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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 304 DE 31 DE JANEIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 304 |31 de janeiro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços da arroba seguem estáveis na maioria das praças pecuárias

Na segunda-feira, 30 de janeiro, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo obedeceu a típica característica de início da semana, com baixa liquidez e ausência de grandes novidades com relação aos preços da arroba


“Muitas indústrias frigoríficas optam por se manter fora das compras de gado gordo com o intuito de avaliar os efeitos das vendas de carne e (os estoques) no último fim de semana”, afirma a S&P Global. O fluxo comercialização de animais prontos para abate praticamente não avançou. De acordo com a consultoria, as unidades de abate de médio porte optaram por sinalizar preços da arroba mais altos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Por sua vez, na região Norte do Brasil, muitas unidades de abate locais dispõem de escalas longas e sinalizaram valores abaixo das máximas vigentes no balcão. “Sob alegação de dificuldade em escoar produção e os estoques elevados, a estratégia das indústrias do Norte do País é regular abates ou testar novos negócios a valores mais baixos”, enfatizam os analistas. Em Rondônia e no Pará, as escalas de abate atendem, em média, 8 dias e no Tocantins, entre 6 e 7 dias, segundo a S&P Global. De acordo com dados apurados na segunda-feira pela Scot Consultoria, a cotação do “boi-China” (abatido mais cedo, com até 30 meses de idade) subiu no mercado de São Paulo. A alta, diz a Scot, é atribuída ao fim do feriado do Ano-Novo Chinês e, consequentemente, à expectativa da volta às compras pelos importadores. Com isso, a cotação do animal enviado à China subiu R$ 5/@ no mercado paulista, para R$ 285/@ (preço bruto e a prazo). No mercado paulista o boi gordo “comum” está cotado em R$ 270/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas seguem negociadas por R$ 259/@ e R$ 265/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). No mercado atacadista, o volume de negócios de cortes bovinos também avança de forma lenta, com distribuidores e varejistas calculando estoques antes de retornar às compras. Apesar da lentidão, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis na segunda-feira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 23/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 237/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 230/@ (prazo); PA- Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 226/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).

PORTAL DBO


Indonésia deve habilitar exportadores brasileiros de carne enlatada e miúdos bovinos

Segundo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, liberações deverão ocorrer em fevereiro


O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na última sexta-feira que a Indonésia deverá autorizar frigoríficos brasileiras a exportar carne enlatada e miúdos bovinos a seu mercado. As liberações estão previstas para fevereiro. Recentemente, a Indonésia habilitou 11 abatedouros brasileiros para que eles possam exportar carne bovina ao país. O Ministro também mostrou otimismo com a retomada das exportações para a China dos frigoríficos que permanecem sob embargo e indicou a possibilidade de habilitação de unidades interessadas em vender para o Reino Unido. "Em fevereiro, a Indonésia vai abrir a habilitação para carne enlatada e miúdos bovinos. A China não tem nenhuma habilitação desde 2019, mas levantou [a suspensão] de três, já vai levantar as outras e pediu a lista para novas habilitações", disse em entrevista a uma rádio de Mato Grosso. O Reino Unido, que enviou uma comitiva ao Brasil no fim de 2022 para reconhecer a equivalência dos sistemas de inspeção, também deu novas sinalizações. "A Inglaterra já está pedindo lista para habilitações. É um trabalho diplomático, de relações internacionais, que vai abrir oportunidades e certamente vamos trazer de volta o ganho à pecuária brasileira", completou Fávaro. O Ministro disse que a abertura de novos mercados é uma saída para recuperar os preços da arroba e a rentabilidade da pecuária de corte do país, além de buscar melhoria de renda para a população. "O primeiro caminho é o fortalecimento da renda da população brasileira. [Estamos com] renda achatada, crise e fome. Se o consumo diminui, a oferta sobra e o preço das mercadorias cai", apontou. Fávaro anunciou uma agenda no próximo fim de semana em Uberaba (MG), com todos seus secretários, para tratar de temas relativos à pecuária. Na entrevista, o Ministro repetiu que os "bons ventos voltaram a soprar" para o Brasil e que o "humor do mundo mudou" com o novo governo. Ele ressaltou que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agendas marcadas nos Estados Unidos, China e União Europeia para "restabelecer as boas relações". A agenda na China poderá render "novidades" para os produtores de algodão, disse Fávaro. "Em março, na próxima visita do Presidente Lula à China, teremos mais novidade para o algodão. Estamos trabalhando o 'green card', que é uma certificação e amplia os mercados do algodão", indicou. Fávaro comentou ainda as críticas que surgiram após a visita de Lula à Argentina e o anúncio de que o Brasil vai oferecer crédito ao país vizinho. Segundo o ministro, o movimento foi um "grande gesto" e "atitude estratégica" para fortalecer a relação comercial. "A Argentina compra produtos manufaturados. Se perdermos espaço, não vamos mais vender para a Argentina (...) Se o Brasil quer ser um grande líder, tem que se mostrar como líder e estender a mão aos países amigos. O Brasil está fazendo relação comercial, financiando, não está dando dinheiro".

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Altas no mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 4,24%/4,10%, atingindo R$ 123,00/R$ 127,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,20%/2,11%, cotada em R$ 9,30/kg/9,70/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (27), o preço ficou estável somente no Paraná, fixado em R$ 6,12/kg. Houve alta de 0,71% em Minas Gerais, chegando em R$ 7,05/kg, avanço de 0,49% no Rio Grande do Sul, subindo para R$ 6,18/kg, incremento de 1,32% em Santa Catarina, custando R$ 6,14/kg, e de 1,40% em São Paulo, fechando em R$ 6,51/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cenário de estabilidade para o frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,07/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,97/kg, assim como Santa Catarina, valendo R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (27), a ave congelada teve queda de 0,31%, chegando a R$ 6,50/kg, e o frango resfriado baixou 0,30%, fechando em R$ 6,70/kg.

Cepea/Esalq


Rabobank vê novo recorde na exportação brasileira de carne de frango em 2023

O Rabobank espera que o Brasil eleve o volume de exportações de carne de frango em 2023 em 3% em relação a 2022 para um novo recorde, impulsionado pela competitividade do produto brasileiro no exterior, segundo episódio do podcast do banco Foco no Agronegócio sobre as perspectivas para a carne de frango em 2023


“A gente acredita que o mercado halal vai continuar trazendo bastante oportunidade pra gente em termos de demanda e, de uma maneira geral, essa questão do mundo (produção) em desaceleração pode trazer novos destinos pra gente, pode trazer demandas de mercados que não tinham muitas oportunidades até então e consolidar nossa posição em mercados em que a gente já atua”, disse o analista de proteína animal do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa. A Coreia do Sul é um dos mercados de destaque para o Brasil, com perspectivas de aumento nas compras de carne de frango brasileira, segundo o analista. O Brasil continua livre de influenza aviária, enquanto outros países exportadores lidam com surtos da doença, e a proteína brasileira também continua a ter preços competitivos apesar da persistência na alta dos custos de produção. Esses fatores, somados à redução na oferta da Ucrânia como resultado do conflito com a Rússia, tendem a favorecer o Brasil no comércio internacional. O Rabobank estima alta de 1,5% a 2% na produção de carne de frango brasileira em 2023. Yanaguizawa reafirmou a perspectiva de estagnação para o consumo per capita de carne de frango brasileiro que, segundo ele, está próximo do pico. A melhora na competitividade da carne bovina, com o aumento da oferta desta proteína reduzindo os preços neste ano, tende a impactar o consumo de carne de frango.

CARNETEC


CARNES


Demanda da China por milho brasileiro preocupa frigoríficos de SC, diz sindicato

A expectativa de grandes exportações brasileiras de milho para a China em 2023 está preocupando empresas de carnes em Santa Catarina, importante Estado produtor de aves e suínos, disse em nota o Sindicarne/SC na segunda-feira


O sindicato patronal afirmou que a concorrência com compradores chineses já está reduzindo a oferta local e provocando o “superaquecimento” do mercado de milho. “Mesmo com setor mais preparado para negociações e mais atento aos seus estoques e compras, há sempre a competição com o mercado internacional”, disse o Sindicarne. “Para 2023, os sinais preocupam”. As exportações brasileiras de milho para a China foram liberadas no final do ano passado, depois que ambas as nações atualizaram os protocolos comerciais. Desde então, vários navios foram contratados por empresas como a Cofco. No porto de Paranaguá, no Sul do Brasil, por exemplo, as exportações de milho saltaram para quase 570.000 toneladas até 29 de janeiro, impulsionadas pela China. Isso corresponde a um aumento de 161% no volume em comparação com todo o mês de janeiro de 2022, informou a autoridade portuária. De acordo com o Sindicarne, que representa os processadores globais de aves e suínos, incluindo a JBS e BRF, o governo também “não faz a sua parte” para atrair investimentos que visem reduzir os gargalos logísticos do Brasil. O Sindicarne disse que, embora o Brasil tenha criado uma boa rede logística para exportar grãos, não há ferrovias ligando as regiões de grãos do Centro-Oeste ao Sul do Brasil, onde suínos e frangos são normalmente criados e processados. O Sindicarne acredita que a ameaça de recessão global e inflação de alimentos representa uma chance para as empresas brasileiras atenderem ainda mais mercados. “Não podemos perder a oportunidade”, disse o presidente do sindicato, José Ribas Júnior, no comunicado.

REUTERS


GOVERNO


Ministérios da Agricultura e de Desenvolvimento Agrário anunciam novos nomes

Indicações foram publicadas ontem no Diário Oficial da União


O governo federal nomeou na segunda-feira Moisés Savian para exercer o cargo de Secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Doutor em Agronomia e Agroecologia, Savian é professor no Instituto Federal de Brasília (IFB). Ele atuou no Ministério do Meio Ambiente como Gerente de Políticas Agroambientais entre 2011 e 2014 e, de 2014 e 2016, foi Secretário Municipal de Agricultura e Pesca de Lages (SC). O Diário Oficial da União também ratificou a nomeação de Estela Alves de Medeiros para o cargo de Diretora do Departamento de Gestão Corporativa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e de Alex Giacomelli da Silva na direção do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do Ministério das Relações Exteriores.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Volume de milho embarcado em janeiro em Paranaguá é 161% superior ao mesmo mês de 2022

Até o último dia 29, foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mesmo mês de 2022


“O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado”, diz o Diretor-Presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior. “Também o line-up dos navios que chegarão para carregar milho aqui pelo Paraná mostra que a tendência é que continue assim pelo menos ainda no próximo mês”, afirma Garcia. No mês de janeiro, até este domingo (29), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira (30), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1,1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá. Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros. No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil. O Paraná é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro. A Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.

Agência de Notícias do Paraná


Produtos do Paraná foram exportados para 212 países em 2022

A China segue como principal destino dos produtos paranaenses, totalizando US$ 3,6 bilhões movimentados ano passado. Fechando a lista dos cinco países que mais importaram do Paraná em 2022 estão Estados Unidos (US$ 1,7 bilhão), Argentina (US$ 1,5 bilhão), México (US$ 781,5 milhões) e Índia (US$ 746,1 milhões)


Os produtos paranaenses foram exportados para 212 países em 2022, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, do governo federal. Apesar da economia global desfavorável no ano passado, com a guerra da Ucrânia, as dificuldades logísticas na retomada econômica com a melhoria da pandemia e a desaceleração do mercado chinês, o resultado supera os 208 países com os quais o Paraná negociou em 2021. O ano de 2022 fechou com aumento de 16% nas exportações paranaenses, totalizando US$ 22,2 bilhões comercializados, contra US$ 19 bilhões em 2021. A carne de frango in natura e a soja em grão encabeçam os produtos locais mais vendidos para o exterior, totalizando US$ 3,6 bilhões e US$ 3 bilhões movimentados, respectivamente, em 2022. A maior parte da movimentação foi feita pelos portos paranaenses, que bateram recorde histórico com 58 milhões de toneladas movimentadas em 2022. O Governo do Estado planeja entre sete e oito missões internacionais de negócios em 2023. Todas planejadas pela Invest Paraná, órgão da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seics) responsável por captar investimentos para o estado. Uma das principais missões será para o Japão e Coreia do Sul. O foco será mostrar a qualidade e competitividade dos produtos do agronegócio paranaense aos dois maiores mercados consumidores asiáticos. No Japão, a comitiva paranaense formada pelo Governo do Estado, empresários e cooperativas, vai participar da maior feira de alimentação da Ásia, a Foodex.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em leve alta, com exterior no foco

No encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,1142, em alta de apenas 0,06%


Em um movimento alinhado ao observado nos mercados internacionais, o dólar ganhou força contra o real na segunda etapa dos negócios da segunda-feira (30) e abandonou a queda observada durante a manhã. A apreciação da divisa americana, contudo, foi bastante limitada, na medida em que o fluxo de capital estrangeiro tem favorecido o real neste início de ano. Assim, no encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,1142, em alta de apenas 0,06%. Durante a tarde, a moeda americana chegou a testar níveis abaixo de R$ 5,10, mas a piora no câmbio internacional impediu a continuidade da valorização do real vista durante a manhã. No fim da tarde, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis divisas principais, subia 0,33%, para 102,259 pontos. Participantes do mercado se atentam, em especial, à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta-feira (1º de fevereiro), onde é esperada nova redução no ritmo de aperto. Localmente, fatores técnicos geraram alguma instabilidade no câmbio, especialmente durante a etapa vespertina da sessão. Com a proximidade da formação da Ptax de fim de mês, amanhã, o dólar chegou a subir às máximas do dia, a R$ 5,1335, durante a tarde, após ter caído a R$ 5,0831 pela manhã. Na avaliação do estrategista-chefe para América Latina do Mizuho, Luciano Rostagno, os números fiscais de dezembro podem ter dado algum apoio à moeda brasileira ao virem mais fortes que o esperado. De acordo com dados do Banco Central, o setor público consolidado anotou déficit de R$ 11,8 bilhões em dezembro, enquanto o consenso do mercado apontava para um saldo negativo de cerca de R$ 12,4 bilhões no mês passado. Dados da B3 apontam que, até o dia 26 de janeiro, os investidores estrangeiros aportaram R$ 9,92 bilhões no segmento secundário da bolsa. Além disso, participantes do mercado também relatam entradas pontuais na renda fixa local, em movimentos que ajudam a sustentar alguma valorização da moeda brasileira.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha com declínio discreto em dia de ajustes

O Ibovespa fechou com declínio modesto na segunda-feira, em mais uma sessão de ajustes


A Raízen esteve entre as maiores quedas após venda de participação de acionista, enquanto Arezzo capitaneou as altas apoiada em perspectivas favoráveis de curto e longo prazos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,24%, a 112.043,12 pontos, de acordo com dados preliminares, após oscilar entre a mínima de 111.823,63 pontos e a máxima de 112.920,3 pontos. No mês, ainda sobe 2,1%. O volume financeiro somava 18,25 bilhões de reais.

REUTERS


Setor público tem melhor saldo primário em 11 anos e dívida bruta cai a 73,5% do PIB

O governo vem registrando recordes de arrecadação, impulsionado pelo crescimento da atividade econômica, a inflação em patamar elevado e o salto nos preços de commodities, especialmente do petróleo. No fim de 2016, a dívida era de 69,84% do PIB. Até novembro de 2022, a dívida bruta estava em 74,6% do PIB. Já no fim de 2021, o porcentual era de 78,3% do PIB.


O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 125,994 bilhões de reais em 2022, no melhor fechamento anual desde 2011, informou o Banco Central na segunda-feira. O saldo acumulado em 12 meses equivale a 1,28% do PIB. Considerando esse indicador, o resultado foi o mais forte desde 2013, quando encerrou o ano em 1,71% do PIB. Em 2022, houve saldo positivo em todas as esferas da administração pública. Os números englobam resultados de governo central (governo federal, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais. Foi o segundo ano consecutivo de contas do setor público no azul. O saldo de 2021 havia sido positivo em 64,727 bilhões de reais, após sete anos seguidos de déficits. A melhora no resultado fiscal levou a dívida bruta do país a encerrar o ano em 73,5% do PIB. O dado representa uma melhora de 4,8 pontos percentuais em relação a dezembro de 2021, quando a dívida bruta estava em 78,3% do PIB. O pico desse indicador foi registrado em outubro de 2020, ao bater 87,6% do PIB em meio a uma disparada de gastos emergenciais do governo para enfrentar a pandemia de Covid-19. A dívida líquida, por sua vez, foi a 57,5% do PIB em dezembro, contra patamar de 55,8% no mesmo mês de 2021. Os saldos do ano não foram ainda mais fortes porque o governo anterior articulou e aprovou uma série de cortes de tributos, tanto em âmbito federal quanto na esfera regional com reduções de ICMS. No ano passado, o resultado do setor público foi guiado principalmente pelo dado dos governos regionais, superavitários em 64,924 bilhões de reais. Desse total, Estados foram responsáveis por um saldo de 39,029 bilhões de reais, enquanto municípios ficaram no azul em 25,895 bilhões de reais. O governo central ficou com superávit de 54,947 bilhões de reais. Já as empresas estatais tiveram superávit de 6,123 bilhões de reais no ano. O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui gastos com juros, totalizou um déficit de 460,433 bilhões de reais em 2022, equivalente a 4,68% do PIB. A despesa com juros no ano somou 586,427 bilhões de reais.

REUTERS


IGP-M desacelera alta em janeiro com pressão menor ao produtor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) iniciou o ano com desaceleração da alta a 0,21% em janeiro por conta do arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor, depois de fechar 2022 com avanço de 0,45% em dezembro.


O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e com isso o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 3,79%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,10% em janeiro, de uma alta de 0,47% no mês anterior. "O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%", explicou André Braz, Coordenador dos índices de preços. Na contramão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,61% em janeiro, de alta de 0,44% em dezembro. Isso se deveu principalmente ao reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram 4,55% no primeiro mês do ano, levando o grupo Educação, Leitura e Recreação a uma alta de 2,04%, de -0,26% em dezembro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou o avanço a 0,32% no período, de 0,27% antes. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

REUTERS


Mercado eleva estimativa para inflação este ano pela 7ª vez seguida, a 5,74%

Os especialistas consultados pelo Banco Central elevaram pela sétima vez seguida a projeção para a inflação neste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira


O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 5,74%, de 5,48% antes. O movimento se dá na esteira de um aumento para a perspectiva de alta dos preços administrados este ano, calculada agora em 8,39%, contra 7,25% na pesquisa anterior. Para 2024 a conta para o IPCA também subiu, pela segunda semana seguida, indo a 3,90% de 3,84% antes. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2023 melhorou em 0,01 ponto percentual, a 0,80%, foi mantida em 1,50% para 2024. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que, apesar da perspectiva maior pressão inflacionária, não houve mudanças nas estimativas de que a taxa básica de juros Selic encerrará este ano a 12,50% e o próximo a 9,50%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nesta semana e a expectativa é de que anuncie na quarta-feira manutenção da Selic no atual patamar de 13,75%.

REUTERS


Confiança de serviços do Brasil inicia 2023 no menor patamar em quase um ano, diz FGV

A confiança do setor de serviços do Brasil iniciou 2023 no menor nível em quase um ano, diante do maior pessimismo em relação aos próximos meses e da perda de fôlego da demanda atual, mostraram os dados divulgados na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)


No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,7 pontos e foi a 89,5 pontos, marcando o menor nível desde fevereiro de 2022 (89,2 pontos) e o quarto mês consecutivo de queda. "A confiança de serviços inicia 2023 mantendo tendência de desaceleração iniciada em outubro de 2022", explicou o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota. O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, perdeu 0,7 ponto, para 93,6 pontos, patamar mais baixo desde março de 2022 (90,9 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, teve queda de 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,3 pontos). "O cenário para os próximos meses não parece ser facilmente revertido dado que as questões macroeconômicas envolvidas nessa desaceleração devem permanecer por algum tempo. A cautela dos empresários é percebida em suas projeções para o curto prazo com queda na demanda prevista, contratações e na tendência dos negócios para os próximos seis meses", completou Tobler.

REUTERS


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