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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 296 DE 19 DE JANEIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 296 |19 de janeiro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços do boi gordo recuam em todas as principais praças pecuárias, aponta IHS Markit

Com estoques cheios, indústrias frigoríficas forçam derrubada nas cotações da arroba aproveitando a boa oferta de boiadas gordas terminadas a pasto


Na quarta-feira, 18 de janeiro, os preços do boi gordo recuaram na maioria das praças pecuárias do País. Segundo a IHS Markit, a maior parte das praças pecuárias monitoradas pela consultoria registrou baixas nos preços neste meio da semana, algumas delas de formas mais amenas, mas outras com quedas significativas. “O viés baixista é justificado, em grande parte, pelo descompasso entre oferta de animais terminados e a demanda atual por parte das indústrias”, afirmam os analistas da IHS. O consumo doméstico de carne bovina segue contido neste o começo do ano, movimento ocasionado pelo menor poder de compra da população brasileira, em função sobretudo dos compromissos financeiros tradicionais de início de ano. Pelo lado das indústrias, as escalas de abate seguem confortáveis, e há operações que já adentram as primeiras semanas de fevereiro, informa a IHS Markit. Em relação aos frigoríficos que atuam majoritariamente com o mercado externo, as alocações de animais já avançam até o final do próximo mês, quando se espera uma retomada mais pujante das operações de embarques, sobretudo com destino à China. Neste contexto, diz a IHS, muitos compradores, ao formar suas programações de abate, se ausentaram das negociações, indicando que devem retornar ao mercado apenas a partir da terça ou quarta-feira da próxima semana. Nas praças de São Paulo, segundo apuração da Scot Consultoria, as cotações do boi gordo continuam pressionadas, mas a arroba do macho se manteve estável na quarta-feira, em R$ 270/@, no prazo, valor bruto. No mesmo mercado paulista, a vaca gorda sofreu desvalorização de R$ 2/@ na comparação diária, recuando para R$ 259/@, enquanto o valor da novilha gorda ficou estável, em R$ 265/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot. O “boi China”, está cotado em R$ 275/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), segundo dados da Scot. No mercado atacadista de São Paulo, os preços da carcaça do boi e da vaca e seus principais cortes permanecem inalterados. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 232/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 254/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Mais quedas para o mercado de suínos do PR, SC e RS

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 118,00/R$ 124,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,10%/2,08%, valendo R$ 9,00/R$ 9,40 o quilo.


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (17), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, valendo R$ 6,96/kg. Houve queda de 1,28% no Paraná, chegando em R$ 6,19/kg, baixa de 1,28% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,19/kg, retração de 2,22% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,18/kg, e de 1,34% em São Paulo, fechando em R$ 6,64/kg.

Cepea/Esalq


Rabobank vê alta de 1% na produção brasileira de carne suína em 2023

O Rabobank estima uma alta de 1% na produção brasileira de carne suína em 2023, impulsionada pela demanda do mercado externo, segundo o analista de Proteína Animal do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, no podcast Foco no Agronegócio divulgado pelo banco na semana passada


“A gente está vendo uma retomada nas importações da China no final de 2022. Esse cenário, na nossa visão, deve manter-se neste ano”, disse o analista. Os custos de produção do setor, que atingiram patamares recordes em 2022 devido ao aumento nos insumos de nutrição animal, deverão continuar elevados em 2023, mas em patamares menores que no ano passado. As exportações de carne suína brasileira devem subir cerca de 2% em volume, impulsionadas pela demanda chinesa. “A gente acredita que, neste momento, a China deve continuar trazendo oportunidades, principalmente para o Brasil em termos de exportação, mas levantando sinais de alerta em relação à essa tendência de queda na demanda nos próximos anos”, disse Yanaguizawa, referindo-se aos investimentos chineses para elevar a produção local de carne suína. No mercado doméstico, após um consumo per capita recorde em 2022 de 18 kg por habitante, a demanda por carne suína pode reduzir o ritmo de crescimento em 2023, diante de uma maior competitividade da carne bovina esperada para o ano.

CARNETEC


FRANGOS


Frango com cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,15/kg.


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve alteração no preço, valendo R$ 5,03/kg, enquanto em Santa Catarina, a alta foi de 5,96%, com preço de R$ 3,20/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (17), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,02/kg e R$ 7,18/kg.

Cepea/Esalq


Receita das exportações de genética avícola cresce 21% em 2022

Saldo das exportações alcançou US$ 178,8 milhões nos doze meses do ano


As exportações brasileiras de genética avícola (considerando ovos férteis e pintos de 01 dia) totalizaram 15,638 mil toneladas nos doze meses de 2022, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O desempenho foi 0,3% menor que o registrado em 2021, com 15,691 mil toneladas. Já em receita, houve aumento de 21% no mesmo período comparativo, totalizando US$ 178,8 milhões em 2022, contra US$ 147,7 milhões no ano anterior. Considerando apenas o mês de dezembro, as vendas de material genético avícola cresceram 29,9% em volume, com 1,782 mil toneladas em dezembro, contra 1,372 mil toneladas no décimo segundo mês de 2021. Em receita, a alta é de 67,4%, com US$ 19,8 milhões no último mês de 2022, e US$ 11,8 milhões em 2021. Principal destino das exportações, o México foi destino de 7,826 mil toneladas, volume 91,2% maior que o registrado em 2021. Em segundo lugar, o Senegal importou 3,377 mil toneladas (-40,6%). No terceiro posto, o Paraguai importou 2,799 (-7,6%). “O status sanitário brasileiro tem favorecido as vendas internacionais avícolas em diversos segmentos. É o caso da genética avícola, que manteve e até reforçou sua posição no fornecimento de insumos de alto valor agregado em diversos mercados, apoiando o fortalecimento da produção de núcleos produtores avícolas nas Américas, na África e na Ásia”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

ABPA


GOVERNO


MAPA quer conversão de pastos em lavouras

O próximo Plano Safra (2023/24) deverá contar com o reforço de um programa mais robusto para estimular a conversão de pastagens degradas em lavouras, para que o país possa ampliar a área plantada com grãos em 5% a cada temporada por vários anos sem realizar desmatamentos, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

Em entrevista à Reuters, ele reafirmou que esse crescimento seria possível com o país utilizando cerca de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas, que podem ser convertidas em lavouras. Para isso, crédito agrícola com taxas adequadas será oferecido, acrescentou o ministro, citando que outra prioridade do governo será o apoio à expansão do seguro agrícola. Antes de sua primeira viagem internacional como ministro, para um evento na Alemanha, Fávaro disse que o plano permitiria um aumento importante na produção de grãos e oleaginosas do Brasil, que hoje planta em cerca de 77 milhões de hectares, respeitando preocupações relacionadas ao meio ambiente. "Teremos incremento dos recursos para equalizar taxas de juros para esse programa que vamos criar de investir na conversão de pastagens", disse o ministro citando as prioridades do próximo Plano Safra. Normalmente, por meio da chamada equalização de juros, o Tesouro subsidia programas de financiamento com taxas mais baixas dentro do Plano Safra, principalmente para pequenos produtores. A ideia de Fávaro ainda lembra objetivos do Plano ABC, lançado no final do segundo mandato de Lula. Mas esse programa para estimular a agricultura sustentável seguiu com abrangência relativamente pequena nos últimos anos, em relação ao total ofertado no Plano Safra. O ministro lembrou que o país tem atualmente cerca de 150 milhões de hectares de pastagens com baixa produtividade ou em processo de degradação ou áreas já degradadas, ao citar o estoque de terras do Brasil. "Por que não é convertido isso em lavoura? Por falta de investimento. Então vamos criar uma linha de crédito, com juros compatíveis, com carência, com prazos alongados... Para que o produtor possa tomar esse recurso e fazer essa conversão...", afirmou ele, por telefone. Com isso, ele acredita em um aumento de área plantada de 5% ao ano por várias safras. "É algo factível, a um ritmo chinês, mas de forma sustentável." Ele não deu detalhes sobre o patamar de juros que deverá ser buscado neste programa. O ministro afirmou que o novo governo respeita o meio ambiente e combate desmatamentos ilegais, mas não se pode tirar o direito previsto na legislação nacional de o produtor abrir parte das matas de sua propriedade. Ele defendeu que, se consumidores querem desmatamento zero no Brasil, algo que vai além da legislação atual, devem realizar pagamentos por serviços ambientais, para que os agricultores e proprietários de terras sejam recompensados por manter a floresta em pé. "Somos um governo que preza pela legalidade. Se o desmatamento fora do Código Florestal tem que ser combatido, porque está fora da lei, como nós vamos tirar o direito que está na lei de o produtor desmatar 20% da floresta e 65% no Cerrado?", disse ele, ao ser questionado sobre o assunto. A legislação brasileira autoriza o desmatamento de parte das propriedades rurais, em percentuais que variam de acordo com a região. Ele reforçou, contudo, que é possível ter desmatamento zero no Brasil, "mas aí é preciso ter pagamentos por serviços ambientais, quem quer que não desmate que pague ao produtor".

REUTERS


MEIO AMBIENTE


Em 2022, Amazônia teve maior desmatamento em 15 anos, diz Imazon

O desmatamento na Amazônia bateu novo recorde em 2022, ano em que a cobertura vegetal da floresta perdeu 10.573 km², o equivalente a quase 3 mil campos de futebol, segundo relatório divulgado hoje (18) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)


Pelo monitoramento feito via satélite, 2022, que atingiu seu maior patamar desde 2008, quando o Imazon começou a monitorar a Região Amazônica. Nos últimos 4 anos, a perda florestal na Amazônia foi de 35.193 km², segundo o Imazon. A área supera as de estados como Sergipe (21 mil km²) e Alagoas (27 mil km²). O período coincide com o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que costumava desacreditar dados sobre o desmatamento. O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido dar prioridade ao assunto. A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem dado declarações sobre a preservação da floresta. Em uma das primeiras medidas, foi destravado o Fundo Amazônia, que conta com doações da Alemanha e Noruega para serem aplicados em ações de proteção ambiental. “Esperamos que esse tenha sido o último recorde de desmatamento reportado pelo nosso sistema de monitoramento por satélite, já que o novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia”, disse a pesquisadora Bianca Santos, da Imazon, no material divulgado na quarta-feira (18). O instituto destacou o salto de desmatamento registrado em dezembro, mês em que 287 km² de floresta foram derrubados, aumento de 150% em relação ao mesmo mês de 2021 (140 km²) e pior último mês do ano de toda série histórica. “No último mês do ano, houve uma corrida desenfreada para desmatar enquanto a porteira estava aberta para a boiada, para a especulação fundiária, para os garimpos ilegais e para o desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação. Isso mostra o tamanho do desafio do novo governo”, disse Carlos Souza Jr, Coordenador do Monitoramento da Amazônia no instituto, no material de divulgação. Cerca de 80% da área desmatada em 2022 ficam em terras sob responsabilidade do governo federal (8.443 km²). Outros 11% de território destruído fica sob jurisdição dos governos estaduais (1.130 km²). Ainda de acordo com o relatório, o estado que mais desmatou em 2022 foi o Pará (3089 km²), seguido por Amazonas (2270 km²) e Mato Grosso (1228 km²).

Agência Brasil


INTERNACIONAL


OPAS emite alerta para surtos de gripe aviária em aves em dez países das Américas

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou para a crescente detecção de focos de gripe aviária em aves em dez países da Região das Américas e a recente confirmação de um caso de infecção humana causada pela influenza aviária A(H5) na América do Sul


Em um alerta epidemiológico, a OPAS destacou a importância do controle da infecção em aves como uma medida fundamental para reduzir o risco para as pessoas e recomendou que os países fortaleçam a vigilância da influenza sazonal e zoonótica em animais e populações animais. A Organização também reiterou suas diretrizes sobre o diagnóstico laboratorial precoce em amostras humanas e animais e a respectiva investigação de casos e contatos, e recomendou que essas e outras ações de vigilância, prevenção e controle sejam realizadas de forma coordenada entre os setores da saúde, agricultura e meio ambiente. Na região, o vírus influenza A(H5N1) foi identificado pela primeira vez em aves domésticas e selvagens em dezembro de 2014 na América do Norte. Desde então até a primeira semana de janeiro de 2023, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Panamá, Peru e Venezuela detectaram surtos desse vírus em aves domésticas, granjas e/ou aves silvestres. As infecções por esse vírus em humanos, que muitas vezes podem ter manifestações graves, têm sido muito menos comuns. Mas sempre que os vírus da gripe aviária circulam entre as aves, há o risco de ocorrência esporádica de casos humanos. Até agora, duas infecções humanas foram confirmadas na região: a primeira em abril de 2022 nos Estados Unidos e a segunda, em 9 de janeiro de 2023, no Equador. Em geral, os casos humanos são raros e, quando ocorrem, não se espalham facilmente de pessoa para pessoa. No entanto, existe o risco de transmissão sustentada de humano para humano e pode levar a um surto ou até mesmo a uma pandemia. As pessoas em risco são aquelas expostas a aves infectadas (domésticas, selvagens ou em cativeiro), como criadores de pássaros e funcionários envolvidos no controle de surtos. Os profissionais de saúde também correm risco de infecção se medidas adequadas de prevenção e controle não forem observadas. A OPAS recomenda o uso de equipamentos de proteção individual e outras medidas de higiene e saneamento.

OPAS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Valor do crédito rural contratado na safra 2022/23 até dezembro supera os R$ 206 bilhões

Mais de R$ 206 bilhões do Plano Safra 2022/23 foram contratados entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2022, de acordo com o levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base em dados do Banco Central do Brasil


O montante é 24% superior ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram captados R$ 165,9 bilhões. A maior parte dos recursos usados para contratação teve origem na poupança rural (38%); recursos obrigatórios (23%); recursos com taxas livres (23%); fundos constitucionais (7%), BNDES equalizável (6%) e outros (3%). As cooperativas brasileiras captaram R$ 17,48 bilhões, ou seja, R$ 2,77 bilhões a mais quando comparado com o volume captado até outubro (R$ 14,71 bilhões). A distribuição dos recursos tem como a maior parte destinados para à industrialização, custeio, comercialização e investimento, nesta ordem de importância. As cooperativas paranaenses captaram, até o momento, um volume significativo de recursos, ou seja, aproximadamente 30% (R$ 5,40 bilhões) do total contratado pelas cooperativas do país. Os segmentos que os recursos foram direcionados pelas cooperativas paranaenses estão na mesma ordem que a nacional. Verifica-se também que o montante total já captado de crédito rural do Plano Safra 2022/23 representa um montante de R$ 206,76 bilhões dos R$ 340,9 bilhões disponibilizados. Ou seja, aproximadamente, 60,6% dos recursos do Plano Safra já foram utilizados. “Se a taxa de juros e o custo de produção estivessem menores, o valor captado estaria muito mais avançado”, afirma o analista da Getec, Salatiel Turra.

OCEPAR


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar avança mais de 1% após falas sobre salário mínimo e com impacto do exterior

O dólar à vista avançou ante o real na quarta-feira, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar possíveis mudanças no salário mínimo, bem como no Imposto de Renda (IR), e diante do fortalecimento da moeda norte-americana no exterior na parte da tarde

A sessão ainda teve bateria de dados econômicos nos Estados Unidos, falas de membros do Federal Reserve (Fed) e divulgação do Livro Bege, relatório sobre a economia norte-americana publicado pelo banco central dos Estados Unidos. O dólar à vista subiu 1,11%, a 5,1613 reais na venda. Lula assinou durante encontro com as centrais sindicais um despacho determinando que os Ministérios do Trabalho e da Previdência, entre outros, apresentem em 45 dias uma proposta para uma política de valorização do salário mínimo. O prazo pode ser estendido por igual período e o grupo também vai debater sobre o novo valor do mínimo para 2023. Durante o evento, Lula afirmou que o salário mínimo tem que crescer em linha com o crescimento da economia. Na véspera, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai definir o valor do mínimo deste ano a partir de uma negociação com as centrais, mas indicou que a viabilidade de um valor acima dos 1.302 reais já em vigor dependerá do cálculo do número de beneficiários do INSS, uma vez que uma parcela grande dos pagamentos previdenciários é indexada ao mínimo. "No horário da tarde, pesou (no câmbio) o debate sobre o salário mínimo", disse Diego Costa, chefe de câmbio para as regiões Norte e Nordeste da B&T Câmbio. Na quarta, Lula também afirmou que o governo vai "mudar a lógica" para diminuir o Imposto de Renda cobrado dos mais pobres e aumentar sobre os ricos, e que vai "brigar" para subir o valor de isenção do IR para 5 mil reais, conforme promessa de campanha. "Ele voltar a afirmar isso acaba trazendo maior percepção de risco", disse Rafael Rondinelli, analista de macroeconomia do banco Modal, observando que certo bom humor era visto nos últimos dias quanto ao cenário doméstico após declarações de Haddad. O Ministro apresentou um pacote de medidas econômicas na semana passada cuja iniciativa foi bem vista mercado, ainda que com ressalvas sobre se o plano é executável e críticas em relação a um foco no curto prazo. Além disso, nesta semana, em Davos, para o Fórum Econômico Mundial, o Ministro reiterou confiança na aprovação de uma reforma tributária neste ano e disse que quer ter a discussão sobre uma nova regra fiscal definida até abril. O cenário externo também colaborou para o avanço do dólar localmente na quarta-feira. O cenário mudou à tarde, diante de declarações dos membros do Fed que destacaram a necessidade da instituição de elevar os juros além de 5% para controlar a inflação, um patamar maior do que o precificado no mercado. O dólar apagou as perdas na sessão frente a uma cesta de moedas fortes durante à tarde e operava estável, enquanto passou a subir frente aos principais pares emergentes do real.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta com Vale e Itaú

O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido na quarta-feira, com destaque para Vale e Itaú Unibanco, enquanto a Americanas caiu mais de 8%, ampliando a mais de 85% a perda desde a eclosão do escândalo contábil da varejista


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,71%, a 112.228,39 pontos. O volume financeiro somou 37,9 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções do Ibovespa. Após um começo de ano mais tenso, o Ibovespa já trabalha com desempenho positivo em 2023, o que muitos agentes financeiros atribuem também ao fluxo positivo de capital externo - positivo em cerca de 3 bilhões de reais no mercado secundário neste ano. Para o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, o Ibovespa teve seu desempenho limitado pelas declarações do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizando uma faixa de isenção no Imposto de Renda maior na próxima reforma tributária, a depender de uma discussão com sua equipe econômica. "A indicação foi vista com receio pelo mercado, pois significaria uma diminuição na capacidade de arrecadação do governo num momento de gastos crescentes", afirmou Novaes. Agentes financeiros também estão monitorando as discussões em relação ao salário mínimo de 2023, principalmente especulações sobre o valor ficar acima de 1.302 reais. Em relação ao tema, Lula defendeu que salário mínimo aumente de acordo com o crescimento da economia. O Presidente também assinou na quarta-feira um despacho determinando que os Ministérios do Trabalho e da Previdência, entre outros, apresentem em 45 dias uma proposta para uma política de valorização do salário mínimo. No exterior, Wall Street abriu no azul, mas encerrou a quarta-feira no vermelho, diante de uma bateria de dados econômicos, bem como declarações de integrantes do Federal Reserve. O S&P 500 caiu 1,56%, o que também pesou no pregão brasileiro, ajudando a tirar o Ibovespa da máxima.

REUTERS


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