ 208 milhões. No mercado asiático, a receita foi 13,5% menor entre outubro e dezembro de 2022 do que no trimestre imediatamente anterior, somando R$ 1,48 bilhões. Segundo a companhia, a média de preços da carne de frango exportada caiu 8,5% e ainda houve uma desaceleração nas vendas ao Japão e à Coreia do Sul, resultado dos altos níveis de estoques locais e da estabilização da oferta na região. O CEO da BRF, Miguel Gularte, afirmou que a reabertura da economia chinesa reduziu os estoques e há sinais de maior demanda para os próximos meses. “Se isso acontece, devemos ter uma melhora por ‘osmose’ em toda a região. E como dominamos nessa geografia, nossa recuperação deve ser mais intensa do que a média do mercado”, disse. No acumulado de 2022, a dona da Sadia reportou um prejuízo de R$ 3,1 bilhões, contra lucro de R$ 517 milhões em 2021. O Ebitda ajustado chegou a R$ 5,56 bilhões (-30%) e a receita, a R$ 53,8 bilhões (+11,3%). Para tentar reverter o resultado negativo, a BRF estuda uma série de desinvestimentos, a começar pelo negócio de ração para animais. Incluindo esse ativo, a empresa também estuda a venda de granjas não-essenciais, negócios florestais e créditos fiscais. No total, o movimento poderia trazer R$ 4 bilhões. “Tomamos a decisão de vender [o negócio de pet food] porque recebemos várias manifestações de interesse. Entendemos que os indicativos de valuation são bastante atrativos e o movimento nos ajudaria a priorizar o nosso core business", disse Mariano.
VALOR ECONÔMICO
Integrada: Cooperativa realiza 27ª Assembleia Geral Ordinária e comemora números recordes
Com um crescimento de 40%, a cooperativa anunciou um faturamento, em 2022, de R$ 8,2 bilhões, antecipando a meta estabelecida para o ciclo 2021-2025, que foi reestimada, agora, para R$ 12 bilhões até 2025. A Integrada também alcançou número recorde no resultado, atingindo R$ 226 milhões, o que representa 50% a mais em relação ao ano anterior
Para validar a prestação de contas com os associados, foi realizada, no dia 24 de fevereiro, a 27ª Assembleia Geral Ordinária, no Recinto Horácio Sabino Coimbra, localizado no Parque de Exposição Ney Braga, em Londrina (PR). Durante a leitura da mensagem do Conselho de Administração, o Diretor Presidente da Integrada, Jorge Hashimoto, exaltou o crescimento da cooperativa, mesmo diante de situações adversas que ocorreram durante 2022, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, a estiagem durante a safra de soja de verão e a incidência da cigarrinha do milho, durante a safrinha. Este ano, os associados da Integrada receberam a devolução de R$ 76 milhões das sobras totais. Parte dela, R$ 23,3 milhões, foi antecipada em dezembro do ano passado. O pagamento complementar será realizado a partir desta terça-feira, dia 28 de fevereiro, movimentando a economia de mais de 50 municípios do Paraná e de São Paulo. A Integrada possui hoje mais de 12 mil cooperados, que atuam em 15 regionais do norte e oeste do Paraná e sudoeste de São Paulo, contribuindo para a produção de alimentos, sempre pautados pelas práticas sustentáveis, conforme a agenda ESG.
Imprensa Integrada
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Agro paranaense quer R$ 403 bilhões em Plano Safra 2023/24
Pedido representa um acréscimo de 18,5% em relação ao ofertado em 2022/23. O pedido ainda mira a redução de juros de forma geral
Entidades do setor agropecuário do Paraná esperam que o Plano Safra 2023/24 tenha R$ 403 bilhões para crédito de custeio, investimento e comercialização e juros menores, em torno de 9% ao ano. A solicitação para o seguro rural é de orçamento de R$ 2,5 bilhões, bem acima do valor atual, de cerca de R$ 1,1 bilhão. As propostas foram encaminhadas na segunda-feira ao Ministério da Agricultura. O pedido representa um acréscimo de R$ 63 bilhões, ou 18,5%, no montante de crédito disponibilizado na temporada atual, de R$ 340,8 bilhões. A proposta sugere a alocação de R$ 292 bilhões em recursos para custeio e comercialização, sendo R$ 37 bilhões para o Pronaf, R$ 45 bilhões para o Pronamp e R$ 210 bilhões para grandes produtores. As entidades também pedem R$ 111 bilhões para as linhas de investimentos. No geral, com custeio, comercialização e investimentos, a divisão ficaria em R$ 67 bilhões para o Pronaf, R$ 54 bilhões para o Pronamp e R$ 282 bilhões para os demais. Na temporada atual os valores estão em R$ 59 bilhões, R$ 43,7 bilhões e R$ 243,5 bilhões. Para o Pronaf, a sugestão é que as taxas fiquem entre 4% e 5% (ante os 5% e 6% atuais), em 7% para o Pronamp (hoje está em 8%) e 10% para os demais produtores (abaixo dos 12% da safra 2022/23). "Na média, o pleito é para que as taxas fiquem em torno de 9%, principalmente nas linhas de investimento", diz o setor produtivo do Paraná. O setor pediu maior volume de recursos para os programas de construção e reforma de armazéns (PCA), de estruturas de irrigação (Proirriga), de inovações tecnológicas (Inovagro) e da agricultura de baixo carbono (ABC+). As entidades ainda querem prazos para reembolso superiores aos demais programas e taxas de juros menores. O documento não detalha qual seria a necessidade orçamentária para a equalização de juros levando em conta o montante pedido e as taxas sugeridas. As entidades paranaenses também indicaram a necessidade de apoio ao setor pecuário. Entre as propostas, estão a elevação dos limites para custeio de R$ 240 mil para R$ 300 mil para as atividades de avicultura, suinocultura e piscicultura, exploradas sob regime de integração, que não sejam classificadas como cooperativa de produção agropecuária. Está na lista de pedidos ainda a alteração do prazo máximo para reembolso dos créditos de custeio, de seis meses para um ano, no financiamento para aquisição de bovinos e bubalinos para engorda em regime de confinamento. O setor pede para que os recursos para o seguro rural mais que dobrem e cheguem a R$ 2,5 bilhões em 2024, bem como reforçam a cobrança para que o orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) seja transferido para o caixa das operações oficiais de crédito gerenciadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, chamado de 2OC, com aplicação obrigatória. Para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), a solicitação é que haja aumento de R$ 335 mil para R$ 500 mil por produtor e por safra. O documento foi elaborado pela Organização das Cooperativas Paranaenses (Ocepar), Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Instituto de Desenvolvimento Rural (IDRPR), Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado (Fetaep-PR).
VALOR ECONÔMICO
Colheita de soja atinge 17% da área no PR, mas atraso deixa plantio de milho 2ª safra em risco
Segundo o Deral, o impacto do atraso na colheita da soja está localizado nas regiões Oeste e Centro-Oeste do Paraná
A colheita de soja 2022/23 alcançou 17% das áreas no Paraná, aumento de 10 pontos percentuais em uma semana, mas com um atraso em relação a anos anteriores que deixa o plantio de milho segunda safra em um período de maior risco climático em diversas regiões, disse o Departamento de Economia Rural (Deral). No mesmo período do ciclo anterior a pesquisa do órgão estadual não foi realizada devido ao feriado de Carnaval, no entanto, em 2021 a colheita da oleaginosa estava em 23% nesta época do ano, mostraram dados divulgados na terça-feira. Em 2020, segundo o Deral, os trabalhos estavam ainda mais adiantados, com 42% das áreas colhidas, e em 2019 este percentual já superava 50%. "A colheita da soja evoluiu bem nos últimos 15 dias, contudo o clima não ajudou. A demora para a colheita da soja não deve refletir em grandes problemas para a cultura. Porém, isso está causando um atraso no plantio do milho segunda safra", disse o analista do Deral Edmar Gervásio. Ele afirmou que, neste momento, o impacto está localizado nas regiões Oeste e Centro-Oeste do Estado. O plantio de milho segunda safra alcançou 26% das lavouras no Paraná, ante 12% na semana passada. No mesmo período de 2021, este número estava em 28%; em 2020, em 61%; e em 2019 a 73%. Plantio de milho segunda safra alcançou 26% das lavouras no Paraná. No mesmo período de 2021, este número estava em 28%. Gervásio alertou que, de forma geral, a janela ideal para o plantio paranaense do cereal se encerra ao final de fevereiro, embora as regiões norte e centro-oeste ainda plantem normalmente até março. "Não é possível (saber se haverá perda), pois isso depende de muitos outros fatores que só serão conhecidos à medida que a cultura vai se desenvolvendo no campo. De início, somente é possível afirmar que estas áreas terão maior risco climático." A consultoria AgRural acredita que mais da metade da safra de milho do Paraná e Mato Grosso do Sul, segundo e terceiro produtores do cereal de inverno no Brasil, deverá ser plantada fora da janela climática ideal, elevando os riscos principalmente para geadas. Ainda de acordo com o Deral, a colheita de milho de verão atingiu 26% das áreas paranaenses, contra 7% na semana passada, também com atraso comparada a anos anteriores.
REUTERS
Itaipu paga última parcela e quita dívida histórica da construção da hidrelétrica
O valor é de US$ 115 milhões e ocorre 50 anos após a celebração do Tratado entre Brasil e Paraguai para realização da maior obra de todo o século 20
Na terça-feira (28), a hidrelétrica de Itaipu Binacional pagou a última parcela e quitou a dívida da construção da usina. O valor é de US$ 115 milhões e ocorre 50 anos após a celebração do Tratado entre Brasil e Paraguai para realização da maior obra de todo o século 20. O valor corresponde a um montante de US$ 107 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 8 milhões à Eletrobras, por recursos que custearam estudos, construção e operação da usina, além de instalações auxiliares. Na década de 1970, foram assinados mais de 300 contratos de financiamentos, com cerca de 70 credores (brasileiros, paraguaios e de outros países), com o aval do governo brasileiro. Meio século depois, Itaipu Binacional segue como peça-chave no tabuleiro de segurança energética de ambos os países. Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a megausina é líder mundial na geração de energia limpa e renovável e nos últimos 12 meses, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. Apesar da importância histórica do momento, o evento foi esvaziado e sem a presença dos chefes de estado Luiz Inácio Lula da Silva e Mario Abdo Benítez. Nem mesmo o novo diretor-geral brasileiro escolhido por Lula, o deputado federal Enio Verri (PT-PR), compareceu. Hoje, a empresa é comandada pelo vice-almirante Anatalicio Risden Junior, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tinha confirmado presença, mas desistiu na última hora. Itaipu é a usina que mais gerou energia no planeta, com mais de 2,91 bilhões de megawatts-hora fornecidos aos dois países desde o início das operações da usina, em 1984. A obra colossal resolveu um impasse histórico sobre a fronteira, que se estendia desde o século 18, vencendo desafios energéticos e diplomáticos. O passo agora é revisitar o Anexo C, cláusula do Tratado que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade. A grandiosidade da hidrelétrica se reflete também na complexidade regulatória do tratado que rege sua existência. Sobre a possibilidade de rever os termos da venda de energia, fala-se em liberar a venda livremente de energia ou manter as regras como estão. Enquanto os sócios não chegam a um ponto em comum, as condições colocadas no acordo firmado em 1973 serão mantidas.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em alta de 0,36%, a R$5,2257; no mês moeda norte-americana sobe 2,95%
O dólar à vista fechou em alta ante o real pela terceira sessão consecutiva, em um dia marcado pela disputa entre investidores pela formação da taxa Ptax e pelo anúncio de redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras, para compensar o retorno da cobrança de impostos pelo governo federal
Até o início da tarde da terça-feira, investidores comprados (com posições favorecidas pela alta do dólar) e vendidos (posicionados na baixa) disputavam a condução das cotações. O objetivo era direcionar a Ptax --a taxa de câmbio calculada pelo Banco Central, que serve de referência para a liquidação dos contratos futuros no início de cada mês. À tarde, com a Ptax estabelecida, o mercado repercutiu mais livremente as notícias sobre os combustíveis no Brasil e o cenário externo. Neste cenário, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2257 reais na venda, em alta de 0,36%. Nos três últimos dias úteis, o dólar acumulou ganhos de 1,74% ante o real.
No mês de fevereiro, o dólar à vista acumulou alta de 2,95% ante o real. Na B3, às 17:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,03%, a 5,2075 reais.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com atenções voltadas para Petrobras
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, pressionado pela queda da Petrobras, após sessão volátil, com redução dos preços de combustíveis e expectativas para o resultado da petrolífera, particularmente anúncio sobre dividendos
As ações da mineradora Vale atenuaram as perdas do índice. Discussões e notícias envolvendo a reoneração dos combustíveis continuaram ocupando as atenções na bolsa paulista, que, no entanto, fechou durante o detalhamento das medidas decididas em reuniões envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e o titular da Petrobras. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,47%, a 105.217,49 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 21,6 bilhões de reais. Em fevereiro, o Ibovespa acumulou queda de 7,24%, em parte pela saída de estrangeiros na esteira de reavaliações sobre o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos, mas também por preocupações locais envolvendo a relação entre governo e Banco Central e as metas de inflação, entre outros fatores.
REUTERS
Dívida pública bruta cai a 73,1% do PIB em janeiro, mostra BC
A dívida bruta do Brasil continuou sua trajetória de queda em janeiro, quando o setor público consolidado registrou um forte superávit primário, mostraram dados do Banco Central na terça-feira.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou janeiro em 73,1%, o menor nível desde junho de 2017, quando atingiu 72,7%. Em dezembro, a dívida ficou em 73,4% do PIB. A redução foi influenciada principalmente pelo crescimento do PIB nominal, seguido de resgates de dívida líquida, que são afetados por números positivos do saldo orçamentário. O setor público consolidado registrou um superávit primário de 99,013 bilhões de reais no primeiro mês do ano, em linha com expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters. No entanto, o valor foi inferior ao superávit de 101,8 bilhões de reais do mesmo mês no ano passado. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo superávit de 79,4 bilhões de reais do governo central, auxiliado por receitas recordes no mês. Estados e municípios registraram superávit primário de 21,8 bilhões de reais, enquanto as estatais tiveram déficit de 2,2 bilhões de reais, informou o Banco Central.
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Dívida pública federal cai 3,07% em janeiro com resgate líquido recorde
A dívida pública federal caiu 3,07% em janeiro sobre dezembro, para 5,769 trilhões de reais, devido a fortes resgates líquidos, uma vez que o governo se absteve de emitir maiores volumes de títulos em meio aos custos crescentes, informou o Tesouro Nacional na terça-feira
No período, a dívida pública mobiliária interna teve queda de 2,88%, sob o impacto de um resgate líquido de títulos no valor recorde de 216 bilhões de reais, que contribuiu para levar o estoque a 5,535 trilhões de reais. A participação no total da dívida dos papéis prefixados, que responderam por mais de 90% dos resgates do mês, caiu a 23,5%, de 27% em dezembro. Já os títulos atrelados aos índices de preços passaram a 31,7%, de 30,3% antes, e os corrigidos pela taxa Selic aumentaram a 40,5%, de 38,3%. Com o resgate líquido no mês passado, o colchão de liquidez do Tesouro sofreu uma redução de 18,92%, para 953,4 bilhões de reais. O valor é suficiente para cobrir os pagamentos de quase oito meses de vencimentos de dívida, acima do limite de três meses que o Tesouro considera prudencial para a gestão da dívida. Em nota, o Tesouro destacou que janeiro foi marcado por maior aversão a risco no mercado interno, em meio a sentimento de incerteza em relação ao cenário econômico para o ano. "Janeiro foi um mês de noticiário bastante intenso. Comentou-se muito sobre política econômica, inflação, e isso se traduziu em alta de taxas de juros e nesta maior inclinação na curva de juros", disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luís Felipe Vital.
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Desemprego no Brasil cai a 7,9% no 4° tri; taxa média para 2022 é a menor desde 2015
O Brasil encerrou o quarto trimestre de 2022 com recuo da taxa de desemprego, com a média anual caindo ao menor nível desde 2015, consolidando uma tendência de recuperação do mercado do trabalho após o impacto da pandemia, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira
A pesquisa Pnad Contínua mostrou que a taxa de desemprego atingiu 7,9% nos três meses até dezembro, de 8,7% no terceiro trimestre e 8,1% no trimestre até novembro. O resultado, que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de taxa de 8,0%, é o melhor para qualquer trimestre comparável desde março de 2014. Já a taxa média anual de desemprego foi de 9,3% em 2022, menor patamar desde 2015. Segundo o IBGE, isso mostra que o mercado de trabalho não apenas confirmou a tendência de recuperação após o impacto da Covid-19, como ultrapassou o patamar pré-pandemia. No quarto trimestre, o número de pessoas desempregadas no Brasil era de 8,572 milhões, uma queda de 9,4% em relação aos três meses até setembro e de 28,6% sobre o ano anterior. Já o total de ocupados aumentou apenas 0,1% na comparação trimestral, a 99,370 milhões, com avanço de 3,8% sobre o quarto trimestre de 2021. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 1,6% no quarto trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores, chegando a 36,858 milhões. Já os que não tinham carteira aumentaram 0,2%, passando a 13,236 milhões no trimestre encerrado em dezembro de 2022. No período, a renda média real foi de 2.808 reais, um aumento de 1,9% em relação ao trimestre encerrado em setembro e um ganho de 8,3% quando comparada ao mesmo trimestre do ano anterior. Apesar de a taxa de desocupação estar caindo, os efeitos defasados do aumento da taxa de juros em um momento de esperada desaceleração econômica podem pesar no mercado de trabalho em 2023, alertam economistas.
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Agro cresce 1,1% apesar do recuo em dezembro
Segmento de produtos alimentícios e bebidas puxou desempenho
O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) subiu 1,1% no ano passado em relação a 2021. O avanço de 2,5% no segmento de produtos alimentícios e bebidas mais do que compensou o recuo de 0,5% no grupo de não-alimentícios. A expectativa até o mês passado era de um crescimento de 1,4% em 2022, mas dezembro terminou com queda de 1,6% em relação a igual mês do ano anterior. Foi o primeiro decréscimo mensal desde fevereiro, segundo a FGV. “Essa desaceleração foi praticamente generalizada entre os setores agroindustriais, o que permite concluir que, mais do que algum problema específico da agroindústria, é reflexo da perda de dinamismo da economia nacional”, pontuam os pesquisadores. O cenário para 2023 ainda é incerto, segundo a FGV. Internamente, a política monetária necessária para frear a inflação, a possível contração do mercado de trabalho e turbulências políticas podem dificultar um crescimento robusto do setor. No mercado externo, uma expansão menor do que a observada no ano passado também joga contra o crescimento. No entanto, segundo os pesquisadores, desempenho da economia chinesa poderá trazer um alívio.
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